The Music Of My Love escrita por Nitsu


Capítulo 1
My love....




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Então eu o olhava de longe, estávamos ensaiando há algum tempo e o meu olhar não saia dele, eu o olhava tanto... Eu o amava tanto, sempre o amando, sempre guardando tudo dentro de mim e sem demonstrar por medo de perder sua amizade. Eu o fitava de longe enquanto na minha mente eu me chingava mentalmente por não ter coragem de ir falar com ele, eu deveria ir se não o perderia, eu sabia disso...


Mas eu não estava preparado, nem pra me declarar nem para perdê-lo, mas como perder algo que nunca foi meu? Eu não o perderia, eu só não teria a chance de ser dele, porque ele nunca foi meu. Meu coração doía tanto com essa hipótese, não com essa hipótese não... Com essa realidade, porque sim, era real que ele não era meu, apesar de eu ser dele e só dele...


E então ele, foi conversar com o homem que eu amo, ele com aquele olhar que sei reconhecer de longe, um olhar cheio de desejo, com intenção de conquistar e ter uma noite de prazer e então o descartá-lo. Um olhar tão diferente de que ele lançava pro Minnie, pro Minnie ele trocava olhares apaixonados, mas ele continuava a levar outros homens para a sua cama, talvez no fim só soubesse que nunca iria conseguir ser o homem que o Minnie merece, ou apenas nem por amá-lo conseguia mudar.


Suspirei baixinho ao ver o Kyuhyun se aproximar do meu Zhoumi, aquele andar e olhar predatório me dava vontade de partir a cara dele, por ser dirigido ao meu Mi, meu e só meu...


Apesar dele ainda não saber disso, ele me pertencia assim como eu pertencia a ele, ou era o que eu achava, afinal eu o amo desde sempre, eu o amava mesmo tentando esquecê-lo. Para eu o amar tanto ainda, só deveria significar que pertencíamos um ao outro, chame-me de como quiser, mas sim, eu acredito nessa coisa de alma gêmea e amor à primeira vista... Não acreditava, mas por culpa dele eu passei a acreditar.


Eu os via rindo de algo que o Kyu contara enquanto ele ia se aproximando mais do Mi, tentando seduzi-lo, tão obvio pra quem via de fora, tão obvio pra mim, mas ele parecia alheio a isso ou pior ele estava aceitando ser seduzido pelo o Kyu e até talvez retribuísse, essa hipótese fez meu coração doer, podia sentir as lágrimas vindo e então me levantei e sai. Sai de lá onde os dois estavam não podia os deixar, me ver chorando, ainda mais não podia deixar ELE me ver chorando, eu não teria força ou coragem pra mentir pra ele e inventar uma desculpa e então sai da sala, batendo a porta na hora, estava com ciúmes, com raiva e vontade de chorar.


Era tantos sentimentos guardados, tantas coisas não faladas, eu me sentia confuso, me sentia preste a explodir... Eu desabafava aquilo que sentia tocando, ou então compondo, mas nunca falara pra ninguém, nunca...


Nunca tive alguém que me abraçasse e me consolasse, nunca tive alguém pra contar isso, sempre tão guardado em mim, queria ter tudo coragem de contar aquilo que eu sentia para alguém, qualquer pessoa que fosse, para que ela pudesse me dar alguns conselhos, para ter o meu Mi pra mim... Mas eu sempre menti até pra mim mesmo, fingido não o amar enquanto em cada olhar que eu dava pra ele isso era tão visível.


Já que estávamos ensaiando as danças, sai para outra sala aonde tinha um grande piano de corda na cor branca, ele era tão bonito e majestoso no meio daquela sala, me sentei em sua frente e abri, tocando delicadamente nas teclas do piano e então comecei a tocar, fechando os olhos e deixando meus sentimentos transbordarem através da música.


A melodia ecoava pelo o local, era uma melodia agradável aos ouvidos, hora era bem suave e lenta como numa música romântica, logo mudava para tons mais confusos ou até meio agressivos, mas não machucavam os ouvidos ou deixavam a melodia feia ou ruim, pelo o contrario eram tão diferentes entre si, por isso, ambas as partes se completavam.


E transmitiu tudo que o menor sentia seu amor, sua confusão, seu ciúme... Tudo, ela transmitiu tudo que estava guardado no meu coração, eu não notei quando foi que eu comecei a chorar, mas lagrimas rolavam pelo o meu rosto, eu estava desabafando com quem me escutaria, o piano.


