Everything About You. escrita por Letícia Aguiar


Capítulo 7
O baile começa


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey! Confesso que eu vou ter que acelerar para conseguir acompanhar, estou escrevendo o capitulo nove '-' enfim. Para quem estava esperando o grande beijo........ ESPERA. É no próximo capitulo. Não me matem, por favor. Aproveitem o James-fofo-Potter :)



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O grande dia chegou. Não sei por que eu estava me sentindo tão bem. Acordei enérgica, já chutando tudo para tirar do meu caminho e me arrumei de qualquer jeito para o café da manhã. Tomei um banho rápido, prendi o cabelo ainda molhado. Já era onze da manhã, mas ainda daria para comer algumas bolachinhas.

Corri para o salão principal (que estava sendo enfeitado) e percebi que havia poucas pessoas na mesa da Grifinória. Catei algumas bolachinhas e corri de volta para o dormitório.

Comi as bolachas, interrompendo o silencio a cada mordida. Quando eu ia secar o cabelo, Maria entrou no quarto. Fechei as cortinas em volta da minha cama rápido, e fiquei em silencio.

Ela pegou um vestido que estava em baixo do travesseiro e saiu do quarto. Achei estranho, mas abri as cortinas e penteei meu cabelo devagar. Tentei que meu cabelo se tornasse no mínimo apresentável, e ele ficou apenas cacheado. Mas, ah, ficou bonito.

 Eu não queria já colocar o vestido, era muito cedo. Eu não tinha nem ido almoçar, então, decidi ver se achava Lizzie.

Não foi tão difícil acha-la; ela sempre gosta de admirar o céu e pensar na vida. Seu longo cabelo formava um grande coque, e ela estava de uniforme, com a gravata mal colocada.

-Lizzie, ei! – chamei-a – Tudo bem?

-Ah, alô – Lizzie disse despertando de seus devaneios – Eu estou bem, e você?

-Também – respondi, encarando seu penteado – Então, vai ao baile hoje?

-Ah, sim – ela respondeu – E você?

-Claro. O que você vai vestir?

-Você vai ver na hora – ela disse voltando seu olhar para o céu.

Ficamos alguns segundos em silencio.

-E então...

-Marlene vai ir ao baile hoje – Lizzie falou do nada voltando seu olhar de ouro para mim.

MAS HEIN? pensei.

-Sério? – murmurei.

-Pois é. Maria vai levar o vestido pra ela. Foi o que ouvi ‘dizier’. Parece que ela vai com um tal de ‘Séverus Sneipe’.

Arregalei meus olhos. Impossível!

-Como assim? Quando ele a convidou?!

-Hoje, no hospital – Lizzie respondeu fazendo uma careta para o chão – Ele era seu amigo, né?

-Mais ou menos... – consegui responder.

-Sirius disse que iria escolher a ‘galota’ mais bonita da escola para o ‘bailé’. Ele é meio galinha né? Remus disse que ele é meio cabeça dura.

-Ahãn – resmunguei não prestando muita atenção nela.

-Então, te vejo no baile? – ela perguntou em tom de fim de conversa.

-Ah, tá...

Achei estranho ela do nada acabar a conversa. Ok, confesso que eu não prestei muita atenção nela. Mas a informação que Snape tinha convidado Marlene era realmente... Anormal!

Fui para o dormitório um pouco antes das três horas. Coloquei o vestido, minha sandália de salto alto (que eu havia comprado há um ano), botei os brincos dourados que pareciam ser gotinhas de água que eu havia ganhado de aniversário dos meus pais, me maquiei (Ah, eu não gosto de me maquiar, então só passei um gloss quase transparente, sombra brilho ouro e Delineador preto) e pronto, eu estava pronta.

Maria tinha passado no dormitório, mas não me escondi, ela se vestiu com um vestido laranja e deixou os cabelos soltos; Nem olhou para mim.

Cinco e meia, marcou o relógio. Suspirei. Meu estomago parecia ter dado uma cambalhota. Eu estava começando a ficar nervosa, mas ao mesmo tempo, não via a hora de começar logo o baile. Quando achei seguro, fui esperar James no salão comunal, que estava lotado.

E adivinhem? Ele já estava lá.

E vestido com um aquele terno que tínhamos comprado. Então, simplesmente lindo.

Ele estava de costas, tentando desarrumar o cabelo, com uma das mãos no paletó. Algumas garotas davam risadinhas. Remus estava sentado no sofá, com um terno similar ao de James, mas cinza. Achei estranho Sirius não estar ali, mas lembrei do que Lizzie tinha me dito. Deve estar procurando sua musa.

As pessoas começaram a me encarar. James percebeu o movimento e olhou para mim. Seus olhos brilharam por um momento, e sorriu. Não pude deixar de dar um sorriso envergonhado.

-Uau.

-O que? – perguntei.

-Você está... Maravilhosa! – ele respondeu estendendo a mão. Segurei a mão dele. E para minha surpresa e pro meu estomago dar umas cambalhotas a mais, ele beijou minha mão.

