O resto da aula do professor Wanner acabou logo. Spencer me contou um pouco mais sobre os Cullen.

E pude perceber Alice dar algumas olhadas para nós.

Decidi ir falar com ela, ela estava sozinha. E afinal eu tenho que começar com o meu terrível plano. Haha

Disse a Spencer que iria falar com a Cullen. Ela sorriu e me desejou boa sorte, ela até disse que se eu conseguisse falar com ela, ela me daria um premio.

Sentei ao lado de Alice, e dei um dos meus melhores sorrisos, iria fingir ser simpática.

– Você é a Alice, certo?

– Sim. – Ela se virou para mim e sorriu.

– Qual é o seu poder, Alice?

– O que ? – Ela me olhou confusa, mal ela sabe que eu sei de tudo.

– Seu poder, vampira. – Sussurrei, tão baixo que apenas uma vampira de verdade poderia escutar.

– Como você sabe? – Ela falou rígida.

– Tenho meus contatos. – Abri um sorriso cínico.

– Ninguém lhe ensinou que você não pode contar seus poderes para ninguém?

– Não.

Ela riu baixo.

– Qual seu nome? – Alice perguntou, como se ela não soubesse a resposta.

– Renesmee.

Ela ficou em silencio.

– Da onde seu nome?

– Minha mãe pegou na internet, ela disse que olhou e gostou. Então... – Sorri, eu disse que eu sei mentir bem.

– Hm. Só conheci uma Renesmee na minha vida... Infelizmente, nunca mais a vi.

Dessa vez eu fiquei em silencio.

E ela também. Permanecemos daquele jeito.

– Eu prevejo o futuro. – Alice quebrou o maldito silencio, dizendo seu poder. Eu sorri.

– Foda! Deve ser maneiro saber o que vai acontecer...

Ela riu.

– Ás vezes é bom, outras não... – Disse. – Mas e o seu, Renesmee. Qual seu poder?

– Hm. Uma garota acabou de me dizer que nós não devemos contar nossos poderes para ninguém. – Dei um sorriso sarcástico, então me levantei da cadeira, e quando me levantei, o sinal tocou. SORTE, CONTINUE COMIGO.

Primeira parte: Aproximação. Completa.

• • •

As primeiras aulas passaram rápido, não tinha mais nenhum Cullen em nenhuma das minhas outras aulas, droga.

– Vem sentar com a gente. – Spencer me puxou pelo braço, para sua mesa. Estava ela, mais uma garota e dois garotos.

Coloquei minha bandeja em cima da mesa, e vasculhei o refeitório todo atrás dos Cullen. Pude perceber todos eles sentados em uma mesa afastada, eles estavam conversando.

Alice encontrou seu olhar no meu e me olhou séria. Eu dei um sorrisinho cínico. E me virei para os humanos ali na mesa.

– Esses são: Nathan, Josh e Serena. Essa é a Renesmee, pessoal. – Spencer nos apresentou, eu dei um sorriso amigável.

– Oi gente.

– Oi. – Disse Serena.

Os garotos apenas me olharam e sorriram.

– Então... – Olhei para Spencer. – Qual meu premio?

Ela riu.

– Um convite pra melhor festa de todos os tempos.

Nathan quase cuspiu o refrigerante que estava na sua boca.

– A festa da Emily? Você ta falando sério Spen? HAHA, nós temos convites para a festa da líder de torcida nojenta.

Todos riram.

– É, eu ia contar se a Rê conseguisse cumprir a missão dela. – Ela olhou pra mim e sorriu. Que porra é essa de Rê?

– Rê? – Dei um riso nervoso.

– Seu novo apelido. Renesmee é muito grande.

– Eu gostei. – Disse Josh.

– É. – Disse.

– Então, os convites estão comigo, vocês vão né? – Spencer perguntou, animada.

– Claro. – Nathan Josh e Serena falaram juntos, animados também.

– Acho que sim. – Sorri.

Ela me deu um empurrão de brincadeira, e eu ri.

– Ta bom, ta bom. Eu vou!

