Insane escrita por NattieCherrie


Capítulo 3
Capítulo 2 - Inconstance


Notas iniciais do capítulo

Oiii Lindas desculpem a demora.
Então, nesse cap começam a se explicar algumas coisas. Na verdade, eu tinha que ter feito ele maior, ainda há muitas coisas a serem explicadas antes da história começar realmente.
Ahhh! Sobre qualquer diagnóstico clínico dado aqui, saibam que nada é realmente verídico (o que é óbvio!). Só dizendo que quaisquer erros me perdoem, mas eu não sei (ainda) se tudo aquilo que eu falei são realmente características reais.
Bom, é isso! Obrigada as que leram e deixaram reviews, aos que leram e não falaram nada (se é que alguém leu isso)... Enfim, comentem, a opinião de vocês é muito importante!
Boooa leitura. :)



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“Onde você está? Não há vejo... a... quanto tempo? Não sei o que é tempo... não preciso de tempo, preciso de você.”



Com lágrimas nos olhos, Violet continuava a olhar para o céu, procurando por algo. Ela fazia isso todo o tempo em que estava no quarto com janela. Aquele não era realmente o seu quarto, mas sempre a colocavam lá quando ela não obedecia às regras. O que era normal, raro era estar nele.

Violet Sun Willians é paciente do hospital a mais de dois anos. Quando chegou a clínica iria completar dezesseis. Os médicos que a acompanham não sabem muito de sua história, do motivo dela ter ficado assim. A menina nunca conversou com os médicos, ou com qualquer outra pessoa no hospital. Nem mesmo com os pais que a visitavam às vezes. Depois de um tempo, eles pararam de ir vê-la. Seu caso, nos dois anos de tratamento não houve nenhum progresso significativo. A única diferença é que agora ela encarava as pessoas, o que antes não acontecia.

Violet sofria do Transtorno de Personalidade Esquizoide – pelo menos era esse o diagnóstico dos médicos. Os portadores de TPE são avessos às relações interpessoais, preferem estar sozinhos e evitam contato com pessoas que não tenham um grau de parentesco direto, e ao contrário do aparente, não sofrem de depressão. No caso os depressivos se isolam do mundo por não se considerarem “bons o suficiente” e por falta de autoestima. Já os esquizoides, se isolam por simplesmente não se interessarem em socialização, por serem indiferentes ao estimulo social e por preferirem dar atenção a algo que lhes proporcione algum tipo de distração, como um hobbie ou uma atividade qualquer. Alguns têm forte apelo pela natureza e ou por livros. A fantasia é algo muito presente na vida dos esquizoides, encontrando nela uma “fuga” do exterior, que eles tanto evitam aproximação.

Entretanto, a paciente em questão tinha um quadro que ia além do TPE. Os médicos não conseguiam entender o que se passava na cabeça da menina, pois ela possuía também características de outras doenças. Então, na falta de um esclarecimento maior, aceitaram que Violet esquizoide. Porém, eles sabiam que ia muito além disso.

Na maior parte do tempo, ela agia como qualquer outro paciente “controlado”, entretanto, quando ela tinha uma de suas crises a coisa se tornava um pouco mais séria. Era uma garota normal comia nos horários, fazia suas atividades recreativas e tudo sem reclamar, até chegava a ser vaidosa. Adorava se olhar no espelho, mas com o tempo foram obrigados a retirá-los do quarto. Logo depois do primeiro ataque. Violet quebrou os espelhos do quarto e começou mutilar seu corpo. Cortou seus braços, pernas e quando estava chegando ao pescoço, os enfermeiros ouviram os gritos e a detiveram a tempo. Talvez se demorassem mais alguns minutos, ela não estaria viva até agora.

Com o passar do tempo, sua crises foram se tornando mais frequentes e cada vez piores. Por fim, ela já não podia mais ficar sozinha.


– A paciente carece de vigilância 24h por dia. Não é seguro deixa-la só, nem para ela nem para nossos funcionários – disse um dos médicos aos pais da garota logo no começo dos ataques.


Violet já havia atacado uma enfermeira, tentara enforcar a funcionária. O porquê? Nem ela fazia ideia. Só tinha ido ao quarto para verificar se a garota estava bem.

Ninguém sabia os motivos que a faziam ter suas crises, não era diagnosticado nenhuma alteração neurológica aparente. Todo o seu quadro clínico foi baseado em avaliações comportamentais, já que nos exames não aparecia nada de anormal. Porém, agora a menina fazia uso de medicamentos para controlar seu gênio.

Hoje ela estava no “quarto”, pois novamente aconteceu outro ataque. Dessa vez, nada de mais, ela só começara a gritar e se balançar violentamente. O “quarto” era o lugar que colocavam os pacientes depois de receberem a medicação, o tempo para os remédios fazerem efeito. Quando aconteciam as crises, os pacientes eram imobilizados pela conhecida “camisa de força”, para evitarem as agressões e até mesmo que se machucassem.

O recurso não era usado como forma de tratamento, era uma forma de controle, por no máximo duas horas e nenhum paciente a usava além desse período, independente da gravidade do caso.

A menina estava calma, a medicação já havia funcionado. Logo a levariam para seu verdadeiro quarto, onde era monitorada por uma câmera.



Violet POV’s on


Eu olhava o céu e procurava por ela.

– Mas que droga! Onde você se meteu?

A noite era escura e as estrelas estavam bem claras, deixando todo o lugar visível. Novamente eu estava naquela droga do quarto, deve ter acontecido outra droga de crise. Sinceramente, não sei o que acontece nunca me lembro de nada. Só tenho “consciência” do que está acontecendo quandosenti braços a minha volta, me apertando. Então sei que aconteceu de novo. Aliás, acho que os remédios já estão perdendo o efeito, consigo pensar com clareza. O que é temporário, por logo terei outra crise, serei dopada novamente e blá blá blá!

A ainda olhava pela janela, quando vi que alguém me observava. Um homem de pele tão clara quanto a minha, me encarava do pátio. Eu não conseguia ver muito bem, estava escuroe as luzes do pátio estavam apagadas. Só a Lua e as estrelas aluminavam a noite. Ele tinha os cabelos negros e lisos, quase na altura dos ombros.

Parecia até... bonitinho.

Continuei a olhá-lo, até que ele se virou e foi embora.

Quem era aquele homem?

Paciente, médico, funcionário, visita ou outro louco?! Eu já estava naquele lugar há algum tempo, e nunca o vi por ali.

Bom, eu não sabia quem era mas, irei descobrir.



Violet POV’s off



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Notas finais do capítulo

Uhhhhhhhh, "bonitinho"... para de ser modesta menina, fala lindo, perfeito, divo e pronto! U.U
kkkkkk
Desculpem meus erros, e tals. Ainda vou melhorar um dia.
Espero que tenham gostado. Reviews? Pedras? Sapatos? Tijolos...? Qualquer coisa, quero saber a opinião de vocês ok?
Baicons e até logo! :D