–Oi David, eu estou precisando conversar com você, á sós –e
nisso olha pra Andy

–Andy, amor, entra lá em casa que eu já vou

–Ok então, te espero lá –então o menor se foi

–Amor? –Logan pergunta com uma cara não muito boa

–É, AMOR, eu te amava, mas você deu atenção ou ligou pra isso?
Não, só me fazia sofrer, agora que eu achei um amor verdadeiro, que por sinal,
ele me ama também, e estou muito feliz agora, você só foi um capítulo ruim na
minha vida.

Lágrimas caiam dos olhos do maior –Eu ainda vou te ter, e se eu
não tiver, ninguém terá, me aguarde.

Entrei em casa, Andy me abraçou e ficamos assistindo filme
deitados no sofá.

Era de madrugada quando acordo, e não sinto um peso sobre mim, estava tudo escuro.

–Andy, onde você tá?

–“Andy” está aqui –falou uma voz conhecida, e um tanto irônica

–David me ajuda! –gritou o menor

–Cala a boca caralho! –a voz fala

–Logan?

–Que inteligente você –acendeu as luzes, Logan apontava uma arma
na cabeça de Andrew

–Solta ele –falei com calma, mas estava muito nervoso e com
raiva

–Então fique comigo que eu solto essa criaturinha –sorriu

–Como poderia ficar com alguém assim?! Nunca.

–Então pode dizer adeus pra ele

Parti pra cima dele, lhe dei um soco que o deixou inconsciente
por alguns segundos, o suficiente para Andy sair de seus braços.

Pedi para que ele subisse que eu daria um jeito em Logan.

–Para Logan, vai pra casa, eu não gosto mais de você.

–Você gosta sim! Eu sei! Você me quer ainda!

–Não, você é um idiota, canalha, otário, egoísta, só liga pra
você e seu bem estar! Você não tem coração? Eu nunca ficaria com uma pessoa
desse jeito, se eu soubesse que tu era assim eu nunca teria me atrevido a
chegar perto de ti.

Eu estava chorando, uma mistura de agonia, raiva e tristeza.

–Pois bem, se eu não tiver você, ninguém terá!

Ele foi se aproximando de mim, com a arma apontada na minha
direção, eu só recuava, quando me dei conta vi Andy se aproximando com um
bastão.

Quando percebi escutei um barulho e senti uma dor muito forte e
depois escutei um outro barulho que não identifiquei, e a última coisa que vi
foi Andy ao meu lado com lágrimas nos olhos, depois apaguei.

–x-x-x-x-x

–hm.. to no hospital?

–DAVID! Não acredito que você acordou, pensei que nunca mais ia
ver seu olhos lindos, seu sorriso, sua voz, ah! Eu to tão feliz! Como se sente?
–Correu ao meu lado e me encheu de beijos, não fiz nada a não ser rir fraco,
com muito esforço.

–Quanto tempo estou aqui?

–Quase três semanas

–Sério?

–Uhum

–Seus pais estão aqui

–Como? Meus pais estão viajando

–É que na verdade eles voltaram porque ligaram para eles, que só
estavam esperando você acor....

–FILHO! –minha mãe o interrompe –Que saudades meu amor! Olha o
que fizeram com meu bebê. –enquanto falava, apertava minhas bochechas

–Chega mãe!

Ai eu percebo meu pai ali ao lado.

–Oi pai

–Oi filho

Ficamos olhando um para cara do outro por um tempo, até o médico
entrar.

–Olá senhores, então, o tiro que David levou, por pouco não
acertou seus órgãos vitais, e como seu estado está bem melhor, ficará de
observação por um dia e poderá sair.

–Então, filho, eu e seu pai vamos ir pra casa e no outro dia
vamos vir busca-lo ok amor?

–Tá, tchau.

–Tchau filho

Então todos se retiraram e só Andy ficou e eu falei pra que
deitasse ao meu lado na pequena cama, e assim dormimos.

Nesse dia Andy teve que ir pra casa, e então fiquei lá esperando
meus pais chegarem, que só aconteceria de noite.

–Vamos meu filho? Trouxe umas roupas pra você –minha mãe entrou
no quarto

–Tá mãe, já vou me arrumar então.

–Então, como você tá? –meu pai pergunta seco e indiferente como
sempre, eu sabia que ele falava só por obrigação, mas eu não me importava.

–Bem

Conversamos com o médico, que assinou o papel da alta e fomos
embora, entrei no carro e o clima tenso entre a gente começou a se instalar.
Minha mãe percebendo isso começou a falar.

–Compramos coisas muito lindas pra você, roupas, sapatos, CD’S,
lembranças, afinal aquele país é lindo! E aliás conhecemos uma garota muito
bonita e educada! Acho que você ia gostar muito dela –Minha mãe toda as vezes
que comprava coisas pra mim eram coisas normais que eu nunca usava, e os CD’S
então? Música clássica, eu tenho cara que ouço música clássica? NÃO! E minha
mãe sempre tentava me fazer virar heterossexual, arrumando meninas pra mim, ela
não perdia a oportunidade –chamamos ela pra passar uns dias aqui. –E ela
continuou falando até chegarmos em casa.

Entramos e eles me mandaram sentar no sofá por que eles tinham
uma noticia muito séria pra me falar.

–Vamos nos mudar –sempre direto meu pai

–O QUE? NÃO! AGORA QUE EU FINALMENTE CONSEGUI AMIGOS E UM
NAMORADO QUE EU REALMENTE AMO! NÃO, EU NÃO VOU COM VOCÊS.

–Você não tem escolha, já vendemos essa casa, você vai e pronto.