Uma Estranha No Meu Quarto escrita por Damn Girl


Capítulo 25
Capítulo 25 - Proposta


Notas iniciais do capítulo

Bom dia pessoas! Voltei das minhas férias e fiquei muito feliz ao ver que 11 pessoas favoritaram a história, muito obrigada ♥ Não sou mto boa nisso eu sou muito tímida, mas gostaria de saber a opinião de você sobre este e os capítulos anteriores, se está bom, se eu to viajando muito.. deixem um comentário sobre, é muito importante pra mim saber o que vocês estão achando ^^
(Pra quem tá lendo a outra história vai ter nova capa e novo capítulo esta semana)

Boa leitura :*



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— Chegamos?

         Jason assobiou, apontando estupefato pra construção diante de nós. Quando segui seu braço musculoso com os olhos, entendi por que ele estava desse jeito. A nossa frente, localizada no fim de uma rua sem saída, uma mansão antiga surgiu. O prédio era grande, quase maior que o castelo da rainha e aparentava estar mil anos abandonado, repleto de mato e poeira. Mas nem isso aplacava a imponência e beleza do lugar. Tinha um aspecto vitoriano que encantava a qualquer um que visse. Nas mãos do arquiteto e decorador certo seria um ponto turístico muito visitado. Assim que bati os olhos nele quis reformar cada pedaço e arfei de empolgação.

         Talvez se eu estivesse viva eu poderia recuperar tudo aqui. Sim talvez eu não fosse cientista como meu pai queria que eu fosse afinal. Mas eu nunca saber... ou talvez um dia eu saiba.

— A-acho que sim. — Limpei uma pequena placa dourada no muro. Parecia de ouro. — Pela numeração é aqui mesmo.

         Mesmo do lado de fora eu podia sentir a presença de diversos fantasmas lá dentro, mais uma esquisitice de estar morta. E uma presença um pouco mais poderosa e conhecida.

— Ele está em casa. — Empurrei o portão esquecendo que eu poderia ultrapassá-lo e me virei pra Jason que fechou a cara — É melhor você esperar aqui fora.

— Sabia que ia dizer isso Barbie. Negativo, eu vou entrar.

— Eu não quero causar uma terceira guerra mundial! — Peguei o braço dele e o fiz olhar nos meus olhos — Eu sei que você está com raiva dele..

— Claro ele matou minha família!! — Ele removeu a minha mão do seu braço, a raiva estampada em seus olhos. — Você não acredita não é?  — Seus olhos se estreitaram um pouco — Você gosta dele?!?! Você gosta dele? Não acredito...

         Meu rosto esquentou, me relembrando a sensação de enrubescer. Agradeci por estar morta e não poder ficar vermelha de fato. Eu só tinha uma intuição de que Roosevelt não era o assassino, não tinha nada a ver com uma paixonite...

— Não... eu ... eu não estou envolvida com sua história, posso conversar com ele mais calmamente. Me deixa falar com ele Jason por favor, confia em mim.

         Ele ficou me analisando por um longo período, o olhar indecifrável, até que deu um passo pra trás, recuando pra calçada. Jason olhou o prédio e então cruzou os braços, se dando por vencido. Mas tombou pro lado e apoiou o ombro no muro, balançando a cabeça.

— Eu não confio nesse cara, Jaynet. — Engoli em seco quando ele disse meu nome, ele quase nunca o pronunciava. — Não é só por que estamos mortos que ele não pode nos machucar, você tem família... Seu pai e sua mãe ainda estão vivos. — Ele balançou a cabeça. — Tenha cuidado qualquer coisa grite, ou desapareça de lá, vou esperar bem aqui.

         Eu lhe dei um beijo no rosto e segui flutuando até a entrada principal, pensando se entrava direto ou se seria educada. Resolvi bater na porta como uma pessoa normal faria mas assim que cheguei próximo a mesma se abriu, revelando um lindo e comprido hall de entrada com uma escadaria e um lustre enorme no teto. Detalhes em ouro brilhavam por cima da poeira e claridade entrava tímida pelas cortinas desgastadas pelo tempo. Fiquei tão absorta admirando a beleza da mansão que comecei a divagar...

