FIRE V escrita por Lara Cobain


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, vi depois que o capitulo anterior terminou meio sem nexo e dai estou postando o "resto" aqui. Enjoy (:



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– Então, como esta lá a mudança coma sua irmã? - continuou ele, fazendo carinho na minha perna.

– Bom, já arrumamos a maioria das coisas, mas ainda falta jogar algumas caixas fora, e arrumar a garagem.

– Entendi. – disse pensativo – se quiser passo lá mais tarde pra te ajudar.

– Mas não tem que ajudar seu pai a concertar o carro hoje? - perguntei em duvida, mas logo tive certeza quando ele jogou a cabeça pra traz e bufou;

– É mesmo, droga! Ok, eu ajudo meu pai, e se der tempo e eu não tiver acabado, eu vou lá. Pode ser? - disse ele meio bobo.

– Maravilha! – sorri.

Aos poucos ele colocou a mão em meu rosto e começou a fazer carinho, dai cheguei mais perto e acabei matando minha necessidade: beija-lo. Foi um beijo tranquilo, mas ficou empolgado rapidamente e eu já me vi sentada no colo dele apertando de leve sua nuca. Resolvi me acalmar.

– Eu preciso me tratar. – ele disse num sussurro e eu tive que rir.

– Por que?

– Você me vicia cara, isso não é justo! – ele me olhou com a boca um pouco vermelha, fazendo um biquinho que com toda certeza era pra me seduzir.

– Owwn, baby fofo... – eu ri – Mas você também me causa certas coisas que não da pra explicar muito bem. – fiz biquinho também.

– Quem faz bico, pede beijo – disse ele autônomo e não hesitou em me beijar novamente.

Acho que já íamos nos atrasar pra aula quando me deparei com o relógio em seu punho que estava na minha cintura. Dois minutos pra aula começar.

– Ruan, corre, a gente vai se atrasar! – sai correndo desesperada, mas ao mesmo tempo rindo pela cara de susto que ele tinha feito, sorte que conseguimos entrar a tempo nas salas. E logo dei de cara com as meninas.

– Caraca, onde você se meteu?! – perguntou Annie.

– Tive que ir saciar meu desejo né... – respondi simulando um ar gozador.

– Tarada! Foi bater uma... E eu achando que só a Geovanna fazia isso. – rebateu ela brincando.

– PXIIIO; fala baixo louca. E eu só dei uns beijinhos pra sua informação. – disse fazendo careta.

– Ow, quê que tem eu ai? - perguntou Geovanna procurando por mim na sala.

– Nada não, estávamos comentando como você é boa em fazer certas massagens... – respondeu Annie rindo.

Geovanna fez uma careta e eu logo sorri e joguei um beijinho pra ela. A aula passou rápido e finalmente havia chegado em casa – para a minha alegria. Tomei um banho tranquilo e fui logo me concentrar em meus afazeres; comecei lavando a louça e depois me dirigi pra garagem empilhando as caixas que já estavam vazias e separando as coisas que ainda faltava arrumar um lugar pra colocar. Não sei de onde eu e minha irmã havíamos tirado tanta coisa.

FLASHBACK ON: 1 ano atrás.


– Mãe! Para, por favor! – implorava eu em meio de lagrimas, tentando fazer com que ela soltasse meu braço.

– Esse garoto não presta! Não quero te ver com ele Eduarda, se não haverá graves consequências pra vocês dois. – dizia ela meio alterada.

– ME LARGA! – gritei o mais alto que pude, e puxei meu braço com toda força possível. – Para de falar assim dele! Você nunca fez questão de conhecê-lo, e ainda por cima, esta perdendo uma das pessoas que mais te ama. Já cansei de suas acusações, nos últimos tempos você não tem dado valor a nada em relação a mim, e quando encontrei alguém que me apoiasse e se importasse, você chega querendo acabar com tudo! Não é tão simples assim! E com toda certeza você não vai conseguir... Eu vou ficar com o Ruan, mãe, nem que eu tenha que fugir... É assim que vai ser, aceitando você ou não, me desculpe.

– Você não teria coragem, garota. – ela me olhava com desgosto nos olhos.

– Eu também nunca pensei que você teria coragem de virar as costas pra mim assim, de uma hora pra outra, mas aconteceu. Aprendi a não subestimar mais ninguém, principalmente a você. Faça o mesmo, afinal, filho de peixe, peixinho é! – disse ao meio de berros, e pela primeira fresta que encontrei, sai correndo do quarto e disparei pela rua querendo fugir pro mais longe possível.

Parei perto de um parque, e me toquei que já estava a uns dois quarteirões longe de casa. Sentei-me no primeiro banco que vi e me desabei em mais chorar. Eu ainda não acreditava que havia ouvido tantos absurdos de minha mãe em relação a mim e ao garoto que eu amava. Ela não conseguia respeitar minha decisão, a situação estava insustentável, eu já tinha tentado de tudo, mas nada dava certo, parecia que ela tinha repugnância de me ter como filha. Nunca tive as melhores notas da sala, mas sempre me esforçava para vê-la ficar feliz por uma nota boa, mas a partir do momento que resolvi apresentar um cara que estava gostando, ela se revoltou. E o triste é que não era por ciúmes besta, e sim por onde eu havia o conhecido.

