Appleless Day escrita por moonlight_K


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, só pra informar todo mundo aí, as frases escritas em itálico são conversas. Obrigada por lerem e, por favor, deixem um review.



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            Mundo humano, um lugar interessante, mas realmente, por que vim parar aqui?!? Ah sim, o tédio... A palavra que melhor se encaixa com a situação... Afinal, se você  não gosta de jogos de tabuleiro ou de carteado, o melhor a fazer no mundo Shinigami é morrer. O que é até uma ironia, já que não podemos nem morrer lá naquele lugar horrível... Bem, estou melhor aqui, eu, meu death note e MINHAS PRECIOSAS MAÇÃS!

 Ryuuku, acorde.  Disse Raito, abrindo a porta do armário, com a expressão de sempre.

            Esse garoto aí é o Kira, mas o nome verdadeiro dele é Raito(Light) Yagami. Nossa primeira impressão é de que ele é um bom garoto que se dá bem com todo mundo, mas é isso que ele quer que nós pensemos. Ele sabe de tudo e encontra as informações de que precisa nos arquivos de seu pai, que é um oficial bem conhecido. Raito acha que matar pessoas vai fazer ele uma pessoa importante no futuro que, pelo tempo de vida mostrado, ele não tem.

            Raito, eu não durmo, Shinigamis não fazem isso.  Pensando bem, os humanos fazem muitas coisas inúteis, como dormir.

            Hunpf ( Raito me ignorou... Ele sempre faz isso ), preciso de que você convença Remu de me dizer o nome de Ryuuzaki ( L, o inimigo de Raito que diz ser a justiça, tem ideais extremamente opostos, mas L joga limpo e é mais esperto que Raito... Até que provem o contrário, claro ) estou a poucos passos de derrotá-lo ( “e eu serei o deus do novo mundo” ... AH, crie uma frase nova! ) E EU SEREI O DEUS DO NOVO MUNDO! Mwahahahahahahaha

             Resolvi sair dali, antes que a risada de Raito se tornasse meu maior pesadelo e fui para onde estava o resto da família Yagami. Desci as escadas e encontrei a irmã e o pai de Raito na sala.

            Pai, posso mudar de canal?

Claro que pode, minha filha.

Família unida... Imagino que Raito seja o mais incomum dessa família... Mas realmente, o que podemos esperar de alguém que mata pessoas para um mundo melhor e ri como um psicopata?

Trouxe maçãs para vocês, meus queridos! Tome a sua, minha filha, e a sua maçã, meu querido. Mas aproveitem-na bem porque as maçãs da geladeira acabaram. Raito comeu todas, parece que ele come maçãs mais do que bebe água! E devemos economizar dinheiro para a compra do microondas novo, que nosso antigo quebrou a 3 horas atrás.

A MÃE DO RAITO ESTÁ LOUCA! EU PRECISO DE MINHAS MAÇÃS PARA SOBREVIVER!!! ( como se eu morresse assim, claro ). Espero que Raito esteja em casa, tenho que conseguir essas maçãs... ESTOU COM MUITA FOME!!

Me dirigi a escada e, quando ia subir... DROGA, RAITO ACABOU DE SAIR! Vou ter que ficar pelo menos mais umas 3 horas sem maçãs. Finalmente, fui até o quarto e fiquei por lá.

O silencio me irritava, me fazia lembrar dos tempos que eu passava no mundo Shinigami, ninguém conversava, vários anti-sociais num mundo só... Ficar aqui nesse quarto é muito mais divertido, mas... não sozinho! Estou acostumado com o barulho da televisão ligada no canal de notícias sobre assassinos e bandidos do dia e o rabiscar no meu Death Note, seguido de mais noticias, que agora eram sobre criminosos mortos. MAÇÃS! MAÇÃS! MAÇÃS EM TODO QUE VEJO! Estou começando a ter ilusões, esse é o primeiro sintoma da minha abstinência.

