3 Escolhas escrita por Dama Da Noite


Capítulo 50
Burn- Ellie Goulding


Notas iniciais do capítulo

Quando as luzes se apagaramEles não souberam o que tinham ouvidoRisque o fósforo, ponha para tocar altoDando amor ao mundoVamos levantar nossas mãos, brilhando até o céuPorque temos o fogoE vamos deixar queimar.



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Saímos do prédio para uma noite quente, graças a Deus estava ventando.

–Vem por aqui, Mel. – disse Nathaniel ao mesmo tempo que segurava minha mão para me direcionar corretamente.

– Não vamos a pé?

Ele negou com a cabeça mas sorriu de uma maneira travessa, como um garoto aprontando.

Paramos diante de um Azera branco.

Ele mexeu no bolso e chacoalhou entre suas mãos o que parecia ser uma chave, logo depois o barulho do alarme mostrou que o carro estava aberto.

Apenas olhei para ele, confusa.

– É seu?!

– Sim – a porta do carona estava bem na nossa frente então ele apenas deu um passo para frente e, sem soltar minha mão, abriu a porta. – Pode entrar.

Obedeci e me sentei no banco de couro bege extremamente confortável.

– Se você tem um carro desse porque vai de ônibus para a escola? – perguntei assim que ele sentou ao meu lado e deu a partida no carro. Seu motor soou como um rugido.

– Porque este carro chamaria muita atenção. E eu sou responsável pela organização dos alunos no ônibus.

– Uau – foi o que consegui responder. Quantas pessoas fariam isso?

Olhei para ele, seus olhos fixos na rua pareciam mais claros cada vez que o farol de algum carro os atingia. Passei a o admirar um pouco mais.

Olhei para o rádio do carro, marcando 7:15.

– Pode ligar o rádio, se quiser. – ele sorriu para mim, desviando o olhar do tráfego por um segundo.

Tive vontade de perguntar porque aquele sorriso malicioso não saia de seus lábios, mas algo me dizia que eu saberia em alguns minutos então apertei o botão e a primeira estação de rádio estava tocando apenas a musica de um comercial. Troquei de rádio rapidamente e tive mais sorte desta vez, Burn – Ellie Goulding estava nos seus primeiros toques. Olhei para Nathaniel e ele pareceu surpreso.

– Já ouviu essa? – perguntei.

– Não. Mas gostei da voz dela.

Sorri e aumentei o volume.

Nathaniel começou a batucar ao ritmo da musica um pouco depois do refrão e então tornou-se inevitável não mergulhar na atmosfera de expectativa e positividade da música de modo que nossos corpos reagiam a cada “Burn”.

A paisagem passava rápido pela janela, quase como um rabisco. Olhando pelo vidro escuro do carro parecia outro mundo e não fazíamos parte dele; não esta noite.

A musica acabou e We cant Stop- Miley Cyrus começou a tocar então Nathaniel abaixou o volume. Pela cara dele não parecia gostar então apertei para mudar de radio e comecei minha busca incansável. Depois de passar por umas vinte estações, algumas com musicas até que legais, Nathaniel olhou para mim.

– O que esta procurando?

– Calma. – disse apertando o botão mais três vezes até ouvir o toque familiar. Dei um pequeno pulo e olhei para ele com um sorriso, satisfeita.

Ele riu ao perceber muito rapidamente que era Burn outra vez.

– Como você sabia que ela estava tocando?

– Ela não para de tocar em todas as rádios. – respondi ao mesmo tempo que aumentava o volume, mas Nathaniel fez o mesmo movimento então sua mão ficou sobre a minha. Só então ele olhou para nossas mãos e permaneceu assim por algum tempo.

Pensei em tirar a mão mas o não fiz.

Não sei se era o calor de Burn, mas suas mãos eram quentes hoje.

Ele girou o botão junto com minha mão até que a musica ficasse mais alta que o motor , mais alta que qualquer outra coisa.

Voltou a olhar para a rua mas não soltou minha mão, sendo o carro automático ele consegui controlar o carro com facilidade com uma mão só.

Depois de um tempo nossas mãos foram escorregando até se entrelaçarem em meio aos nossos bancos.

Antes de a musica acabar, chegamos a um restaurante pequeno mas charmoso.

– Heartbeat? – perguntei enquanto saiamos do carro.– Este não é o lugar que você disse para o Castiel.

Ele sorriu e segurou minha mão para entrarmos no lugar.

– Não é mesmo. – então riu mais ainda.

Não pude deixar de sorrir.

– Imagine a cara do Castiel.... – comecei a dizer mas nossas risadas nos impediram de concluir a frase.

Era um lugar realmente aconchegante e bonito. Uma parede de vidro nos dava a visão ampla da praia e o céu estrelado acima dela.

Algumas musicas tocavam de fundo, mas ao ouvir Burn tocando Nathaniel olhou para mim e sorriu mais ainda. Todos pareciam bem animados e era algo realmente contagiante.

Nos sentamos em uma das mesas perto da parede de vidro, mas a que ficava mais no canto para evitar que muitas pessoas passassem por nós.

Passamos um bom tempo narrando a reação e xingamentos que Castiel faria ao ver que foi enganado. Nunca ri tanto.

– Minha barriga esta doendo de tanto rir. – então sorri mais ainda.

– Que tomar algo para ver se melhora? – ele perguntou, também sorrindo.

Assenti. – Suco de laranja seria uma boa.

Ele se virou para chamar o garçom mas por algum motivo seu sorriso se desfez.

Segui seus olhos até a porta do restaurante e foi fácil identificar aquele cabelo vermelho.

Nathaniel pressionou o maxilar, com raiva enquanto Castiel e Debrah andavam em nossa direção.

Diferente de Nathaniel, Castiel sorria.


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Notas finais do capítulo

Desculpa a demora pessoal!Mas estou na ativa. Esse foi um capitulo difícil e acredito que o próximo também será, mas já tenho tudo em mente.Me diga se gostou, :)AHHH! ESTOU PROCURANDO UMA FIGURA LEGAL PARA A HISTÓRIA, SE VOCÊS TIVEREM ALGUMA ME ENVIE POR FAVOR. ;)Até mais !



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