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POV ISA
Acordei com a música que vinha da cozinha, para ser mais exata Nunca Diga Nunca Mais do Capital Inicial, é claro que era Ana porque Carol dormia ao meu lado como um anjo. Fiz minha higiene matinal e 'desci' a escada deslizando em um dos corrimões. Ana fazia panquecas e cantava com o mexedor da massa, e eu claro somente rindo e assistindo essa cena.
Peguei um talher que estava na mesa posta para o café da manhã e joguei no chão de mármore tentando chamar a atenção dela, o que foi uma operação de sucesso, porque fez um barulho enorme que a fez pular como Niall em um show.
–Isabela sua vaca, quer me matar antes da peça!
–Bom dia pra você também Gomes. - falei me sentando na mesa e me servindo com aquelas panquecas que estavam com um cheiro delicioso.
–Ah é assim? Me dá um susto gigante e depois vem comer da minha comida? Eu vou me vingar!- Ana terminou a frase e Carol saiu do quarto ainda de pijama esfregando os olhos como uma morta viva, ela desceu a escada e se sentou na mesa.
–Bom dia Carol! - disse alegremente apenas recebendo um 'hmmmmmm' como resposta. Carol dormia em pé, já que estava de olhos fechados
Olhei para Ana e ela olhou para mim, acho que tivemos a mesma idéia, fui até a cozinha e peguei quatro tampas de panelas. Entreguei duas para Ana e contamos até 3 para começarmos a bater as tampas de panela em seus ouvidos. A reação de Carol foi a mais engraçada, ela se levantou correndo e foi até a cozinha e pegou aproximadamente duas ou três caixas de ovos e saiu correndo atrás de nós duas para fora da casa, usávamos as tampas das panelas como escudo. Ela jogava vários ovos, quando a primeira caixa acabou ela jogou a caixa na gente. E não acabou até jogar tudo que havia na sacola de mercado que ela havia pego.
POV LIAM
Andava de carro próximo a minha casa com Dani, nosso namoro não ia muito bom, porque tudo que eu gostava ou achava legal era antiquado ou infantil. Olhava pela janela e via três garotas, porém duas delas seguravam tampas de panela e a outra garota uma sacola de mercado, eu acho que haviam ovos lá dentro, todas riam e gritavam como garotas de 10 anos. Elas provavelmente tinham 20 ou 21 anos, eu com 27 não tinha mais esse brilho nos olhos como elas não ao lado de Danielle, que olhou para elas com cara de nojo e disse 'Que antiquado mulheres dessa idade correndo como crianças patetas pelas ruas'. Eu hoje passaria o dia com Danielle e seus comentários impertinentes, somente de noite sairíamos todos juntos a uma estréia de uma peça de teatro.
POV CAROL
Já era tarde, era hora do ultimo ensaio com figurino, Ana suava frio com uma cara abatida, devia ser tensão, ao contrario de Isa que saltitava pelo palco como uma criança que havia acabado de tomar um galão de dois litros de energético. Eu estava tensa sim, mas não chegava ao ponto de Ana, também não estava nem um pouco perto de Isa. Te juro que se não conhecesse Isa tão bem eu pensaria que ela perderia toda a energia que tinha fazendo a bagunça antes da peça, mas ela não tinha gasto ainda nem um centésimo do que usaria para peça.
Ouvia todas as pessoas chegando, Ana e Isa se arrumaram na coxia junto comigo. To teatro estava lotado pois Brian disse que chamaria alguns amigos famosos para verem sua primeira obra com pessoas de vários lugares do mundo. As cortinas se abriram, assim deixando a luz entrar e bater na minha face, esse era o começo de uma peça de muito sucesso.