Me imaginei dançando ali com o vestido que eu havia ido ao baile. Então Roosevelt apareceu, vestido em um traje elegante o qual eu não conseguia identificar a época. Ele se abaixou sorrindo numa reverencia e me ofereceu sua mão, a qual eu aceitei sem hesitar. Com toda confiança do mundo passou um braço pela minha cintura e nós começamos a rodar pelo lindo salão ao som de um piano e um violino. Enquanto girávamos a sala foi ganhando vida novamente e outros casais apareceram. Lindas damas e seus cavalheiros nos acompanhavam enquanto Roosevelt me puxava mais pra perto de si e não consegui segurar um suspiro. Deitei a cabeça em seu ombro e fiquei sentindo nossos movimentos, aspirando seu perfume exótico. Ele parou de dançar e segurando meu rosto, fechou os olhos roçando os lábios nos meus enquanto eu apertava seus ombros com força.

Pulei alto quando alguém tocou meu braço, me tirando do meu delírio.

— Perdoe-me Jaynet não queria assustá-la. Senti sua presença na casa e abri a porta. — Roosevelt franziu as sobrancelhas me estudando. — Está tudo bem?

— Sim. Eu.... Eu... Bela casa.

         Ele sorriu visivelmente mais aliviado. O homem a minha frente tinha o cabelo bagunçado de uma forma moderna e um terno preto elegante, atual. Controlei uma careta por ele ter mudado seu modo de se vestir e me forcei a manter o foco.

— Eu vim pelo seu convite no baile.

— Sim sim, claro, eu estava a sua espera. — Ele olhou em volta maneando com a mão. — Poderia me acompanhar ao meu escritório? Lá podemos conversar com mais privacidade.

         Acompanhei seu olhar, só agora me dando conta de que haviam outros fantasmas no cômodo, diversos deles e concordei rapidamente com a cabeça. Ele pegou minha mão e nós passamos por algumas portas, uma sala de jantar e caminhamos por um longo corredor até um local mais afastado, ainda no primeiro andar. Roosevelt abriu uma porta grossa e esperou que eu entrasse. O escritório assim como a casa era empoeirado e repleto de detalhes dourados. Nele diversos livros rodeavam as paredes. Ele rodeou uma mesa mogno no centro e se sentou estendendo a mão para que eu me sentasse numa cadeira a sua frente.

— Eu lhe ofereceria um chá se pudesse, mas é meio que impossível na nossa atual condição.

         Concordei com a cabeça. Ficamos nos encarando por um longo tempo, até que ele apoiou os cotovelos na mesa e entrelaçou as mãos apoiando o queixo nelas, esperando.

         Tinha tantas coisas que eu queria perguntar a ele, desde o baile eu vinha planejando. Programei minha mente para perguntar primeiro sobre a família de Jason, depois sobre meus interesses pessoais, contudo as palavras escaparam rápido por meus lábios:

— Cadê sua esposa? Pensei que eu iria conhece-la.

         Puta que pariu!!! Que diabos eu to fazendo?!

         Ele abriu um largo sorriso.

— Ela não se encontra nesse momento. Marquei nosso encontro para hoje com sua ausência em mente.

         Respondeu como se fosse a coisa mais natural do mundo. Cruzei as pernas, nervosa. Ele riu.

— Não quero que ela saiba de meus planos de reviver, Jaynet. Nem ela nem nenhum dos fantasmas lá fora. — Ele fez uma careta — Alias ela não é minha esposa. Era “até que a morte nos separe”, creio que estou livre agora.

— Ah! Você não gosta dela?

— Digamos que mulheres como você fazem mais meu tipo.

         Se eu estivesse viva eu estaria mais vermelha que sangue agora.

— Como eu?

— Você é boa Jaynet, é sensível, educada e atenciosa.. E muito bonita.. mulheres como você eram muito cobiçadas.

