De Repente... escrita por Yuuka


Capítulo 1
One-shot.


Notas iniciais do capítulo

Como o prometido, aqui está seu presente de aniversário Deh =D
Aqui é quando você conhece o Akira... Ansiosa? Hahaha.
Espero que lhe agrade...
~
Otanjoubi Omedetou (^0^)/



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Faltavam três dias para o aniversário de Akira, mas ao contrário de todos os seus amigos que insistiam em fazer festa, o baixista não estava ligando muito pra isso. Não que ele tivesse algum tipo de ‘’mal de aniversário’’ ou coisa parecida, mas talvez ele não estivesse acostumado com tanta atenção... A não ser das fãs, claro.


A the GazettE tinha acabado de completar dez anos, e o loiro de faixinha não poderia estar mais feliz. Ele se lembrava como se fosse ontem, de quando eles tinham apenas quatro anos de banda... Eram tempos difíceis, mas que ele se lembrava com um grande carinho que lhe aquecia o peito.


Enquanto terminava de se trocar na gravadora para ir pra casa, pensava distraído no quanto se sentia entediado no fim do dia, quando o trabalho terminava. Estava começando a achar que aquilo não era normal, mas não queria parecer ingrato com o que tinha. Talvez fosse só tédio momentâneo. Mas havia alguma coisa que não fazia sentido... Akira quase nunca estava de mal humor, e sempre que chegava em casa não pensava em mais nada além do dia seguinte em que ele provavelmente faria mais atividades com a banda. Era tudo bastante satisfatório, ele não poderia negar. Porém, naquele dia, algo o incomodava... Ele sentia que algo nele estava vazio, como um quebra-cabeça que está faltando uma peça.


Estava começando a se sentir solitário naquela casa, que por mais que não fosse tão grande, ainda era enorme para uma pessoa só.


– Nee Akira... Que tal boliche? – Kouyou se aproximou do amigo que devaneava enquanto desamarrava a faixinha de seu nariz, para que enfim pudesse guardá-la.


– Hm?


– No seu aniversário... Podíamos ir jogar boliche... Faz tempo que não fazemos isso... – O guitarrista continuou e Akira sorriu em resposta, dando de ombros.


– Por mim tudo bem!


Depois que tudo estava finalmente encerrado na gravadora, Akira caminhou calmamente até seu carro no estacionamento, louco para chegar em casa e tomar um banho e depois poder ficar até tarde fazendo coisas aleatórias em casa, como mexer na internet, assistir televisão, tocar baixo, tudo enquanto preparava algo para comer, e para que enfim pudesse descarregar seu sono em sua cama até o dia seguinte, quando começaria sua rotina toda novamente.


Dirigia distraído, quando de repente uma mulher surgiu só Deus sabe de onde na frente de seu carro, fazendo-o frear violentamente. Aliás, a culpa era inteiramente dele, já que ela estava justo em uma faixa de pedestres. Por pouco não a atropelou, e por sorte ela teve um ótimo reflexo, quando se jogou na calçada conseguindo escapar com sucesso.


Akira saiu do carro desesperado, com medo de tê-la machucado, falando mil coisas ao mesmo tempo sem sentido algum.


– Daijoubu desu ka? – Ele colocou a mão sobre o ombro dela, que ficou sem jeito ao ter seus olhos presos nos dele por um instante que pareceu mais como um milênio. – Está machucada?


– I-Iie... Daijoubu desu! – Ela respondeu com intuito de acalmá-lo, mas não deu muito certo, já que ele continuou em tremendo desespero.


– Eu vou chamar uma ambulância... – Ele fez menção em se levantar, mas ela o impediu segurando a ponta de sua camisa.


– Não precisa... Eu estou bem, juro... – Ela logo se levantou com rapidez, batendo contra as roupas. Ela de fato não havia sofrido muitos danos, apenas alguns arranhões no braço.



– Está sangrando... – Ele segurou delicadamente o braço dela por impulso, e quando se deu conta, a soltou, levando a mão à nuca sem jeito. – Gomen nasai... Eu quase te matei...


– Está tudo bem mesmo... Não se preocupe... – Ela lhe sorriu e ele logo voltou a segurar sua mão, ainda preocupado.