Comecei a pular pela cama, era muito divertido e acabou temporariamente com meu tédio. Após 15 minutos a sensação de “sede de maçãs” voltou. Pensei em ligar a televisão, mas lembrei-me do aviso de Raito, que me proibira de ligá-la em sua ausência.

De tanto tédio comecei a rodar no teto, literalmente. Estava tudo bem ficar lá em cima somente vendo as laminas do ventilador passando próximas a minha cabeça, o que fez me lembrar que sou um Shinigami novamente. Se eu fosse um humano já estaria com vários cortes no rosto e na mão, que esbarrava nas afiadas laminas. Mas, pensando bem, se eu não fosse um Shinigami eu não estaria aqui tendo esta abstinência de maçãs, poderia muito bem ir comprar uma para comer.

Quer saber, que se dane, pensei. O Raito que se entenda com seus pais para explicar a situação. Vou é ligar a TV! Me dirigi para a cama e me sentei à mesma, demorou um pouco para entender o complexo mecanismo de botões da televisão, logo descobri que era só apertar o POWER. Estava passando algum desses desenhos bobos de ursos amarelos que falam com tigres e leitões, resolvi mudar de canal.

A cada programa que passava eu me surpreendia mais, de onde vinha aquelas idéias todas de ceifadores da morte, padrinhos mágicos, fantasmas, gênios da lâmpada e afins? O raciocínio e criatividade dos humanos era grande.

Pensando bem, podia viver sem maçãs se não pensasse nelas. Mas, para minha infelicidade, o desenho que eu assistira foi substituído por um homem-maçã que vivia debaixo dágua com uma peira lezada. Meu desespero em mudar de canal foi grande, haviam varias propagandas sobre sucos, biscoitos, pratos e tortas de maçãs. O QUE É ISSO? DIA DA MAÇÃ OU COISA ASSIM? QUE DROGA!

Desliguei a TV e joguei o controle longe. Como podiam existir tantas coincidências?! Comecei a me contorcer, este era o segundo sintoma da minha abstinência, o que não era nem um pouco bom, daqui a pouco começaria a ficar congelado pela falta de maçãs no sangue(?).

Haviam duas notícias, uma boa e outra ruim. A boa notícia é que faltava menos de uma hora para a volta de Raito. E a má notícia é que os pais dele ouviram o barulho da televisão e resolveram subir ao quarto para ver o que estava acontecendo.

Raito está ai? Abra, por favor, queremos falar com você. A mãe de Yagami batera na porta do quarto. Do que realmente adiantava isso? Afinal, a porta estava trancada e não tinha ninguém ao quarto, a não ser, eu, claro. Ela rodava a maçaneta e batia na porta repetitivamente. Como aquele barulho irritava... Irritava mais do que o silêncio de tempos atrás. Destranquei a porta com a chave que estava na fechadura.

            Que bom, Raito, pensei que tinha acontecido algu- ...  Ela parou ao perceber que o lugar estava vazio e congelou naquele instante. Havia batido na porta por tanto tempo que quando abriu e não viu ninguem deve ter congelado de medo. Achei aquilo muito interessante e resolvi fazer uma pequena brincadeira com a mãe de Raito. Abri as janelas, fazendo o vento entrar e as cortinas do quarto subirem. Ri bastante com a cara de susto que ela fez, mas após aquilo, a senhora Yagami caiu ao chão, desmaiada. Acho que exagerei na pegadinha.

            Já era de noite quando ouvi o barulho da porta se abrindo na sala. Era Raito, que trazia DOZE MAÇÃS num saco plástico. Fui correndo para lá e peguei algumas, afinal, merecia um prêmio por sobreviver sem elas por um dia, não? Porém a expressão de Raito mudou completamente ao ver sua mãe inconsciente. O que me assustou também, pois percebi que com aquele olhar ameaçador e de ódio virado para mim, significava que eu não iria comer mais maçãs por pelo menos 2 dias. Me dei mal.


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