Tasting Life escrita por LyaraCR


Capítulo 6
05




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Hello! Passando para atualizar com mais um capitulo e desejar um ótimo feriado à todos que acompanham!

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Tasting Life

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Estavam na banheira. Já haviam brindado com vinho, Whiskey, e por fim, Naruto havia suportado a champagne. Podiam ver a praia, a estrutura imensa da festa e o pôr-do-sol naquele fim de tarde alaranjado.

O garoto parecia mais leve, não falava da mãe e seu olhar um tanto disperso, dizia claramente que, por hora, não pensava na mesma.

Minato se deixou sorrir enquanto ouvia os comentários empolgados do filho. Sentia-se justo como ele, um adolescente, se preparando para uma das maiores festas já vistas.

Sentia talvez a mesma adrenalina, as expectativas gritando em sua mente, seu coração disparado... Era como se tivesse realmente voltado no tempo. Se sentia vivo, como há muito não era permitido. Naruto sabia todas as atrações da festa, e saber que talvez pudesse se deparar com elas ainda no hotel era um tanto que extasiante. Sua mente mostrava-se limpa, solta. Só se deixava pensar em mais tarde; futilidades, claro, como o que vestir ou o modo de comportamento de seu pai. Não que estivesse com medo de algo dar errado. Só se sentia ansioso. Era sua primeira festa, afinal! E não, mesmo tendo viajado há poucas horas, não se sentia cansado. Aquelas bebidas o haviam deixado um pouco sonolento, claro, mas o pôr-do-sol prometia uma noite incrível. Sorriu para o pai mais uma vez enquanto conversavam sobre qualquer coisa. A empolgação do mais velho também era palpável.

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Minato acariciava os fios loiros daquele quem acabara de abrir os olhos. Podia jurar que o garoto sequer imaginava haver adormecido. Ele sorriu, encontrando a penumbra aconchegante da noite e um céu um tanto quanto escuro.

— Eu dormi?

— Sim, acho que eu também.

Sorriram. Provavelmente haviam ficado leves, sonolentos e num instante se viram apagados. A última coisa que Minato lembrara foi o fato de ter puxado Naruto para seu colo, para aquele lindo sol de fim-de-tarde.

— Já vai começar, otou-san!

Apontou a festa, exclamando.

— Não é pra tanto. Provavelmente estão só testando toda a parafernália.

Disse o mais velho. Por suposto, havia acabado de escurecer. A ansiedade de Naruto tornava sua vontade cada vez mais visível, e aquilo empolgava à ele também. Saiu da banheira, envolvendo-se num dos roupões e estendendo o outro à Naruto. Já era hora de se desfazerem daquelas roupas de banho e se prepararem.

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Naruto voltou-se ao pai, maravilhado. Ele vestia uns jeans rasgados e uma regata branca. Era fato que não parecia realmente o mesmo Minato de sempre. Parecia que havia saído de uma daquelas fotos datadas de quinze anos atrás. Era ainda o mesmo adolescente. Fato.

— Está... perfeito!

Deixou-se elogiar, sem medo. Não tinha mais que refrear suas palavras. Sua mãe sempre dissera que elogiar os outros era bajulação... E por um momento, as lembranças da mesma assombraram sua mente. O pai se aproximou.

— O que foi? Você mudou de repente.

O garoto deu um sorriso mínimo olhando naqueles olhos tão semelhantes aos seus.

— Não foi nada. Eu só pensei por um momento em...

O outro se aproximou e o acolheu num abraço, silenciando-o.

— Pshhh... Tudo bem — acariciou os fios loiros — Vai tirar esse roupão. Não quero ser o único cara bonito da festa.

Riram. O menor se afastou. Ainda que com alguns pensamentos sobre a mãe tê-los abandonado, forçou-se a focar em sua viagem. Não seria justo com todo o esforço que o mais velho fazia para colocar um sorriso em seu rosto.

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Minato havia acabado de se perfumar quando o filho surgiu. Usava calças de couro e uma regata preta. Coturnos também. Era fato que o visual pesado houvera feito parte de sua vida por um bom tempo, mas sempre de modo contido pelas imposições de Kushina. Agora, com a mesma longe, pudera vestir-se justo como queria. E sim, estava perfeito. O mais velho sorriu.

— Parece ter dezessete.

Disse, ajeitando – ou bagunçando – ainda mais os fios loiros.

— Assim como você.

Respondeu, vendo o outro franzir o cenho enquanto sorria, clara expressão de incredibilidade.

— Vamos?

Ele perguntou. Naruto sorriu, dando-lhe o braço, e num instante estavam porta afora, fechadura trancada e caminho definido.

