- Vamos Hiroshi – disse a garota me olhando.

- Não! Como vou ir com uma garota que nem conheço para um lugar onde conheço menos ainda?

- Vai ter que confiar em mim, lembra? Não vou te machucar.

- Mas... Você matou aqueles garotos e...

- Hiroshi! Vai logo... Por favor meu filho vá –  Minha mãe me olhou com um sorriso confortante estendendo a mão que nela continha uma carta, estiquei o braços até a carta e a guardei no bolso da minha calça.

- Hiroshi rápido !! – disse a garota segurando minha mão e me arrastando enquanto relutava ao ver minha mãe segurando a porta que era balançada, alguma coisa me fez sentir mal meus olhos se embaçaram e eu só pude ver a garota me colocando em suas costas e entrando em um buraco no chão e foi quando recuperei minha visão mas ainda sim um pouco tonto, a garota me puxava com força até encontrarmos uma saída, não completamente uma não sei se posso chamar um buraco dentro de outro como “saída”.

-Espera! E a minha mãe?

-Ela vai ficar bem.

Pulamos dentro buraco que não tinha mais fim estávamos caindo em um buraco sem fundo logo as paredes de terra foram cobertas por metal e o que estava em meio a escuridão se tornou uma forte luz.

-Hiroshi, se prepare vamos cair.

-Como assim cair? Nós vamos morrer olha o tamanho dessa queda.

-Confie em mim em minutos vai estar seguro.

Caímos em alguma coisa almofadada o que deixou a queda mais confortável, só estava me questionando tudo aquilo estava debaixo da minha casa? Como ninguém tinha me contado?

Ao olhar ao redor de onde tínhamos caído a garota pegava alguns equipamentos e quando olhei para frente me deparei com um grande avião, todo preto com uma marca de um corvo vermelho desenhado ao lado do avião.

A garota me estendeu um pára-quedas, alias jogou o pára-quedas em cima de mim.

-Nós vamos usar isso ai? – disse apontando para o avião.

-Para o alto e avante! – disse a garota abrindo uma porta.

Não que eu tivesse medo de aviões ou algo do tipo era só que aqueles acontecimentos aconteciam muito rápido o que acabavam me deixando confuso.

Subi junto com ela no avião agora tinha reparado que parecia mais um jato.

A garota apertava vários botões e enfim o “jato” ligou a garota apertou um botão vermelho e saímos em disparada pelo céu já escuro onde só a luz das estrelas iluminava o céu.

Resolvi ler a carta que minha mãe me entregou minutos antes de sair de casa.

A carta estava amarelada e um pouco úmida, ele teria escrito a carta enquanto chorava o que me deixou um pouco triste, abri o envelope e vi que tinha duas cartas resolvi pegar a que estava molhada primeiro que nela em uma letra caprichada estava escrito:

‘’Olá meu querido filho,

Provavelmente você já deve estar a caminho de seu novo lar neste instante, o que deixa a todos nós tristes não é mesmo?

Nestas duas cartas contem tudo o que você tem que saber, tudo sobre a garota que lhe acompanha. Como você já deve saber ela não é uma garota normal ela é digamos um ser místico que habita as trevas e que agora ira lha acompanhar pelo resto de sua vida, desde pequeno Hiroshi você estava destinado a encontrar alguém como ela você herdou isso de seu pai pelo sangue, o sangue de gerações agora habita você, como você já deve ter Percebido ela contem duas personalidades o que chamamos de DID, uma dessas personalidades só é mostrada em situações de risco uma forma mais séria e mortífera por isso tome cuidado, não sei muito para te contar o resto fica na carta escrita pelo seu pai que deve saber melhor te explicar as vezes seria bom que me mandasse uma carta ou telefonasse para me contar o que esta acontecendo com você, e suas malas já estão na escola.

                                                                         Até meu querido filho. ’’

Metades das respostas que eu queria estavam escritas na carta dada pele minha mãe, a guardei novamente  peguei a que era escrita pelo meu pai que nunca via muito geralmente só a noite por que ele era dono de uma grande empresa que distribuía remédios.

‘’ Olá Hiroshi,

Você já deve ter visto o que aquela garota é capaz não? O poder dela vai mais alem do que aquilo, digamos que foi só demonstração o que você viu, no entanto o poder dela só pode expandir de acordo com o que você evolui.

