Hardest Of Hearts escrita por Jessie Austen


Capítulo 18
Spectrum (Say My Name)


Notas iniciais do capítulo

"Quando nós viemos pela primeira vez aqui
Nós éramos gelados e éramos claros
Sem cores em nossas peles
Nós eramos transparentes e finos como papel
E quando nós viemos pela primeira vez aqui
Nós éramos gelados e éramos claros
Sem cores em nossas peles
Até que nós deixamos o espectro entrar
Diga o meu nome
Enquanto todas as cores se iluminam
Nós estamos brilhando
E nunca teremos medo novamente
E quando nós viermos para você
Estaremos vestidos de azul
Com o oceano em nossos braços
Beijaremos seus olhos e beijaremos suas palmas
E quando for tempo de rezar
Nós estaremos vestidos de cinza
Com metal em nossas línguas
E prata em nossos pulmões
Diga meu nome
Enquanto todas as cores se iluminam
Nós estamos brilhando
E nunca teremos medo novamente
E quando nós voltarmos estaremos vestidos de preto
E você vai gritar meu nome bem alto
E nós não comeremos e não dormiremos
Nós vamos tirar os corpos das suas covas
Então, diga o meu nome
E todas as cores se iluminam
E nós estamos brilhando
E nunca teremos medo novamente
Diga o meu nome
Enquanto todas as cores se iluminam
Diga o meu nome
Enquanto todas as cores se iluminam
Nós estamos brilhando
E nunca teremos medo novamente
Diga o meu nome
Nós estamos brilhando
Diga o meu nome
Diga o meu nome
E nunca teremos medo novamente..."



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Quando o dia seguinte chegou, Loki nem havia dormido.

Observando Thor ao seu lado, só conseguiu pensar o quanto era sortudo ter tido o seu afeto. Nunca havia entendido muito bem o que havia motivado o loiro a isso, mas talvez o amor fosse algo sem respostas mesmo. Quando mais pensava maior era sua angustia.

Resolveu se levantar e preparar o café. Quando Thor acordou a mesa já estava pronta.

Eles teriam que ir até caquele ponto em que estiveram ontem e levar Thor. Mas qual seria a desculpa? Thor desconfiaria? Loki de certa forma estava traindo sua confiança e teria que fazer da maneira mais certeira que conseguisse.

- Bom dia! – cumprimentou o loiro assim que chegou à cozinha.

- Bom dia...já coloquei café para você. – disse Loki entregando uma xicara.

- Obrigado. Hum. Nossa, forte...

- Desculpe-me.

- Eu nunca entendi também essa coisa de cafeteira....

Alguns minutos depois Thor reclamou de tontura e desmaiou com o sonífero mais forte que Loki havia comprado e colocado em sua bebida.

- Oi Anne. Sim, estou pronto, chame o Eric, por favor. Eu fui horrível...

- Loki...ainda dá tempo de mudar de idéia.

- Não, Anne. Não. Espero vocês.

Seu choro ecoava pelo quarto. Enquanto ele acariciava o rosto de Thor, falava palavras em seu ouvido, dizendo que o amava e pedindo desculpas por todo o dano que havia causado.

- Você não merece ser privado de sua vida, de sua identidade, de sua família, de seu reino por minha causa, meu amor. Se eu aceitasse isso, de nada valeria meu recomeço como humano.

A campainha tocou. Era Anne e Eric que ajudaram Loki a colocar Thor no banco de trás do carro.

No caminho o silêncio era a única coisa que havia. Loki olhava aquelas estradas.

Uma decisão tão consciente e ao mesmo tempo tão louca. Mas mesmo se ele se arrependesse, sabia que tinha feito a coisa certa e não havia agido de maneira egoísta, da maneira pelo qual ele agiu em toda a sua vida. Era por causa dele que os dois estavam naquela situação agora.

- Loki...chegamos. – disse Anne segurando seus ombros enquanto ele tinha seus olhos fechados.

Ele saiu do carro e olhando para aquela imensidão azul acima e chamou por seu pai.

Após alguns momentos, o pai de todos enfim chegou.

Eric e Anne o cumprimentaram e se afastaram, ficando próximos ao carro, onde Thor ainda estava desacordado.

- Você não mudou de idéia. – ele disse.

- Essa é a decisão mais importante que eu decidi, meu pai. Não poderia mudar de idéia.

Odin o observou por um tempo. No rosto de Loki havia agonia, exaustão e tristeza. Por fim disse:

- A decisão que tomei hoje também foi importante. Dependerá apenas de você, agora. Loki, eu quero você e Thor voltem para a casa.

Loki o olhou, completamente surpreso.

- O quê? Mas como, meu pai? Eu fui expulso...

- Sim, você foi. Foi a sua condenação...de algo muito ruim que você havia feito. Eu sei que terei que enfrentar, que nós teremos que enfrentar alguns impasses. A população de Asgard não esqueceu o que se passou, obviamente. Mas se você retornar sem poder, se você pedir desculpas...nós pensaremos em algo, o que eu quero é meus filhos de volta.

Loki correu e abraçou Odin entre lágrimas. Naquele momento pela primeira vez ele sentiu o que era ser amado por sua família.

- O senhor fala sério, meu pai?

- Nunca disse nada mais sério. O que você fez foi imperdoável, mas eu também tive a minha parcela de culpa quando não demostrei que o amava tanto quanto Thor.