         Fiquei tentando imaginar.

— E por que você não se casou com alguém assim?

— As coisas não funcionavam assim na minha época, eu não escolhi com quem me casei. E para todos ela era assim. Nosso mundo era um mundo de aparências. — Ele pareceu triste por um momento. — Para mim ela a pior pessoa do mundo.

         Balancei a cabeça. Eu já estava sentindo pena dele mesmo sem ter certeza de que ele era inocente. Isso não é nada bom.

— Melhor a gente falar sobre outra coisa, meu passado é muito chato — Sorriu. — Vamos falar sobre a possibilidade de te trazer de volta a vida.

— Eu estou muito curiosa mas antes da gente conversar sobre isso, tem uma coisa que eu preciso perguntar.

         Ele pousou a mão na minha me encorajando a falar. Eu troquei minha mão de lugar com a dele e a apertei.

— Bem... não é um assunto fácil. É sobre você matar as pessoas.. — Ele assentiu. — Eu conheço um homem, fantasma.... bem ele disse que foi uma vítima sua...

— Bem provavelmente foi. — Respondeu de imediato. — Eu mato as pessoas Jaynet, nunca menti pra você...

         Meu deus!! Como ele podia falar isso tão naturalmente?! Apertei mais sua mão o interrompendo e me fazendo ser ouvida.

— Deixa eu terminar... — Pedi. Ele concordou com a cabeça. — Acontece que.... porra!.... não parece que foi você quem o matou, nem a família dele. Não é o seu padrão de assassinato... — Ele piscou visivelmente confuso se encolhendo na cadeira. — O que eu estou tentando dizer é que ele está ameaçando destruir o colégio inteiro se o Christian não te exorcizar. E o Christian não te suporta mas eu.... eu ...

         Gente o que eu estou fazendo da minha vida? Quer dizer, da minha morte, sei lá... Ele nem se defende!!!

          Suspirei, ele começou a brincar com meus dedos. Parecia estar ponderando alguma coisa.

— Eu não acho que você fez isso. Por favor, me diga, eu estou tentando te defender.

— O que esse rapaz falou pra você? Como eu o matei? Como ele é?

— Bem, não sou boa em descrever as pessoas... ele tem trinta anos, é bonito, sarado... — Roosevelt arqueou uma sobrancelha. — Enfim. Ele disse que você trancou a casa e a incendiou. Ele implorou para poupar sua filha pequena mas você disse que era “necessário” — Fiz aspas no ar — E não deixou ninguém sair.

         Ele tombou a cabeça pro lado, visivelmente preocupado com algo, mas logo disfarçou.

— Não foi eu Jaynet. Como você disse, não é meu feitio matar dessa forma. Eu não preciso matar tantas pessoas de uma vez. E definitivamente não mato inocentes, nem crianças. 

         Soltei nossas mãos e afundei na cadeira. Ele estava sendo sincero. Mas isso não era totalmente bom, por que indicava que havia outro fantasma assassino solto por aí. Também pelo fato de que o Christian acreditaria em mim se eu insistisse que ele era inocente, já homem zangado esperando lá fora... Não ficaria nada satisfeito.

— Eu quero lhe mostrar uma coisa.

Roosevelt pegou um livro empoeirado e amarelado, bem grosso e sem título ou qualquer inscrição na capa e o foleou. Depois esticou o livro até mim com uma página aberta e apontou para mim. Eu fitei os símbolos e franzi o cenho, não tinha a mínima ideia de que idioma era aquele...

— É um livro da civilização Maia. — Fiz uma careta, ele bufou. — Na verdade, é uma transcrição de pergaminhos de rituais, feita por outro povo a fim de guardar o conhecimento. — Ele pegou um mapa datado do século XV e esticou na mesa apontando pra uma pequena região. — Esse mapa não é muito atual eu sei, desculpe. Segundo os historiadores esse povo viveu nessa região entre os séculos IV e IX Antes de cristo. — Eu odeio história. Se eu tivesse viva já tinha bocejado. Ele pareceu perceber meu desinteresse pois balançou a cabeça. — Bem não importa, o que eu quero dizer Jaynet, é que eu estou morto há muito tempo..

