Wide Awake escrita por Bunny
Notas iniciais do capítulo
Desculpem tive imprevistos e por isso demorei a postar. Ainda não terminei esse capítulo... Aguardem
Na manhã seguinte acordei cedo. Tomei um banho rápido. Me vesti. Maquiei-me. E para tentar espantar o nervosismo, liguei o pequeno rádio, que fazia parte da mobília do apartamento. Tocava uma música da Bonnie Tyler. Total Eclipse of the Heart. E cantei junto com o rádio. Não coloquei no máximo do volume, pois ainda era cedo e não queria confusões com vizinhos. Nada poderia estragar meu dia.
Às 7:30 eu estava pronta. Chamei um táxi e dei o endereço escrito no verso do cartão do Sr.Stevens. O táxi parou em frente a um prédio cinza, alto e elegante. Paguei o motorista, que me deu uma piscadela, sorri e caminhei com firmeza até o hall do prédio. Era mais elegante que a fachada. Lustres de cristais dependuravam-se no alto teto de cor creme. O piso era de mármore. Havia um tapete branco e sobre ele cadeiras acolchoadas de tom marrom café. Um balcão bonito e atrás dele a secretária, vestia um vestido preto com risca de giz e o cabelo castanho preso num caque baixo. Encaminhei-me animada até o balcão. Entreguei o cartão à ela e expliquei a minha delicada situação. Ela ouviu interessada e sorriu. Disse-me para aguardar. Sentei em uma das cadeiras em cima do macio tapete branco. Alguns minutos se passaram até ela chamar-me. Levantei e vi que ela tinha acabado de desligar o telefone. "Com quem falava? Seria o Sr.Stevens cancelando o convite? Será que ela inventaria uma desculpa para eu ir embora, porque nunca tive uma experiência proficional?" Balancei a cabeça tentando espantar as ideias mirabolantes que surgiam. Ela saiu de trás do balcão e disse-me para segui-la. Me levou até a sala do Sr.Stevens. Abriu a grande porta de madeira e eu entrei. A sala era enorme. Haviam quadros, troféis, fotos e muitas coisas emolduradas e penduradas nas paredes. A vista era impressionante, achei que poderia ver toda Nova York daquelas vidraças. A escrivaninha era bem organizada e atrás dela sentava-se um homem de negócios, bem arrumado, com a barba feita, o cabelo penteado e vestido num terno cinza, com gravata azul escura. Ele levantou e cumprimentou-me com um aperto de mão.
- Bem-vinda!
- Obrigada Sr.Stevens.
- Ora, para quê tanta formalidade? Me chame de Jeff.
- Claro. (risos)
- Então Katheryn, quer conhecer o estúdio?
- Com certeza!
- Temos muito a fazer. Assine esse formulário, por favor.
- Por quê?
- Para eu saber seu nome completo, onde posso encontrá-la e seu telefone.
- Claro.
Escrevi meu nome, endereço e telefone. Assinei e o entreguei. Ele conferiu e o largou sobre a escrivaninha.
- Quero lhe fazer um teste.
- Que tipo de teste?
- Cantará um solo no estúdio. Tudo bem?
Eu abri um enorme sorriso. Mostraria o meu melhor.
- Sim.
- Venha.
Passamos por corredores brancos, portas de madeira entalhadas, elevadores, andares e mais andares, escadas até chegarmos ao estúdio de som. Entrei depois de Jeff. Um rapaz de vinte e poucos anos nos esperava.
- Katheryn esse é Louis. Ele cuida do estúdio de som e gravações.
- Olá.- Disse, tentando disfarçar o entusiasmo.
- Olá Katheryn.- Ele respondeu-me.
Seus olhos eram lindos. Azuis e verdes ao mesmo tempo. Por um instante eu fiquei hipnotizada, mas tornei a me concentrar no que Jeff falava.
- ... música prefere?
- O quê?
- Tens alguma preferência por alguma música?
Lembrei da música que tocava de manhã no rádio.
- Bonnie Tyler. Total Eclipse of the Heart.
- Ótima escolha.- Disse Louis sorrindo.
Eu sorri devolta para ele. Entrei na pequena sala, com um microfone no centro e uma janela por onde os dois observavam-me. Foi-me entregue a letra da música. Concentrei-me no que deveria fazer e começei a cantar. Saí totalmente da realidade. Mudando a altura e tom de minha voz quando achava necessário. Quando acabei, voltei a primeira sala e fiquei surpresa com a quantidade de desconhecidos que me aplaudiam. Abri um largo sorriso e agradeci a todos.
- Foi maravilhosa.- Disseram-me Louis e Jeff.
- Obrigada.- Respondi aos dois.
- Agora temos muito a fazer.- Disse-me Jeff.
Ele falou com Louis enquanto eu já estava do lado de fora do estúdio e depois passamos novamente por portas, corredores, elevadores e entramos numa enorme sala, aonde haviam milhares de figurinos, dos mais variados tipos e tamanhos. Com brilho, plumas, desenhos, paetês, renda, etc.
- Meu Deus! Acho que estou sonhando.- Foi a única coisa que consegui dizer.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!