“So so what? I'm still a rock star I got my rock moves, and I don't need you. And guess what I'm having more fun, and now that we're done, I'm gonna show you tonight. I'm alright, I'm just fineAnd you're a tool. So so what? I am a rockstar. I got my rock moves, and I don't want you tonight”

Ok… Quem era a coisa meiga que estava me acordando?

“So what” era meu novo toque de celular. Resmunguei e atendi.

–Você quer assinar seu atestado de óbito agora ou depois? – a pessoa riu.

–Adoro seu humor matinal.

–Todos adoram, por que me acordou?

–Por favor, por favor, por favor.

–Não.

–Mas é a Victoria Secret! -

Matthew, eu já falei que não quero trabalhar pra Victoria. Quantas vezes?

–Três. – resmungou. –Mas sério, Lari! Eles já me perguntaram de você!

–E o que que eu... Tá, é sobre mim, dane-se. – levantei da cama me espreguiçando –Victoria Secret, terei que usar roupas... Ousadas. E eu não fico de lingerie e essas paradas na frente de qualquer um.

–Você não quer aceitar por causa disso?-Uhuun. -Já comentei o quão otária você é?

–Ahaan.

–Sabe quantas garotas morreriam pra estar no seu lugar?

–Sei.

–Sabe que eu est...

–Chateado comigo, sei cacete. –riu –Que chato. Depois conversamos sobre isso, vou descer, já que me acordaram.

–Já são três da tarde.

–Em Londres, animal. – riu. Ri junto –Bem, vou desligar, tchau.

–Grossa, cavala. Eu ligo, super meigo, pra você, e você fala assim comigo.

–Até quando eu voltar pra Londres, Matt. Também te amo. – desliguei e escutei ele rindo. Entrei no banheiro, fiz minha higiene, coloquei uma roupa fresca com um biquíni por baixo, passei lápis de olhos e fui buscar um brinco. Olhei em cima do criado mudo e reparei uma carta. Franzi a testa e peguei.

Tinha a letra de Harry. A letra de “Still The One”. Senti um fraco sorriso se formar nos meus lábios.

“I was so stupid for letting you go

But I I I know you're still the one

You might have moved on, but girl you should know

That I I I know you're still the one

I know I say it too much,But I will never give up

I was so stupid for letting you goI I I know you're still the one,

I I I know you're still the one

Hello, hello I'm really hoping you’ll forgive me

I keep talking, begging, tell me what I want to hear

Yeah, girl, just tell me what I want to hear

I try, I try to start again it falls apart yeah.

But I remember all the times and all the words we said

Yeah I can't get it out of my head-ead-ead”
Não. Ainda não era hora de… Perdoar ele. Eu não consigo. Eu tinha que irrita-lo mais um pouco. Eu tinha que ver se ele sofria, queria fazer ele sofrer tudo o que me fez sofrer. O que garante que ele não ia fazer comigo tudo o que fez? Ele havia dito que me amava antes de tudo. Eu não confio nele.

Procurei meu iPod e criei uma lista de reprodução com uma única música. Escrevi umas palavras e um pedaço de papel. Fui até o quarto dele. Ele e Niall dormiam, Zayn devia estar lá embaixo.

Coloquei o iPod no criado mudo ao lado e o bilhete também. “Dê play”. Ia sair, mas parei pra olha-lo. Ele não parecia bem. Estava mais magro, com olheiras... Me aproximei e dei um beijo em sua testa, sussurrando um “Te amo”.

Saí do quarto indignada comigo mesmo, por ser tão idiota e estupidamente apaixonada por ele. Fui pra cozinha e comecei a fazer meu café da manhã.

Zayn aparece, me dá um beijo na bochecha e senta.

–Vai fazer o quê? – o olhei cerrando os olhos.

–Vitamina de morango.

–Eba. Adoro vitamina de morango.

–Diz como se fosse tomar – ri da cara de indignado dele.

–Então vou fazer de abacate pra mim!

–Blé! – dei língua pra ele, que devolveu.

–Quem dá língua pede beijo!

–Então você está pedindo um beijo pra mim!

–E você pra mim! – rimos.

–É bizarro ouvir vocês falando que abacate é vegetal.

–Por que...

–No Brasil é uma fruta – ele arregalou os olhos.

–Vocês, brasileiros, são bizarros.

–Claro que não! Abacate é fruta, vocês quem consideram vegetal. Eu ein... – revirei os olhos. Fiz minha vitamina adicionando um ingrediente especial.