         Abri a boca chocada e me abracei.

— Ai meu Deus, você é um Maia??????

— Não!!! Não! Porra deixa eu terminar.. — Arfei de espanto. — Me perdoe por xingá-la. Acho que tenho convivido demais com essa nova geração — Beijou minha mão. — Enfim, eu estou morto há muito tempo Jaynet, algo como aproximadamente seiscentos anos... E durante esse anos todos eu venho pesquisando uma forma de reviver, rodei o mundo todo buscando rituais, lendas, histórias perdidas... até que cheguei nesse povo. Paralelo a história que conhecemos, há lendas de bruxos, sacerdotes e feiticeiros que desenvolveram rituais para trazer os nobres de volta a vida. Eles não traziam todos os mortos a vida pois tinha um custo muito alto. E eu não me refiro a exatamente dinheiro... — Pisquei assustada, mas permaneci ouvindo. — Foi neste livro Maia que eu achei o ritual que eu estou testando agora. E você vai gostar da próxima parte... Eles usavam os mediadores quando era necessário se comunicar com os mortos e dizer o que eles deveriam fazer. Era um processo demorado que demandava alguns anos. Nesse processo a função do fantasma escolhido para retornar consiste em sacrificar 500 almas, uma a cada semana. E na vítima final, o ritual deve ser concretizado no mesmo dia. Bem, tem mais detalhes, mas demoraria muito explicar a você e receio não ser muito agradável...

         Assenti entendendo onde ele queria chegar.

— O que eu quero dizer é que não tem necessidade de matar além do que eu preciso, e assim eu faço. Eu não sou ruim Jaynet, eu só quero reviver assim como você. E além de matar só o necessário eu escolho minhas vítimas, como já te disse outra vez. Eu não matei a família do seu amigo.

         Isso não faz de você bom. E não deixa de ser um assassino.

         Suspirei chateada e levantei.

— Acredito em você... O que eu não entendo é por que está me dizendo essas coisas todas? Por que quer tanto que eu acredite?

         Roosevelt contornou a mesa e me segurou pelos ombros.

— Por que quando eu conheci o Christian eu pesquisei sobre você Jaynet, eu sei como você morreu. — Engoli em seco. — E eu sei o quanto é ruim ser atraído pra uma armadilha. — Ele baixou a cabeça por um tempo, depois fixou o olhar no meu. — Eu quero começar uma vida nova, longe da mulher que foi responsável pela minha morte, e quero que venha junto comigo.

         Roosevelt me puxou pela mão animado e arrastou uma estante revelando uma escada secreta em formato de caracol. Me deixei ser levada por um extenso corredor subterrâneo até uma porta grossa de madeira, onde ele ele a ultrapassou ao invés de abrir a maçaneta. Acompanhei ele coômoda adentro e arregalei os olhos chocada.

         Na sala pilhas e pilhas de ouro maciço, diamantes e outras pedras preciosas reluziam diante dos meus olhos. Controlei meu impulso de deitar no meio de tudo e sair rolando. Ao invés disso fitei Roosevelt apavorada.

— Como ninguém nunca achou isso aqui?!?!?! Você parece um pirata sem navio.

         Ele riu.

— Digamos que eu acolhi alguns fantasmas com o passar dos anos e todos que quiseram demolir ou reformar minha casa foram terrivelmente assombrados. Logo os boatos se espalharam e agora ninguém nem chega perto da mansão...

         Dessa vez quem riu fui eu, realmente a casa dele é a única na rua tão antiga e tão abandonada. Sacudi a cabeça.

— Você... Por que eu? Você nem me conhece direito.

