Wide Awake escrita por Bunny


Capítulo 5
Figurino


Notas iniciais do capítulo

Desculpem tive imprevistos e por isso demorei a postar. Ainda não terminei esse capítulo... Aguardem



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Na manhã seguinte acordei cedo. Tomei um banho rápido. Me vesti. Maquiei-me. E para tentar espantar o nervosismo, liguei o pequeno rádio, que fazia parte da mobília do apartamento. Tocava uma música da Bonnie Tyler. Total Eclipse of the Heart. E cantei junto com o rádio. Não coloquei no máximo do volume, pois ainda era cedo e não queria confusões com vizinhos. Nada poderia estragar meu dia.

Às 7:30 eu estava pronta. Chamei um táxi e dei o endereço escrito no verso do cartão do Sr.Stevens. O táxi parou em frente a um prédio cinza, alto e elegante. Paguei o motorista, que me deu uma piscadela, sorri e caminhei com firmeza até o hall do prédio. Era mais elegante que a fachada. Lustres de cristais dependuravam-se no alto teto de cor creme. O piso era de mármore. Havia um tapete branco e sobre ele cadeiras acolchoadas de tom marrom café. Um balcão bonito e atrás dele a secretária, vestia um vestido preto com risca de giz e o cabelo castanho preso num caque baixo. Encaminhei-me animada até o balcão. Entreguei o cartão à ela e expliquei a minha delicada situação. Ela ouviu interessada e sorriu. Disse-me para aguardar. Sentei em uma das cadeiras em cima do macio tapete branco. Alguns minutos se passaram até ela chamar-me. Levantei e vi que ela tinha acabado de desligar o telefone. "Com quem falava? Seria o Sr.Stevens cancelando o convite? Será que ela inventaria uma desculpa para eu ir embora, porque nunca tive uma experiência proficional?" Balancei a cabeça tentando espantar as ideias mirabolantes que surgiam. Ela saiu de trás do balcão e disse-me para segui-la. Me levou até a sala do Sr.Stevens. Abriu a grande porta de madeira e eu entrei. A sala era enorme. Haviam quadros, troféis, fotos e muitas coisas emolduradas e penduradas nas paredes. A vista era impressionante, achei que poderia ver toda Nova York daquelas vidraças. A escrivaninha era bem organizada e atrás dela sentava-se um homem de negócios, bem arrumado, com a barba feita, o cabelo penteado e vestido num terno cinza, com gravata azul escura. Ele levantou e cumprimentou-me com um aperto de mão.

- Bem-vinda!

- Obrigada Sr.Stevens.

- Ora, para quê tanta formalidade? Me chame de Jeff.

- Claro. (risos)

- Então Katheryn, quer conhecer o estúdio?

- Com certeza!

- Temos muito a fazer. Assine esse formulário, por favor.

- Por quê?

- Para eu saber seu nome completo, onde posso encontrá-la e seu telefone.

- Claro.

Escrevi meu nome, endereço e telefone. Assinei e o entreguei. Ele conferiu e o largou sobre a escrivaninha.

- Quero lhe fazer um teste.

- Que tipo de teste?

- Cantará um solo no estúdio. Tudo bem?

Eu abri um enorme sorriso. Mostraria o meu melhor.

- Sim.

- Venha.

Passamos por corredores brancos, portas de madeira entalhadas, elevadores, andares e mais andares, escadas até chegarmos ao estúdio de som. Entrei depois de Jeff. Um rapaz de vinte e poucos anos nos esperava.

- Katheryn esse é Louis. Ele cuida do estúdio de som e gravações.

- Olá.- Disse, tentando disfarçar o entusiasmo.

- Olá Katheryn.- Ele respondeu-me.

Seus olhos eram lindos. Azuis e verdes ao mesmo tempo. Por um instante eu fiquei hipnotizada, mas tornei a me concentrar no que Jeff falava.

- ... música prefere?

- O quê?

- Tens alguma preferência por alguma música?

Lembrei da música que tocava de manhã no rádio.

- Bonnie Tyler. Total Eclipse of the Heart.

- Ótima escolha.- Disse Louis sorrindo.

Eu sorri devolta para ele. Entrei na pequena sala, com um microfone no centro e uma janela por onde os dois observavam-me. Foi-me entregue a letra da música. Concentrei-me no que deveria fazer e começei a cantar. Saí totalmente da realidade. Mudando a altura e tom de minha voz quando achava necessário. Quando acabei, voltei a primeira sala e fiquei surpresa com a quantidade de desconhecidos que me aplaudiam. Abri um largo sorriso e agradeci a todos.

- Foi maravilhosa.- Disseram-me Louis e Jeff.

- Obrigada.- Respondi aos dois.

- Agora temos muito a fazer.- Disse-me Jeff.

Ele falou com Louis enquanto eu já estava do lado de fora do estúdio e depois passamos novamente por portas, corredores, elevadores e entramos numa enorme sala, aonde haviam milhares de figurinos, dos mais variados tipos e tamanhos. Com brilho, plumas, desenhos, paetês, renda, etc. 

- Meu Deus! Acho que estou sonhando.- Foi a única coisa que consegui dizer.


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