It Was Panic! At The Disco escrita por thisistherealryanross


Capítulo 5
Capítulo 5




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Já no dia seguinte, à tarde, Ryan foi à casa de Spencer, onde Brendon também estava

- Oi - Ryan estava com olheiras e com o nariz vermelho

- Tudo bem?

- Tudo

- Não parece. O que houve?

- Não houve nada

- Não adianta tentar me enganar

- É o Brad...

- O que tem ele?

- É que ele é quase um irmão para mim

- Ele não parece seu irmão... - Brendon interrompeu

- Como é?

- Nada. Eu não disse nada

- Continue

- Ele só ficou por dois dias. E eu não o via há muitos anos. Ele sempre conversava comigo, quando eu sofria bullying e não tinha nenhum amigo. Foi ele quem me acolheu, ele sempre me entendia. Eu quase nem conversei com o Brad. Agora vou ter que esperar sete malditos meses para vê-lo novamente - Ryan não conseguiu se conter, e então começou a chorar

- Você vai poder conversar com ele pelo telefone

- E os pais dele estão se separando. Eu queria muito estar lá para apoiar ele, como ele sempre me apoiou. Ele sempre esteve comigo quando eu precisei. E eu? Eu devia ao menos retribuir, mas nem isso eu faço.

- Não fique assim, se culpando, Ryan. Não é legal te ver assim

- Eu já sei. Vou pedir para minha mãe para morar com o Brad em Seattle. Por dois meses

Brendon levantou os sombrolhos, decepcionado, ao ouvir a ideia do amigo

- Sem querer ser estraga-prazeres, mas não acho que sua mãe vá deixar. Estamos no último ano da escola

- Eu dou um jeito. Vou agora falar com ela. Tchau

Ryan virou-se e saiu pela porta

- Droga...

- É. Não vai ser legal ficar dois meses sem o Ryan, mas somos amigos dele, temos que apoiá-lo, independentemente da decisão que ele tomar

- É...

- Espero que ele consiga

Alguns dias se passaram, Brent já havia chegado, e de alguma forma, Ryan conseguiu convencer sua mãe a deixá-lo morar em Seattle

- Foi difícil, mas eu consegui

- E como fica seu pai?

- Eu posso apanhar muito, e provavelmente vou, mas eu não vou desistir. Por nada nesse mundo.

- Quando você vai?

- Na quinta

- Já?

- É. Já comecei a arrumar as malas

- E como fica a banda?

- Eu vou continuar ensaiando. A mãe do Brad tem uma guitarra. Vou continuar escrevendo também, como antes.  A única diferença é que estarei longe de vocês

- Bem... legal. Para você.

- Eu estou muito feliz

- É, deu para perceber

- Bem, vamos para a sala?

- Vamos

À tarde, Ryan continuou a arrumar suas malas. O garoto estava mais alegre que nunca. Poderia, finalmente, estar perto de seu amigo, que fora tão importante para ele.

Brendon ficara visivelmente chateado. Conhecia Ryan havia pouco tempo, e agora teria que ficar longe dele. Mas, havia algo que ninguém sabia: Brendon estava gostando de Ryan mais do que como um simples amigo. Achava um pouco precipitado, por isso decidiu esperar para revelar a seus amigos

Enquanto isso, na casa de Spencer...

- Está tudo bem, Brendon? - Brent perguntou

- Não, não está.

- O que aconteceu?

- Ryan. Isso que aconteceu. Eu não quero que ele vá

- Então diga para ele

- Eu não sou louco. Que tipo de amigo eu seria se o impedisse de morar com o Brad, que é tão especial para ele?

- Então apenas esqueça. Ele está muito empolgado. Se o Ryan realmente será feliz com isso, você tem que apoiá-lo. É isso que os amigos fazem. Aproveite os últimos dias com ele.

- É, você tem razão. Vocês vêm junto?

- Claro

- Vamos lá

Depois da curta caminhada, Brent, Spencer e Brendon chegaram na casa de Ryan e bateram na porta

- Olá Spencer, Brent, e...?

- Brendon

- Viemos visitar o Ryan

- Claro, entrem. O Ryan está no quarto arrumando as malas, podem descer

- Ok

- Oi

- Oi! O que fazem aqui?

- Viemos fazer uma visita

- Obrigado. Sentem aí na minha cama

- Bastante malas

- É

- Você vai ficar um mês ou dois?

- Dois

- Bastante tempo. Está ansioso?

- Muito. Estou contando as horas para quinta-feira chegar

- Você vai ligar para o seu amigo?

- Não, eu vou fazer uma surpresa. Só quero ver a reação do Brad

- Ele vai ficar super feliz, tenho certeza

- Além disso os pais vão se separar. Vai ser bom o Brad ter você como companhia , Ry. Ele tem sorte.

- Obrigado - Ryan sorriu

- Sua mãe aceitou numa boa?

