Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 37
O telhado da escola


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais após a leitura do capítulo, por favor.
Me sinto inspirada hoje~



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Qual é... O Jovem apoiou suas costas nos armários ao meu lado, relaxado. Todo mundo quer saber o que está acontecendo.

Eu não ia falar nada, e tanto Sarah quanto Mike sabiam bem disso. Só porque eu tinha começado a ser legal com a garota, não significa que eu ia ser assim com todo mundo.

Não está acontecendo nada. Dessa vez foi ela quem falou. Apenas que nossas casas estão no mesmo caminho, então vamos juntos.

Vocês estão bem próximos, uh? Assim você me deixa com ciúmes, David... Ele passou a mão na minha cabeça e foi embora. Sério, aquele cara me dá medo, às vezes. Essas brincadeiras que ele faz não são legais.

Essa pessoa me dá nos nervos. Sarah reclamou, pegando algo em seu armário. 

Dando atenção à essas coisas só piora. Falei, mexendo no celular, aproveitando os últimos minutos antes do sinal soar.

Mas não foi isso o que você fez quando bateu nele, daquela vez? Ela retrucou, me deixando quase sem resposta.

A-Aquilo foi um caso à parte. Virei o rosto. Ele estava batendo em você, não estava? Ou você preferia que eu não fizesse nada...? Murmurei, mas alto o suficiente para ela ouvir.

Pelo contrário. Um sorriso característico surgiu em sua face. Sou agradecida por isso até hoje.

Fitei o chão. Fazia tempo que não falávamos sobre aquele dia. Pra falar a verdade, eu mal me lembrava dele direito até ser mencionado. Foi a primeira vez que eu vi Mike, aluno novo, e na minha opinião ele continua exatamente o mesmo. Tenho certeza de que se ele ficasse bêbado novamente faria tudo de novo.

Fui interrompido de meus pensamentos pelo sinal. Droga, já teríamos aulas de novo. Nem pude aproveitar as férias direito. Mas deixando isso de lado, peguei meus materiais e fui para a classe. Era aula de química, Sarah a faria comigo. Sorri pensando nisso, por algum motivo.

Taí mais um motivo pra eu odiar a escola. O primeiro dia de aula depois das férias, no primeiro período, na primeira classe, e já recebemos um trabalho. Algo sobre uma experiência com bactérias em casa. Faria parte de química e biologia.

Mal posso esperar para ver bactérias se reproduzindo... Falei sarcástico, brincando com um lápis e ignorando o que o professor falava.

É melhor começarmos logo, pra ficarmos livres depois. A garota ao meu lado sugeriu, e respondi com um suspiro pesado, indicando desistência. Era verdade, infelizmente.

O resto do dia se passou lentamente, me torturando aos poucos. Mike também não apareceu mais, mas pude sentir, de alguma forma, que nos observava.

Acho que estou paranóico. Esfreguei o rosto, falando comigo mesmo. Observei o telhado do colégio, eu nunca tinha ido para lá. Alguns alunos iam de vez em quando. "Deve ser legal..." Me levantei, e bati na minha calça, para tirar a poeira. A partir desse semestre, toda segunda-feira ficaríamos na escola até as três, como as outras escolas normais faziam todos os dias. Ainda bem que a minha não era assim... Porém, no próximo ano, seria.

Voltando ao assunto, eu estava no meu intervalo de almoço, Sarah tinha ido no banheiro, e eu fui visitar o telhado.

Pelo o que me percebi, era proibido ir lá, então eu devia ter cuidado para ser pego, mas não tinha guarda nenhuma. 

Ver a escola lá de cima até que era legal. Estava uma temperatura agradável, com uma leve brisa, e eu estava com os cotovelos apoiados no muro que deveria ser o que não deixava ninguém cair, mas não acho que aquilo iria funcionar muito. Porém, o colégio estava planejando colocar uma grade lá na semana seguinte.

Apoiei-me totalmente sobre o muro, levantando-me para poder ver melhor. "Acho que vou vir aqui todas as segundas, a partir de agora."

Ouvi a porta de metal se abrindo e tomei um susto, pensando ser algum funcionário. Me desequilibrei por um segundo, mas percebi que não era nada disso.

David, você está a... Sarah se auto-interrompeu, de olhos esbugalhados, e saiu correndo em minha direção. NÃO FAÇA ISSO!

A garota me agarrou pela barriga, e me puxou para trás. Ambos caímos.

O que está fazendo?! Ficou doida? Reclamei, pondo a mão na minha cabeça, que eu havia batido.

Por quê você estava indo se jogar do telhado?! Ela me segurou pela gola e começou a me chacoalhar. Não acabe com a sua vida assim!

...Ein? Eu já estava ficando tonto, então a interrompi. Cara, eu só estava olhando lá embaixo.

Sério? Uma expressão de alívio surgiu em sua face.

É. O que pensou que eu estava fazendo? Me jogando? Isso seria uma idiotice de se fazer. Cocei a nuca. Estávamos sentados de frente um pro outro, e Sarah estava fitando o chão, sem falar nada.

Seu idiota. Sua voz parecia de choro. Nunca mais me dê um susto desses... Ela literalmente "despencou", e apoiou sua cabeça sobre meu peito.

Você está fazendo muito barulho por nada. Virei minha cabeça para todos os lados, não sabendo onde enfiar a cara. Aquela cena, com ela chorando em meu peito, estava me deixando com um certo nervosismo.

Não é por nada. A garota se sentou novamente, se recuperando. Você se apoiando naquele muro, olhando para baixo, e ainda se inclinando para frente. O que esperava que eu pensasse?

Estávamos um de frente para o outro, nos observando. Nossos rostos estavam próximos, também. Em um movimento involuntário, diminuíamos essa distância aos poucos. Meu coração batia rápido, eu estava quase tendo um infarto. 

*Continua*


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Notas finais do capítulo

Bem, pessoal, eu queria comentar com vocês sobre os próximos volumes dessa série. Não estou dizendo que Anti-social está acabando, pra falar a verdade não faço ideia de quando vai terminar, mas quero falar disso o quanto antes.
Planejo fazer 5 volumes, mais ou menos, vocês já sabem. Depois de pensar bastante, já confirmei 2 deles, e quero deixar a sinopse para vocês, para ver o que acham.
1º Imaginação fértil demais: Um garoto(o qual ainda não decidi o nome), brasileiro, tinha uma habilidade especial. Ele podia imaginar e se ver em um local específico. Até aí tudo bem, certo? Qualquer um pode fazer. Mas ele era diferente. Ele poderia realmente materializar o lugar, mas apenas para ele. Por exemplo, se havia uma pedra nesse lugar, na vida real esta se substituiria pro um lápis ou algo assim. Essa habilidade se tornou muito importante principalmente para a polícia, que ficou interessada nele, pois o mesmo poderia ir em locais que jamais fora, e analisar uma cena do crime perigosa, por exemplo.
Mas tudo começa a piorar quando ele começa a confundir realidade com ficção, e já não mais sabe a diferença entre os dois. Ele também conhece uma pessoa que não sabe se é real ou não, mas isso só lendo para saber ;P
E aí, gostaram? A sinopse da outra eu posto no próximo capítulo se não isso aqui fica muito grande. E suponho que tenham notado a diferença de gênero desse história e do Anti-social. Sim, a diferença vai aparecer em todos. Ah, e se essa história se parecer com alguma outra por favor me avisem, para eu mudá-la e não parecer que é plágio.
E não esqueçam dos reviews o/
Calendário de aulas [atualizado]: http://imageshack.us/photo/my-images/855/calendriodeaulasdavidat.png/
~Aya