POV Larissa

–Você vai com a gente sim, sem mais. – Louis falou metido. Eu tive que rir, afinal Louis sério, metido, palhaço, irônico, era muito engraçado.

–Quantos dias?

–Só o final de semana –Liam diz tentando me convencer

–Beleza então – falei suspirando. –Vou arrumar minhas coisas, saímos quando?

–Daqui 3 horas – abri a boca –É, vai logo. – revirei os olhos e subi as escadas, rapidamente arrumei minhas coisas e nós fomos para o aeroporto. Embarcamos e no avião que era de duas poltronas ao invés de três e eles resolveram sentar em casaizinhos. O que me deixou levemente irritada. Já que Zayn e Niall decidiram que tinham que incorporar mais o bromance Ziall deles, e sim, eles realmente falaram isso. Então, eu, Larissa, tive que sentar com ele, Harry. Conversamos pouco durante o voo. E ele foi muito fofo comigo, pois teve turbulência, ele segurou minha mão e me abraçou a todo momento.

Desembarcamos em Lisboa e fomos recebidos pelo que parecia milhões de meninas. As portuguesas eram realmente muito fofas e meigas! Fiquei meio nervosa, demofobia é uma merda se querem saber minha opinião. Harry pegou minha mão e me puxou. Ele falou pouco, tirou poucas fotos, pois me puxava. Entramos num carro que já nos esperava e eu respirei fundo

–Está bem? –Josh perguntou, ele já estava lá em Lisboa, nos esperando

–Acho que sim Divino. - o abracei de lado. Ele sorriu, mas Harry levantou as sobrancelhas encarando meu braço. Agora não posso abraçar meus amigos? É isso mesmo?

Fomos para o hotel e os casais estavam em um quarto, Zarry em um, Nosh em outro, e eu pedi pra ficar sozinha. Lou Teasdale estava com Lux e o marido no quarto ao lado do meu então eu fiquei o resto do dia conversando com ela e brincando com Lux.

No dia seguinte, nós fomos à piscina do hotel. Eu só tirei a blusa. Ficamos lá conversando e se divertindo, acho que ninguém tem ideia do quanto eu ia sentir falta daqueles gays.

*

Depois de tomar banho e colocar qualquer roupa, eu saí do meu quarto e subi para o terraço. Literalmente, o último andar do hotel, onde alguns famosos desembarcavam pelo helicóptero.

Fiquei encostada no muro olhando lá pra baixo quando escuto um barulho da porta abrindo, atrás de mim. Me viro e vejo ele. É claro, tinha que ser ele, quem mais seria? Senão eu não estaria em um filme clichê de adolescente.

–Oi – disse sorrindo e parando do meu lado. E que sorriso. Mas ok, voltando ao meu estado de sanidade mental normal.

–Oi Haroldo – deu uma risadinha

–É fofo você falando meu “nome brasileiro” – ri

–... Sabe, eu vou sentir tanta falta de vocês – suspirei

–De mim – revirei os olhos

–De todos vocês

–Sei que vai sentir mais de mim – encarei ele, risonha. –Também vamos sentir sua falta, pelo menos eu vou. Muita. – sorri. Ficamos ali conversando como amigos, todo aquele desentendimento, foi deixado de lado, naquele momento. Eu contava coisas a ele que ele ainda não sabia e ele fazia o mesmo –Então você já dirigia com 16 anos?

–Sim, mas não conte pra ninguém – sussurrei, riu. –Eu pegava o carro do meu pai pra ir nas festas com meus amigos, mas ele acabou descobrindo

–E aí? – perguntou com expectativa –Ele brigou com você? Te deixou de castigo?

–Ele me deu um carro – ri ao ver ele boquiaberto.

–Você pegava o carro dele escondido, ele descobre, e então te dá um carro pra você continuar saindo?

–É... Meus pais não são muito normais

–Percebi – rimos –Eles parecem ser legais

–Eles são

–E quando vou conhece-los?

–Oi? – ele revirou os olhos. Wait a minute, please. Harry Styles, deus do sexo, quer conhecer meus pais? –Quando der... Mas diz aí Harold, como é ser famoso, ter milhares de garotas aos seus pés? Exceto eu, é claro – mentira. Ele riu

–Não adianta negar, mas eu sei que você deseja meu corpo nu na sua cama todas as noites – Como assim Harry virou profeta? Ele é adivinho e eu não sei?

