A Nightmare escrita por nsilvac


Capítulo 21
De Volta Para Capital


Notas iniciais do capítulo

Outra fic com Myprerrogative: http://www.fanfiction.com.br/historia/249857/You_Got_Me



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Estávamos no carro, eu no meio de Annie e Peeta e Haymitch dirigindo. Encostei minha cabeça no ombro de Peeta e peguei na sua mão.

– Tá pronta pra mais uma? – Haymitch perguntou olhando pelo retrovisor do carro e sorrindo.

– Pra mais três! – brinquei.

– É isso aí... – disse ele e todos rimos.

– Mas você tem que descansar Katniss, nem brinca. – Annie disse pegando na minha mão.

– Eu sei Annie, você achou que eu estava falando sério?

– Eu sei que não. – ela acariciou minha mão.

O caminho pra Capital foi tranquilo, acabei dormindo no ombro de Peeta. Acordei e meu pescoço doía. Olhei pela janela e vi que todos os cartazes espalhados pela Capital com o rosto do presidente Snow tinham sido tirados. Estava tudo muito tranquilo. Era fim de tarde e o sol se punha no meio de umas montanhas que davam pra ver de dentro do carro. O sol batia em meu rosto. Olhei para Annie que tinha dormido. Voltei a encostar minha cabeça no ombro de Peeta.

– Eu gosto dessa cor. – disse ele olhando pro lado de fora do carro.

– Que cor? – perguntei olhando pra ele. Seus olhos estavam tão azuis por conta do sol que batia em seu rosto.

– Laranja. – respondeu ele olhando pra mim. – Mas o laranja do pôr do sol.

Chegamos no nosso prédio e já era noite. A Capital tinha mudado bastante, antes era bem movimentada essa hora da noite, não estava mais.

– Esperem no saguão do prédio enquanto eu estaciono o carro. – disse Haymitch entrando na garagem do hotel.

– Garota encrenca! – alguém disse. Me virei e vi uma mulher com uma peruca cor de rosa, com roupas e sapatos muito bonitos. Olhei para Peeta e ele assentiu com a cabeça afirmando que era Effie.

– Olá Effie. – caminhei até ela que me deu um abraço apertado.

– Como você está?

– Estou bem! – respondi saindo de seus braços.

– Ótimo, vamos todos jantar juntos hoje. – ela deu um sorriso e sentou num sofá para esperar Haymitch.

Estava abraçada com Peeta e Annie, Cato, Finnick e Johanna apareceram saindo da porta do elevador.

– Eles estão aqui Effie. – disse Annie desanimada.

– O que foi? – perguntou Finnick puxando Annie para perto.

– Nada... – ela o abraçou.

Haymitch entrou pela porta do prédio e chegou até nós.

–Vamos? Cinna e os outros esperam por nós. – disse Haymitch atravessando nossa frente.

Chegamos no restaurante do hotel e estava tudo muito animado. Tinha música e algumas pessoas dançando. Percorri os olhos por lá e estava lotado, só uma mesa estava vazia, com um homem moreno e mais umas mulheres sentados olhando para nós. Eu não largava da mão do Peeta, pra mim, aqueles eram estranhos. Sentamos na mesa, eu ao lado de Peeta. Eu não conhecia aqueles dois homens e aquelas mulheres, estava achando-os estranhos.

– Katniss, esse é o Cinna, seu estilista. – disse Peeta apontando para o moreno sentado na ponta da mesa.

– Ele que fez aquelas roupas das fotos? – perguntei impressionada me lembrando das roupas.

– Sim. – disse Cinna com um sorriso branco no rosto.

– Suas roupas são lindas! – disse pra ele.

– Obrigado. – ele piscou.

– O que você vai querer para comer Katniss? – perguntou Effie.

– Aquilo que o Peeta disse que eu gosto. – olhei para Peeta e sorri.

– Cozido de carneiro Kat...

– Isso mesmo...

