Soi Fong já estava em um treino avançado; ela lutava incrivelmente bem com a espada, assim como corpo-a-corpo, recentemente tentara usar seu kung fu combinado com shudo, o resultado fora esplêndido. A jovem estudante passara a treinar kung fu com outros mestres que descobrira por acaso que habitavam o vale, ela tinha um ótimo domínio de seu poder espiritual assim como algumas magias de porte pequeno e shudo; ela era uma guerreira excelente e se sentia pronta para derrubara qualquer um em seu caminho.

A jovem tigresa caminhou lentamente pelo vilarejo, indo ao encontro de seu mestre.Quando chegou se viu diante de uma visão estranhamente incomum.

Mestre Yumie tinha uma mochila nas mãos, tinha porte médio e era de um cinza pálido, ela preenchia a mochila com algo. Logo que viu Soi Fong escondeu o objeto atrás das costas e sorriu docemente.

–Olá querida, eu estive pensando e... bem, você está lutando muito bem, tem ótimo controle dos clones visuais, já desbloqueou vários níveis de sua arma, consegue usar Shudo e desempenha todas as técnicas com graça e eficácia, e seu kung fu a ajuda muito, sem contar nas técnicas novas que aprendeu, as pequenas magias...

Soi Fong havia aprendido várias técnicas de kung fu com Mestre Yumie.F ora um choque descobrir que sua instrutora sabia kung fu, mas tinha sido ótimo aprender novos golpes; esses haviam sido golpes que atingiam diretamente os nervos, isso sem contar todas as sessões de treino que tivera com seu mestre.

Nesse tempo também se prevenira contra envenenamentos com várias vacinas desenvolvidas para os mais diferentes tipos de veneno conhecidos, Yumie a ensinara sobre ervas e até mesmo soros e chás, preparando sua aluna para sobreviver nas mais variadas condições.

A loba permaneceu muda ponderando antes de falar, até que lhe veio a desculpa perfeita

–Eu resolvi te dar o dia de folga, soube que hoje terá uma festa na vila e tenho quase certeza de que você irá.

–Eu não...

A professora sorriu docemente com um olhar materno e protetor, seus olhos ressaltavam um brilho estranho que Soi Fong jamais vira.

– Tenho quase certeza de que Lilly vai chegar em breve

A instrutora deu um sorriso singelo e acenou para sua aluna,Soi Fong assentiu e seguiu na direção oposta, sendo parada por sua amiga no meio do trajeto.Ela abriu a boca para cumprimentá-la, mas logo teve seu pulso preso e arrastado pela pantera.

–Lilly o que...

– Você vai ver!

Ela foi arrastada ao que chamavam de "o centro" da vila, era onde mais haviam lojas e o comércio mais era ativo. Ela se viu diante de uma construção de estatura média, e curiosamente era enfeitada por ramos das mais diversas flores.

Ela olhou para Lilly com uma expressão enigmática assim que se deu conta do que se tratava, a amiga balbuciou palavras mínimas.

– Festa... hoje a noite...

Ela ergueu uma sobrancelha e fitou a pantera, até que disse calmamente

– E eu com isso?

–Nós... hum... ah Soi Fong! Vem com a gente, vai ser divertido, eu prometo!

– Mas Lilly... é uma festa e... eu não vou usar um vestido.

– Por favoooor

– Não

–Mas...

–Não

–E seu eu...

–Não

Lilly suspirou dramaticamente e se atirou no chão como se estivesse ferida, ela pôs a mão no peito e se levantou lentamente semi curvada, seus olhos miravam no chão e quando a encarou ela tinha um olhar pidão.

–Você me machuca com suas palavras... será que não poderia acompanhar sua grande amiga em uma simples festa?

Soi Fong olhou para ela como se sentisse pena, bufou lentamente, até que seus olhos se encontraram, ela parecia se sentir culpada. Um sorriso maldoso se espalhou por sua face, dando contraste ao olhar sarcástico.

–Não

–Maaass..... por favoooorr

–Eu precisaria usar um vestido

– E daí? Você vai gostar, vai ficar ótimo! Só uma chance, vai, por favor!