–Você? Nu? Minha cama? Nah... Nunca pensei nisso... - riu

–Na verdade, eu nem sei o que as garotas veem em mim

–Eu sei – murmurei

–O quê?

–Oi? – riu

–O que você falou?

–Eu? Não falei nada colega, nossa, que louco – riu alto

–Eu escutei o que você falou

–Então faz o favor de fingir que não escutou – falei como se fosse óbvio. Ele gargalhou. Aquela risada era tão perfeita.

À noite, todos nós combinamos de ir à uma balada. Nos arrumamos e nos dividimos em carros. No que eu estava. Josh dirigia, eu, Harry e Niall íamos atrás e Zayn na frente com Josh.

–Onde é essa balada?

–Ela é mais afastada do hotel –Josh respondeu

–E porque não podemos ir em uma mais perto?

–Aquela é a melhor, eu fui antes de vocês chegarem, vocês vão adorar – dei de ombros, mas eu realmente preferia que fosse uma balada mais próxima.

Ficamos dançando e conversando a noite toda. E bebendo também. Eu não fiquei com ninguém, como eu havia dito, queria um tempo de homens.

Eu fiquei meio bêbada, e só sobrou eu e Harry. A galera toda havia ido embora e nos deixaram. O triste é que, não tinha carro. Nem quem dirigir porque ele também não estava muito sóbrio

–Ahhhhhh Haroldo, me coloca nas suas costas e vai andando – ele riu e fez o que eu mandei. Fomos andando e cantando na rua, bêbados são sempre hilários. E, clichê e tipicamente, começou a chover. Aí ele me soltou, me virou e me beijou na chuva...

Ok, isso não aconteceu. Mas é o que acontece em filmes de adolescentes...

Nós dois começamos a rir descontroladamente. Ele saiu correndo até chegar debaixo de uma marquise, parou e me colocou no chão pra recuperar o fôlego

–Mas que putos!

–Aqueles idiotas – concordei

–Eles nos deixaram sozinhos e na chuva...

–Tem dinheiro?

–Não vai dizer que quer algodão doce agora... – olhei pra onde ele olhava e vi um velhinho de baixo de outra marquise com um carrinho de algodão doce, falando no celular

–Não seria uma má ideia – falei pensativa –Mas não, seu bêbado, com dinheiro a gente...

–O bêbado aqui tem a solução – me puxou enquanto eu ria. Saiu correndo e entrou em um prédio que tinha um letreiro em rosa neón na frente. MOTEL.

–E se a gente achar uma prostituta? Podemos praticar menáge... – falei pensativa

–Não seria uma má ideia... – disse. Pagamos nossa estadia e subimos para nosso quarto. –Aquele gay do Josh

–Por que a balada não podia ser mais próxima do hotel? – perguntei tirando o salto e jogando no canto.

–Já reparou como bêbados são resmungões? – ri concordando. Bateram na porta, era uma mulher. Bem... Deixa eu repetir corretamente. Era uma prostituta –O menáge ainda tá de pé? – ele pergunta.

–Valeu tia, mas nós preferimos sexo a dois.

–Posso assistir? – pergunta olhando nós dois de cima a baixo.

–Não, gostamos de sexo a dois, só nós dois. – ela revirou os olhos como uma vadia e saiu rebolando. Ele fechou a porta, tirou a roupa ficando de box. Eu tirei a blusa ficando de saia e sutiã. Ele não tinha me olhado ainda, pegou nossas coisas e colocou na secadora. Quando ele me viu, sorriu malicioso

–Lingerie preta... Eu gosto... E o sexo a dois? – revirei os olhos

–Estou bêbada, mas tenho consciência

–Da próxima vez, eu faço você beber mais – me deitei e ele deitou do meu lado. –Você sabe que eu te amo certo?

–Sei? – pergunto bocejando

–Eu te amo

–Legal – riu e encostou nossos lábios levemente. O afastei relutante e dei um beijo na bochecha dele. –Eu te amo, safado. – riu –Você não presta Harry...

–Sei que não... – adormeci.

*