Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 39
Blecaute


Notas iniciais do capítulo

u.u como eu esqueci de postar a sinopse da outra história, vou postar agora nas notas finais, não deixem de checar!
~E propagandinha básica~
Rádio Fantasy - Em Breve!
Em algum momento próximo lhes darei mais informações ;P
Agora vamos ao que importa - O capítulo!



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Ao terminar o jantar, saí correndo para o meu quarto, queria "dormir" mais cedo.

Deitei-me em minha cama, e fui invadido por pensamentos. Eu queria dormir, mas os mesmos não deixavam. As luzes estavam apagadas, e uma fraca chuva lá fora ia aumentando aos poucos. O cheiro de terra molhada que entrava pela fresta da janela me agradava.

Ouvi vozes vindas dos quartos ao lado. Sarah e meu pai estavam conversando sobre um assunto qualquer. Eu me perguntava se aquilo era realmente certo. Ela morava em minha casa, eu já estava acostumado com sua presença, e nem tínhamos uma relação de sangue mas era como se ela já fosse da família. De início ela ia ficar temporariamente, mas conforme o tempo passava eu menos acreditava nisso.

"Quero dizer... Tem uma garota morando na minha casa! E... Normalmente as pessoas pensariam outra coisa se eu falasse isso para elas... E também... Talvez... Eu goste dela. Mas só talvez. De qualquer forma, somos amigos, o que por si só já é estranho. Eu sei que prometemos nunca abandonar um ao outro, mas... Eu continuo com meu complexo anti-social. Arg! Estou muito confuso!" Esfreguei minha cabeça, tentando esquecer de tudo.

De repente, tive um enorme susto com a janela, que se abriu de repente no momento de um raio.

─ O vento está forte hoje... ─ Falei comigo mesmo, me levantando e indo fechar a teimosa, o que estava difícil.

─ Caramba, que tempestade! ─ Sarah abriu a porta do quarto, e logo atrás dela estava o meu pai. Ela veio me ajudar com a janela, porque vou te contar... Tava difícil.

─ Prenda com o cadeado, vai abrir de novo. ─ Meu pai sugeriu, e eu assim o fiz. ─ Na TV disse que a tempestade vai durar por um bom tempo, e algumas árvores até caíram. A não ser que queiram aprender a voar, sugiro que não saiam de casa.

─ Bom, eu não ia sair mesmo... ─ Coloquei os braços na nuca e me espreguicei. ─ Amanhã vai ter aula?

─ Não. Como precaução, irão suspendê-las. Muito provavelmente haverão danos nos fusíveis e postes, além de correr o risco da tempestade voltar amanhã. ─ Sussurrei um "Yes!", juntamente um Sarah, em uníssono. O homem revirou os olhos. ─ Estou indo para a sala. Olhem lá o que vocês vão fazer aqui ein...

─ PARE DE FALAR ESSAS COISAS! ─ Gritei, envergonhado, mas ele fechou a porta antes de eu terminar de falar.

─ Acenda a luz, está muito escuro aqui. ─ Sarah disse, desviando do assunto, enquanto apertou o interruptor. Sentei-me em minha cama.

A garota me olhava fixamente, e eu comecei a ficar incomodado com isso. ─ O que foi?

─ Pra isso eu não vou aceitar mais desculpas. ─ Ela apontou para o meu braço. Merda! Eu havia esquecido que tinha colocado uma regata! ─ No outro também. Até na sua perna! O que aconteceu?!

─ N-Não foi nada... ─ Murmurei, mas ela pôde ouvir.

─ Francamente... ─ Sarah esfregou o rosto, em reprovação. ─ Você se meteu em uma briga? Fala logo!

─ Não, você sabe que eu não sou de ficar brigando por besteira... ─ Fitei a parede à minha direita, não conseguindo olhar em seus olhos.

─ Deixe-me ver isso. ─ Ela pegou o meu braço, e doeu um pouco. ─ Vou pegar a caixa de primeiros socorros. Espera aí.

Não falei nada, apenas continuei fitando a parede. Não demorou muito e ela voltou com o dito cujo, já em sua "personalidade médica".

─ Tá, agora me conte sobre o que aconteceu. ─ Ela falou, enquanto ajoelhada em minha frente e passando um daqueles sprays anti-sépticos nos meus machucados.

─ Acho que normalmente não se deve reagir à um assalto, né? ─ Cocei a nuca, não tendo mais nenhuma desculpa sobrando.

─ ... ─ Ela me fitou por alguns segundos, como se dizendo "Não é possível que você seja tão idiota.". ─ NÃO É POSSÍVEL QUE VOCÊ SEJA TÃO IDIOTA! ─ Não disse?

─ Ai! Não aperta meu braço. ─ Reclamei.

─ Desculpa. ─ Ela continuou a fazer os tratamentos. ─ Mas, por favor, não faça isso de novo. O que ele levou?

─ A minha carteira, com o meu dinheiro e documentos dentro.

─ Pu** ** *****! ─ Ela exclamou ─ Você precisa cancelar os antigos e pegar novos documentos, não se sabe o que ele pode fazer com aquilo.

─ É, eu vou na delegacia amanhã. ─ Passei a mão sobre meu braço, recentemente tratado.

─ Tira a camisa. Você também está machucado por baixo dela, não? ─ Sarah perguntou, e eu fiquei um pouco nervoso.

─ É-É... ─ Fiz assim como pediu, e caramba! Minhas costas estavam com bem mais machucados do que imaginei!

─ Seu idiota... ─ Ela disse, em um tom meio brincalhão. ─ Nunca mais pense em fazer isso de novo.

─ Sim, senhora! ─ Fiz continência, e ambos rimos. A risada dela, e seu sorriso... Como eu gostava deles.

E... Bem, eu não podia mais negar. Eu gostava, sim, de Sarah.




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Notas finais do capítulo

Revelação no final *-* E gomen pelo cap pequeno, estou muito ocupada aqui @_@
E vamos à sinopse:
"Nicholas era o que se podia chamar de bipolar. Não, era mais que isso. Ele próprio considerava aquilo uma maldição. A pior maldição que alguém poderia ter.
Imagine-se duas pessoas em uma. Imagine uma personalidade boa, e uma outra péssima, capaz de fazer todo o tipo de coisas ruins, inclusive machucar seus amigos. Agora, imagine que você é essas duas pessoas, e quando te dava um "surto" você passava do "bonzinho" para o "mau", e nem se quer se lembrava disso depois de voltar ao normal. Ou seja, não se lembrava de nada do que fez, o que sempre te dá muito medo. Imaginou? Essa era a vida de Nick.
Seus amigos já sabiam disso, mas sempre viviam com medo. Medo que ele "despertasse" e algo de ruim acontecesse. Anna, sua melhor amiga, era a que mais o conhecia. Ele sempre podia recorrer à ela. Mas era a que também corria mais perigo. E ele a amava... Como poderia conviver com isso?"
O que acham? *-*