The Unforgiven escrita por Ike Hojo


Capítulo 1
I - Home


Notas iniciais do capítulo

Er... Tentando voltar a escrever algo legal, espero que gostem, este capítulo é mais um prólogo. Hope U Like it.



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I – Home

1989 – Londres – Inglaterra

Era um dia como qualquer outro, nuvens negras cobriam o céu, a luz do Sol não fazia uma aparição tinha três dias; pelo horário era para o dia ter um aspecto alegre, com pessoas lotando as ruas, em um lugar bonito e alegre, mas as nuvens que devastavam essa alegria traziam consigo tristeza, indicando que algo de ruim estava por vir, o que de fato estava, afinal, a Mãe Natureza nunca erra, esta sabe se adequar as situações e fazer cada pessoa sentir algo ao olhá-la e senti-la, e naqueles cinco dias de céu nublado, o que aquele adolescente sentiu transparecia no céu.

Oito adolescentes se reuniam em seu “clubinho”, na verdade, apenas um armazém abandonado com uma mesa e algumas cadeiras para cada um deles, era algo habitual para jovens daquela idade, se reunir, decidir o que fazer, conversar, jogar cartas; as decisões eram tomadas de modo democrático, quando a votação se encerrasse, o líder desses adolescentes bateria na mesa com um martelo, pareciam animados discutindo o que fazer, eles logo fariam dezoito anos, e terminariam o colégio, então provavelmente se separariam; como isto é comum após a escola, queriam se despedir de modo grandioso, portanto, para uma de suas últimas atividades do grupinho junto preparariam algo inusitado.

- Então, será isto... – O líder se pronunciou.

Logo, só se ouvia o martelo atingindo a mesa, um som alto que ecoou por todo o armazém, o resto dos jovens ficaram em silêncio, olhando de um para o outro, esperando algo.

2008 – Londres – Inglaterra

Um homem segurava firmemente o martelo após batê-lo contra a mesa, esta que não via há um longo tempo, olhava para as cadeiras vagas, que um dia pertencera a ele e seus colegas, não conseguia deixar de sentir nostalgia, e acima de tudo, raiva, algo queimava em seu peito, queria que aquelas pessoas pagassem, pagassem pelo que tiraram dele, e pelo que o fizeram sofrer, não iria perdoá-los, havia conquistado grandes coisas em sua vida para quando chegasse este momento, havia ensaiado isto sua vida toda.

Leon Hayford, agora conhecido como Dio, tinha agora 36 anos e havia acabado de voltar de uma turnê com sua banda St. Anger, uma banda de Heavy metal que fazia muito sucesso no mundo, principalmente na Europa, Leon era o cantor e guitarrista, também compunha todas as músicas, mesmo com 36 anos, mantinha traços joviais, dando-o aparência de uns vinte e poucos anos; havia mudado a cor de seu cabelo, quando era jovem este tinha uma coloração marrom avermelhado, no presente, estava loiro, penteava com um meio moicano e mantinha sua barbicha.

Dio trajava um sobretudo preto, uma camisa vermelha e calça jeans, ele tinha ambas as orelhas furadas e uma tatuagem em suas costas, ninguém sabia ao certo o que era, só sabiam que esta existia. O homem puxou um cigarro e um isqueiro de seu bolso, acendeu-o e começou a tragá-lo, precisava relaxar, estava perdido em seus pensamentos, como sempre.

- PAI! Vamos logo, o senhor disse que só ia levar alguns minutos, e eu quero conhecer logo nossa casa nova. – Uma garota gritava da porta do armazém.

- Juliet, deixe nosso pai... – Um garoto segurava o braço da garota, puxando-a para fora.

- Pode deixar, Lars, já estou de saída. – Dizia Dio enquanto se virava, acompanhando seus filhos até a saída.

Os três entraram em um taxi e seguiram pela cidade, Lars, o filho mais velho de Leon, este tinha apenas 15 anos, mas agia com muita responsabilidade, responsabilidade demais para um garoto desta idade, chegava a ser encantador, havia puxado os olhos azuis do pai, seus cabelos eram vermelhos e curtos, arrumados em um topete, admirava muito o pai, e puxou o gosto musical deste, assim como sua irmã, Juliet, esta tinha 12 anos, uma garota levada e muito curiosa, chegava a ser muito bobona as vezes, diferente de seu pai e irmão, seus olhos eram negros, o que realçavam seus cabelos loiros e pele clara, isto deixava-a com um aspecto misterioso, mesmo sendo um livro aberto. Esta era a família Hayford.