-Obrigada – falei envergonhada – Você está bem... Charmoso, se quer saber.

-Valeu – James agradeceu, segurando minha mão – Vamos?

-Claro!

Segurei o braço dele. Remus esfregou os olhos e se levantou.

-Eu tenho que ver onde Lizzie está... – disse sonolento.

Nós três saímos pelo buraco do retrato, com os olhares curiosos e nervosos concentrados na nossa saída. Remus logo saiu correndo pelo corredor.

-Ele realmente gosta dela, não é? – perguntei para James.

-Ah, Remus? Eu realmente acho que é uma paixãozinha passageira – James respondeu, enquanto caminhávamos entre os pares no corredor – Mas sei lá... Eles formam um casal meio interessante.

Senti que algumas pessoas paravam para observar eu e James. Corei um pouco, mas segui andando. Ouvi alguém falar ‘aquela é Lily Evans?’ e quase falei ‘SIM!SOU EU!’ mas achei melhor não.

Olhei para James. Alguns meses atrás, eu nunca imaginaria que estaria indo para o baile com ele. Ele olhou nos meus olhos, e como sempre, olhei para o chão. Eu sempre fico envergonhada quando alguém olha nos meus olhos.

Encontramos Remus e Lizzie depois de uns cinco minutos de caminhada. Enfim, ela estava vestida de... Indiana? Mas... O que?

-Alô – disse Lizzie.

Seu longo cabelo (longo mesmo, parece que ela aumentou o tamanho, agora ia até os joelhos) estava preso em uma trança, enfeitada com lacinhos laranjas, que combinavam com o top laranja, a calça bem larga nas pernas e uma espécie de túnica laranja, que estava atravessada, cobrindo o ombro direito até uma área da cintura, à esquerda. Sua sapatilha me lembrava ‘As mil e uma noites’. TUDO LARANJA. Sua pele não estava pálida como sempre, tinha um leve bronzeado. Remus sorria segurando a mão dela.

-E ai Lizzie – James cumprimentou – Boa roupa.

 -‘Oubrigado’ – Lizzie agradeceu com seu sotaque brasileiro inconfundível – Você está muito bem nesse terno. Mas Remus ‘ser’ o mais bonito daqui.

Remus corou um pouco.

-Aproveita, Aluado – disse James tentando não rir, dando um tapinha no ombro de Remus.

Remus deu um sorriso envergonhado.

-Lizzie... Você está linda! – não pude deixar de comentar.

-Ah, obrigada. Você está muito                ‘charmouesa’.

-Você quis dizer ‘charmosa’? – perguntei.

-Isso ai – ela confirmou.

Olhei para o chão, envergonhada. Uma parte da minha franja cai de trás da minha orelha, tapando minha visão. James recolocou a franja atrás da minha orelha delicadamente. Ficamos alguns segundo nos encarando, até que Remus disse:

-Vamos indo...

O sol estava a recém se pondo. O céu tinha uma cor alaranjada, que eu sempre adorei.

-Bonito né? – comentei apontando com a cabeça para o céu.

-Ah, sim – ele confirmou – mas não mais que você.

O salão principal estava enfeitado de rosa e azul claro, o que achei meio estranho, pois parecia enxoval de bebê. Havia poucos casais, e tinha mais gente na mesa da Lufa-Lufa. O teto encantado mostrava a noite, mesmo que o Sol estivesse entrando pelos corredores.

 O professor Dumbledore estava sentado na cadeira de diretor, observando os alunos. Estava com um longo terno (terno não seria a palavra correta, mas ok) azul-escuro, com estrelas prateadas que realmente brilhavam. Seu chapéu era igual, fazendo que ele parecesse uma constelação ambulante de barba branca.

Eu e James nos sentamos à mesa da Grifinória. Remus preferiu ficar na mesa da Corvinal com Lizzie.  Cruzei a pernas e olhei para James. Ele estava olhando para Dumbledore, e algo me dizia para eu também olhar para o diretor.

Dumbledore empunhava sua varinha e agora estava arrumando um pouco o salão, fazendo que uma chuva fina rosa caísse se leve sobre as pessoas no salão. Com o tempo, a chuva foi se transformando em flocos de neve rosa; realmente, ficara lindo.

James me abraçou pelos ombros. Ou a neve era quente ou minhas bochechas ficaram tão vermelhas que meu corpo todo aqueceu. Tentei sorrir, mas eu estava tão constrangida (seria essa a palavra?)...

-Não terminou ainda a vingança para Marlene – James sussurrou apenas para mim, apontando com a cabeça para Peter, que estava em um terno cor de pele apertado.

-O que ele tem a ver? – perguntei confusa.

-Você vai ver.

Fiquei com um pouco de medo de que nós não escapássemos do castigo dessa vez, mas não me importei realmente. Eu deveria aproveitar aquele baile... Eu sempre me preocupo demais!

