Adeus escrita por Nekoclair


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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                - Lovino! Não vá! Lovinoooo!

                Cabum. Fez-se um minuto de silêncio. Um mar de chamas era em que o campo de batalha havia se tornado. Os inimigos já se haviam retirado. No meio daquele inferno só restavam duas pessoas - um espanhol ferido, deitado, e um italiano, caído alguns metros à frente do companheiro.

                - Lovino! Por que você foi me proteger? Por que você usou seu próprio corpo como escudo? Diga alguma coisa! – o espanhol tentava inutilmente se levantar, mas de sua barriga saía muito sangue. – Droga!

                Ele rasgou a própria blusa, amarrando-a no ferimento. Porém, seu estado não era, nem assim, mais grave que o de seu companheiro. Começou então a arrastar-se pelo chão, o que era realmente muito complicado e doloroso, bem mais do que pensara que poderia ser.

                Com muito esforço, o espanhol pôs-se ao lado do aliado italiano e pegou-o pelos braços a fim de ver-lhe o rosto. Lovino ainda respirava e seus olhos se encontravam levemente cerrados.

                Antonio, seu idiota. – disse, com a voz trêmula, num tom quase inaudível.

                - Lovino! Aguente firme. – dizia, enquanto lágrimas escorriam loucamente de seus olhos. O estado de Lovino era terrivelmente sério. Fora atingido várias vezes e seu uniforme estava manchado de vermelho-sangue. Dificilmente sobreviveria e Antonio sabia disso.

                - Estúpido. Você está bem e é isso que importa.

                O garoto, nos braços de Antonio, sorria. Não parecia importar-se com o fim que já lhe estava próximo.

                - Lovino... – seus olhos não paravam de chorar.

                - Ei. Você tá me molhando todo, idiota. Para de chorar... Otário.

                - Não me abandone, Lovino, por favor. Eu te amo. Não me deixe. – o espanhol abraçou forte o corpo semimorto do italiano. Lágrimas escorriam pelo rosto do espanhol, como em uma cachoeira sem fim.

                -Ei, guarde suas opiniões para si mesmo. – dizia um Lovino corado e rabugento, mas, aparentemente, feliz por dentro. Satisfeito, ao menos.

                O fogo, que antes ardia tão fortemente ao redor dos dois, ia lentamente se apagando. Os olhos de Lovino aos poucos perdiam todo o seu brilho e cor.

               – Ei, Antonio. – Lovino tocava o rosto do amigo e limpava-lhe as lágrimas. Não queria que sequer uma gota fosse desperdiçada com sua morte. - Acho que vou indo na frente. Vou esperar por você lá no outro mundo. Está bem?

               -Não! Lovino, não morra. Você tem que agüentar firme. Eu não vou ser nada sem você ao meu lado... Você é a pessoa mais importante pra mim. Você não entende? – Antonio chorava muito e as palavras saiam de sua boca a tropeços e soluços.

               -Desculpe. – Lovino sorria, com o rosto corado – Não chore, se eu não estou triste por que você acha que pode chorar por mim? Vivi feliz e pretendo continuar assim até mesmo em meu leito de morte. Minha vida não foi um total desperdício, afinal te conheci... Obrigado por ter cuidado de mim. Eu... Eu também gosto muito de você, então, por favor, sorria... Porque a última coisa que quero ter a honra de presenciar neste mundo é o seu lindo sorriso, Antonio.

               O espanhol sorriu ao escutar as palavras de seu amado companheiro. Seu rosto ficou vermelho. Ele e Lovino se olhavam quando Antonio enfim beijou os lábios do italiano. Os dois se separaram e entreolharam-se, envergonhados, mas felizes e satisfeitos.

                -Isso era realmente necessário? – disse o italiano, sorridente, fechando os olhos logo a seguir.

                O fogo se apaga.


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Notas finais do capítulo

Obrigado aos que leram. Deixem reviws para deixarem esta autora feliz. Ok? ^^