3 Escolhas escrita por Dama Da Noite


Capítulo 37
Born to Die - Lana Del Rey


Notas iniciais do capítulo

Não me deixe triste, não me faça chorar
Às vezes o amor não é suficiente
Quando o caminho se torna dificil
Eu não sei por quê
Continue me fazendo rir,
Vamos ficar loucos
O caminho é longo e nós continuaremos
Tente se divertir nesse meio tempo
Venha e dê um passeio pelo lado selvagem
Deixe-me te beijar na chuva
Você gosta de garotas insanas
Escolha suas últimas palavras
Esta é a última vez
Porque você e eu
Nós nascemos para morrer
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Passos suaves faziam pouco barulho ao atravessar o corredor que levava ate meu quarto.
Nathaniel abriu a porta bem devagarzinho, atento ao fato deu estar dormindo ou não. Ele sorriu ao me ver acordada, porem sonolenta.


– Esta se sentindo melhor? - ele perguntou enquanto entrava.

– Não. Ainda dói ao respirar.


Ele passou seus dedos finos sob os papeis em sua mão, sinal de nervosismo.


– Deve ser pela Pneumonia. -ele atravessou o quarto em poucos segundos. - Não se preocupe, eles vão cuidar bem de ti. Apenas comporte-se e faça todos os procedimentos médicos que pedirem. Você precisara ficar aqui por alguns dias cuidando desta Pneumonia. Não se preocupe com a escola, eu resolvo tudo por lá. Concentre-se na sua recuperação.

Ouvi tudo atenciosamente enquanto sentia certa quantidade de alivio.

–Sim, obrigada. E meu pai disse algo?

Ele assentiu.


– Ele esteve aqui ontem, veio te ver. Mas precisou voltar para o trabalho...

– E te "pediu" para me olhar. - ele sabia que eu me referia ao salário que ele recebia para isto.

Ele me pareceu levemente ofendido.

–Não fale assim Senhorita.

– É o que vejo "Senhor" Nathaniel. Você não me trata como uma amiga. Sinceramente, se eu for só um de seus negócios prefiro que saia. Se me acontecer algo eles te ligam no mesmo minuto.


Suas sobrancelhas arquearam e seu maxilar tencionou.

–Não penso apenas em dinheiro. Na verdade pouco me importa. Meus pais podem muito bem me bancar, assim como o seu pai faz contigo. E muito menos um "riquinho" ambicioso. Apenas gosto de cuidar de quem esta ao meu redor.

–Cuidar ou controlar? -ele me olhou e vi em seu olhos que agora eu realmente o ofendi. -Olha...desculpa. - passei minhas mãos sobre meus olhos na tentativa de organizar sentimentos e pensamentos.- Eu estou um pouco...

–Tudo bem. -ele disse em um tom calmo e tranqüilizador - Todo mundo que se aproxima do Castiel fica assim.

Me espantei.
Mas é claro que ele sabe quem me trouxe ate aqui. Ele sabe de tudo.

– Você recusa minha ajuda, mas aceita a dele de bom grado. - um silencio tenso cortou o ar. Era difícil respirar. - Enfim, vejo que esta cansada. Boa noite Senhorita Melissa.

Ele foi tão rápido que mal tive tempo de pensar e ele ja estava fechando a porta.

Quando a porta se fechou o oxigênio voltou ao ar, mas a culpa que eu sentia por tratá-lo sempre tão mal esmagava meus pulmões. Uma dor real e sufocante.
Tentei puxar o ar bem devagarzinho, para não sentir mais do que a dor necessária para minha sobrevivência.

Um minuto se passou e neste curto período de tempo o ar se constituiu em pequenas farpas de vidro que me dilaceram por dentro e em questão de segundos respirar era impossível.

– So-socorro! -joguei o pouco ar que estava em meus pulmões fora.


A percepção da morte a sua espreita, perto, e cada vez mais perto aumenta nosso desespero e dor a medida que a vida vai escapando de nossas mãos impotentes.

–--------xxxxxxxxxxxx-----------xxxxxxxxxx----------------

Ao entrar no elevador procurei por SMS novas no celular,mas não havia nada. Ao colocar a tela em modo de descanso ela ficou totalmente preta e pude ver meu reflexo nele. Haviam olheiras em meu rosto, eu faria bem em descansar um pouco. Ate mesmo porque ela não precisa de minha ajuda a deixou isto bem claro um minuto atrás.

Nunca me senti tao humilhado...

Ao dar uma ultima olhada em mim antes de guardar meu celular vi que minha caneta que meu pai me deu de presente em nossa ultima viajem pela Europa nao estava no seu habitual lugar- dentro do bolso da minha camiseta social. Arregalei os olhos. Eu jamais possso perde-la!

Apertei o botão de parada do elevador sem ao menos me aperceber dos outros passageiros. Desci um andar abaixo do quarto da Mel (assim que a chamo mentalmente) e sai correndo -mesmo sem entender a urgência dos meus pés, já que canetas não sabem andar- e subi as escadas em pouco tempo.

Uma vez no andar, me senti receoso em entrar... Ela não que me ver....
Mesmo minha mente implorando para não entrar lá, meu corpo me conduziu com rapidez.

Ao entrar imaginei que ela faria uma carranca em minha direção, como sinal de desprezo, mas ao invés disso a encontrei se remexendo na pequena cama. Sua coberta estava no chão e por pouco ela não caiu também. De seus lábios carnudos saia um gemido de dor e desespero.

A caneta deixou de existir.

Corri ate ela.

Ao ver os olhos dela se fechar gritei seu nome.

–-------xxxxxxx---------xxxxxxxxx----

POV Mel


–Mel!!!!!!

Um grito invadiu minha consciente e me puxou por um segundo do mar de dor. Não consegui identificar a voz, mas se me chama de Mel deve ser algum amigo.
Tentei abrir meus olhos mas a dor nos meus pulmões me impediam de fazer outra coisa com minha cara alem de uma careta de dor maçante em que incluía meus olhos fechados.


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Notas finais do capítulo

Oiii pessoal!
Andei sumida porque estava doente. :( E estava sem acesso ao pc...passar pelo cel é MUITO RUIM!
Amanha eu posto a segunda parte ta?
COMENTEM!