— Já disse o motivo, e eu posso te conhecer melhor... Jaynet eu já gosto de você, nesse tempo em que observei você, em que pesquisei sobre sua vida acabei me afeiçoando... Com o tempo e persistência, talvez a gente desenvolva um relacionamento. Fora que com você eu não preciso mentir pois você vai ter passado pelo mesmo que eu e vai entender quando me ver falando por acidente como um velho de quinhentos anos. — Ele riu e segurou minhas duas mãos as fechando dentro das dele. — Mesmo que você não queira ficar comigo Jaynet, eu quero lhe dar uma vida plena e feliz, a vida que lhe foi tirada... Prometo te ajudar. Se quiser pensar nisso como forma de reparação pelas vítimas que eu fiz, pense. Mas eu realmente quero te ajudar.

         Fiquei olhando pro rapaz, não, pro homem a minha frente exalando sonhos e esperança, sem saber o que dizer. Tudo que ele estava falando e oferecendo era muito confuso e surpreendente. E o que ele queria de mim era mais confuso ainda.

         Ele quer namorar? Casar? Ele está me pedindo em casamento? Eu devo perguntar isso a ele?

         Christian me veio a cabeça, tão lindo e perfeito, tudo que eu sonhei. Mas definitivamente ele não me entenderia totalmente, não como o Roosevelt. Mesmo sendo um mediador ele não chegava nem perto de entender como é estar morto, tampouco entender uma pessoa que passou pela morte e reviveu.

         Corri para fora daquele quarto até voltar pro escritório. Virei em direção a Roosevelt que havia me seguido, o semblante aflito. Eu também me sentia aflita, e dividida.

— Não posso, não sou assassina, não posso matar pessoas como você faz!

         Ele me segurou pelos ombros.

— Você não precisa. Jaynet, eu sei do seu corpo, eu sei que seu pai é um cientista e mantém ele de alguma forma intacto. Não entendo muito a ciência moderna... Mas eu conheço um ritual simples que podemos testar, e que não inclui matar ninguém. — Mordi meu lábio inferior confusa. — Se não acredita em mim, pergunte a sua amiga Maria, ela também conhece. É um ritual de consolidação da alma. Obviamente não funciona nela nem em mim, nossos corpos viraram pó há séculos. Mas em você eu acredito que pode funcionar. Não há motivos para ao menos não tentar!!

         Não pude evitar sorrir, reviver era tudo que eu queria e se ninguém precisasse se machucar eu estava livre para tentar. A única coisa que me deixou encabulada foi o fato de Maria nunca ter me contado nada. Precisaria confrontá-la mais tarde.

         Se ela sabia que havia uma possibilidade por que nunca me contou?! Ela mais que qualquer outro fantasma sabia a minha situação.

         Roosvelt me enlaçou pela cintura e segurou meu rosto com a outra mãos, os lábios bem próximos dos meus.

— Pensa em tudo que eu te falei. — Sussurrou. — Agora Jaynet, tem uma coisa que eu queria fazer e acho que você também.

         Ele fechou os olhos sorrindo e lentamente tocou os lábios nos meus. Numa fração de segundo o clima todo havia mudado e eu sabia que deveria afastá-lo mas me vi passando os braços em volta do seu pescoço. Ele mordeu meu lábio inferior, forçando passagem com uma experiência que eu nunca havia visto antes. Joguei minha cabeça para trás cedendo ao seu desejo, feliz por não ter de me preocupar em sugar as energias dele. Era tão mais fácil ficar com alguém como eu. Satisfeito com a minha entrega, ele me ergueu e me empurrou contra a mesa, jogando as coisas no chão com seus poderes e grunhindo.

— Você é perfeita, vamos nos dar muito bem meu amor.

         Segurei seu rosto e arfando o puxei de volta pra mim. Não queria dar oportunidade para me arrepender e de repente precisava dele, dessa proximidade. Estávamos quase deitados na mesa, quando uma voz aterrorizante cortou meus pensamentos. Uma voz que eu nunca imaginei ouvir de novo pronunciou meu nome. Eu gelei e empurrei Roosevelt pro lado, levantando num sobressalto. Fitei o par de olhos azuis próximo a porta, incrédula.

— Hugo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada e não esqueçam os coments ;) vcs estão muito quietinhos