–Isso que você adicionou foi tequila? – assenti rindo. Ele balançou a cabeça

–Que feio... Também quero – ri. Separei em um copo pra ele. –Vamos fazer algo? Panqueca.

–Hm... Ok... – ele mais ficou olhando do que fazendo, e falando. De princípio, não parecia, mas Zayn falava muito. Acho que era convivência comigo. E ele era muito engraçado, de 10 coisas que ele falava 8 eram palhaçadas e gracinhas. Nos sentamos pra comer e ficamos em silêncio.

–Nós cozinhamos bem. Temos talento na cozinha. Todos tem inveja. Até Ratatouille tem inveja. Bando de recalcado. – revirei os olhos rindo.

–"Nós", vírgula né, porque você só ficou falando. – ele deu de ombros rindo. Ri junto. Depois de tomar café da manhã, ficamos conversando. Ninguém tinha acordado, então resolvemos sair. Peguei uma bolsa lateral pequena, colocando celular e câmera e nós saímos.

*

–Lari... Olha que gata! – apontou pra uma morena que passava piscando pra ele.

–Não acredito que tá falando isso do meu lado.

–Ui, desculpa senhora-ciúmes. Ainda bem que não sinto ciúmes de ninguém. Sou desprovido dessa coisa aí. O que é ciúmes? Eu não sei o que é. – bufei.

–Véi... Olha que gato! – sussurrei pra ele, olhando pra um loiro que passou do nosso lado mandando um sorrisinho indiscreto pra mim.

–EI mané, tá olhando o quê? Quer perder o olho? Tu tá olhando pra minha mina seu zé ruela. –Zayn surtou. Comecei a rir o puxando pra outro lugar.

–Te apresento o ciúmes, Zayn. – ele revirou os olhos e bufou.

–Isso não é ciúmes. Isso é cuidar da irmã. – bufei.

–Conta outra. Você morre de ciúmes de mim. – ele continuou negando. Sentamos perto de uma feira de rua e ficamos observando e rindo dos outros. Feio, eu sei, mas divertido.

–Espere aqui. Vou realizar meu sonho. – levantei. Coloquei o óculos no rosto e saí andando até um casal fofinho. Parei em frente a eles, levantei o óculos. Pisquei pra menina. Encarei o homem e solucei. –Eu não acredito que está fazendo isso comigo...

–O qu...

–Seu cafajeste! – dei um tapa no rosto dele, fingi chorar e saí correndo. Zayn olhava tudo de olhos arregalados. Fugi pra um beco e fiquei rindo descontroladamente. Ele apareceu assustado.

–Você é uma destruidora de lares. – ri mais ainda.

–Não sou não. Só queria dar um susto no cara, e a menina percebeu que era brincadeira porque eu dei uma piscada pra ela. – ele riu junto. Puxou minha mão e continuamos andando e comprando umas coisas. –Ei Malik... – chamei.

–Hm? – apontei pra um grupo de turistas que estavam com um guia e se dirigiam pra um barco grande. O puxei pelo braço, o guia nos informou que estavam indo em uma ilha próxima e eu me ofereci pra ir. Ele permitiu e eu e Zayn subimos no barco. Sentamos e eu comecei a tagarelar sobre o quanto aquilo era demais e blá blá, enquanto o barco já se afastava da terra. Zayn apertou minha mão e foi aí que lembrei do medo dele. Me aproximei mais dele, passando meu braço à volta dele.

–Sabe... Você que deveria me proteger princeso. – riu

–Eu estou te protegendo.

–Não. Você está com medo.

–Eu tenho medo de acontecer algo e não conseguir te ajudar. – sorri.

–Não se preocupe. Eu sei nadar.

–Sei que sim... Mas eu salvaria você primeiro. –meu sorriso se alargou. Encostei a cabeça no peito dele. –Você vai me esquecer?

–Como? – perguntei levantando a cabeça e o olhando.

–Você e Harry... Você sabe... Tenho medo de vocês dois começarem a namorar e você me deixar de lado. – sorri

–Own! – dei um selinho carinhoso nele. –Não vou deixar você de lado. – sorriu satisfeito. –Nunca. Você é tipo... Meu melhor amigo. Ciumento. Meu baby. – balançou a cabeça rindo.

–Bom... E não sou ciumento. – ri. –Ele tá olhando pra você? – pergunta encarando o guia, que olhava pra cá. –EI! –gritou. Ri e tapei a boca dele. Ele começou a falar abafado pela minha mão, mas eu escutava as ofensas que saía da boca dele.