 Você vai perceber que o mundo em que viveu até seus 15anos era só uma imaginação quando você entrar naquela escola você vai poder ver o que poucos podem sentir o que poucos sentem fazer o que poucos podem, enfim ela é uma garota normal sabe se comportar como humana menos por algumas coisas mais logo você vera o quanto ela pode também verá o que você é capaz, e a propósito tente sobreviver neste mundo o que poderá ser uma tarefa difícil ou não, é só isso que posso te falar a respeito da garota o resto terá que descobrir sozinho.

P.S: De um nome a ela. “

Fiquei alguns minutos parado tentando entender e como assim dar um nome a ela?

-Só mais uns 5 minutos e chegamos ao campo de força Hiroshi.

-Como assim?

-Nosso mundo tem um campo de força para impedir que humanos normais não passem depois você poderá ver tudo com eu vejo – a garota sorriu e então decidi perguntar para ela algumas coisas.

-Como é seu nome?

-Não tenho um.

-Como não? Todo mundo tem.

-Você tem que me dar um nome.

-Por que?

-Não sei só sei que você tem que me dar um nome e um sobrenome também.

-Eu não sei muitos nomes femininos.

-Escolhe qualquer coisa.

-Não qualquer coisa fica feio.

-Então pensa em um ué.

-Que tal Yue?

-Ta bom.

-Não gostou?

-Gostei.

-Ok então.

-Em 1 minuto bateremos de frente com o campo de força.

-Ta e o que acontece?

-A gente pula – a garota veio em minha direção abriu a porta do ‘’jato’’ pegou as bagagens que não eram muitas me segurou forçando a pular com ela fiquei em pânico não sabia o que fazer olhei para cima e vi o ‘’jato’’ sendo parado por alguma coisa no ar e depois sendo explodido segundos depois olhei para a garota ela me olhou de volta e retribuiu um sorriso me virou de frente para ela e então senti minhas costas doerem foi quando vi que tinha caído em cima dela me levantei rápido e limpei minha roupa.

-Você ta bem? – perguntou a garota me olhando e se levantando.

-To mais e você? Eu, eu te machuquei? – perguntei preocupado já que tinha caído em cima da garota que agora chamava Yue.

-Estou bem vamos pegar as malas e sair daqui

-Ta – fui andando e peguei uma das malas enquanto a garota tinha pegado tudo andamos um pouco e então a garota parou.

-O que foi? – perguntei preocupado.

-Acho que não passamos pelo campo de força.

-Já devíamos ter passado?

-Não sei, mas vamos indo.

Continuamos andando e foi então que quando demos mais um passo fomos parados por uma força exatamente como a que tinha parado o avião, mas ao contrário dele conseguimos passar.

Fiquei paralisado com o que vi era um mundo completamente diferente o chão era composta por uma terra escura e avermelhada, no céu a lua que antes era pequena e branca agora era grande e vermelha, as árvores tinham galhos secos e retorcidos.

-Hiroshi está bem? Viu como é diferente? – a menina sorriu e continuou andando ao meu lado.

-É realmente diferente isso é mais sombrio.

-Depois melhora não tanto mais melhora.

Continuamos andando até me deparar com um grande portão e paredes maiores ainda.

-Incrível – foi a única coisa que conseguir dizer.

-É, vamos indo.

Agora que tinha reparado melhor a construção era parecida com aqueles grandes castelos medievais tirando o portão que eram grandes barras de ferro com algumas plantas mortas presas ao mesmo.

-Ei, vocês – disse um homem alto e forte vindo em nossa direção- Quem são vocês?

-Esse é Hiroshi Masaru e eu sou a serva dele – disse a garota olhando para o homem aquilo me deixou constrangido do jeito que ela falou parecia que eu era importante.

-O sim vou guiar vocês até a diretoria para que entendam melhor o por que estão nessa escola.

E assim o homem abriu o portão e nos fez um sinal para nós entrarmos a escola como resolvi chamar aquele enorme castelo era gigantesco estava vazio as pessoas que o habitavam deviam estar estudando.

Logo de cara pude ver uma grande porta de madeira envernizada e uma grande construção que parecia mais uma catedral ao lado direito estava um grande prédio que parecia ter 5 andares todo trabalhado acho que ali era um dormitório  ou algo parecido do lado esquerdo um prédio idêntico ao do lado direito, vi que tinha mais algumas coisas atrás dos grandes prédios mas foi tudo o que deu pra ver antes de entrar no prédio a nossa frente.