–Uma chance - disse revirando os olhos

Ela observou sua amiga comemorar a possível vitória e logo a seguiu adentrando no recinto.

Lilly havia separado vários vestidos, mas a maioria deles eram brilhantes ou exibiam mais do que ela estava disposta a mostrar. Ela então foi em sua busca pelo vestido perfeito.

No final da busca conseguira um vestido vermelho sem mangas, ligeiramente semelhante a seu colete, com uma saia que descia rente a cintura e possuía uma enorme fenda de ambos os lados, exibindo totalmente as pernas; para sua sorte ele vinha com um par de calças negras que seguiam a silhueta exata de seu corpo.

Algum tempo depois encontrara outro vestido. Este era de um azul da cor do céu, com longas mangas de um tom notavelmente mais escuro, porém ainda claro; ele possuía um laço para ser amarrado ao pescoço e sustentar sua estrutura,apesar disso cobria o busto perfeitamente; era longo e parecia chegar aos pés, e possuía algo ligeiramente semelhante a um espartilho, em um tom claro de lilás localizado logo abaixo do busto, porém havia uma pequena corda vermelha amarrada junto a ele; assim como havia uma pequena bainha nas mangas também em lilás, que seguiam pelas laterais do vestido, que se olhasse melhor notava-se que não era uma única peça; era um vestido simples com uma "capa", ou robe com longas mangas. Soi Fong finalmente descobrira a função do "quase espartilho", como ela o chamara mentalmente.

A jovem segurou os dois na mesma altura e os avaliou, ele sentira um carinho especial por cada um deles. Era como se um mostrasse sua praticidade e elegância lhe permitindo lutar, e o outro ressaltasse seu lado feminino, sua graça e sensibilidade. Até que se deu conta de algo; era a primeira vez que se sentia em dúvida sobre roupas, também era a primeira vez que comprava vestidos. Ela estava experimentando algo totalmente novo, ela se sentia em um novo momento de sua vida. Seus pensamentos vagavam, até que ela foi tirada de seu transe por um voz contagiada de entusiasmo.

– Eu gostei do dois

– Eu também, mas não sei como escolher

– Simples. Leve os dois.

Antes que ela pudesse intervir, sua amiga já havia cuidado de tudo; a verdade era que ela não queria intervir, mas ela estava satisfeita por comprar os dois.

Logo depois foram para a cachoeira de sempre, a tarde se passou rapidamente, e quando se deram conta já era noite. Lilly imediatamente se prontificou de ajudar a amiga em sua "produção".

Não demoraram a chegar a casa de Xue e correram para o quarto. Assim ressurgiu uma velha questão: Que vestido usar?

Soi Fong tinha uma certa confusão em sua mente, pela primeira vez se sentia indecisa, e no caso sua indecisão se dava por não sabe que roupa usar.

"Que ironia..." - pensou enquanto fazia uma careta

– Sem querer apressar... mas temos pouco tempo...

– Usando minhas frases?

– Nham... com tempo a gente acostuma

A tigresa sorriu internamente lembrando-se das expressões que sempre usava com Lilly e de como ela sempre reagia.

Até que algo atingiu sua mente. Mais cedo na loja ela havia dito a si mesma o que representava cada vestido, se aqui ela mostrava mais de si e até mesmo de seus sentimentos, por que não usar algo que representasse isso?

– Lilly

–Hã?

–Já sei o que vou vestir. Espere aqui.

Ela agarrou o vestido e adentrou em um quarto mal iluminado. O vestiu com tamanha facilidade e parou brevemente para avaliar a si mesma ao espelho. Ela teve uma pequena surpresa. O vestido lhe servia muito bem, de certa forma os tons de azul lhe caiam perfeitamente bem, não ameaçando se comparar ao pelo. Olhou mais de perto, seu corpo parecia mais longo e o vestido dava devido contraste a seus traços femininos; ela pensou que talvez fossem os exercícios que andava praticando, mas não se preocupou com o motivo, de qualquer forma quando se olhava ela enxergava algo que secretamente sempre quis poder ver: Estava feliz; sem trajes de kung fu, sem vergonha de ser julgada, sem motivos para não sorrir, apesar de naão estar muito acostumada.