- Meu pai, não se culpe...eu era tão cego, eu fui tão egoísta.

- Você mudou Loki. Completamente. A humanidade lhe mostrou um lado até desconhecido.

- Sim.

- Hoje pela manhã eu e sua mãe anunciamos seu retorno à Asgard.

Loki ainda chorando, sorriu e abraçou Odin mais uma vez.

- Obrigado, meu pai. Eu prometo honrar a cada segundo essa segunda chance.

- Eu sei que sim.

De repente seus olhos e coração se voltaram para Anne. Loki deveria deixa-la. Mas como?

Olhando para a sua amiga, ele então perguntou para seu pai.

- Mas...Anne. Eu me separarei dela?

- Desde o primeiro dia em que você veio para a Terra, Anne me chamou a atenção. Ela é uma humana excepcional. Gostaria que ela fosse também. Se ela quiser, é claro.

Anne que até então ouvia tudo, olhou para Loki, Eric e por último Odin.

- Eu? Para Asgard?

- Anne! Vamos...por favor! – respondeu Loki se aproximando e segurando suas mãos.

- Mas desta maneira...eu me tornaria...imortal.

- Sim, se tornaria asgardiana. Anne. Essa decisão é toda sua, mas deixe-me expressar o quanto eu desejo que você vá.

Anne gostava da ideia. Na verdade era espetacular e inacreditável.

- Mas...eu tenho meu trabalho...e o Tom.

- Você pode levar o Tom também! Ele vai adorar o palácio...

- O que é um Tom? -  questionou Odin.

- É o meu gato, senhor. – disse ela sorrindo, completamente desacreditada.

- Minha felicidade estará completa se for. – Loki disse enquanto abraçava Anne.

- Sendo assim, eu irei. – ela respondeu sorrindo de volta.

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Fazia uma bela tarde em Asgard enquanto Loki lia seu livro tranquilamente à margem do rio próximo ao palácio quando Anne se aproximou.

- Olá, está gostando de Asgard? – ele perguntou enquanto ela se aproximava e sentava ao seu lado.

- Amando. Esse é o seu lugar preferido? Aquele que você tinha me dito quando ainda éramos humanos? – ela perguntou toda orgulhosa.

- Sim. Sentia falta daqui. Gosto do vento e do Sol que batem de maneira harmoniosa. Essas antigas árvores atrás de nós dão esse frescor típico de Asgard. Foi aqui que eu soube que amava Thor, também.

- De verdade?

- De verdade. Havia alguns garotos que simplesmente me perseguiam, mesmo eu sendo filho do rei. Um dia eu e Thor estávamos passando por este trecho quando ele me disse: “Loki, você parece triste...e eu sei o por quê. Quero que saiba que eu gosto de você exatamente do jeito do que você é, para mim...você é perfeito. E eu bati em todos ele por você, eu sempre vou protege-lo”. – disse Loki gargalhando com Anne.

- Que lindo.

- Bem o estilo Thor de ser. Foi naquele momento que eu percebi que eu o amaria enquanto vivesse.

- Naquele momento eu percebi que te amava também.

Os dois se viraram e viram Thor atrás dele sorrindo.

- Muito bem! Eu acredito ter algumas tarefas...vocês sabem. Dar comida para o Tom.

- O Frandal perguntou três vezes sobre você, Anne. Depois da festa de ontem, acho que você conquistou um admirador. – contou o loiro, sentando-se próximo de Loki.

- Frandal? Sério? Bom, tenho que ver o que usar hoje à noite então. Vou pedir ajuda rainha. – disse ela piscando e após se despedir, foi embora.

Loki segurou a mão de Thor e a beijou carinhosamente.

- Você ainda está muito bravo comigo?

- Não depois de ontem à noite. – disse ele sorrindo.

- É sério, Thor. Eu não queria magoá-lo, apenas protegê-lo.

- Eu nunca o esqueceria, Loki. O que sinto por você é maior do que memória, faz parte de quem eu sou. Eu o acharia de qualquer maneira.

- Eu sei disso. Mas eu precisava...me desculpe, Thor.

O mais velho então o beijou levemente e com um sorriso, respondeu:

- Mesmo se eu não quisesse. Eu nunca deixaria de te perdoar.

Loki então fez Thor deitar e começou a beijá-lo demoradamente.

- Quem poderia um dia prever que eu estaria com você após tudo isso? – ele perguntou, deitando ao lado de Thor.

- Não poderia ser diferente. Eu nasci para te proteger, Loki. Lembra?

O mais novo sorriu e respondendo:

- E eu nasci três vezes. Uma vez asgardiano, uma vez humano e por último asgardiano. Apenas por um motivo: te amar, Thor.

Os dois se olharam. Loki tinha seus olhos verdes cravados no infinito azul de Thor e aquele era o seu lugar, ele soube.

As palavras não foram mais suficientes e Loki e Thor então se beijaram mais uma vez, três, cinco vezes.

Fazia uma bela tarde em Asgard...


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Notas finais do capítulo

- Espero que tenham gostado!
=)
Tinha pensado em outro final...algo estilo "Efeito Borboleta", mas acho que este encaixou melhor depois de Loki e Thor sofrerem tanto.
Poxa, nunca sei o que dizer quando a fic acaba.
Sei que vou sentir saudades dela...
Um muito obrigada para quem leu.
Nos vemos por aí...tenho outras FICs Thor & Loki, espero que gostem também.
Um beijinho e até logo! *_*



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