Anti-social escrita por UnknownName


Capítulo 2
Psicólogo


Notas iniciais do capítulo

Gente, vocês me surpreenderam! Tipo, 4 minutos depois de postar eu já tinha 3 reviews! Fiquei bem surpresa porque, afinal, histórias originais dificilmente ganham alguma popularidade, e até o primeiro review é uma luta! Mas não: eu consegui reviews rapidamente, no primeiro capítulo! Nossa, vocês são demais, sério. Nunca fiquei com tanta vontade de escrever uma historia como tenho agora.
Bom, sem mais delongas, aqui está:



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Cheguei em casa, e como qualquer outro dia, meu pai não estava ─ Tinha ido trabalhar. Almocei, assisti um pouco de televisão, pra passar o tempo, e tomei um banho. Eu não era do tipo que saía muito ─ Suponho que já tenha imaginado isso ─ O que eu mais faço é ficar no computador e ler um livro ou outro. Não, eu não conversava no msn, também. De vez em quando eu escrevia algumas histórias para postar em sites ─ como estou fazendo agora ─ Ou simplesmente passava o tempo jogando alguns jogos e assistindo vídeos.

Mas não estou aqui para falar da minha vida cotidiana. Eu já estava me empolgando, mas vou parar. Não quero contar tudo sobre mim logo no segundo capítulo. Afinal, qual seria a graça? Portanto, vou pular direto para o dia seguinte...

Eu sempre chegava um pouco mais cedo ─ era raro eu chegar atrasado ─ Portanto, eu tinha um tempinho pra descansar enquanto a aula não se iniciava.

Mas minha paz seria interrompida pela garota morena(na verdade o cabelo dela era um loiro-acastanhado, mas isso não vem ao caso) que vinha em minha direção.

─ Bom dia! ─ Ela continuava com aquela simpatia de sempre. Como ela conseguia ser simpática comigo, mesmo sabendo que eu não faria o mesmo com ela?

Não respondi, apenas continuei com os olhos fixos no vai e vem de pessoas.

─ Hoje eu acho que não tenho aula com você. Nossas únicas aulas juntos são de geografia e química, e hoje eu não as tenho. ─ Ela avisou

─ Bom saber ─ Respondi, sem olhá-la

─ Talvez você devesse ser um pouco mais gentil, sabe? Não é legal ser "o senhor mal-humorado" ─ Ela dizia, fazendo uma voz mais grossa em "o senhor mal-humorado", julguei que estava tentando imitar a minha.

Revirei os olhos.

─ Não é mal-humor, é só distância dos outros. ─ Expliquei e fui embora para a minha classe. Não despedi-me, ela sabia para onde eu iria. Portando, Sarah foi para a sua aula também.

Matemática. Eba, tá vendo minha felicidade? Eu também não.

Matemática outra vez. Tá vendo minha atenção na aula? Eu muito menos.

Duas aulas seguidas de matemática. Tortura é a única palavra que posso usar para as descrever. Fiquei mais interessado rolando o lápis na mesa.

A professora marcou lição de casa, passou algumas lições entre outras coisas que não me interessavam. A próxima aula seria de física, depois outra de biologia e o intervalo. Santo intervalo...

Já que era quinta-feira, como de costume, fiquei assistindo à um jogo de vôlei feminino. Mas parecia que as garotas não sabiam jogar nada! De 10 saques, 4 eram lançadas as bolas para fora da quadra. Estava um tédio assistir à aquilo, então, simplesmente saquei meu celular, meus fones, e coloquei em uma música qualquer.

Adiantei-me dois minutos e caminhei em direção ao portão das escadas, para esperar o sinal soar.

Não demorou muito para Sarah vir atrás de mim.

Mas ela não puxou assunto. Acho que simplesmente queria esperar o término do intervalo também.

Por uma fração de segundo olhei para seu braço, com a manga da blusa um pouco levantada. Rapidamente, ela cobriu o local. Dei de ombros e continuei a esperar.

Quando liberado, subi para a minha sala em passos normais. Não corri, não andei devagar ─ Ao contrário de toda aquela multidão louca que parecia que ia morrer, se atirando simplesmente para subir as escadas. Não sei pra quê, isso não faria com que chegassem primeiro na aula?

Fui pegar minhas coisas no armário, e Sarah as dela, uns 4 armários ao lado do meu.

─ Esse é meu armário definitivo. É bem perto do seu ─ Ela estava com um sorriso no rosto

─ Como se não bastasse... ─ Falei baixo o suficiente para que ela só ouvisse um murmúrio.