*

Estávamos na praia brincando de desenhar na areia. Já era fim de tarde, a galera deveria estar pirando atrás de nós. Mas nós dois nem nos importávamos. Estávamos nos divertindo muito.

–Hey, o que é isso? – perguntei apontando pro desenho dele. olhei melhor e sorri. –Que fofo! –apertei a bochecha dele, que riu. Era nós dois desenhados de mãos dadas. Puxei a câmera que havia levado e tirei a milésima foto do dia. Sentamos na areia pra conversar.

–Ahn... Sentirei falta da nossa amizade colorida. – cerrei os olhos pra ele, que riu. Ri junto. –É por isso que Harry me irrita, porque ele já rouba você de mim, faz você sofrer e ainda por cima faz eu perder minha amizade colorida com você. – diz emburrando. Ri de novo.

–Não liga pro Harry, eu nem estou com ele

.-Questão de tempo, querida amiga. – revirei os olhos. Fiquei de joelhos na areia, de frente pra ele, segurei seu rosto entre minhas mãos e falei.

–Você é único, Zayn. Eu não vou trocar você. – sorriu – Deixe de ser ciumento.

–Eu não sou ciumento, poxa vida! – ri, ele me puxou pela cintura até eu cair por cima dele. Me apertou. –Sabe, eu não gosto de você de um modo diferente. Mas queria te ter. – rimos –Você é incrível. Às vezes tenho inveja de Harry.

–Queria gostar de você de um modo diferente... – murmurei. –Ok, é verdade que tenho uma quedinha, tipo, muito grande por você e tals, mas – ele ria – Não chego a sentir amor além de irmão por você. E tipo... Eu me odeio por isso. Porque era pra eu ter me apaixonado por você, e não por ele.

–Também acho. – dei um tapa no braço dele e levantei. Ele riu. Comecei a andar na frente, ele me seguiu até estar do meu lado. –Mas é isso. Eu aprovo Harry pra você. Você pode namorar ele. – olhei pra ele, risonhamente – Mas só ele, porque olha... – ri

–Você não tem que aprovar, Malik.

–Você podia fingir que é domável. – murmurou. Ri de novo.

–Mas eu não sou, deveria estar acostumado. Eu odeio que tente me controlar, e se tentarem faço o contrário do que querem. –pensei um pouco. –Sou insuportável – ele riu. –Mas minha personalidade é algo que gosto muito, depois de conhecer pessoas estúpidas, alienadas e controláveis.

–Por que você não aceita a ideia de alguém querer te dizer o que fazer? – mordi os lábios.

–Hm... Sei que tem uma religião diferente da minha, e respeito suas crenças. – sorriu agradecido. –Mas eu acredito, que Deus deu o livre arbítrio ao ser humano, pra ele poder fazer suas vontades, desde que não prejudicasse o próximo. Eu aceito que meus pais, possam me dizer o que fazer, eles me trouxeram ao mundo, sem eles eu nem estaria aqui, mas ganhei o direito de tomar minhas próprias decisões quando eles assinaram o documento de emancipação. Sempre fui uma pessoa independente dos outros. Sempre soube fazer tudo... Sozinha. Eu só precisei trabalhar pra me ver completamente independente. Demorei muito pra conseguir isso, mandar em mim mesma, e é um dos motivos do porquê eu não aceito que me controlem. A vida é minha. Quem me sustenta sou eu. E também porque sou insuportável mesmo –falei dando de ombros. Ele riu.

–Tem lógica. Muita lógica. – concorda. –Assim como eu. Respeito muito meus pais, os agradeço todo dia por ter chegado aonde cheguei, mas acredito que... Eu me mando. Tenho total controle e responsabilidade sob todos os meus atos.

–É! É isso. Agora imagine. Você, quase 20 anos, trabalha bastante pra ter sua vida e independência pra ver alguém querendo te controlar? Não. Não é assim.

–É... Entendo você. Você demorou a conseguir tudo o que queria, e agora que tem, não permite que ninguém te diga o que fazer. – balancei a cabeça. –Sinto em lhe informar, mas... Você se meteu com as pessoas erradas. – rimos. –Eu sou controlador, e vou controlar você, mesmo não querendo. – dei um sorriso de canto pra ele.

–Boa sorte. – ele riu balançando a cabeça.

–E você também tem que estar pronta pra se envolver com Harry, porque além de ciumento, ele é possessivo e controlador.

–Vamos ver quem vai controlar e quem vai ser controlado. – murmurei maliciosa. Ele levantou as sobrancelhas e abriu a boca.