O taxi passava por muitos lugares conhecidos por Leon, este não conseguia admirá-lo como antes, algo no local parecia sombrio e triste, parecia como um lugar em ruínas para ele, porém, para seus filhos, que começariam um ano letivo podendo permanecer em um só lugar seria ótimo, ambos pareciam animados.

Logo chegaram ao local de destino, um grande prédio meio antigo, parecia que estrelas do Rock adoravam este estilo de prédio, de tijolos, não muito grandes, com um ar meio passadista, Leon e sua banda pelo menos adoravam.

- Bom dia, Dio. – Dizia uma mulher, que os esperavam na frente do prédio. – Juliet e Lars, que bom vê-los, como estão?

- Falae Serina. – Dizia Lars pegando sua mochila e pendurando-a nas costas, ele saia do taxi batia na mão da mulher e andava para dentro do prédio.

- Tia SERINA! – Juliet pulava para fora do taxi abraçando a mulher.

- Que bom vê-la, Serina. – Dizia Leon, saindo por último do carro, algumas pessoas se posicionavam para carregar suas bagagens as levando para seu apartamento.

Serina era a baterista da banda de Lars, era de longe a mais responsável da banda, para Lars ela era como sua irmã, e o mesmo para ela. Esta era uma mulher formosa, que se vestia de forma social quando não estava em seus shows, tinha cabelos curtos e castanhos, seus olhos eram amarelos, e sempre usava um batom vermelho, realçando sua linda face, a maioria dos fãs da banda tinha Serina como seu membro favorito, não era para menos, alem de uma excelente baterista ela era carismática e simpática, e, acima de tudo, bela.

Juliet corria para dentro do prédio juntamente com seu irmão e os carregadores, que subiam com suas bagagens, a casa já estava devidamente mobilhada já fazia uma semana, porém, Dio teve alguns assuntos a resolver antes de voltar para sua cidade.

- Então, vai mesmo fazer isto? – Indagava Serina em tom sério.

- Não passamos por tudo isto por nada. – Dizia enquanto acendia outro cigarro e o tragava. – Então, o que descobriram?

- Todos ainda estão aqui, conseguimos todas as informações das pessoas que você pediu.

- Ótimo, então, vocês vão me ajudar a derrubar todos eles? – Dizia lançando um olhar penetrante para Serina.

- Claro que sim, Dio, você sabe, somos como uma família. Para o que você precisar, eu, Drake e Cyrus estaremos aí.

- Obrigado, Serina... Vamos subir? Podemos tomar algo e ouvir música como sempre. – Perguntava Leon apontando para dentro do prédio.

- Eu adoraria, Dio. Mas tenho que terminar de resolver uns assuntos com a gravadora. E mais uma coisa, você matriculou as crianças em St. Hills, né?

Leon nada disse, apenas sorriu para a mulher, e abaixou sua cabeça e a balançou com sinal de reprovação, era uma falsa reprovação, ficava contente em saber que ele estava um passo à frente. Eles se despediram, Serina seguiu seu caminho pela calçada, a estação de metrô estava há duas quadras dali; Leon se virou, entrou no prédio e andou até o elevador, este apertou o botão e esperou-o fechar, o que não durou muito, pois ouviu alguém gritando para segurá-la, este deixou a porta abrir e deu de cara com um garoto, ou assim parecia, estava ofegante e era bem bonito.

- Oi, é Obrigado por segurar a porta... – Ele hesitou por um instante. – CARALHO! Não acredito, você é DIO, de ST. ANGER, PORRA, NÃO ACREDITO, EU SOU SEU MAIOR FÃ. – Ele estava visivelmente muito animado, tão animado que permaneceu na porta do elevador, este que quase fechou em seu braço, se não fosse pelos reflexos de Dio que o puxou para dentro rapidamente.

- Tem que ser mais cuidadoso...? – Dizia Leon indagando o nome do menino.

