Best Years Of Our Lives escrita por kellysukita2


Capítulo 2
Capítulo 1 - Manhattan.


Notas iniciais do capítulo

ficou curto, mas espero que gostem!
beijooos
deixem seus comentarios.



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                      O vento congelante de Manhattan invade a parte de dentro de meu casaco superaquecido me causando inúmeros calafrios, minhas mãos estão congeladas e dormentes mal sinto o violão que carrego, as velhas botas de coturno que um dia foram de meu pai agora afundam na neve. Estou começando a me arrepender de ter saído do Arizona, lá era quente e ensolarado e aqui é frio e muito frio e eu odeio o frio. Olho para todos os lados e percebo que estou perdido, com uma mão livre tento alcançar o bolso de trás da minha calça jeans, com muito esforço pego um papel com o endereço do meu novo lar. “Ufa” digo mentalmente e sorrindo logo em seguida agradecido pela minha vitória de conseguir pegar o papel. Abro o papel e tento identificar a letra de minha mãe, meu azar é tanto que um vento forte passa por mim levando o papel para longe, corro atrás do papel desviando de carros e tentando não tropeçar nos bueiros. Enquanto corro observo os grandes prédios de Manhattan, a forma como as pessoas se vestem, a maior parte usando cachecol e roupas de grife e eu aqui usando as roupas que pertenciam ao meu pai que estava em outro país em missão do exército.  O papel continua voando para longe de mim, cada vez mais aperto o passo tentando seguir o vento, quando de repente trombo com um garoto.·.
-Desculpe-me – Digo e olho para os lados procurando o papel.
-Ei! Você... Você me parece familiar – Diz o garoto ruivo com uma touca que cobre a maior parte de seu rosto.
-Pareço? – Fico imaginando de onde ele me conhecia.
-Claro... Do Arizona! Nós estudamos juntos há uns cinco anos atrás, se não me engano você era o garoto nerd que ficava compondo músicas durante a aula de Educação Física. – Ele sorri e então me lembro de quem ele é.
-Simon! Meu velho amigo – fazemos nosso toque de mão secreto.
- O que faz perdido na minha cidade? – Ele zoa e abre os braços indicando que Manhattan é dele.
-Não fiz sucesso no Arizona, uma gravadora de lá me indicou a um caça talentos daqui, não recusei a oferta então... Agora sou da sua cidade. – Sorrio.
-Meu brother – Ele começa a caminhar então o sigo.
                           Sem ideia de onde estamos indo o sigo sem reclamar apenas pensando como encontraria o hotel que minha mãe havia feito reserva para mim “se ao menos eu soubesse o nome...” pensei me arrependendo de não ter lido direito aquele papel.
-E ai Evan onde está indo? – Ele pergunta entrando em uma cafeteria.
-Estava tentando achar um hotel que fiz reserva, mas perdi o papel com o endereço – abaixo a cabeça.
-Ah cara eu aluguei um apartamento que fica algumas quadras daqui, ainda não fui ver, estava indo pra lá quando você me atropelou... – ele para de falar comigo para fazer um pedido no balcão – dois cafés com leite desnatado e cobertura de chantili, por favor – você gosta de café com leite desnatado?
-Gosto – digo e começo uma caçada ao meu celular dentro de minha bolsa.
-Então são três cafés com leite desnatado e chantili – ele grita para a mulher.
-Você vai beber dois? – pergunto indignado e desisto do meu celular.
-Um é para minha namorada, todas as manhãs passo no serviço dela para deixar um café – ele sorri – Depois que eu passar lá nós vamos ao apartamento, já fechei negócio então rachamos o aluguel.
-Como você fecha negócio sem ver o local antes? – encaro ele.
-Brother preciso sair de casa urgente, meus tutores estão me enlouquecendo já, no começo eram carinhos e tal agora que tenho 21 anos ele querem que eu saia de lá.
-Tenso... – Digo pegando meu café e seguindo Simon ao balcão para pagar.
-E você não esta namorando? – Ele pergunta pagando os cafés.
-Estou livre como um pássaro – ele da uma gargalhada – Isso foi gay?
-Muito Gay – ele continua gargalhando.
-E essa sua gíria ai de surfista? Brother... – digo tentando afetá-lo.
-Fui passar uns dias na Califórnia aprendi a surfar e comecei a namorar graças a essa gíria. Stefany adora quando eu diga brother fêmea para ela.
-Essa Stefany é completamente maluca – gargalho junto com ele.
-Pelo menos eu tenho uma namorada – Simon sorri e eu me enfureço.
             Sigo ele pelas calçadas até chegar a uma oficina de artes, uma garota ruiva sai de lá e abraça Simon, pensei na ironia dele encontrar uma garota ruiva e conseguirem namorar e difícil ver casais ruivos, pelo menos eu nunca vi. Ela sorri e pega seu café acena para mim e beija Simon, logo depois corre de volta á oficina.
-Agora vamos ao apartamento. – diz ele tomando um gole de seu café.
-Você não pensa em dividir com ela o apartamento? – pergunto também bebendo um gole de meu café.
-Eu planejava isso, mas os pais dela sabe... Querem que a gente se case primeiro e eu... Bem não sei bem se quero me casar – ele sorri amarelo.
-Mas vocês formam um casal perfeito! – altero o tom de voz percebendo que ele deveria casar com ela sem ao menos conhecê-la.