– Vamos... Eu vou cuidar disso... – Ele disse decidido, com intenção de levá-la para casa e lhe fazer um curativo. Ele achava que era o mínimo que ele podia fazer por sua recente falta de atenção. Akira estava tão fora de si que nem se deu conta de que estaria levando à sua casa alguém que nem conhecia. Não que a moça tivesse cara de psicopata ou coisa do tipo, mas nem passou por sua cabeça que ela pudesse se sentir ofendida ou envergonhada.


– Não! Não precisa... Eu... – Ela tentou convencê-lo, mas nada o fez mudar de idéia. Quando se deu conta, ela se viu dentro do carro de Akira, totalmente sem jeito e nervosa por estar com um desconhecido que ao contrário do que ela deveria pensar, estava sendo muito gentil e cuidadoso.


Ela se deixou levar por aqueles castanhos, que ela encarava vez ou outra através do retrovisor, completamente acanhada e tentando inutilmente esconder suas bochechas coradas.


– Etto... Gomen... Ainda não sei seu nome... – Ele perguntou com um sorriso, que por mais que não fosse sua intenção, saiu um pouco malicioso. Aquele era Suzuki Akira afinal...


– Debora... Hayashi Emiko Debora... – A moça riu baixinho ao ver a expressão confusa no rosto do loiro, pelo nome diferente que ela tinha. – Eu sou mestiça... Meu pai é japonês mas minha mãe é brasileira...


– Ah... – Akira sorriu em entendimento, e a conversa continuou estranhamente espontânea, como se os dois já fossem conhecidos de outra vida. – Por isso o ‘Debora’... É um nome muito bonito...


– Arigato... Mas pode me chamar de Emiko se preferir...


– Eu gosto de Debora... – Ela sorriu olhando para ele por alguns instantes, desviando o rosto corado rapidamente.


Quando chegaram, Akira pegou os curativos desesperadamente... Não conseguia deixar de se preocupar. Enquanto ele limpava o sangue do braço dela, que já estava seco, ela o olhava discretamente e sem jeito. Ela não conseguia deixar de notar o quão bonitos eram aqueles olhos, que chamavam sua atenção sem que ela pudesse se controlar.


Os minutos passaram voando. Quando se deu conta, Akira já havia terminado os curativos soltando um suspiro de alívio enquanto Debora despertava de seus devaneios, ficando nervosa só de saber que teria que ir, mas antes teria de falar novamente com aquele homem de voz grave que a cada segundo a deixava mais desconcertada.


– Está pronto... – Ele disse, finalmente soltando seu braço.


– Nossa... Ficou muito bom... Já pensou em ser médico?


– Ah que isso... – O loiro riu, enquanto fechava a caixa de remédios. – Médico? Acho que não é pra mim...


– Arigato... Er... – Debora sentiu-se aflita ao constatar que não sabia o nome do loiro. Mas logo sorriu ao descobrir.


– Suzuki Akira... Gomen... Você me disse seu nome, e o desatento aqui esqueceu de dizer o dele... – Akira riu sem jeito e ela apenas assentiu que tudo bem.


– Arigato... Suzuki-san... Você foi muito gentil... Eu estou indo agora... Estão me esperando...


– Ah... Claro... – O baixista acompanhou a moça até a porta, sentindo certa tristeza ao ver que ela estava indo embora. Sentiu-se de mãos atadas, e aquilo foi tão frustrante, que o loiro não conseguiu segurar o ímpeto de chamá-la mais uma vez antes que ela desaparecesse de vez... Ele nem sabia o que iria dizer, mas queria mais que tudo pará-la... – Debora-chan!


– Sim? – Ela parou perto do elevador e ele mordeu o lábio em nervosismo, hesitando por alguns segundos enquanto a morena o olhava desentendida.


– Etto... Dia 27 eu vou comemorar o meu aniversário com uns amigos no boliche aqui perto... Se quiser ir... – ‘’O que está fazendo Suzuki? Enlouqueceu?’’– Pensou.



E então, com um enorme sorriso que fez Akira ofegar, Debora respondeu...




– Eu adoraria...


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Notas finais do capítulo

É, não chega nem perto da fic que vc me deu de aniversário nee... mas espero que tenha gostado mesmo assim ><' AISOHIAHIOHISAOHS
-
Ah.. e ela tem continuação, CLARO xD
E ela vem dia 27, no aniversário do Reita ^^