Faith. escrita por July Carter


Capítulo 1
Capítulo um - Único.


Notas iniciais do capítulo

Tive essa ideia enquanto eu estudava para a minha prova de cidadania -q
Não é para conscientizar é só para dizer os contras do uso dessa coisa abominável que é a droga. Enfim, espero que deem uma oportunidade para a one que é a primeira de nós duas juntas.
As partes em itálico são lembranças da Bella.



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Olheiras profundas eram a marca registrada do pálido rosto de Isabella desde os últimos anos. Seu olhar era vazio e quase que impenetrável na sua vida não havia cor e todos sabiam de seu sofrimento. Sua história era conhecida por diversos membros da medicina, mas aquilo não fazia com que ela se sentisse melhor ou mais segura. Na verdade, aquilo fazia com que ela se sentisse ainda pior, pois dava-lhe a certeza que aquilo era real.
Apesar de não passar dos trinta anos seu coração não batia com o mesmo vigor de antigamente. Há muito tempo ela tinha perdido a vontade de viver, se sentia oca por dentro, encurralada em seu próprio mundo. Em sua prisão de ferro. Sem paredes ou janelas.

- Você sabe que eu sinto muito Isabella. – Uma voz grossa e grave fez com que ela pulasse da cadeira em que estava sentada e concentrada em sabe-se lá no que.

O ambiente era claro, típico daqueles hospitais de luxo visto apenas em filme, mas ao contrário da impressão de paz que o lugar deveria dar a todos que estavam ali à aflição tomava conta de si. O lugar lhe trazia a dor e o sofrimento para todos. Trazia também lembranças de eras distantes. 

Bella balançou a cabeça assentindo lentamente e um sorriso fraco brotou em seus lábios. Seu olhar foi direcionado para o chão de limpeza impecável. Um alto suspiro foi ouvido e quando finalmente ergueu sua cabeça novamente foi para despejar tudo que sentia em seu coração.

- Claro que sei. Ficou muito difícil para o Sr. e a Sra. Cullen sustentar a namoradinha de seu filho enfermo e uma neta bastarda que nem sabe se é sua neta de verdade. – Disse de forma fria. – E você Emmett? Não vivia dizendo que amava seu irmão, que nunca deixaria que algo de mal acontecesse a ele. Onde está esse amor? Por que quer ajudar seus pais nessa loucura de acabar com a vida dele?

- Já se passaram cinco anos Isabella. Cinco anos. Tem noção do quanto tempo é isso? Você não está apenas se condenando, está prolongando o sofrimento da sua filha também. – Ele olhou em direção a cama. – Amo Anelise, amo você e amo ainda mais meu irmão, mas não podemos simplesmente prolongar sua estadia nesse mundo.

Ela sabia que Emmett estava certo, mas odiava admitir a verdade. Tentava ao máximo se convencer que não era verdade que um dia Edward ficaria em pé novamente.

- Eu nunca vou abandoná-lo. – Uma pequena lágrima surgiu no canto de seus olhos.

Emmett suspirou pesadamente e sentou-se na frente da garota olhando-a nos olhos.

- Você sabe que ele não irá acordar nunca mais. Infelizmente Edward não tem mais volta. Um dia terá que aceitar isso. – Falou tentando pegar a mão da garota para mostrar apoio, mas ela apenas se afastou do rapaz.

Seus olhos traziam um misto de raiva e indignação. Aquela ferocidade que aparecia toda vez que tocavam naquele assunto de desligar os aparelhos a atormentava. Aquelas eram as coisas que davam a vida para o homem que era amava. Ela nunca iria permitir tal ato, não iria demonstrar fraqueza cedendo à pressão de ninguém, continuaria firme e forte com sua esperança e sua certeza.

Isabella tinha certeza de que um dia iria acordar, mas bem lá no fundo sabia que provavelmente isso não aconteceria. Lembrava-se de como o encontrara naquela noite sombria. À noite onde tudo mudou e seu pequeno conto de fadas desmoronou.

O corpo de seu amado caído no chão encolhido ao lado de vários pacotes de drogas, seringas jogadas por todos os cantos. Seu corpo estava completamente nu, saía sangue por seu nariz. Foi a pior visão de sua vida, sem sombra de dúvidas. Mas o que mais a afetou foi o fato de saber que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. Por mais que ela o alertasse Edward não pensou em momento algum em parar de se drogar, ao invés disso, consumia cada vez mais aquela praga, chegando até a cometer loucuras para abastecer seu vício. Uma de suas últimas loucuras marcou a sua vida eternamente.

- Não adianta o que vocês digam. Não consegue entender Edward? Eu nunca vou deixar que vocês acabem com Edward. Nunca! – Exaltou-se gritando.