-Eu sei disso eu amo a Stefany, mas no momento eu quero curtir a vida, namoro ela há três anos e te confesso ela foi à primeira menina que eu beijei e você sabe aquelas coisas... – ele ri.
-Se a ama não a deixe, cometi uma vez essa burrice com a Nancy, se lembra daquela morena, branca como a neve e cabelos negros como a escuridão? – meu coração aperta e milhares de memórias de nós dois enchem minha mente.
-A Branca de neve! – ele sorri abobalhado – Claro que me lembro, você pegava ela.
-Pegava é uma palavra vulgar, eu namorava ela e... Cometi o erro de querer viver a vida, terminei tudo com ela... E me arrependo. – digo parando junto com Simon em frente á um apartamento de aparência velha.
-Acho que é aqui – ele pega um caderno e confere o endereço – 10º andar lá vamos nós.
Adentramos o local, silencioso porem cheio de gente, observo a caixinha de correio de todos os inquilinos está lotado o que dá a entender que muitas pessoas vivem aqui. Não tem elevador, portando seguimos de escada tais sujas de comida, lixo e preservativos, subo dez lances de escadas e minhas pernas começam a formigar.
-Aqui número 50 – Simon enfia a chave na fechadura e abre a porta.
O cheiro de mofo impregna no corredor, ele tenta acender a luz, mas tenta em vão não há energia lá dentro.
-Acho que tenho uma lanterna aqui – zombo dele mesmo sabendo que é dia e que esta claro.
-Não iremos precisar agora – ele tampa o nariz e adentra o local.
                         Abro minha mochila super equipada que comprei com muito esforço antes de vim para cá, procuro um desodorante, perfume ou qualquer coisa com um cheiro melhor do que o que saia deste apartamento. Encontro um Rexona de chocolate que comprei semana passada “não tenho mais perfumes esse é o ultimo” lamento mentalmente, “tudo pra acabar com esse cheiro” penso espirrando o perfume em todos os locais do apartamento.
-Brother eu me ferrei. – Lamenta Simon ao avaliar o apartamento e perceber que tudo estava caindo aos pedaços.
-Não você ainda pode reivindicar, ao menos é só aluguel não é?
-Eu ia te contar... – ele começa a falar e eu me preocupo – Eu comprei esse apartamento ia pagar parcelado isso seria o “aluguel” que eu te disse.
Coloco as mãos nas têmporas e começo a massagear, minha cabeça dói demais com uma informação dessa.
-Eu devia ter te encontrado antes de cometer essa burrice.
-Ah cara não dá nada a gente reforma – ele sorri descaradamente.
-Bom... Eu estou desempregado, nenhum tostão no bolso e você? – Minha paciência está prestes a acabar, me arrependo de ter saído do Arizona.
-Paguei a primeira parcela ontem 350,00 estou sem nada.
-Ótimo então ficamos sem reforma, você ao menos tem móveis? Não vou dormir neste sofá centenas de pessoas já transaram ai. – Reviro os olhos.
-Tenho os móveis do meu quarto – diz ele sentando em uma cadeira podre.
-Já é alguma coisa vou sair para me encontrar com Deryck o caça talentos que eu te disse.
-Ok eu vou arrumar essa bagunça.
            Saio pelas ruas de Manhattan procurando pelo endereço do cara que me esperava, entro em ruas desconhecidas, passo por becos e finalmente saio na rua desejada, corro até o estabelecimento.
-Boa Tarde! Deryck  whibley?! – pergunto e afirmo ao mesmo tempo sem saber se esse era o nome dele.
-Você é? – A secretaria grã fina me avalia dos pés a cabeça concerteza me achando um desleixado.
-Evan... Evan Taubenfeld. – Sorrio para parecer simpático.
-Primeira porta a esquerda, ele espera por você. – Ela faz um bico me fitando.
Viro as costas e sigo até a sala de whibley, o cara louro com cabelo espetado e olhar de mal me encara.
-Taubenfeld? Ouvi falar de seu pai grande homem foi lutar por New York? Ou missão de paz? tanto faz, senta ai. – ele diz com certa grosseria em sua voz.
-Jorge me indicou ele... – começo a falar, mas Deryck me interrompe.
-Já estou sabendo, deixa eu ver suas músicas – ele diz e pega uma pasta de minha mão.
Ele lhe detalhadamente cada verso da minha música I Love The Both of You.
-Cante e toque para mim – ele me entrega um violão.
-Eu acho que você é esquizofrênico
Mas eu juro que eu não me arrependo
Sim, eu amo as coisas que você faz
Eu prometo que é verdade
Aqui está a minha confissão
Sim, eu peito suas imperfeições... – canto uma frase da musica e ele faz careta.
-Não gostou? – lembro de Nancy foi pra ela que escrevi essa música.
-No meu mundo... Músiquinhas de boiola não se encaixam – ele zomba da minha música.
-Não preciso estar no seu mundo eu encontro o meu – puxo com força minha pasta da mão daquele imbecil e como se não bastasse jogo o violão dele no chão e piso em cima.
-Ei você vai ter que pagar! – grita um japonês do outro lado da sala.
-Deixa pra lá John ele vai ter o que merece. – Deryck me fuzila com os olhos.
Volto desolado para o apartamento velho e fedido, sinceramente eu preferia estar em minha casa e não aqui, faço uma bola de neve com as mãos e fico brincando com ela imaginando o porquê deu jogar tudo pro alto e mudar de cidade previa meu futuro e nele eu seria um músico completamente fracassado e sem um lar descente.


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