- Sam, Sam Harrison. – Dizia pegando na mão de Dio. – Será que poderia me dar um autógrafo? Um abraço também? Uma palheta?!? – Parecia que nada poderia conter a animação do garoto.

- Claro... – Ele estava visivelmente constrangido, mas adorava seus fãs. – Vamo pra cara, deve ta tudo bagunçado ainda mais que acabei de me mudar, mas devo achar uma palheta para você, senhor Sam.

- Senhor? Por favor, tenho só 20 anos. – Dizia o garoto envergonhado, mas ao mesmo tempo feliz.

Dio não sabia dizer o que era, mas havia algo muito errado com aquele garoto, ele não parecia feliz, é claro, parecia animado ao vê-lo, mas seus olhos eram tristes, parecia um garoto solitário, o que o rockeiro definitivamente não conseguia entender, por era um garoto bem bonito, tinha um sorriso contagiante com covinhas, cabelos negros e bem curtos, tinha um brinco do lado esquerdo e parecia ter voltado de algum lugar importante, estava bem arrumado.

O percurso até a casa de Leon foi bem falante, Sam não parava de falar e fazia várias perguntas a Leon, que se sentia constrangido de certa forma, mas acabou simpatizando com o garoto, seria bom ter um vizinho desses. O garoto, alem de tudo, entendia muito de rock; logo chegaram à casa de Dio, Sam entrou timidamente, mas logo começou a se animar com algumas mobilhas de aspecto antigo e CDs, e principalmente, as guitarras. Ele também sabia tocar guitarra, nada de especial, por isto admirava a Dio.

O garoto logo conheceu Lars, que estava de saída para conhecer a cidade, e Juliet que estava em seu computador, provavelmente em seu facebook, ou procurando fotos de Crespúsculo, um de seus filmes favoritos, e o que instigou a garota a criar uma grande coleção de livros.

- Quer café? – Indagava Leon para o garoto.

- Se não for incômodo... – Dio começou a prepará-lo. – Sua casa é muito foda. Ainda to pasmo que encontrei meu ídolo no elevador do meu prédio, isso é, fantástico. – Sam continuou a tagarelar, e logo foi servido pelo café que Leon havia preparado.

- Espero que goste. Sou um ótimo cozinheiro também, pelo menos é o que meus filhos dizem. – Dizia Dio se vangloriando.

Sam elevava a xícara aos seus lábios e bebia o café feito por seu ídolo, ele mostrou uma reação positiva e quando iria fazer um comentário a porta se abriu bruscamente, um homem alto, negro com dreads em seu cabelo adentrou o local, o que mais chamava atenção eram seus olhos, brancos, era o baixista da banda, ele parecia sério, andava até o balcão onde Dio e Sam se encontravam, tinha cara de poucos amigos. Ele ficou ao lado de Sam e ficou a encará-lo, a cara aterrorizada do menino foi impagável, Dio quase começou a rir mas conseguiu se conter.

- E quem é você, Pivete? – Perguntou Cyrus, sério.

- S..s-s-sa—sam – Disse gaguejando.

- E o que faz aqui?

- É, é...e-eu-eu vim pegar uma- palheta. – Dizia o menino, continuando a gaguejar.

- E porque toma café?

- Porque...

O clima mudou totalmente, Leon não se agüentou e começou a rir, ria alto, não conseguia parar, Sam ficou sem entender, achou que estivesse zombando da cara dele, mas logo Cyrus também começou a rir, deixando o garoto ainda mais confuso.

- Desculpe garoto, não resisto brincar com carne fresca. – Dizia Cyrus ainda gargalhando.

- O Cyrus é assim mesmo – Disse Dio, começando a pegar ar depois de tanto rir. – É o brincalhão da banda.

- Ah sim... – O garoto ainda parecia meio constrangido.

- Dio, ele é o seu novo brinquedinho?  - Indagou Cyrus se aproximando do rosto do garoto.

- Não, ele é meu novo vizinho, e de preferência para de assustar o garoto. – Leon se virou para Sam. – Sinto muito, mas você poderia nos deixar a sós? Aqui está sua palheta, é minha favorita, cuide bem dela, e se quiser, volte amanhã a tarde.