Emmett olhou para o lado, balançou a cabeça em negação e suspirou pesadamente.

- Essa é uma escolha inteiramente sua Isabella. Você tem duas opções. Continuar acreditando cegamente nesse sonho e saber que está se magoando constantemente ou deixar que tudo se vá, encarar a realidade e tentar reconstruir sua vida. – murmurou levantando-se e deixando-a sozinha com Edward.

Assim que a porta se fechou ela percebeu que estava novamente sozinha. Os únicos barulhos ouvidos dentro da sala era o da sua respiração irregular e do “bip” extremamente irritante, porém essencial para a vida dele. Esse era o sinal de que ele ainda estava ali com ela, o sinal de que a máquina ainda estava ligada ao corpo do garoto que descansava há mais de cinco anos como se estivessem tentando repor as forças para voltar após um longo sono.

Os olhos opacos de Isabella miraram na janela e seu pensamento voou para como era sua vida antes de tudo acontecer e no que havia mudado nesses cinco anos. Tantas coisas aconteceram simultaneamente, tantos problemas. Até pararem ali, naquele melancólico quarto de hospital. Ela lembrava-se exatamente de tudo, desde o inicio do seu pesadelo até agora.

- O que foi Bella? – Perguntou Edward enquanto ela o puxava até a praça da pacata cidade para poderem conversar melhor.

O garoto a encarava com tédio reprimindo em vão o bocejo.

Quanto mais rápido ele saísse dali mais “feliz” ele estaria. Mas Isabella não ligava muito para essa “felicidade”, ela realmente estava preocupada com ele.

Edward nunca fora o garoto problemático e suas ações de agora não lhe faziam sentido algum...

- Edward, o que está acontecendo com você? – sussurrou. – Está distante, estranho, na verdade. Não está se concentrando em mais nada, nem mesmo na faculdade! – exclamou. – Lembra-se que esse era seu sonho? Ser médico, salvar vidas. E agora? Está impaciente com tudo, some várias vezes na semana e sem contar nessas suas crises de tosse frequentes. – despejou tudo de uma vez só e ele apenas suspirou desviando o olhar.

- Vai ficar na minha cola agora? – esbravejou. – Nem posso mais tossir que irá reclamar. – debochou seco.

- Sabe que me preocupo com você. É o meu melhor amigo, quando irá cair a ficha? – perguntou em baixo tom enquanto as lágrimas caíam por suas bochechas.

- Não preciso de babá Swan. Estou bem e já lhe disse isso. – Exaltou-se o que consequentemente fez com que Isabella cambaleasse para trás.

Seu coração por um momento bateu mais rápido do que o normal. Ela sabia, ou melhor, sempre desconfiou que algo de errado estava acontecendo com ele, mas e agora? Ela tinha plena certeza.

- Você está usando drogas. É isso não é?

Ele desviou o olhar para baixo e suas mãos se entrelaçaram demonstrando o nervosismo, Bella arfou.

- Edward! Eu não posso acreditar...

- Você não sabe de nada Isabella. Nada! – A interrompeu antes mesmo dela conseguir completar a frase. – Agora para de me irritar. Deixe-me em paz.

Edward saiu em passos largos e deixou para trás uma garota que chamava seu nome desesperadamente preocupada. Foi ali o inicio do declínio de Edward Cullen.

Um bolo se formou na garganta dela como em todas as vezes que se lembrava daqueles momentos, todos os malditos momentos que fizeram com que ela chegasse ali, naquele hospital com Edward em coma, ela em pedaços por dentro e por fora e o pior de tudo é que seus atos precipitados ainda influenciaram na vida de uma terceira pessoa que não tinha culpa alguma em nada disso, mas sofria diariamente juntamente com a mãe.

Três pessoas e um mesmo problema que destruiu duas vidas. Isso era a coisa mais revoltante.

- O que está fazendo aqui? – Bella se virou assustada ao ouvir a voz irritada vinda da porta do quarto. Ela prendeu a respiração por alguns segundos.

Bella nada disse, apenas levantou uma de suas mãos onde segurava a prova que estava procurando. Edward tinha chegado ao ápice de sua dependência, escondia drogas em sua própria casa.

Ele empalideceu no mesmo momento, depois ruborizou de raiva irritando-se ainda mais. Se aproximou dela e com violência apertou seu braço jogando-a contra a cama.

- Largue isso aí! – Um rosnado escapou por seus lábios. 

Em seus olhos as marcas do ódio estavam vincadas.
A adrenalina agora corria por suas veias em uma velocidade impressionante, odiava-se por ter chegado naquele ponto, mas era algo que estava muito além do seu controle. Ele agia por um extinto. Um extinto que não fazia parte da sua natureza, mas sim de uma bem maior. Ele estava sendo dominado por uma coisa muito mais dominadora e manipuladora que qualquer pessoa... A droga.