–Ok... Vou fingir que não escutei você falando isso. – olhou pro céu e começou a cantarolar. Ri baixo. –Foi tipo uma insinuação sexual.

–É. – dei de ombros.

–ERA PRA VOCÊ NEGAR! – ri novamente.

–Sou sincera, moreno.

–Até demais. – continuamos andando pela praia por uns minutos, até voltarmos ao centro. Comemos algo e depois fomos à um salão de jogos.–Vou ao banheiro, já volto. – ele anunciou. Concordei. Ele saiu e eu voltei a me concentrar no jogo, mas algo me atrapalhou.

Franzi a testa ao escutar um choro de criança. Procurei pelo salão quem era a criança que chorava e encontrei um menino agachado perto de umas mesas. Me aproximei dele, e agachei ao seu lado. Ele me olhou e interrompeu o choro. Depois voltou.

–Hey, qual seu nome? – tentei. Ele fez biquinho. Era a criança, mais fofa que já tinha visto. Parecia ter dois anos, os olhinhos verdes e os cabelos negros.

–Chaz –ele murmurou com uma vozinha de bebê. Estendi a mão pra ele, ele a olhou receosa. Dei um sorriso tranqulizado pra ele, e ele a pegou. Tirei ele dali e o sentei em cima da mesa.

–Por que está chorando, Chaz? – perguntei sorrindo, pelo menos ele havia parado de chorar.

–Eu perdi minha mamãe. – disse voltando a chorar. O peguei no colo de novo, ele escondeu o rosto na curva do meu pescoço e chorou.

–Vamos acha-la, ok? – ele balançou a cabeça. Ele era absurdamente fofo, e tímido. Eu falava com ele, e ele escondia o rosto ou ria. Fiquei andando pelo salão apontando pras mulheres sem me importar e perguntando se era a mãe dele, tentando anima-lo, e estava funcionando, pois ele ria.

–Agora quero ir na... – Zayn parou a frase, ao me ver com Chaz. –Quem ser essa criança? – ri

–Este é Chaz. – ele sorriu pra Chaz. Chaz devolveu o sorriso meio tímido. –Estamos procurando a mãe dele. Quer nos ajudar? – Zayn concordou. 10 minutos depois, a mãe dele apareceu meio desesperada, a procura dele. Ele deu um sorriso lindo quando viu sua mãe.

–Você tem jeito com crianças. – Zayn murmurou enquanto tomávamos milk shake.

–Nah, não. – ele balançou a cabeça.

–Tem sim. – revirei os olhos. –Lux ama você. Você é adorável. – diz debochado. Ri e virei pra olha-lo. Ele tomava seu milk shake calmamente. Me amaldiçoo todos os dias por não ter me apaixonado por ele. Ele sim era um garoto perfeito. Sabia que nunca me faria sofrer e sempre me trataria como se eu fosse o mundo dele.

Suspirei chamando a atenção dele, que me olhou e ficou um pouco vermelho ao ver que eu o observava.

–O quê... – minha mão em seu rosto fez com que ele se calasse. Ele franziu a testa e me olhou.

–Eu amo você, ok? – ele assentiu ainda confuso. Desviei o olhar pra sua barba por fazer. Acariciei seu rosto sorrindo de canto.

–Eu também te amo. –levantei o olhar. Ainda receosa, me aproximei dele. Ele ergueu as sobrancelhas ao perceber o que eu ia fazer. –Tem certeza disso? – engoli em seco.

–É o último– concordou. Ele mesmo encostou seus lábios nos meus em um selinho. Entreabri meus lábios permitindo passagem com a língua. Eu confesso, senti falta daquilo. Me confortava, era uma sensação boa sentir ele ali ao meu lado. Aquele beijo tinha mais sentimento de afeto e carinho que qualquer outra coisa. Nos afastamos com iniciativa dele, terminando o beijo com um selinho. Olhei pro lado de fora, sem graça com o que tinha acontecido. Reparei que já estava de noite e franzi a testa. -Já? – ele olhou pra fora e sorriu.

–Passou rápido. – concordei. Decidi pegar meu celular e ver se tinha algo. Algumas chamadas perdidas e poucas mensagens. Ele fez o mesmo. Em uma mensagem de Niall, li:

“Lari, não quero incomodar nem nada, mas achei que gostaria de saber. Harry não está bem, ele vomitou, está com febre e não sabemos o que ele tem. É só isso.”

Franzi os lábios ao perceber que estava preocupada. Zayn leu a mensagem e levantou.

