Bleach - The World escrita por Yoshiro Nakayama, Naomi Cipriani


Capítulo 9
Memories in the Rain - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Faz um tempão que eu não atualizo a fic, mas eu estava revisando todos os capítulos, e escrevendo outras fics... Mas aqui estou. Hoje esse capítulo, mas amanhã, eu posto outro, se ainda houver pessoas me acompanhando.



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– Yoshiro… Yoshiro, levanta… – o loiro abriu os olhos de leve. Ainda estava escuro. Ele podia dormir… – Yoshiro! Acorda! Alguém está atacando a Central 46!

Com um pulo, o Shinigami se levantou.

– Merda! O que a gente tá esperando?! Anda logo!

– Parem ele!

Uma silhueta pulou para fora do prédio e se pôs a correr. Em seguida, os guardas da Central 46 entraram em ação. Metade deles foram atrás da silhueta e a outra metade entrou no prédio.

Na equipe de perseguição, o chamado Yoshiro se perguntava como um homem que nem mesmo sabia usar shunpô podia fugir de um grupo de oficiais. Mas o fugitivo tinha escolhido um bom momento: nessa hora, todos os oficiais estavam no refeitório. De qualquer forma, eles estavam quase conseguindo pegar o fugitivo.

Ele percebeu que eles chegaram no portão Oeste do Seireitei. Havia uma enorme massa caída em frente a entrada. O fugitivo rapidamente virou-se, lançando vários objetos coloridos em direção dos Shinigamis. Em um segundo, Yoshiro os identificou. Os shinigamis apenas tiveram tempo de desviar os poderosos fogos de artifício que foram lançados pela misteriosa silhueta. Silhueta que se aproveitou da distração dos Shinigamis para fugir.

Foi nesse momento que ele percebeu que tinha alguém enorme caído na frente do portão. Jidanbô, o guarda do portão Oeste.

– Jidanbô?! Rápido! Enviem uma Jigokuchou* até o Quarto Esquadrão!

Os Shinigamis foram rápidos, graças a seu treinamento intensivo. A maioria tinha ido atrás do intruso, mesmo tendo a certeza de que não conseguiriam achá-lo. Somente Yoshiro e um outro Shinigami ficaram ao lado do guardião para administrar os primeiros socorros.

– Você vi o que ele jogou na gente? Você sabe quem usa aquele tipo de coisa?!

– A família Shiba não é... – Yoshiro hesitou por um instante. – a única que usa fogos de artifício.

Pelo menos, eu espero. Pensou Yoshiro, preocupado.

No mesmo instante, alguns Shinigamis do Quarto Esquadrão chegavam, junto com um dos guardas da Central 46. Porém, ele não tinha nenhuma boa notícia para dar.

– O quê?! – Foi a única resposta que Yoshiro pode pronunciar.

Incapaz de falar, o mensageiro apenas confirmou com a cabeça. O silêncio pairava naquele lugar, todas as pessoas presentes estavam surpresas demais para falar alguma coisa. Foi um gemido que os fez sair daquele estado. O gigante voltou a si.

– Jidanbô, não se mexa, você está ferido.

– Um intruso...

– Nós sabemos. Ele escapou.

– O que ele fez? Vocês pegaram ele?

– Não – o loiro balançou a cabeça desolado. – Ele nos pegou de surpresa. E também... Ele assassinou a Central 46...

– O quê?!

Outro momento de silêncio. Mais longo do que o anterior. Mas, Jidanbô recomeçou a falar.

– Vocês sabem quem foi?

– Não... Mas temos um suspeito.

– Não vão precisar do suspeito, porque eu sei quem foi. O cara que fez isso, foi Shiba Ganju.



Mesmo com a chuva mais forte, Ichigo continuou a correr. A água que caía sobre seu rosto dissimulava suas lágrimas.