- Edward você está me machucando. – A voz da garota era típica de desespero. – Por favor, por favor, me solte. Está estragando sua vida, não vê?

- Você não sabe de nada. Cale a boca. – Ela já havia perdido a noção de quantas vezes ouvira aquilo de seus lábios.

- Vou contar para seus pais. – sussurrou temendo a reação do rapaz.

Com violência ele estapeou o rosto da amiga. Não era mais ele naquele corpo e sim um monstro criado por si próprio. Um ser que temia mais que tudo ficar fora de sua força vital, que era capaz de fazer qualquer coisa para permanecer sendo dominado diariamente.

- Você não faria isso. – sussurrou quase que para si próprio. – Você me ama Isabella, não seria capaz de me magoar assim.

- Eu estou tentando te salvar, por que só você não consegue entender? – Seus olhos se fecharam e só se abriram novamente quando sentiu a dor de está sendo violentada.

As lembranças daquele dia eram as mais fortes e mais devastadora de todas. Ela sentia um calafrio todas as vezes que era obrigada a lembrar-se delas. Com dificuldade ela se levantou da cadeira e caminhou até a maca onde encarou o rosto empalidecido e sem vida dele. Suas mãos foram levadas até os seus lábios, lábios os mesmos que já a magoaram tantas vezes, mas que nunca conseguiu deixar de amar. Inconscientemente, abaixou sua cabeça na direção do rosto dele e ela só saiu daquele transe quando sentiu seus lábios colados mais uma vez.

- Não quero te ver nunca mais Cullen! – gritou enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto em abundância. – Está me ouvindo!? NUNCA.

- É um favor que me faz Swan. – sussurrou enquanto se levantava da cama e arrastava pelo braço até a porta. Quando a largou do lado de fora do quarto ela o encarou pela última vez com “vida”.

- Eu irei contar tudo para os seus pais. – sussurrou.

Novamente a fúria o atingiu. Ele puxou-a pelo braço e a jogou com força até vê-la bater com as costas contra a parede. Um líquido quente escorria livremente por suas costas, a dor era quase que insuportável, mas ela não ligou apenas continuou encarando transtornada.

- Vá embora. – ele rosnou antes de bater a porta com força na cara dela.

- Sabe o que eu nunca vou conseguir entender meu amor? – sussurrou entre soluços e por um momento teve a leve sensação de que ele a ouvia. – O que te levou a usar isso. – Ela acariciava seu rosto com as pontas dos dedos trêmulos. – Eu te amo. – suspirou. – Mas sempre fui covarde demais para conseguir admitir isso.

Aos poucos ela se aproximava do apartamento de classe alta. Havia duas semanas do acontecido e há exatamente duas semanas Edward não havia aparecido.
Durante todo o trajeto de as casa até ali, suas mãos estavam em um pequeno crucifixo escondido no bolso de seu casaco, algo estava errado. Disso ela tinha certeza.

Vagarosamente ela subiu as escadas que a deixavam de frente com o apartamento dele. Seu corpo gelou e seu coração acelerou no momento que encarou a porta de frente entreaberta.

- EDWARD. – gritou em desespero esperando-o abrir a porta após alguns minutos, mas ele não apareceu.

Ainda mais desesperada, ela forçou a maçaneta que quebrou em um estalo. Um suspiro de alívio escapou por seus lábios. Toda a casa estava em perfeito estado.

- Edward. – chamou novamente, mas só o que recebeu foi o silêncio. – Estou aqui para perdoa-lo. – sussurrou enquanto continuava procurando-o pelos cantos.

O coração de Isabella se apertou quando ele se aproximou da cozinha e ao entrar na mesma um grito de horror escapou por seus lábios.

O corpo de Edward estava jogado no chão sem nenhum pudor.
Pedras de crack estavam espalhadas ao seu redor, seringas sujas de sangue estavam próximas umas das outras. Seu corpo estava totalmente despido e ele desacordado. Desesperada jogou-se ao lado dele segurando seu braço em busca de pulso enquanto buscava o celular na bolsa. 

- Preciso de uma ambulância o mais rápido possível. – sussurrou Isabella.

- Por que fez isso meu amor? Tínhamos uma vida inteira pela frente e você acabou com tudo.

O barulho da porta abrindo fez com que ela se afastasse do corpo e olhasse para o lado suspirando.

Uma pequena garota de cabelos negros e olhos de um verde claríssimo iguais aos do pai entrou correndo pelo quarto e pulou no colo da mãe fechando os olhos. Lágrimas desciam pelos mesmos, calmamente, Isabella as limpou.

- O que houve? – sussurrou afastando os cabelos da filha de seu rosto.