Aos poucos, o salão foi se enchendo. Quando vi, Marlene estava entrando no salão, vermelha, com o vestido que Maria tinha pegado para ela. Snape estava ao seu lado, sorrindo amarelo.

Eu não soube se sentia nojo ou raiva, mas nesse momento, o diretor mandou todos se levantarem, acenou com a varinha, e as quatro mesas formaram inúmeras mesas menores que foram para o canto do salão, deixando um bom espaço para o pessoal dançar.

-Que o baile comece!

Uma musica romântica começou a tocar. Os casais se apressaram para dançar. As mesas se encheram de doces, salgados e bebidas pelo aceno da varinha de Dumbledore. Olhei para James.

-Então, senhorita Evans, me daria à honra dessa dança? – perguntou James, abaixando um pouco a cabeça.

Tive que rir. A cena me traria boas lembranças no futuro.

-Claro, senhor Potter!

James colocou a mão na minha cintura, desajeitado. Coloquei meus braços sobre seus ombros, tentando parecer o mais normal possível. Damos alguns passinhos envergonhados, até que a musica acabou. Os alunos se afastaram, batendo palmas. Ficamos nos encarando com caras de paspalhos por um tempo. Começou outra musica.

Reconheci a musica, 'All you need is Love', The Beatles. Achei estranha uma musica de uma banda trouxa tocar em Hogwarts.

-Eu gosto de ‘Hey Jude’. É minha favorita. – comentou James.

-Sério? A minha também!

Respirei fundo e deixei que James me puxasse para perto. Nossos narizes se encostaram, mas eu não fiquei tão constrangida quanto geralmente eu fico. Mesmo assim, virei o rosto e posicionei minha cabeça sobre seu ombro. Vi que Remus e Lizzie estavam se dando bem, dançando alegremente. Marlene estava berrando com Snape por algum motivo. Confesso que fiquei com um pouco de pena dele.

-Espere – murmurou James perto do meu ouvido. Percebi que era pra eu continuar olhando para Marlene.

Peter cambaleou até Marlene, provavelmente bêbado, berrando ‘Marlene!Que você está fazendo com ele!Você é meu par!’ e começou a brigar com Snape. Conter meu riso foi difícil, mas abafei a risada assim como James. Abracei-o forte.

Ele tirou a mão esquerda das minhas costas e pegou minha mão esquerda. Soltei-o para girar. Ele voltou a me segurar pela cintura, mas agora, estávamos de mãos dadas.

Meu coração bateu forte. ‘Isso não pode estar acontecendo!Será que... Eu gosto dele?’ Tentei parar de pensar. E daí, e se eu realmente gostar dele? Muito provavelmente ele gosta de mim. Não tenho nada a perder. Me perdi por alguns segundos no olhar de James, então olhei para a boca dele. Ok, definitivamente, eu estava louca.

-Quer beber alguma coisa? – James perguntou, ao fim da musica.

-Eu? Ah, sim, claro!

Fomos até a mesa de mãos dadas. Ele largou minha mão apenas para pegar uma caneca de cerveja amanteigada (que alias, estava muito boa).

-Hum, sua boca está suja – ele disse tocando de leve em meus lábios.

Encarei um pouco o chão, envergonhada. Tomei mais um gole.

-Quer ir ao jardim comigo? – James perguntou inesperadamente, comendo um brigadeiro.

-Ah, se você quer, então vamos.

Deixei a caneca em cima da mesa e acompanhei James, que de novo estava me segurando pela mão. Passamos por Peter e Snape (que ainda estavam brigando), Remus e Lizzie(que estavam num clima um tanto romântico) e claro, Sirius e suas garotas, até chegarmos ao jardim, quando o Sol parecia um grande risco amarelo, e o céu estava se enfeitando de estrelas.

O vento estava fazendo meu cabelo balançar levemente. O de James também, mas claro, o cabelo dele não era longo. Ele obervava o horizonte pensativo, e tenho de falar, ele era tão bonito... Pisquei forte. Tentei controlar meu coração agitado. Mas não era só meu coração agitado, era eu agitada! Eu tentei ficar calma. Ok, nós estávamos sozinhos. Nenhum monstro de sete cabeças parecido com o Frankenstein com cheiro de queijo iria aparecer. Ahn? Nem eu mais me entendia.

Caminhamos até uma área cheia de árvores que quase tapavam o lindo céu, e nos sentamos em baixo de uma árvore, sem dizer nada. James ainda segurava minha mão. Meu coração ainda batia forte. Nossos olhares começaram a se cruzar.

Sentei mais perto de James. Tentei parecer normal, mas esquece, eu nunca vou ser normal. Coloquei de leve minha cabeça sobre o peito dele. Ouvi seu coração bater forte, quase igual ao meu. Ele passou o braço por trás do meu pescoço e acariciou meu cabelo.

Eu não sabia o quanto aquele começo de noite poderia mudar minha mente e... Coração.


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