Deidara's PoV

      Rosas. Elas eram lindas. Eu estava encantado com sua beleza. Vermelhas, rosas, brancas, e, por mais estranho que seja, uma negra. No meio de um mosaico de flores coloridas, havia uma rosa negra. Porém, ela era a mais linda de todas. Era como se ela fosse a rainha, que comandava tudo ali. As outras eram apenas meras servas. Caminhei, então, até aquela Rosa Negra.

 - Olá, pequena. O que faz, sozinha aqui, nesse mundo tão grande? - Perguntei a ela. Lógico, um silêncio total. Mas eu sabia que ela estava me escutando. Sabia que ela me entendia. Então, ajoelhei-me e começei a conversar com ela. - Você deve ser a rainha, não é? Está olhando as suas servas, imperfeitas. As comuns. Você é a única Negra, a mais perfeita. A que morre mais tarde. É impressionane como você é linda!

      De repente, ouço um barulho à minha direita. Percebo um vulto encostado em uma árvore, apenas a me observar. Incomodo-me um pouco, mas deixo passar. Continuo falando com a Rosa.

 - Afinal, como você se sente, sabendo que todas as rosas de veneram, sabendo que é a sua Rainha? Tem orgulho disso, não é? - Agora, aquele vulto, que se escondia, caminhou mais à frente, deixando seu rosto aparecer. Eu o fitei, e ele fez o mesmo, porém, com um sorriso gentil.

      Ele era ruivo, alto, os olhos castanhos brilhantes com os Sol. Eu sabia quem era ele: O Príncipe. Mas, afinal, o que ele faria aqui? Geralmente, Príncipes ficam em seus palácios, ou em suas carruagens, mas não em campos como estes. Será que estas terras são dele e eu as estou invadindo? Bem, tratei de me levantar, e me curvei diante da Realeza.

 - Olá, Majestade. O que me dá a honra de receber-lhe aqui?

 - Tsh. - "Tsh". Foi a única coisa que ele me disse, antes de caminhar em minha direção. Com a cabeça baixa, percebi que ele parou na minha frente. Ele se abaixou um pouco, e segurou no meu queixo, fazendo-me olhar para este. De imediato, fico envergonhado, corando-me. Ele me dá um sorriso bem, o que eu chamo de tentador, e fala. - Estou cansado de tudo isso. Cansado de ser tratado como um rei. Eu só quero a tranquilidade e paz que qualquer pessoa teria. E eu quero ter isso com você.

  - N-nani? - No momento, não entendi, ao certo, o que ele quis dizer com isso. Porém, depois, ao me tocar do que ele falava, corei violentamente. Ele queria ter uma vida normal comigo?! Mas, ele nem me conhece! - Ma-majestade, eu não entendo o que o Senhor d-

      Fui impedido de continuar o que havia falado. Ele havia selado seus lábios aos meus. Fiquei chocado! Afinal, ele estaria apaixonado por mim?

 - Venha. Me siga. - Ele levantou-se e estendeu a mão para mim. Como ele era o Príncipe, tudo que teria de fazer era obedecê-lo. Segurei na sua mão e o segui.

      Ele me levou ao seu palácio, porém escondido. Subimos as escadas, que para a minha opinião, eram enormes. Caminhamos um pouco até que paramos na frente de uma porta.

 - Entre.

      Eu segurei na maçaneta brilhante, e a girei. Abri a porta e encontrei seu quarto. Era maior até mesmo da minha casa! Fui adentrando-me boquiaberto, admirando a beleza dos móveis e da paisagem, fácilmente vista pela janela.

      Eu olhei bem, e reparei que a vista ia para o campo. O campo na qual eu ia todos os dias. Dava uma visão perfeita do jardim de Rosas na qual eu sempre amei. Era por isso, então, que ele foi lá?

      Escutei a porta fechar-se. Ele veio caminhando até mim, e quando tentei falar, ele tampou minha boca com a sua. Senti que ele pedia minha permissão para adentrar sua língua na minha boca. Abri os lábios, e ele explorou cada canto, cada lugar, cada extremidade da minha boca. Soltava pequenos gemidos abafados de vez em quando, e ele também.

      Ele me pegou no colo, o que me fez corar novamente, e me levou à sua cama. Deitou-me e assim se pôs sobre mim, e começou a lamber-me na região do pescoço. Ele começava a me excitar e eu deixava isso à mostra, dando altos gemidos e arranhando suas costas. Ele me fez ter uma tarde de loucuras, e de tão cansado, acabei dormindo.

      No outro dia, acordei e reparei sua ausência. Reparei, do meu lado, a Rosa Negra, junto com um bilhete. Este dizia:

"A Rosa simboliza nosso amor. Ele é único, e nada pode impedir de continuar a crescer. Não se preocupe, algum dia, você me verá de novo"

      Lendo aquilo e sentindo seu cheiro ainda presente no meu corpo, comecei a cair em lágrimas. Saí daquele quarto e corri para o jardim de Rosas, na qual havia uma carruagem indo embora. Sabia que era ele. Sabia que era o Príncipe, deixando-me ali. Porém, ele jogou uma coisa aos ares. Essa coisa era uma pétala negra. A pétala da Rosa Negra. Que simbolizava nosso amor.