Haymitch fez os pedidos e ficamos esperando. Conversamos sobre tudo, rimos e Cinna me relembrou de coisas que Peeta não tinha me falado. Esperamos e a comida chegou. Ataquei o Cozido de carneiro como se eu nunca tivesse comido na vida. Estava muito bom. Annie e Effie me olharam horrorizadas com o jeito que eu comia.

– Katniss, nós devemos mastigar como se estivéssemos guardando um segredo. – Effie se inclinou até mim.

– E quem disse que eu guardo segredos? – brinquei fazendo todos rirem.

Estava muito divertido. Todos comeram e conversaram. Encostei na cadeira e deixei meu corpo escorregar por ela. Annie e Finnick, Johanna e Cato se levantaram para dançar. Olhei as pessoas dançando na nossa frente e Peeta me olhou.

– Quer dançar? – ele perguntou pegando minha mão.

– Eu não sei dançar. – respondi.

– Vamos, eu te ensino. – disse ele levantando da cadeira e me puxando em direção a onde estavam as outras pessoas.

Paramos no meio das pessoas e Peeta me segurou pela cintura me puxando para mais perto. A música que tocava era lenta. Peeta começou a balançar de um lado para o outro.

– Desculpa. – disse quando pisei pela quarta vez em seu pé.

– Não faz mal. – disse ele me puxando para mais perto me colocando em cima de seus pés.

Começamos a dançar e encostei minha cabeça no peito de Peeta.

– Como eu me esqueci disso? – perguntei ainda encostada no seu peito.

– Disso o quê? – disse Peeta me girando e voltando a me colocar em cima dos seus pés.

– De você. – disse sincera.

– Não foi porque você quis, o Presidente Snow fez isso. – ele me explicou.

– Onde está esse Presidente? – perguntei olhando para Peeta.

– Morto. – respondeu ele seco.

– Obrigada Peeta. – agradeci a ele olhando em seus olhos.

– Pelo quê Kat? – perguntou ele acariciando meu rosto.

– Por me ajudar e por ficar comigo mesmo quando eu não lembrava de você.

Peeta não disse nada, ele só inclinou a cabeça na minha direção e me beijou. Coloquei minhas mãos na sua nuca fazendo carinho nos seus cabelos. Ficamos daquele jeito por um tempão.

– Nós vamos sair, vocês querem ir com a gente? – perguntou Cato que estava com Johanna, Finnick e Annie.

– Eu não quero. – falei descendo dos pés de Peeta e pensando em ficar sozinha com ele.

– Podem ir vocês, nós vamos ficar por aqui mesmo. – disse Peeta se afastando um pouco do meu abraço.

Annie, Finnick, Cato e Johanna saíram do restaurante e do hotel, Effie e Haymitch foram não sei pra onde junto com Cinna e a equipe de preparação.

– O que você quer fazer? – perguntou Peeta me puxando pela mão para os elevadores.

– Deitar. – disse entrando no elevador.

Chegamos no meu andar e Peeta me levou até a porta do meu quarto. Fique um ano até achar as chaves dentro da bolsa que Effie tinha me dado.

– Boa noite Katniss. – disse Peeta encostado no vão da porta se inclinando para me beijar.

– Boa noite. – fiquei na ponta dos pés e o beijei.

Olhei Peeta entrar de volta no elevador e entrei para meu quarto. Tomei banho e me deitei. Não queria ficar lá, olhava para o relógio e a hora não passava. Queria ficar com Peeta. Então, me levantei e fui até o andar dele. Bati na porta e esperei.

– Já vou! – gritou ele. Escutei ele andando até a porta e a tranca abrir. – Katniss... O que você faz aqui? – ele perguntou surpreso.

Não respondi, fui em direção a ele e o beijei. Ele retribuiu o beijo, empurrei ele pra dentro do quarto batendo a porta atrás de nós. Não demorou muito para chegarmos na cama. Eu estava em cima de Peeta e as coisas estavam começando a esquentar. Comecei a beijar seu pescoço e Peeta apertou minha coxa. Alguém bateu na porta, tentamos ignorar, mas a batida era insistente. Paramos de nos beijar e sai de cima de Peeta assustada pelas batidas na porta. Peeta e eu olhamos fixamente para a porta até pararem de bater. Olhei para Peeta que olhou para mim e um estrondo invadiu o quarto, tinham arrombado a porta. Três homens vestidos de preto entraram no quarto e um homem com barba estranha apareceu no meio deles.