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A fila não estava muito grande, mas já dava para notar a movimentação absurda de fãs, clubbers e vários outros tipos de pessoas. Naruto sorria de canto, contendo-se. Minato podia ver em seus olhos o quanto animado se encontrava, mas sabia que o garoto ainda tentaria não demonstrar, dados os ensinamentos de toda uma vida. Logo que chegaram a entrada, as atendentes da bilheteria, vestidas em preto e cores vibrantes, pediram os documentos. Minato os entregou, comprando assim as entradas, encaminhando-se com o filho para o imenso portal dourado que dava acesso à área principal. Naruto parecia maravilhado, e mesmo que ainda tentasse não demonstrar, qualquer um que olhasse bem em seus olhos, saberia o quão ansioso estava.

— Documentos, por favor.

O segurança pediu. Minato o olhou com o cenho franzido.

— Mas eu tenho trinta anos!

— Não até apresentar os documentos. Vai dizer que seu amigo também tem trinta anos?

O homem parecia disposto a barrar o caminho, realmente.

— Ele é meu filho!

Indignado, Minato exclamou enquanto tirava os documentos dele e de Naruto de sua carteira. O homem ainda o olhava com uma expressão de incredulidade viva. Tomou os documentos da mão do loiro e avaliou por breves instantes, ainda desconfiado, deixando que passassem depois de colocar as pulseiras holográficas em seus braços.

O garoto apenas olhava tudo enquanto segurava com força a mão do pai.

— É lindo!

Ele disse baixinho, quando chegaram no meio daquele espaço gigantesco.

— Está gostando?

Ele olhou ao redor, afastou-se um pouco do pai e abriu os braços, girando, as luzes coloridas bagunçando seus sensos, a música alta, os brinquedos de parque ao fundo...

— Está perfeito!

Ele finalmente sorrira de todo. Minato o tomou no colo, girando, sorrindo também. Pouco se importava se as pessoas estivessem olhando torto ou pensando coisas. Na verdade, nem mesmo se lembrava das pessoas ali. Quando deixou Naruto no chão, ele tomou sua mão e saíram correndo dentre aquelas melodias fortes, arranhados de guitarra e luzes coloridas. Tudo estava apenas começando.

O garoto deixou-se correr na direção daqueles brinquedos, sendo seguido sem restrições.

— Quanta coisa!

Minato exclamou. Jamais havia frequentado um evento daquele porte. Era tanta gente embolada dentre tantas atrações! E lembrar o tamanho do local... Levariam séculos pra encontrar o camarote que haviam comprado. Naruto sorria, enquanto andava em direção a um dos brinquedos.

— Isso parece perigoso...

Ele disse, um pouco amedrontado, mesmo que a grande máquina estivesse lotada de luzes e pessoas sorridentes, gritando, enquanto a música parecia acompanhar o ritmo.

— Ah, não é não!

Contestou Minato, entrando na fila com o filho. Aquilo seria interessante, e o sorriso em seu rosto era promissor.

— Ah, droga... Eu estou nervoso!

Disse Naruto, rindo, estralando os dedos. Quando mais a fila andava mais o garoto parecia fora-de-controle, e quando chegou a vez de ambos, tremia. Teve sua mão tomada pelo mais velho.

— Não tenha medo, vamos... Estou com você.

O sorriso deu alguma segurança, mas não o que ele realmente precisava. De todo modo, o seguiu. Assentaram-se naquele compartimento, Naruto observando cada detalhe quando foram travados.

— Confie em mim... Você vai gostar.

Minato disse, e num instante, sentiram os motores ligar. As cadeiras começaram a girar, um movimento louco, umas indo contra as outras, hora dando a impressão de irem à frente, hora à trás... Naruto sentia seu peso ser puxado sem pena, e ouvia as risadas de Minato. Ria também, mas todo o medo que sentia não o deixava soltar as mãos como o mais velho.

— Solte-se!

— Eu não posso!

Exclamou, rindo alto de nervosismo misturado à adrenalina.

Minato passou um de seus braços em volta da cintura do filho, e com a mão livre, tomou uma das dele. A música parecia perfeitamente ritmada aos movimentos ágeis da grande máquina.

— Vamos, solte-se!

Disse, quase gargalhando. Eram tantos gritos, tantos berros ao redor que mal podiam se ouvir. Naruto reagiu, soltando a mão que lhe restava presa às ferragens do brinquedo. O abraço de Minato o dava a segurança que precisava para isso.

Deslizaram por uns bons minutos naquele compasso, e quando mais queriam que continuasse, cessou lentamente o movimento tão promissor, arrancando algumas palavras de uma falsa indignação dos que antes estavam no mesmo.

Naruto colocou seus pés em "terra firme". Tremia. Muito. E ria tanto quanto antes. O mais velho o apoiava.

— E aí, o que achou?

— Eu não sei! — eufórico — Eu estou vivo!

Gargalhou. Aquilo seria, de fato, muito interessante.

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Continua...


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