─ Quê? ─ Disse ela, esperando que eu repetisse

─ Nada. ─ Peguei minhas coisas e fui para a minha classe ─ E pare de insistir que eu não vou ser seu amigo ─ Dei um último aviso antes de sair

O resto do dia? Nada demais. Só algumas lições mais difíceis e o fato de começarem a marcar as provas do segundo bimestre. Eu não precisava estudar muito pra tirar um 7 ou um 8, portanto não me preocupei demais. Provas nada mais são do que lições de classe, só que sem o livro para consultar. É como se você fosse fazer uma lição, mas estivesse esquecido o livro no armário ou em casa.

Quando finalmente as aulas terminaram, eu estava morrendo de sono. Me levantei da cadeira devagar, ainda "acordando". Dei uma última passada no meu armário e fiquei sentado em um banco, esperando dar 2 horas da tarde. Sarah me viu, e veio sentar do meu lado.

─ Vai ficar direto na escola, pra esperar o horário do psicólogo? ─ Ela perguntou, e eu não respondi. Acho que ela entendeu que era um "sim"

─ Você não vai almoçar? Por quê não compra algo na cantina? ─ Ela perguntava

Dei de ombros

─ Não estou com fome ─ Respondi

─ Ah não, você tem que comer alguma coisa! Vai sair da escola só as três horas! Vamos, pegue isto ─ Ela me entregou uma barrinha de cereal. Eu não peguei, mas ela a pôs na minha mala ─ Coma pelo menos isso

─ Por quê está se preocupando comigo? ─ Eu estava curioso. Em nenhum momento eu havia sido gentil com ela, por quê ela continuava sendo assim comigo? Não tinha motivo.

─ Se eu não me preocupar com você, quem vai? ─ Ela olhava para o horizonte ─ Mas bem, eu acho que você quer ficar sozinho. Eu vou pra casa, até mais. ─ Ela se levantou, e pela primeira vez desde o início do diálogo, eu levantei minha cabeça pra olhar pra ela, mas rapidamente a voltei para a posição original.

Sarah foi embora, e, depois de um tempo, a escola estava vazia. Olhei para a minha mochila, e abri o bolso da frente, para pegar meu celular. No mesmo lugar estava também a barrinha que Sarah me dera. A peguei, com um pouco de hesitação, e comi. Ela acertara ─ eu estava com fome ─ E, não posso negar, tinha um gosto muito bom.

Passei o tempo escutando algumas músicas e jogando um jogo qualquer. Até que o tempo passou rápido ─ Quando notei já eram 01:56pm. Me levantei e fui até a sala 16(eu já sabia o número de cor).

─ E aí, Joe? ─ Falei, ao entrar no local, saudando o meu psicólogo preferido. Era uma das poucas pessoas nas quais eu teria um diálogo sem problemas.

─ Sente-se, David. ─ Ele pediu e eu obedeci, ,jogando a mala ao lado da poltrona. ─ E então, o que você fez dessa vez?

─ Vejamos... ─ Falei, pensando ─ Acho que o mesmo de sempre.

─ Eu não entendo, você simplesmente não conversa com ninguém!

─ Eu não gosto de conversar!

─Está conversando comigo!

─ Você é uma exceção ─ Cruzei os braços

─ E por quê? O que faz com que eu me torne uma exceção? ─ Ele perguntou, apoiando os cotovelos sobre a mesa

─ Sei lá. Acho que de tantas vezes eu vir aqui, quem sabe? Eu quero dizer, eu venho aqui desde o 5º ano, acho que se vou ter que continuar vindo, no mínimo devo estabelecer um diálogo, não? ─ Falei, ainda pensativo

─ Aí que está. Você estuda aqui há muito tempo, mas mesmo assim nunca fez amizade com ninguém. Por outro lado, conversa normalmente comigo. Não é estranho?

─ Devo admitir que é. ─ Respondi, olhando pra parede.

E não, eu não vou falar o resto da conversa. Só deixo um gostinho pra vocês. Como eu disse, se eu contasse tudo sobre mim assim, de repente, não teria graça, não é mesmo?

Até mais.

...

...

A propósito, aqui está um desenho de como David se parece, mais ou menos

Basicamente, é a capa colorida

Acho que até vou colocar essa imagem como nova capa...

Bom, é isso. Vejo vocês nas notas finais!


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Notas finais do capítulo

OBS: É uma história fictícia, ok? Não se confundam com a parte "De vez em quando eu escrevia algumas histórias para postar em sites ─ como estou fazendo agora"
Reviews? *-*