–Então... Vamos. – concordei. Pegamos um táxi e minutos depois chegamos. Somente Niall e Dean estavam lá, avisaram que os outros saíram. Falei pra eles irem se arrumar e sair que eu ficaria com Harry. Eles concordaram e cerca de 15 minutos depois, eu estava sozinha naquela casa com Harry. Subi as escadas, entrando no quarto onde ele estava.

Ele estava deitado, parecia dormir e escutava música. Sentei na cama e fiquei encarando ele. Percebi que ele não dormia, e já tinha notado minha presença ali.

–Você está bem? – ele não abriu os olhos, mas balançou a cabeça.–Quer comer algo? –negou. –Há quanto tempo você não come nada, Harry? – perguntei franzindo a testa. Ele abriu os olhos e me encarou.

–3 dias. –falou rouco. Abri a boca tentando encontrar palavras. –Não consigo engolir nada. Não sinto fome. Hoje de manhã tentei beber uma vitamina, mas meu estômago rejeitou e eu vomitei.

–Por que você está há 3 dias sem comer? – pergunto cerrando os dentes.

–Você sabe o motivo.

–Isso é idiotice da sua parte.

–Agora me diz algo que faço que não seja idiotice. – diz irônico. Não respondi, levantei e me dirigi até a porta. –Aonde vai?

–Fazer algo pra você comer.

–Vai fazer por nada, porque eu não vou comer. – ignorei e desci. Busquei ingredientes no armário e fiz sopa de batata com carne seca e uns temperos. Coloquei em um prato e subi novamente. Ele estava na mesma posição.

–Sente. – falei séria. Ele sentou e suspirou. Entreguei o prato à ele. –Tente comer.

–Você não entende que não desce nada pela minha garganta?

–Não, não entendo. –desci e peguei um prato pra mim, subi e me sentei ao lado dele.

–Onde foi hoje?

–Saí por aí com Zayn.

–Hm... Aquela música...

–Só queria te provocar e deixar preocupado.

–Então a letra não tem nada a ver? – dei de ombros.

–Descubra, oras. – ele sorriu.

–Se você me desse uma chance pra reconquistar você... – murmurou. Não respondi.

–Hoje, eu fiquei com Zayn. – falei sincera. Ele levantou o olhar, me encarando. Eu tive que contar aquilo pra ele. –Tudo. O que sinto por ele é afeto e carinho de irmão. -

Você ficou com ele. – murmurou.

–Sim. E foi a última vez se algo começar entre nós. – ele sorriu.

–Algo vai começar entre nós?

–Depende de você.

–Não, de você. –toquei sua bochecha vendo que ele não estava mais com febre. –Por que ficou em casa, se podia sair com o pessoal?

–Porque está doente.

–E você se importa? – perguntou erguendo as sobrancelhas.

–Apesar de tudo. Você é meu amigo. – ele franziu os lábios.

*

Combinamos de fazer luau esta noite.

Estávamos na sala brincando e conversando.

Eu estava com fome e todo o pessoal começou a reclamar de fome.

–Vai lá Lari!

–Vocês são umas gracinhas! Estão com fome querem comer, mas na hora de levantar e pegar o rango ninguém quer!

–Ahh Larissa! Estamos com preguiça – Louis reclama

–Dude...! – comecei a falar cética.

–Por que você não faz algo pra gente? – pede Niall

–Por que eu?– perguntei indignada – Blé. Vai pedir pra Becky. Ela não cozinha bem?– disse virando o rosto pra ele. Eles riram.

–Não! Você é minha cozinheira preferida!

–Pera aí. Eu vou é denunciar todos vocês porque isso que estão fazendo é exploração. –Niall olhou pra minha cara com uma expressão de tédio como se dissesse “É sério migs”. Me segurei pra não rir. –Por que a minha pessoa?

–Por que você cozinha melhor! – falaram como se fosse óbvio.

–Argh! Parem de me explorar! O Harry também sabe cozinhar!-É verdade – Zayn concordou. Quando eu ia fazer um high-five com ele e dizer “Valeu Z”, ele completa – Harry, vá ajuda-la – arregalei os olhos no nível máximo de indignação, semicerrei os olhos e falei contrariada

–Não precisa. Eu farei.

–Eu te ajudo – ele diz se levantando. Zac sussurra pra mim.

–Seja uma boa garota e dê uma chance pra ele. – Bufei audivelmente.

Levantei e fui até a cozinha, com Harry me seguindo, considerando o que Zac havia falado.