Quando passou pela porta a amiga também ja se encontrava vestida, ela usava um kimono simples em dois diferentes tons de rosa.

–Uau... nossa pra quem não...

– Eu sei.

–Humpf. Como você sabia o que eu ia dizer?

– Você está definitivamente imitando minhas falas

–Ei! Eu só falei... normalmente

– Claro que sim... -disse ironicamente

– Mal posso esperar pra ver a cara do Mitch - Lilly deu uma "risadinha" nada discreta

–Oh, sim... mal posso esperar pra ver a cara do Liang e o jeito que você vai babar...

–Eu não babo

– Imagine

–Quando foi que eu babei?

–Hum... preciso pensar... foram tantas vezes...

–Ei!

– Teve aquela na cachoeira quando eles iam embora e você o espionou enquanto ele tirava a camisa...

O comentário fez a pantera corar profundamente, de forma que nem mesmo a pelagem era capaz de esconder a vermelhidão.

– Assim também não vale... se você visse também ia babar

– Então você assume?

–Eu... eh! Não!

Soi Fong deu um risinho mal, e decidiu acabar logo com a brincadeira antes que se passasse ainda mais tempo do que já se passara.

– Só pra constar: Eu não ia babar, e precisamos nos apressar. Vamos.

– Ah sim... você babaria apenas pelo seu panda adorá...

– Vamos! - a tigresa disse em tom alto e feroz com seu famoso "brilho da morte" e logo fez Lilly se calar segurando o riso o quanto podia.

Ambas logo chegaram ao evento e não demoraram a encontrar os amigos. A surpresa por ver Soi Fong em um vestido era imensa e Mitch não desviava o olhar dela, o que a incomodou profundamente. Ela olhou para Lilly e quase foi tomada por um ataque de risos, sua companheira olhava Liang com um sorriso abobado e olhos que pareciam vagar pelo rosto do rapaz, ela logo percebeu outra coisa: Lilly realmente estava babando!

Ela continuou olhando a amiga, até que esta pareceu sair de seu transe e encontrar seu olhar, Soi Fong sorriu ligeiramente e passou a mão por seu próprio queixo tentando transmitir uma mensagem, a pantera franziu o cenho até passar a mão por seu próprio queixo e entender o recado, ela limpou rapidamente olhando para todos os lados para ter certeza de que não era observada, até que ela caminhou até a amiga e murmurou:

–Há quanto tempo isso está acontecendo?

– O que? Bem, sem está falando da baba eu não sei, acabei de perceber...

– Será que ele viu?!

– Pergunte a ele

– É sério?

– O que você acha?

– Acho que não...

– Sua genialidade é impressionante...

A noite passou em uma velocidade espantosa, mas também fora muito divertida; havia boa comida, amigos, música e até mesmo algumas danças da qual Soi Fong participara pela primeira vez.

Todos se despediram e cada um seguiu seu rumo. A tigresa caminhou lentamente em seu trajeto relembrando de todos os belos momentos que vivera minutos atrás. As imagens voltaram a sua mente; Lilly babando, as danças, as conversas , os risos de seus amigos...

Ela estava feliz, realmente feliz, por mais que não fosse boa em demonstrar isso. Ela logo chegou a casa e adormeceu com um sorriso discreto emoldurando sua face.

No dia seguinte:

Mais tarde ela podia dizer que aquele fora o pior despertar de sua vida.

Seu sono era pesado, ela dormia com a mente tranquila se remexendo e até mesmo sorrindo levemente durante o sono, mas tudo isso estava prestes a mudar.

Sua audição começou a captar sons altos, isso fora o bastante para lhe deixar levemente desperta, depois de algum tempo ela voltou a ouvir os barulhos, mas desta vez ela pôde identificar melhor o que eram. Seus olhos rapidamente se abriram na revelação. Eram gritos.

Ela se levantou rapidamente e logo pensou em se vestir, mas chegando ao guarda roupa pôde ver uma figura conhecida que sua mente demorou a reconhecer como mestre Yumie. Ela estava pegando suas roupas e inserindo em uma pequena mochila, e magicamente parecia caber, ela logo se dispôs a falar algo, mas teve um conjunto de roupas atirados sob ela, que ela automaticamente agarrou.

