Opções Da Vida escrita por Thamires


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora do capítulo. Me faltou criatividade para escrêve-lo, mas consegui! Graças aos meus amigos e aos leitores que pediram os capítulos, aqui está o 4º. Espero que gostem. (A fic não acaba aqui, tem um grande acontecimento vindo)



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06 de outubro


Laura, agora, continuava a ir para a escola triste,
aguentando olhares de desdém, mas quando voltava para casa vinha alegre. Ele realmente a fazia bem, muito bem! Apenas em vê-lo, ou talvez apenas o seu
sorriso ela ficava bem.

Era automático.

Agora eles conversavam mais vezes, haviam trocado telefones,
ele havia contado a ela muitas coisas sobre ele e sobre a vida dele e ela o
mesmo. Só não chegaram a tocar no assunto dos cortes no pulso de Laura. Ele
sabia que não deveria tocar no assunto, era desagradável para ela e que se ela
quisesse lhe contar o real motivo ele estaria ali. Claro. Ele queria saber o
porque dos cortes, o motivo para ela fazer isso. Ele queria ajudá-la no que
pudesse.

Mas ela sabia que mesmo ele estando ali já era uma enorme
ajuda. Fazia alguns dias que ela parara de chorar e de se cortar. Ela colocava
em seu caderno tudo o que sentia. Mas o que mais a alegrava era apenas conversar. Aqueles dez minutos no ônibus, que antes era uma eternidade, agora passavam rápido demais.

Até que uma atitude inesperada dele – mas que ela estava
aguardando ansiosamente – a deixou feliz e ao mesmo tempo assustada.

— Sábado..err...você vai fazer algo? – ele perguntou.

— Não – respondeu ela, na expectativa.

— Aah...então, gostaria de ir dar um passeio?

— Claro! – respondeu entusiasmada – Para onde vamos?

— Err...ainda não pensei nisso. – deu um sorriso de canto e
ela riu – Mas quem sabe na praça perto da sua casa? – ele continuou.

— Ótimo! Pode ser às 19:00?

— Estarei lá! – ele disse.

Naquela noite ela pegou seu caderninho e escreveu. Escreveu
sobre como ele a fazia feliz apenas em conversar e sobre o convite que lhe
fizera. Não sabia como demonstrar em palavras o quão ansiosa estaca para a
noite de sábado. E ele também, é claro. Poderia-se dizer que estava mais
ansioso que ela.

Faltavam 3 dias ainda. Três torturosos e ansiosos dias.


07 de outubro (quinta-feira)

O dia estava chegando, faltava ainda mas estava chegando. E

a ansiosidade aumentava a cada hora que passava.

Ela ainda tinha que escolher o que vestir, mas continuou escrevendo
em seu caderno, depois da escola:


“Hoje conversamos

mais, isso me faz...bem, feliz. Não chego a acreditar que eu esteja fazendo isso novamente, tomara que desta vez não seja apenas ilusão! Se pudermos ser apenas amigos, está ótimo!

Ainda tenho que decidir o que vestir e o que falar também, é...em partes. Sei que conversamos todos os dias, mas isso é um encontro não?

Sim, estou ansiosa. Ansiosíssima!

Um amigo! O que mais queria, e consegui!

Escolhi a opção certa, espero. Não quero me iludir ou me magoar mais com amizades falsas, mas vejo um grande futuro nesta. Só espero estar certa!”


Quinta passou devagar demais e Laura sabia que sexta seria
ainda mais devagar. Sexta não houve aula e ela passou o dia novamente em seu caderno, tentando demonstrar o quão realmente estava ansiosa, e também parte do dia foi em escolher uma roupa.

Acabou escolhendo um vestido florido, lindo, uma sapatilha e
uma daquelas bolsas de lado.


09 de outubro


Dia do encontro. Passou a tarde ansiosa. Não faltavam borboletas no estômago. Quase não comeu nada e sua mãe pensou que ela estaria doente. Enfim chegou 17:30 e ela começou a se arrumar pois sabia que sempre
demorava. Tomou um demorado banho e colocou seu vestido florido que realçava seus cabelos ruivos, sua sapatilha e arrumou sua bolsa onde colocou seu celular, lenços, e todo o necessário que as mulheres levam em uma bolsa. Quando olhou no relógio faltavam 30 minutos para o encontro e agora sim ela estava quase com ância de tanta ansiosidade.

Ele também. Se arrumou rápido e chegou 15 minutos mais cedo
do que o marcado. Quando ela saiu de casa, respirou fundo e pensou “Agora não dá para fugir, voltar atrás!”. Foi andando até a praça com as mãos completamente geladas. Era diferente. Não era só uma conversa no ônibus como sempre, e ela sabia, tanto que havia colocado isso em seu caderno. Era um encontro. Ali se conheceriam um pouco mais e quem sabe, se ela não estragasse tudo, se tornariam amigos...o que ela realmente queria muito!

Quando pôs os pés na praça viu ele sentado em um banco olhando para os lados, procurando-a. Guilherme estava mais lindo do que nunca e quando avistou-a deu um belo sorriso e ela retribuiu. Ele estava de jeans, uma
camiseta azul e seus olhos brilhavam quando viu ela.

Conversaram muito, mais do que no dia-a-dia. Depois resolveram comer um lanche da barraquinha de cachorro-quente que havia na praça. Estavam dividindo a lata de refrigerante, sentados na mesa que havia para os clientes. Quando ela foi pegar o refri, de repente e no mesmo instante, distraído ele também e assim acabaram encostando os dedos e Laura sentiu um arrepio, certamente ele também.

— Aah, desculpe, desculpe – disse ele rapidamente.

— Não, tudo bem. – disse ela, rápido também e com um sorriso
de canto.

Ela bebeu um pouco e deixou a lata no mesmo lugar em que estava anteriormente ao ocorrido, o que eles até gostaram, por dentro.

Foi uma noite muito agradável para os dois. Novamente se sentiram bem um ao lado do outro e no fim ela lhe deu um abraço, pelo menos
tomou um pouco de coragem para realizar certa proeza vindo dela, uma pessoa
muito tímida.

— Obrigada pela noite! Adorei! – disse soutando-o do abraço que ele retribuiu.

— Eu também, adorei!

Quando ela chegou em casa subiu correndo para o quarto, era
mais ou menos umas 22:00 e começou a escrever em seu caderno, claro, não
poderia deixar de fazer isso.

Escreveu tudo, do começo ao fim, sobre quando havia chegado
na praça e sobre o encostar dos dedos, sobre as conversas e sobre o abraço.
Tudo.

Não queria deixar escapar todos os momentos felizes daquela

noite que ela não queria que acabasse nunca, queria ficar ao lado dele. Ao lado de quem a realmente fez feliz por um longo período.


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Notas finais do capítulo

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