“Aquilo” era realmente sua mãe. Ele não tinha dúvidas. Tudo o que ela disse sobre ele... Um impostor não poderia saber. Ele desejou tanto que ela voltasse, e sempre pensou que ela ainda o amaria. Mas em seu egoísmo, Ichigo esqueceu: ela tinha direito de culpá-lo, por sua morte e pela morte de seu pai. Ema voz dentro dele dizia que o que aconteceu não era culpa, mas ele ainda não podia ouví-la. Tudo que aconteceu era culpa dele, e ele sabia. Mas ele não conseguia ouvir isso de sua própria mãe. Então Ichigo só poderia fazer uma coisa.

– Fugir. Sua vida inteira se resume a isso, não é? É bem mais fácil fugir do que assumir a verdade.

Masaki se pôs em sua frente, sem nenhum esforço. Ela usava uma capa que cobria seu corpo inteiro.

Ichigo parou e tentou correr para outro lado. Mas Masaki se colocou em sua frente, bloqueando sua fuga. Ele tentou mais uma vez, mas sua mãe sempre o impedia.

– Pelo menos uma vez na vida, encare a verdade, Ichigo. Ainda mais porque é a primeira vez que você me vê desde oito anos. E a ultima também.

Ichigo tentou fugir mais uma vez, mas um golpe violento no rosto o fez parar. Ele paralizou, uma mão no rosto, em estado de choque.

– O que você acha? É o primeiro tapa que eu te dou, aceite como um presente pela morte de sua mãe. Olha, até mesmo o céu está ao meu lado. Já faz um tempo que a chuva não é tão violenta assim...

– Por que você está aqui?!

– Por quê? Ora, pra matar você, é claro – o ruivo, surpreso, tentou olhar para a mulher a sua frente, mas seu rosto estava escondido detrás de seus longos fios castanhos. – Se você estiver vivo, quem sabe o que poderia acontecer com minhas filhas? Minhas pequenas filhinhas... Que nunca mataram ninguém.

– Eu... – Ichigo recuou, hesitante – Eu não posso...

– Você não pode o que? Morrer? Mas isso é o mínimo que você pode fazer.

– Mas... Eu nunca...

– Você nunca machucaria suas irmãs? Mas Ichigo, um garotinho normal também não mataria a própria mãe.

– Você... você não é minha mãe! Ela nunca iria querer me matar!

– Por que? Você acha que uma mãe tem sempre que proteger o filho, mesmo depois de tê-la matado e também seu marido? Mas Chibi-chan, isso não é simples assim. Você cometeu crimes, e agora vai ter que pagar por eles.

– A mãe que eu tinha nunca iria quere que eu morresse!

– A mãe que você não tem mais nunca deixaria as próprias filhas perto de um assassino!

Tudo aconteceu em segundos. Masaki foi em sua direção com uma graça surreal. Incapaz de agir, ele não teve tempo de desviar desse último abraço maternal. Mas no útimo momento, ele sentiu que estava sendo levado para outro lugar, e se encontrou a três metros do lugar onde estava. As mãos que o tinham segurado era pequenas.

– Rukia!

A pequena silhueta de sua nova amiga encontrava-se em sua frente. Ela parecia mal, seu corpo cheio de feridas, seu rosto coberto por sangue, mas sua mão segurava a bainha da espada. Ela se virou para o adversário de Ichigo. Este, conciente da força da Shinigami à sua frente, tentou fugir, em vão.

– Bakudô 1: Sai!

Logo, as duas mãos de Masaki foram parar em suas costas, imobilizadas, fazendo sua estranha capa ondular.

– Rukia, para! Ela é minha mãe!

Ela se virou para Ichigo, surpresa. E depois virou-se para o adversário. – Uma mãe que tenta te matar?

Rukia franziu o cenho. Que hollow, dentre os mencionados nos arquivos da Soul Society, podia tomar a aparência dos mortos e suas memórias? A resposta era bem simples.

– Não, Ichigo, não é sua mãe. É um impostor. Não é mesmo, Grand Fisher?