- Eu... – gaguejou com medo de ser repreendida.

Apesar de pouca idade, Anelise sabia o quanto sua mãe odiava ser interrompida enquanto estava em seu momento “íntimo” com Edward.

- Você o que Anelise? – perguntou de forma dura odiando-se por dentro.

- Ela está aqui porque nos viu. – Uma jovem senhora de aproximadamente quarenta e seis anos entrou no quarto, ao lado estava um senhor de idade aproximada. Ambos possuíam um sorriso duro nos lábios.

- O que faz aqui? – Bella colocou a pequena filha no chão encarando os “sogros”.

- Viemos olhá-lo pela última vez. – Disse Esme de forma calma.

- Vocês não vão desligar os aparelhos. – Bella pronunciou aquelas palavras em um tom determinado.

- Você não fará nada para nos impedir querida. Nós somos os pais. Você é só uma garotinha.

- Sou a mãe da filha dele. – Bella aproximou-se da senhora. – Ninguém tocará nele, não enquanto eu ainda estiver nesse mundo.

- Edward nunca irá voltar Isabella. Encare os fatos. – O senhor se pronunciou pela primeira vez.

- Não importa. Permanecerei aqui até meu último suspiro.

- Nunca lhe disseram que você é muito controladora garota? – Esme se aproximou ainda mais de Isabella. – Talvez por isso ele tenha recorrido às drogas. Por ter começado a andar com pessoas feito você.

- Do que está falando? – Isabella praticamente gargalhou. – Está colocando agora a culpa em mim? Você que não o valorizava da maneira que ele merecia. Eu sei que toda vez que o via era para reclamar das notas que ele tirava no colegial ou para dizer que ele não era o melhor aluno da faculdade de medicina. Você, Sra. Esme Cullen, sempre o desvalorizou. Sempre o desmereceu. Nunca disse um “muito bem meu filho”. Apenas cobrava dele. Cobranças e mais cobranças. Isso cansa! E agora está tentando fazer a mesma coisa com a minha filha.

- Você não sabe do que está falando... Sempre fui uma mãe carinhosa e estou cuidando da Anelise porque você prefere ficar nesse conto de fadas do que despertar para a realidade.

- Acha que ser mãe é apenas dizer: Não use drogas? Ou, estude meu filho se não você não irá a lugar nenhum. Em momento algum eu te vi ao lado dele. Até nos momentos mais difíceis ele preferiu estar ao meu lado do que ao seu. Então por favor, guarde o pouco da dignidade que lhe resta e saia daqui. Deixe que eu cuido mais uma vez de seu filho. Quer se livrar das responsabilidades? Esqueça que ele existe. Só não me peça para esquecê-lo. Porque eu o amo. O amo de verdade.

- Você é louca. – sussurrou. – Se continuar com isso irei tirar Anelise de você para sempre. – sorriu de forma fria saindo do quarto.

Isabella voltou a olhar para o corpo dele e suspirou pesadamente.

- Me desculpe por ter te abandonado. Me desculpe por não ter feito o suficiente para salvá-lo. – ela respirou fundo e aproximou seus lábios dos deles os tocando brevemente. – Acho que pela primeira vez na vida estou vendo tudo com razão. Preciso deixa-lo ir. – ela olhou para o lado – Preciso cuidar de nossa filha...

Com as mãos trêmulas ela levou uma de suas mãos até o aparelho e o desligou.

O som do “bip” se sessou pela primeira vez em cinco anos.

- E em pensar que um dia eu ainda sonhei em encarar seus olhos verdes novamente... Somente uma vez mais.

Abalada, ela segurou a mão de Anelise e caminhou em direção à porta.

- Papai ficará bem mamãe? – A pequena sussurrou.

- Sim meu amor. Agora ele ficará bem.

Suas mãos foram direcionas a fechadura e quando ela estava prestes a sair um murmúrio fraco fez com que um largo sorriso escapasse por seus lábios e seu coração batesse freneticamente como nunca havia batido antes.

- I..sa..bella. Eu. Te amo. – a voz rouca e compassada fez com que ela se virasse imediatamente.

O sonho de muitos anos havia sido realizado. Ela estava encarando aqueles olhos verdes novamente. Ela estava ouvindo-o novamente.

O que um dia aconteceu agora ela era uma página virada. Ele havia acordado de um grande repouso, repouso que para muitos poderia ter sido sem volta. Por um milagre ele estava vivo.

Graças à fé e a coragem dela...

“Uns tomam éter, outros cocaína. Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria”.

Manuel Bandeira

FIM


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Notas finais do capítulo

Se gostaram deixem um review, nos deixará muito feliz, se gostaram muito mesmo recomendem.
Obrigada para quem leu a One.