Freddie’s POV

Finalmente. Finalmente tive coragem de dizer tudo, tudo o que sentia para Minha princesa Puckett. Tê-la novamente em meus braços era o que eu mais queria, o que eu mais sonhava todas as noites. Aquele sorriso angelical e ao mesmo tempo demoníaco, aquele mar de serenidade e bravura que ela me transmitia toda vez que a olho nos olhos, aqueles cachos dourados, tudo em Sam me encantava. Minha inimiga, minha melhor amiga, minha namorada...Minha, só minha e dessa vez ninguém poderá tira-la de mim.

Sam’s POV

Freddie e eu saímos da escola. Estávamos andando de mãos dadas devagar, não tínhamos pressa alguma para chegar na casa da Carls, apenas queríamos aproveitar esse momento juntos.

– Melhor corrermos. - Freddie disse sorrindo olhando para o céu.

– Por que?- Perguntei.

– Porque logo vai chover. -Ele disse e acompanhei seu olhar que continuava no céu. Nuvens pretas e carregadas se formavam tampando o sol.

– Tem razão, nerd. -Digo. Ops, escapou!

– Sam! - Ele me repreendeu.

– Desculpe baby. - peguei a mão dele e saímos correndo da chuva. Até agora.

– E agora? - Ele me olhou mas depois voltou seu olhar para cima.

– Droga, que tipo de rua é essa que não tem nenhuma marquise por aqui?! -Falei indignada olhando para os lados. Como isso é possível??

– Parece que não Sammy... - Freddie me respondeu. Sorri. Adorava quando ele me chamava de Sammy, mesmo nunca admitindo.

– Droga, tô começando a ficar todo ensopado!

– Oown, o bebê da mamãe está todo encharcado! -Disse ironicamente apertando a bochecha de Freddie.

– É sério, você e eu vamos acabar ficando resfriados! - Ele disse em tom de preocupação. Como esse garoto parece com a mãe!

– Não seja por isso! - Pisei numa poça o molhando.

– Ah, você me paga! - Ele disse e eu comecei a correr. Ele claro, começou a correr atrás de mim também.

– Te peguei. -ele disse me abraçando por trás e me dando um beijo no pescoço que me fez arrepiar toda. Me virei e encarei seus lindos olhos de chocolate. E como um imã, nossos rostos foram se aproximando cada vez mais, até nossos lábios se tocarem.

Naquela hora parecia não existir mais nada nem ninguém. Não existia mais rua, não existia mais chuva, não existia pessoas. O mundo lá fora desaparecera. Só existia a gente. Eu e ele.

Tivemos que interromper o beijo, porque o ar simplesmente desapareceu. 'Por que agora ar?' Pensei.

Nos olhamos, e rimos da situação em que nos encontrávamos. Estávamos tão molhados que nossas roupas já estavam coladas em nossos corpos, deixando tudo transparente. O que o fez se distrair um pouco.... Eu sabia exatamente o motivo de sua distração!

– Para de me encarar! - Disse fingindo raiva.

– Desculpa...Vamos Puckett? não quero ninguém te vendo...hã..nesse estado. -Freddie disse pegando sua jaqueta e botando por cima de mim.

– Concordo, vamos logo. -Disse. Ele me puxou pela cintura e me deu um beijo na testa. Ai, ai. Amor...

Um tempo depois chegamos na casa da Carly. Quando ela nos viu, mandou a gente voltar para o corredor, estávamos ensopando o apartamento inteiro! logo depois Carly voltou com duas toalhas e nos deu. Tudo estava indo bem, até a Sra. Benson chegar fazendo escândalo. Ela viu meu estado e o do Freddie e começou a por a culpa de tudo em mim. Que mulher irritante.

– VOCÊ, SUA DELINQUENTE! TENHO CERTEZA QUE TUDO ISSO É SUA CULPA! AGORA MEU BEBÊ VAI FICAR DOENTE POR SUA CULPA! -A louca da Sra. Benson gritava.

– MÃE! Ela não tem nada a ver com isso! – Wow, agora foi a vez de Freddie gritar. Nunca o vi gritar com sua mãe antes...

–FREDDIE! COMO OUSA GRITAR COMIGO?? – Sra. Benson dizia indignada.

– Desculpa, mãe. Olha, Sam e eu estávamos voltando da escola e ai começou a chover. Só isso. – Freddie explicou.

– Por que só você e Sam estavam voltando da escola? E a Carly? – Sra. Benson perguntou desconfiada.

– Ela teve que voltar pra casa mais cedo. –Freddie explicou.

– Hum. Vem Freddie, você tem que se secar! –Sra. Benson disse puxando Freddie pelo braço.

– Tchau. –Freddie disse se despedindo de mim e Carly. –Te ligo mais tarde! – Ele sussurrou para que a Sra. Benson não ouvisse. Até porque, ela não pode nem desconfiar que estamos juntos ou nossa vida será um inferno com ela tentando nos separar de novo.

– Vem, Sam. Você também precisa se secar. –Carly disse sorrindo. Um sorriso acolhedor. O que seria de mim sem minha morena?

– Claro. – Disse. Entrei no apartamento e logo me sequei, mas minhas roupas continuavam molhadas. Carly me emprestou uma blusa e um short.

– Valeu Carls. – Agradeci.

–De nada. Vai dormir aqui hoje? -Carly me pergunta. Estranhei ese tipo de pergunta agora, mas quando olhei no relógio já eram 22h00min. Como o tempo passou rápido.

– Claro, minha mãe não está em casa hoje, então... –Respondi.

– Outro encontro? –Carly me pergunta o óbvio.

– Sim. – Respondo sem dar muita atenção.

– Ta bom. Eu vou dormir, vai continuar assistindo TV? –Carly pergunta apontando para a TV.

– Vou. Boa noite. – Digo. Carly sobe as escadas e diz um “Boa noite” do andar de cima.

Meu celular vibra, era uma mensagem. Sorri ao ler o nome no visor. Freddie.

Boa noite Princesa Puckett, durma com os anjos.

Freddie.

Reli a mensagem um milhão de vezes antes de dormir. Sentia falta de torpedos como esses ou de ficar acordada a noite inteira falando com ele. Meu, só meu.