- Foi difícil. Eu passei o domingo e a segunda-feira tentanto convencê-la. Até que consegui

- Legal. Que horas você vai?

- Vou às dezoito

- Podemos levar você

- Seria legal, obrigado. Você está quieto, Brenny. Está tudo bem?

- Está. Fico feliz que você faça isso, sabe? Se mudar para outra cidade por um amigo

- Obrigado. Obrigado mesmo, gente. Vocês estão me dando tanto apoio... eu nem sei como agradecer

- Você nem precisa agradecer. É mais que um dever apoiar você. Somos seus amigos, só queremos te ver feliz

- Obrigado - Ryan sorriu

- Quer ajuda para ajeitar suas roupas? - Spencer se ofereceu

- Claro

Spencer levantou-se da cama e dobrou as roupas de Ryan, colocando-as na mala em seguida

- O que você achou dos amigos do Gabe?

- Achei eles muito simpáticos

- Eu também

- E eu notei uma coisa. Acredito não ter sido o único

- Que coisa?

- Eu não sei... o jeito que o Saporta olha para William não é normal

- Eu também notei isso

- Gabe o come com os olhos. É assustador.

- E parece que William nem percebeu

- Se percebesse, iria querer fugir.

- Imagino

- Achei Maja muito bonita

- É, eu também. Além disso é bastante divertida

- Pronto. Obrigado, Spencer

- De nada

- Agora só tenho que arrumar as outras coisas e está tudo pronto.

- Legal

- Mas eu posso deixar isso para amanhã. O que vocês querem fazer?

- Podemos ir no centro

- Claro. Eu só preciso me trocar

- Ok, nós te esperamos lá em cima

- Ok

Brent, Spencer e Brendon subiram as escadas e esperaram. Em cinco minutos, Ryan subiu e os quatro foram ao centro da cidade

Às vinte horas, Ryan chegou em casa

- Você teve sorte

- Como assim?

- Por seu pai não estar em casa. Ryan, por favor, chegue mais cedo. Qualquer dia desses ele vai bater muito em você

- Ok. Me desculpe, mãe, não vai mais acontecer

- Sem problemas, querido. Você merece se divertir, e eu sinto muito por não poder.

- Está tudo bem, mãe. Eu vou descer para o meu quarto, terminar de arrumas minhas coisas

- Ok. Vou começar a preparar o jantar

- Eu não vou querer. Já comi

- Ok. Me faça companhia, então?

- Claro!

- Ok, eu te chamo quando estiver pronto

- Você quer ajuda?

- Não, obrigada, meu amor. Vá arrumar suas coisas

- Ta, se precisar de algo, me chame

- Está bem

Ryan desceu para seu quarto e continuou arrumando as malas. Colocou em uma mochila sua escova de dentes, o carregador de seu celular, alguns CD's e sua palheta.

Estava ansioso, pois em menos de dois dias, estaria em Seattle. E por falar em Seattle, o celular de Ryan tocava. Era Brad.

- Hey!

- Oi, Brad - Ryan falou com um tom pouco animado, como se nada estivesse prestes a acontecer em pouco tempo

- Está tudo bem por aí?

- Sim, e por aí?

- É... digamos que está tudo bem

Ryan sentiu que não estava tudo bem, apesar do amigo ter dito que sim. Nada estava bem com Brad. Ele precisava mais do que nunca de Ryan

- E seus pais? Está tudo ocorrendo bem?

- Se importa se falarmos disso outra hora?

- Nem um pouco, se assim for melhor para você

- Obrigado. Como estão seus amigos?

- Estão bem. Está tudo bem na escola?

- Ryan, foi bom conversar com você, mas eu preciso desligar. Conversamos outro dia, tchau.

O silêncio surgiu quando Ryan percebeu que o amigo havia desligado.

A dúvida de Ryan se transformou em certeza: o amigo não estava bem.

No dia seguinte, Spencer o esperava para irem à escola

- Hey

- Oi, Spenny

- Como vai?

- Maravilhosamente bem, e você?

- Estou bem

- Finalmente quarta-feira

- Podia ser sexta

- Ou quinta

- Vejo que está muito empolgado

- E estou. Vou poder finalmente retribuir a ajuda que Brad sempre me deu. Estou preocupado com ele

- Por que?

- Ele hesitou em falar que estava bem, pediu para trocarmos de assunto quando perguntei de seus pais e quando eu perguntei como estava a escola ele disse que precisava ir e desligou na minha cara

- Os pais estão se separando, não deve estar sendo fácil

- E ele é muito apegado ao pai. E ele não se dá muito bem com a mãe, mas vai ter que ficar com ela

- Oh, que droga. Esse é um problema sério. Vai ser ótimo para Brad ter você com ele nesse momento, tenho certeza.

- Espero que sim

- Claro que sim! Ele precisa de um amigo agora, e quem melhor que você?


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