– O que você tá fazendo aqui? – perguntou Peeta se levantando do meu lado.

– Você acha que depois de matar o presidente, PRESIDENTE, você sairia livre dessa? – o homem se aproximava.

– Quem é ele? – perguntei.

– Seneca Crane esquecidinha... – respondeu ele me provocando.

– O que você quer aqui? – perguntou Peeta nervoso.

– Levem ele. – disse e os três homens pegaram Peeta e levaram ele carregado do quarto.

Fui correndo atrás e Effie estava no corredor gritando assustada correndo atrás deles.

– Onde vocês estão levando ele? – Effie perguntava batendo inutilmente no ombro de um dos homens vestidos de preto.

– Ele vai preso. – um deles disse e nessa hora eu parei de correr.

Preso? Como assim Peeta ia preso? Pensei e comecei a sentir as lágrimas encherem meus olhos.

– Porque ele vai preso? - perguntou Effie.

– Por assassinato ao Presidente. - respondeu o grandão sem parar de andar.

– Ah, agora só porque fez um bem a humanidade ele vai preso? – perguntou Effie irritada.

– Bem a humanidade? – Seneca parou de andar olhando para Effie.

– Sim, aquele crápula teve o que mereceu, imagine se fossem as filhas ou filhos de vocês morrendo na arena? – Effie parou colocando as mãos na cintura.

Ninguém respondeu. Todos ficaram se olhando sem entender a atitude de Effie.

– Vocês da Capital só queriam diversão enquanto famílias perdiam suas crianças, enquanto iam para a morte... - continuou Effie - Morrer ou matar? Isso é horrível, inadmissível, ele teve o que mereceu e vai apodrecer no Inferno por ter feito isso com milhares de crianças. – Effie bufou cruzando os braços.

O guarda olhou para Seneca que arqueou uma sobrancelha olhando para Effie de volta.

– Coloque-o no chão... – ordenou Seneca. – Mas escuta bem aqui... – Seneca chegou perto de Peeta. - É bom você ficar na linha garoto. - disse Seneca apontando para Peeta. - Ou então quem vai ser torturado vai ser você. – ele avançou na frente dos homens. Foram embora deixando Effie, Peeta e eu no corredor.

– Essa foi por pouco. – disse Effie.

– Obrigado Effie. – Peeta abraçou Effie em um gesto de carinho.

– É o que eu tenho que fazer por você. – disse ela dando uns tapinhas nas costas de Peeta. – Agora eu vou procurar o Haymitch pra preparar as coisas de vocês para a ida ao Distrito 13. – disse ela sumindo no corredor.

Ficamos em silêncio, um do lado do outro por um tempo até eu dar uma fungada.

– Você tá chorando? – perguntou Peeta me abraçando.

Balancei a cabeça em seu peito e o abracei forte, continuando a chorar.

– Eu não queria que você passasse pelo que eu passei... - falei com a voz embargada.

– Shhhhh... – Peeta me abraçava forte. - Por que a gente não vai para o quarto e começa de onde paramos? - ele se afastou de mim e me olhou malicioso.

– De onde nós paramos?- perguntei me fazendo de desentendida.

– Daqui. – disse Peeta se aproximando de mim, me empurrando contra a parede, colocando os braços em volta de mim me deixando sem passagem e beijando meu pescoço.

– Lembrei. – disse e escutei a risada de Peeta no meu pescoço.

– Vamos... – disse ele.

Assenti com a cabeça sorrindo e Peeta retribuiu o sorriso. Andamos pelo corredor até chegar ao vão da porta e Peeta me pegou no colo. Ele empurrou a porta do quarto com a perna e bateu.



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Notas finais do capítulo

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