- Tenshi no Namida escrita por Lele Chan


Capítulo 1
Tenshi No Namida


Notas iniciais do capítulo

Tenshi No Namida = Lágrimas de Anjo



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Quando ele abriu os olhos, o sol cegou sua visão por um instante, após se acostumar com a claridade, ele então percebe que já não estava mais em seu quarto, em sua casa. A sala era completamente branca e a luz que o cegava não era o sol e sim um SPOT projetado direto para seu rosto. Logo percebe que não estava sozinho na enorme sala, faces desconhecidas analisavam sua expressão assustada.

'Onde eu estou? Quem são vocês? O que fizeram comigo?' As perguntas eram disparadas como balas de metralhadora.

'Calma garoto, suas dúvidas serão sanadas no momento certo, agora conte-nos como se sente.' Uma vez masculina e serena falava calmamente.

'Minha cabeça gira e meu corpo todo dói.' Ele levava a mão direita a cabeça e logo percebe que a mesma está enfachada.

'Isso é normal devido ao acidente que o senhor sofreu.' A mesma voz dizia carinhosamente.

Eles se sentiu estranho, primeiro pelo fato do homem o ter chamado de senhor, com ele estando em seus 20 e poucos anos e o mais importante, não se lembrar de ter sofrido um acidente. Mas afinal, do que ele se lembrava?

Aos poucos as coisas foram voltando a sua memória, a briga, o carro, um rosto, o rosto dela... Aonde ela estaria agora? Com certeza preocupada com sua demora, mas a quanto tempo estaria ele ali?

'Por favor, conte-me o que aconteceu e a quanto tempo estou aqui.' Seus olhos eram aflitos, seu rosto de anjo estava assombrado.

'Há algumas horas, teria alguém a quem você gostaria de telefonar e avisar onde estar?' Talvez o médico pudesse ler pensamentos, talvez não.

'Não doutor, não tenho ninguém aqui e meus pais estão muito longe para que eu os preocupe por tão pouco, eu já me sinto bem.'

'Que bom que se sente bem meu jovem, mas ainda precisamos conversar seriamente e fazer alguns exames, por isso é melhor que descanse agora.' O médico diz enquanto ele fechava os olhos.

Não conseguia relaxar e nem se concentrar em nada que não fosse o rosto dela. E já mais calmo, podia avaliar quão injusto fora ao provocar a briga daquela manhã. Ela que sempre esteve ao seu lado, lhe dando apoio, o encorajando, ela nunca demonstra ciúmes, pois entendia que aquele era seu trabalho, embora soubesse que muitas vezes ela sofria em silêncio, porém quando chegou a sua vez de retribuir toda confiança depositada nele, ele simplesmente a decepcionara e o melhor a fazer seria não voltar mais,como havia prometido antes de deixar a casa em que viviam,antes de dirigir desgovernado e não vê que estava na contra-mão e em sua frente um caminhão...

Lágrimas escorriam por sua face enquanto ele se despedia dela, mesmo que mentalmente.

'Não chore meu amo.' Escutou uma voz doce dizer-lhe enquanto sentia um toque aveludado em seu rosto enxugando sua lágrimas.

Apesar de não querer que ela sofra mais por sua culpa, não podia negar que a amava demais para deixá-la. E com medo de que quele instante fosse uma ilusão, abria os olhos vagarosamente. Agora que olhava aquele rosto iluminado pelo qual se apaixonara não tinha mais coragem de ir e sua lágrimas minavam igual a uma fonte.

'Me perdoe.' Ele se assustara com sua própria voz embargada.

'Eu perdôo tudo desde que você prometa que nunca mais vai me deixar, nem por um instante.' Ela chorava, talvez se lembrando dos momentos difíceis passados.

Quando ela queria contar uma novidade, mas ele estava muito nervoso por ela ter chegado tarde do trabalho na noite anterior, ou quando ele saiu de casa dizendo que não voltaria mais, ou o pior momento, quando sentiu aquele mal-pressentimento e seguindo seu sexto sentido, entrou em um táxi rumo ao hospital, sem ao menos saber o porquê.

'Por que você insiste em viver com alguém que só te faz sofrer?' Ele ainda chorava.

'Não fale assim, você não “SÓ me faz sofrer”... Eu te amo JaeJoong!' Ela também chorava compulsivamente, mas estranhamente, também estava sorrindo.

'Ou melhor, NÓS te amamos!' O sorriso dela se tornara maior.

O anjo estava confuso com a “pluralidade” da frase.

'Era o que eu queria te contar hoje de manhã, nós vamos ter um bebê.' Ela colocava a mão dele em sua barriga.

Ele chorava igual a uma criança, nunca se sentira tão feliz, nunca poderia ganhar um presente maior, todos os seus pecados haviam sidos perdoados, suas esperanças renovadas. Não sentia mais dor, seu corpo parecia pairar no ar, agora sim se sentia um anjo, como ela sempre o chamava. Queria gritar, mas as únicas palavras que saíram da sua boca foram:

'Karina, EU TE AMO!'


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Notas finais do capítulo

Dedicada a minha grande amiga, Karina, a Unnie do meu kokoro. Obrigada por escutar meus problemas idiotas, obrigada pelos conselhos valiosos e obrigada pelas palavras reconfortantes.
De sua DongSaeng pra todo sempre...
蝶 Lele Chan

Escrito entre os dias 26 e 27 de fevereiro de 2009