Ele não respondeu. Se a Shinigami o conhecia, era ruim pra ele. Seu emblema e sua reiatsu denuinciavam sua identidade: uma vice-capitã. Ele preferiu se calar e ouvir a conversa daqueles dois. E o ruivo não queria arriscar.

– E se fosse mesmo ela?

– Não é. Grand Fisher pode tomar a aparência dos mortos, ele é bem conhecido na Soul Society.

– E se uma parte da alma da minha mãe estivesse no corpo dele, ou algo assim?!

– Ichigo… – Rukia suspirou – vamos levá-lo ao 12º Esquadrão e eles vão examiná-lo. Acredite, se existir qualquer traço da sua mãe no corpo dele, eles vão encontrar. Tudo bem?

Ichigo pensou por alguns segundos. Era arriscado, mas não tinha outro jeito.

– Tudo bem.

Desta vez, ele não poderia ficar de braços cruzados. Grand Fisher percebeu que tinha que reagir. O rosto de Masaki pareceu se abrir, revelando uma semente estranha. Logo, uma forma sombria apareceu, tomando a forma de um hollow repugnante, um dos mais feios que Ichigo já viu. Coberto de pêlos marrons, com exceção das quatro patas vermelhas e sua máscara branca. A capa e o rosto de “Masaki” pareceram cair, virando um boneco horrível pendurado na frente da boca do hollow.

Ichigo assistiu ao espetáculo, horrorizado.

– Muito bom, senhorita. Eu sou mesmo Grand Fisher, e deixe-me dizer que... você parece deliciosa...

– Não toque nela.

Ichigo falou com uma voz rouca e baixa, mas audível. A voz do hollow era arrogante e provocadora.

– Oh, Chibi-chan, você não está feliz por ver sua mamãe outra vez? Já faz oito anos... desde que eu a matei. – Ichigo e Rukia ficaram surpresos. – Ah! Uma informação interessante. E você quer saber? A culpa é sua. Bem... Eu me lembro de você, já que eu tomo automaticamente a memória de minhas vítimas. Eu era a garotinha estranha perto do rio. Queria te devorar, mas sua mãe se colocou em meu caminho. Na verdade foi até melhor, pois graças a isso que pude me transformar nela. Eu estava atrás de você desde o começo, mesmo que eu também goste bastante de mulheres bonitas...

Ichigo tremia de raiva. Ele levantou sua espada e apontou-a para o hollow.

– Oh! Você quer se vingar, Chibi-chan?

– Cala a boca! Porque você voltou?! Era só pra terminar o trabalho? Ou você queria me torturar mais um pouco?!

– Bem, quando nós soubemos que o ex-capitão Kurosaki morreu, nos pediram para matar seu filhote. Quando eu percebi que você era o garotinho de oito anos atrás, não resisti. Então pedi para um amigo meu levar alguns hollows para segurar sua bela amiguinha, e eu vim. Pelo visto, ela se saiu bem. Parabéns, Shinigami.

Rukia estremeceu com suas palavras. Não por causa de seu tom, mas pelo que ele disse. O Hueco Mundo ficou sabendo da morte do Capitão Kurosaki? Como? Talvez eles tinham algo a ver com a morte dele... Ela se virou para ver Ichigo tremendo de raiva.

– Rukia, não me impeça....

– Tudo bem – Ichigo olhou fundo em seus olhos. Ela não estava mentindo. – Ele matou sua mãe. Você tem o direito de lutar. Cuidado, e... não vá morrer agora.

– Rukia… Obrigado.

Ela acenou com a cabeça antes de se afastar com o Shunpô, deixando os dois adversários cara a cara.



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Notas finais do capítulo

E então, gostaram de mais um capítulo de Bleach - The World? Espero que sim..
E só mais um aviso, galera. Essa fic está quase no fim.. Mas acalmem-se, pois essa é só a primeira saga, pois decidi dividir as sagas em fics!! A segunda saga se passará na Soul Society, espero q gostem!



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