O garoto assentiu com sua cabeça e saiu do local, deixando os dois conversando, estava animado, porem assustado, não havia entendido o que Cyrus havia insinuado com “brinquedinho”, afinal, Dio tinha dois filhos, então devia ter uma esposa ou algo parecido, isto deixava Sam ainda mais intrigado, afinal, era seu ídolo.

▬▬▬▬

Lars andava por Londres, via que a cidade era realmente liberal, exatamente como haviam dito, via gente andando sem camisa cheia de tatuagens, pessoas sérias, pessoas com cabelos coloridos de diversas formas, casais lésbicos e gays, realmente, nunca havia visto uma cidade tão sem preconceito, isso o deixava maravilhado, em suas antigas escolas ele sempre tinha amigos falsos, que se aproximava dele por causa de seu pai, querendo conhecê-lo e só, não lembrava de ter um amigo verdadeiro, nessa cidade, algo parecia diferente, pessoas não pareciam ligar para as aparências, e ele tinha que admitir, isto o deixava esperançoso para ter algo que nunca teve, amigos.

Ele poderia culpar seu pai por isto, mas não era culpa dele, a culpa era sua, de não conseguir ter um amigo de verdade, de não saber ver através das pessoas, ele já havia até mesmo tido uma namorada, que se aproximou dele para tentar ficar com seu pai, ele tinha sérios problemas com confiança por causa disso.

Havia parado de andar, estava parado em um parque, observando a vida deste, vendo a água de seu pequeno lago, estava distraído em seus pensamentos que não havia percebido que alguém havia sentado ao seu lado, esta pessoa puxou seu fone, abrindo um largo sorriso e cumprimentando o garoto.

- Olá. – Dizia uma garota de idade próxima a sua.

- Oi. – Respondia Lars estranhando a sociabilidade da menina.

- Sou Charlotte Madison, e aquele lá – Ela apontava para um garoto que passeava com um cachorro longe dali. – É meu irmão Gary Madison.

- Lars. Muito prazer. – Dizia ele olhando de cima a baixo na garota, notando algo intrigante. – Você estuda no St. Hills?

- Sim, acabei de sair de lá, por quê?

- Amanhã é meu primeiro dia lá, e seria legal ter alguém pra me mostrar a escola, e a cidade. Acabei de me mudar.

A garota parecia radiante pelo que Lars havia dito, ela concordou de bom grado, mas infelizmente já tinha que ir, seu irmão a estava chamando e ele não gostava de esperar. Charlotte parecia uma garota bem sociável e parecia o tipo que tinha vários amigos, para muitas pessoas era falsidade, mas os amigos mais próximos dela sabiam que não, ela tinha um aspecto físico simpático, era meio gordinha, seus cabelos curtos e negros combinavam com o formado de seu rosto, porém, mesmo não sendo a garota tida como perfeita, era uma das mais cobiçadas de St. Hills, isto devido a sua personalidade contagiante, e seus olhos negros e misteriosos.

Seu irmão era bem diferente, podia-se dizer que o oposto, não era tão sociável, era quase que um rebelde, vivia se metendo em confusões, apesar de sua aparência angelical, cabelos loiros e olhos azuis, parecia alguém amargurado; e não tinha muitos amigos.

Após a garota ir embora Lars se convenceu de que as coisas poderiam realmente mudar, então, se levantou e decidiu voltar para sua casa, não queria se perder, então, seria melhor voltar enquanto estava claro.

▬▬▬

A banda estava reunida na sala da casa de Dio, exceto por Drake. Estavam discutindo o futuro festival que viria e a banda se apresentaria, seria o começo da vingança de Leon, graças à ajuda de Cyrus, Drake e Serina poderiam dar início ao plano.

- Finalmente vai começar. – Dizia Serina em uma poltrona, bebendo um pouco de Champagne.

- Colocaram as pessoas que pedi nos acentos VIP, né? – Perguntava Dio tragando seu cigarro.

- Sim, os convites já foram recebidos, e creio que eles não perderão essa oportunidade. – Dizia Cyrus confiante.

- Então, para comemorarmos o começo do fim, um brinde à vingança. – Dizia Dio elevando seu copo, sendo seguido pelos outros dois.


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Notas finais do capítulo

É issae, próximo capítulo teremos mais ação no que diz respeito à vingança. xD



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