Há mais ou menos 6 meses, estava curtindo uma festa com uns amigos em um bairro meio desconhecido de Mishton, digamos, um Brooklin de Nova Iorque. E o que esses bairros tem em comum? Tudo, este lembrava a Brooklin antigamente, não havia tanta criminalidade, mas era a parte mais baixa da população que morava nele, e foi ali que conheci Ruan. Ele cantava numa das bandas que se apresentará no barzinho em que eu estava naquela noite, e quanto o conheci, cheguei a pensar que ele morava ali, mas eu não ligava pra isso. Vi o show dele por inteiro, e no final me dirigi ao barzinho nos fundos da casa de show, e antes da próxima banda entrar no palco ele estava do meu lado, perguntando se poderia me acompanhar num drinke;

– Hm... sim, fique a vontade. – disse sorrindo. Ele agradeceu, e logo se sentou do meu lado, pedindo o mesmo drink que eu.

– Então, você vem sempre aqui? - perguntou ele, me olhando de jeito agradável. Eu acabei rindo.

– Essa cantada, já é meio velha não acha? - disse um pouco irônica.

– Calma, eu não estou te cantando... – eu fiquei vermelha – Não ainda. – ele sorriu. – É que eu não tinha te visto aqui das outras vezes, então só queria checar.

– Ahn, sim... Pois então, é a primeira vez, vim a convite de uns amigos e tal, mas até que gostei daqui. – respondi.

– É... Então, percebi que você assistiu nosso show todo e se empolgou em algumas musicas. Realmente gostou?

Eu realmente havia me empolgado em algumas horas, principalmente na hora da roda punk.

– Sim, sim, bem legal o som de vocês. Já estão juntos há muito tempo?

– Mais ou menos, eu e o vocalista, o Bruno, sim, mas o baixista e o batera entraram há um ano, por ai... Mas até que sim, já estamos juntos a algum tempo. – respondeu ele sorrindo. Tive que da uma pausa pra prestar atenção nele, era um sorriso lindo, dentes perfeitos, com covinhas. Nossa, seduziu.

– Entendi... E vocês tocam aqui a muito tempo?

– A maioria dos nossos shows foram aqui. Na verdade, foi a primeira galera que recebeu a gente bem, e a maioria sempre acaba voltando, apesar de não serem todos desse bairro.

– Como assim? Vem gente de fora ver vocês?

– Não exatamente de fora, mas tipo, gente da zona sul do estado, amigos da banda, convidados e etc, o Benvor (bairro), não é de receber a galera mal apesar de não expor uma boa impressão pro resto da sociedade, aqui tem gente bem legal, e que apoiam a gente pra caramba. Digo que tem gente aqui que me apoiam mais que meus próprios pais. – ele riu.

– Ah, então você não mora aqui, no Benvor?

– Não, não, sou da zona sul também, mas convivo muito com a galera daqui, não sei, faço mais questão...

Acenei a cabeça, como quem havia entendido e ele deu um gole na bebida e ficou me olhando por um tempo.

– Não quer ir ver o show? - ele perguntou.

– Pode ser... Me acompanharia? - perguntei meio tímida, mas ao mesmo tempo cara de pau.

– Com toda certeza. – respondeu sorridente, levantou do banco e me estendeu a mão para levantar também, assim me ajudou a ter passagem para passar pelo meio da multidão. Ficamos parados nem tão longe do bar, nem tão perto do palco, mas a banda ate era agradável. Cataram algumas musicas do “Hot Chelle Rae”, “The Pretty Reckless” e “Foster the People”, que eu sabia cantar a maioria e por incrível que pareça a pessoa que até aquele momento eu não sabia o nome, também. Me virei pra ele e resolvi perguntar;

– Qual o seu nome? - perguntei alto em meio ao barulho.

– Hã? - ele chegou mais perto para tentar ouvir.

– Qual é o seu nome?! – perguntei um pouco mais perto do seu ouvido. E ele tremeu. Eu me assustei me afastando, e começamos a rir quando olhamos um pra cara do outro. Do nada ele me puxou, me abraçando contra o corpo dele, mas não foi pra em beijar, ele olhava pro lado, com uma cara meio estranha, e me virei pra olhar também e vi uma mulher vomitando. Se ele não tivesse me tirado dali, provavelmente eu estaria uma coisa muito cheirosa agora.

– Vem... – disse ele, sem me olhar direito, e eu apenas o segui. Vi que ele estava indo para o lado contrario do palco, e do bar também, como se estivesse saindo dali. Antes de sair da plateia, ele falou com alguém e comentou algo sobre uma mulher passando mal, e dai percebi que o som já estava bem mais baixo. Ele seguiu em frente e quando chegou em uma porta preta, eu hesitei, parando e ficando a olha-lo. Ele me olhou de volta e percebeu meu olhar de confusão – Fica tranquila, só ia te levar pra área dos camarins, mas podemos ficar no bar se quiser... – ele disse meio tenso.

– Ah, desculpa, é que eu não conheço nada aqui direito... – eu parecia uma tonta falando, e ele só sorriu. Abriu a porta finalmente cumprimentando um segurança que estava no pé da escada, e me levou junto subindo a escada. “Aqui está você Eduarda, indo pra um suposto camarim, com um cara que você nem conhece, e a essa hora, seus amigos já devem estar super doidões”, meu pensamento se debulhava. Mas se bem que se havia um segurança ali, nenhum local de prostituição deveria ser.


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Notas finais do capítulo

Isso ai, continuem gostando LOL mandem reviews, twittem pra mim que eu gamo, continuem lendo e assim todo mundo fica feliz. Caso hajam erros, tanto de grafia quanto nos nomes so avisar -(uma amiga minha me alertou ali e já concertei). Beijos (:



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