Podia parecer triste, mas meus únicos amigos quando eu queria desabafar o que sentia pelo o Zhoumi tem sido o piano, o violino além da caneta e do papel. Eles eram meus conselheiros, meus amigos que nunca, contariam sobre isso a ninguém, e eu me sentia bem só com eles sabendo. Só notei a presença de alguém na sala quando notei a voz daquele que eu amo ecoar pelo o salão enquanto numa nota confusa, mas clássica eu parava de tocar o piano.

– Bonita melodia Henry, foi você que escreveu? - A pergunta ecoava meio que como uma certeza do que como uma pergunta propriamente dita. E eu sorri com aquilo, só de imaginar que ele sabia quando eu criava alguma música.

– Não está escrita... Só toquei com o coração... - Eu não poderia mentir aquilo não estava escrito em nenhum lugar, só em meu confuso coração e então o senti se juntando a mim e sentando em meu lado, e o fitei, sem saber que meu rosto estava marcado pelas as lagrimas, que por agora já tinha parado de derramar. Senti as mãos firmes dele me segurando o rosto e limpando os traços de lagrimas que tinha em meu rosto, me fazendo sentir o rosto esquentar, sinal que tinha ficado corado, ainda mais quando ele se aproximou mais de mim, eu sorri tão tímido com aquilo.


– E o que seu coração quer dizer Henry? – Me surpreendi com a pergunta dele, não esperava por aquilo, mas eu não sei se estava preparado pra contar, mas sabia que me chutaria mentalmente se eu não falasse agora, nesse momento.

– É... É que... -me levantei do nada e sai correndo pra fora daquela sala, eu havia estragado tudo de novo tenho certeza disso, mas eu não estava pronto pra falar, ainda não. Teria que ver ele com outros caras e sorri quando ele me apresentar um deles, provavelmente seria assim... Porque eu sou medroso demais pra admitir pro cara que eu amo, que eu o amo, as lagrimas voltaram a percorrer o meu rosto e sai até o lado de fora, sentindo o vento gélido bater no meu corpo que ainda estava quente do ensaio de dança, me fazendo tremer de frio já que estava de manga curta e então me sentava num banco.


Abracei as minhas pernas contra o corpo e escondi o rosto ali, deixando as lagrimas rolarem pelo o meu rosto e então me deixei chorar cada vez mais intenso e alto, cada vez mais ferido por mim próprio que não tinha coragem de admitir o que sentia, cada vez mais e mais idiotamente ferido e apaixonado por aquele homem.


Senti meu corpo que tremia com o frio, ser coberto por um casaco, e pude reconhecer o cheiro dele no casaco e então sorri, podendo sentir meu rosto ser erguido de forma gentil e delicada e as lagrimas serem limpas do meu rosto, eu fitava o chinês a minha frente, o meu Zhoumi, me senti culpado ao ver aquela face preocupada em seu rosto.


– O que aconteceu Henry? Porque saiu correndo daquela forma? –Cada palavra dele me fazia me sentir pior, ele estava tão preocupado comigo, e eu ali agindo como um idiota, chorando e com ciúmes, sendo que nem ainda tivera a coragem de me declarar para o maior, e então de forma manhosa e até meio possessiva meus braços rodearam o seu pescoço e o puxei pra mim, selando nossos lábios de forma breve, um carinhoso e gentil toque de lábios.


– Meu coração quis dizer que te amo, desde o primeiro dia que eu te vi, eu te amo... Eu nunca acreditei nessas bobagens de amor à primeira vista, ou alma gêmea. Mas você me fez mudar de ideia me fazendo te amar desde quando bati os olhos em você, desde o nosso primeiro oi, me fazendo sorrir como bobo cada vez que ficamos juntos, que sorriamos um para outro ou que fazíamos uma ou outra brincadeira. Fazendo-me amar cada toque, todos os abraços que me dava. Fazendo-me ter ciúmes de qualquer um que se aproximasse de você, me fazendo ter vontade de agarrar o pescocinho de infeliz e o estrangular, me fazendo querer te abraçar em mim e te marcar de forma possessiva, me fazendo... Amar-te.


Assim que acabei de falar o vi sorrir e então me abraçar pela a cintura e de forma possessiva contra o seu corpo, então eu o abraçava pelo o pescoço e então sorrir e me arrepiei levemente ao o sentir sussurrar algo em meu ouvido, me fazendo beijar-lhe delicadamente e de forma apaixonada os lábios, sendo prontamente atendido.


– Eu te amo também... Henry.


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Notas finais do capítulo

Reviws e deixe um autor feliz (: