iHate You? escrita por Mandy Horan


Capítulo 20
Dirty Little Secret




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Carly’s POV


Chego na escola, e lá esta o Freddie em frente ao meu armário. Ele está com o olhar distante, e está com olheiras.

– Oi, Freddie! – Digo, mas ele parece não me ouvir. – Freddie. FREDDIE! – Grito, e só assim ele parece me ouvir.

– Ah, oi, Carly. – Ele diz.

– Nossa, quanta empolgação. – Ironizo.

– Desculpa, é que eu não consegui dormir direito ontem à noite.

– Por que? – Pergunto.

– Porque Sam ainda não quer falar comigo. – Ele respondeu.

– Nossa, então a briga de você foi séria, hein Freddie? – Pergunto ironicamente, lembrando da mentira que ele havia me contado. – E qual foi o motivo?

– Motivo? Hã...o motivo foi... – Ele parecia nervoso enquanto tentava encontrar alguma resposta.

TRIIIIM

O sinalo toca, e ele sorri aliviado.

“Salvo pelo gongo. Literalmente.”, Penso.

Vamos para a aula? – Ele pergunta, mudando de assunto.

Vamos. – Respondo. Pelo visto ele vai continuar nesse joguinho de mentiras.

Entro na sala e me sento ao lado da Wendy.


Sam’s POV


O maldito galo começa a cantar novamente para acordar a todos da casa, enquanto o sol começa a iluminar meu quarto, inclusive minha cama.

Levanto e faço minha higiene pessoal e desço para tomar café da manhã. Mas dessa vez os únicos à mesa são vovô e vovó.

– Oi, vovô. Oi, vovó. – Os cumprimento.

– Olá, querida. – Vovó disse.

– Bom dia, flor do campo! – vovô respondeu. Ai ai, vovô e seus apelidos.

– Ah, querida, não tome café da manha ainda. Dustin pediu para encontra-lo no mesmo lugar que ele te levou ontem.

– Tudo bem. – Saio, mas acabo voltando e pegando um pedaço de bolo de baunilha, afinal a viagem até o lago é longa.

Pego minha égua –a mesma de ontem, que meus avós acabaram me dando – e sigo até o lago. Chegando lá, vi um cavalo marrom amarrado a uma árvore. Deve ser o cavalo de Dustin. Amarro o meu em frente à outra arvore em frente à outra.

Caminho até o bangalô, e vejo Dustin arrumando umas coisas em cima de uma toalha vermelha quadriculada.

Ele me nota vindo e sorri.

– Oi. Queria te fazer uma surpresa...- Ele diz.

– Oi! – Digo, me aproximando. – Um piquenique?

– Sim, achei que você iria gostar. – Ele olha para baixo e mexe no cabelo. Que fofo, ele ficou todo corado.

– E eu gostei! Obrigada. – Digo, o abraçando.

– De nada. Agora vamos comer? – Ele pergunta.

– Yeah, baby! – Respondo, e nos sentamos na toalha.

Dustin e eu ficamos conversando, rindo, fazendo palhaçadas, e... O BACON ACABOU??

– DUSTIN, ME DIZ QUE VOCÊ TROUXE MAIS BACON!

– Não, por que? Já acabou? – Ele olha para a cesta e mexe lá dentro. – Meu Deus, Sam. Você comeu os três pacotes de bacon que tinha? – Ele pergunta, incrédulo.

– Talvez...

– Talvez? – Ele sorri. – Bom, então acho que você não vai querer a torta de limão que sua avó fez, porque “talvez”, - Fez aspas no ar. –tenha comido todos os pacotes de bacon. – Ele tira a torta de dentro da cesta.

– Eu admito. Eu comi o bacon todo, agora me dá à torta!

– Boa menina. – Ele diz e corta um pedaço da torta e me dá.

Abocanho a torta, e ela estava uma delicia! Vovó realmente sabia cozinhar.

Escuto Dustin rindo e me viro para ele.

– O que foi? – Pergunto, confusa.

– Você. Tá sujo aqui. – Ele diz, limpando o canto da minha boca com um guardanapo.

Ficamos um tempo em silencio, nos encarando até que ele começa a se aproximar cada vez mais. Me afasto um pouco e paro. Ele me olhava confuso. Isso era o certo a fazer? Por que esse sentimento de traição tomando conta de mim, então?

É ai que eu percebo. Não adianta fugir, porque eu ainda amo o Freddie, apesar de odiá-lo. Mas da mesma que eu o odeio, eu o amo. Talvez essa seja minha maneira de amar, toda errada, toda confusa, toda estranha. E Dustin é apenas um amigo muito importante para mim.

– Dustin, olha... – Começo. – eu...

– Me desculpe, eu-eu... – Ele gagueja.

– Não é você, sou eu...desculpe. – suspiro.

– Tudo bem, não sou eu quem você ama. Só me responde uma coisa?

– Tá... – respondo, hesitante.

– O que te trouxe até aqui? – ele pergunta.

– Eu não quero falar sobre isso. – Respondo. Ainda dói falar sobre isso.

– Confia em mim.

– Um coração partido. Satisfeito?

– Foi o Freddie? – ele pergunta. Olho para ele. Como ele poderia saber se nunca falei com ninguém sobre isso desde que cheguei aqui?

– Acho melhor eu ir para casa. Obrigada por tudo, Dustin. – Me levanto, ando em direção a minha égua, deixando Dustin para trás.


Carly’s POV

Freddie e eu terminamos o ensaio do iCarly, e ele já tinha ido embora. O ensaio não tem graça nenhuma sem a Sam. Aliás, não existe iCarly sem a Sam. Que saudade da minha amiga! Vou ligar para ele.


Narrador POV

Carly liga para Sam e vai para seu quarto, afinal a morena não queria correr riscos.


Ligação on

– Sam?

– Carly? Pode falar agora? – A loira do outro lado da linha perguntou.

– Posso. Amiga, que saudades de você! – Carly disse com a voz chorosa.

– Eu também, Carls.

– Mas, e ai, como está na fazenda? – A morena perguntou.

– Ah, tá todo normal.

– Hum. E...você não quer saber do Freddie? – Carly perguntou receosa a reação da amiga.

– Já falei que eu estou aqui para esquece-lo e você vai e me lembra dele? – Sam respondeu, irritada.

– Desculpa...é que que pensei que... – Carly começou, mas Sam a cortou.

– Pensou errado. – Vociferou Sam. – Ele não tá com a Melanie? Por que ele se importaria?

– Calma, Sam. Freddie não está com a Melanie.

– Eles estão te enganado. Devem estar...namorando escondido. – A loira sentiu o estomago revirar com esse pensamento, que para ele, poderia ser a verdade.

– Se eles estão juntos, então por que Freddie anda todo cabisbaixo por ai? - Carly protestou.

– Sei lá, remorso, talvez.

– Sam...Posso te fazer uma pergunta?

– Tá, pode.

– Por que odeia tanto a Melanie? Tá, ela roubou seu namorado, mas você sempre a odiou. Por que?

– Carly, eu não... – Sam começou mas Carly a cortou.

– Sam, por favor, me fala. Eu quero te ajudar. – Carly insistiu.

“ Oh santa curiosidade!” , pensou Sam.

– Tudo bem, Carly. – Sam suspirou, derrotada. – Quando meu pai foi dado como morto, Melanie e eu tínhamos os direitos do meu pai, e um desses direitos, por meu pai ter duas filhas, era uma bolsa para um dos melhores colégios internos em Londres. Mas Melanie eu éramos duas, e só havia uma bolsa. E nós duas estudávamos juntas todos os dias, e Melanie sabia que podia tirar a nota máxima tanto quanto ela. Mas ela jogou sujo...fui desclassificada por culpa dela! Ela disse que eu estava colando mas eu não estava. Mas quando foram ver se eu estava colando ou não, acharam um papel com as respostas no meu estojo. Eu neguei, disse que não estava colando, mas os fatos ´provaram o contrario. Eu não estava colando! Nem minha mãe acreditou em mim, Carly... – Sam terminou e a dor em sua voz ao dizer a ultima frase era inevitável.

– Sam...eu não sabia, desculpa... – A morena se desculpava.


Enquanto Carly tentava desfazer o que tinha feito, um nerd moreno e musculoso se encontrava atrás da porta ouvindo tudo – não que fosse sua intenção, foi apenas um acidente ele ouvir tudo- sentia suas emoções em conflito. Sentia felicidade por descobrir que Carly sabia como chegar até Sam, mas também sentia raiva por Carly não ter o contado o paradeiro de Sam.

Freddie esperou Carly desligar o telefone para entrar no quarto e faze-la lhe contar a verdade.

– Carly? – Freddie perguntou, batendo na porta.

– Entra! – Gritou Carly, e Freddie entrou.

– Oi, Carly. – Freddie disse, tentando disfarçar sua irritação.

– Oi. – Carly sorriu nervosamente. – O que houve?

– Nada. Sabe o que eu odeio? Mentiras.

– Jura? Eu também. – Carly disse ironicamente, mas logo mudou seu tom para um mais nervoso. – por que está falando isso?

– Tem certeza que não sabe, Carly? – Freddie perguntou, se aproximando.

– N-não. – A morena gaguejava.

“ Droga! Será que ele descobriu?” , pensava Carly, nervosa.

– Então por que o nervosismo? Escondendo algo?

– Claro que não! Alias, por que todas essas perguntas? Virou Sherlock Holmes por acaso? – Perguntava Carly nervosamente.

– Não. Se não esconde algo, então me responde algo. Realmente não sabe aonde Sam está? – Perguntou Freddie, encarando Carly com seus braços cruzados a frente de seu peitoral.

– Não. – Carly disse mais confiante, porém tremula, desviando o olhar.

“ Passar tanto tempo com a Sam tá me prejudicando! Mas nesse caso, tenho que agradece-la. “ , pensou Carly.

– Diga olhando em meus olhos, Carly. – Falou Freddie, ainda não acreditando que Carly acabara de mentir para ele.

– Eu...eu...eu..- Carly gaguejava. Não conseguiria.

Carly fechou os olhos e suspirou. Era hora da verdade.

– Me pegou. Sei aonde ela está. – Carly respondeu, dando se por vencida.

– Então por que me enganou esse tempo todo? Sabe o quanto eu sofri aqui sem ela?!

– Por que se importa? Você não estava lá se agarrando com a Melanie? Por que está preocupado com a Sam? – Vociferou Carly.

– Carly, eu não estava me “agarrando” –fez aspas no ar- com a Melanie. Foi ela quem me beijou na hora que a Sam chegou. – Freddie tentava explicar, mas Carly o olhava desconfiada, com uma cara que parecia dizer “ continue.” E assim Freddie o fez. - Ela me ligou para ir na casa da Sam, quando cheguei lá, ela estava diferente, mas não pensei que fosse a Melanie. Quando ela me beijou, eu percebi que ela não era a Sam, e na mesma hora Sam chegou e alouca da Melanie me beijou e Sam viu tudo. Depois ela saiu correndo e desde então não mais a vi.

– A Sam ficou super mal, Sabia?- Carly fez uma pausa. – Mas acredito em você.

Freddie sorriu e abraçou Carly. Carly era realmente um anjo da guarda na vida deles. Uma “ amiga-mãe” como ela, era difícil de se encontrar.

– Aonde Sam está?

– Na fazenda dos avós. – Freddie a encarou – Spencer sabe como chegar lá.

– Obrigada, Carly! – Freddie agradeceu e desceu as escadas euforicamente, na certeza de que encontraria sua loira.



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