• • •

Então, meu primeiro dia de aula foi normal. Conheci pessoas legais, e até já tenho uma festa para ir.

Planejei um plano mirabolante sozinha, e está tudo dando certo. Até agora.

Tirei a mochila das costas e comecei a procurar meu patins.

Até que percebi algumas pessoas paradas na minha frente, olhei para elas: Eram os Cullens.

Droga.

Droga. Droga.

O plano tava perfeito!

Coloquei minha ‘’mascara’’ de: ‘’ Eu to pouco me fudendo para o que você vai falar, sou uma idiota e não me importo com nada’’. E os fitei.

– Vamos começar por onde interessa, você não é vampira e nem humana. Então você só pode ser hibrida. Estou certo? – Era aquele loiro sinistro que falava, Jasper.

– Certo. – Sorri.

Edward e Isabella se entreolharam.

Isabella tentou vir para perto de mim, mas percebi Edward segurar o braço dela como se estivesse pedindo para tomar cuidado, é, ela tem que tomar cuidado mesmo.

Mas ela se livrou e parou na minha frente, ao lado da loira Rosalie.

– Filha...? – Ela sussurrou em duvida, parecia querer ter certeza antes de me chamar assim, mais derrepente um sorriso apareceu no rosto dela. Eu não entendi a principio, mas depois lembrei. Aquele colar que eu tinha achado no meu antigo quarto, estava comigo. Eu o coloquei um dia desses, acho que eu acabei esquecendo de tirar.

Não falei nada, apenas assenti.

Não sei por que fiz isso, não era esse meu plano, realmente. Queria fazê-los sofrer, fazer eles pagarem por tudo que fizeram comigo.

Queria deixá-los arrasados, como eu fiquei. Como eu estou. E como eu sempre vou estar, por que o trauma é pra sempre.

– Nossa! Eu não acredito nisso. Por que você não procurou a gente quando você chegou? Meu deus! – Se Isabella pudesse chorar, ela estaria chorando, mas acredito que sejam lagrimas de crocodilo.

– Eu? Procurar vocês? – Ri. – Isso só pode ser uma piada!

– Não é uma piada. Sentimos sua falta, durante muito tempo.– Disse Rosalie.

– É? Que bom. Quem sente falta procura, vem atrás... E o que vocês fizeram? ME DEIXARAM LÁ. NAQUELE ORFANATO DA PORRA. E agora querem fingir que nada aconteceu? Quer saber? Vão se fuder, todos vocês! – Falei alto o suficiente pra deixar bem claro isso para eles. Bufei e virei às costas para sair dali.

– Educação mandou um ‘’oi’’. – Rosalie disse. Pareceu-me ofendida.

Eu dei um sorriso.

– E eu mandei ir se fuder.

Coloquei o patins e sai dali rápido.

Agora tudo parecia confuso e assustador pra mim, não sei mais o que fazer.

Não sei se posso encará-los amanhã.

AH! E minha mãe?

Eu não consigo esconder quase nada dela, droga. Eu não posso contar, ela vai querer conhecer eles e vai querer me matar por não ter contado pra ela que eu já sabia, mas eu fiquei sabendo tipo ontem. Não é culpa minha, ou é?

Minha cabeça estava confusa.

Acabei chegando na frente do meu apartamento e tirei os patins rapidamente, os colocando na mochila.

Enquanto procurava a chave certa para por na fechadura. Senti algo quente próximo de meu pescoço, era uma respiração.

Tentei me virar, mas aquela pessoa prendeu meus braços e eu não consegui, mesmo fazendo força de vampiro, não consegui sair.

– Lembra de mim? – Ele sussurrou, me fez arrepiar. Aquela voz rouca... Lembrava dela. – Eu sou seu pior pesadelo, aquele que você não quer ver nunca mais, nem cheio de sangue ao redor. E você sabe quem eu sou, estripadora. – Ele saiu e me deixou ali, paralisada.

Nick voltou, pra cumprir o que ele prometeu há alguns anos atrás: Fazer da minha vida um inferno.