– Mestre o que...

Ela parou de falar assim que percebeu o conjunto que tinha em suas mãos. Eram seus velho trajes, os mesmos que costumava usar enquanto ainda vivia no Palácio de Jade.

–Pra quê isso? E o que esta havendo lá fora?

Yuime terminou rapidamente de guardar as roupas e fechou a mochila, ela olhou para sua aluna com um olhar morto, consumido pela tristeza.

– Vista-se. Vou explicar no caminho.

Ela logo soube da gravidade da situação e se vestiu o mais rápido que pôde, voltando a seu quarto Yumie lhe entregou a mochila.

– Ponha nas costas

Ela obedeceu ansiosa para ter detalhes do que realmente estava acontecendo.

– Olhe... está... estamos sendo atacados, e não temos chance, nós... vamos fugir

–Mas e os outros?

– Soi Fong, minha querida... ninguém ficará para trás, vou evacuar o vilarejo, vou proteger a todos, mas antes vou te tirar daqui.

– O quê? Não. Eu vou ajudar.

– Minha aprendiz... eu te admiro por sua coragem e lealdade, mas precisa saber quando recuar.

–Não... eu não posso deixá-los. Eles são importantes pra mim...

– Eu sei, mas... esse é o seu destino

– O quê?

– Eu tenho algo muito parecido com visões, eu... senti isso durante minha meditação, você já viu essa mochila, você a viu ontem mesmo, eu sabia que algo ruim estava para acontecer, e eu vou garantir a sua segurança...

– Mas...

–Olhe para mim. Eu vou protegê-los com minha vida.

–Mas e você? Eu não quero que você morra, deixe-me ajudar

–Minha querida, confie em mim. Eu sei o que estou fazendo, eu sinto isso.

–Mas... eles vão ficar bem? Minha vó , Lilly, Mitch, Liang, Sanzio...

–Ele vão

–Você também?

–Eu também

–Promete?

–Prometo

–Obrigada

– Eu que preciso lhe agradecer... mas agora precisa se despedir de Xue, ela está esperando

–Ela já sabe?

–Sim. Ela entendeu.

Ela de dirigiu rapidamente a sala e sem pensar duas vezes abraçou sua avó, tentando desesperadamente segurar as lágrimas que ameaçavam cair.

–Vó, eu sei que nunca devo ter dito, mas... eu te amo.Muito.

–Eu também, minha menina... eu tenho muito orgulho de você

Aquelas palavras atingiram algo em seu peito, algo que só aumentou sua vontade de chorar, só aumentou a vontade de continuar abraçando sua avó e nunca deixá-la ir. Ela reconheceu que precisava ser rápida, soltou a idosa e sussurrou baixinho, mas alto o suficiente para que Xue ouvisse.

–Não se preocupe. Tudo vai ficar bem. Você vai ficar bem , eu vou ficar bem, vamos todos ter um final feliz

– Eu confio em você, minha neta... agora vá, eu sei que você precisa fazer isso. Eu te quero em segurança.

–Obrigada, eu vou tentar e... ainda vamos nos reencontrar vovó

– Eu espero que sim querida, até lá

–Até

Ela beijou suavemente sua testa e encontrou Yumie do lado de fora, ambas correram o mais rápido que podiam usando shudo e não demorou até chegarem a caverna em que a loba residia.

–Mestre?

– Sim, querida?

–Eu vou vê-los novamente?

– Eu tenho certeza que sim, mas é necessário que você vá agora, esse é apenas o início de sua jornada. Ainda vai acontecer muito na sua vida, e nós estaremos te esperando.

–Como vou encontrá-los?

–Não precisa se esforçar pra isso?

–O quê?

–Como eu disse... esse é o seu destino, todos ficaremos bem, mas na minha visão você deve ir para um dia retornar

–Como será esse dia?

–Um dia muito feliz

–Você viu todos vivos em sua visão?

–Ela não é clara, eu apenas enxerguei você

– Mas... espere, aonde exatamente estou indo? E por que viemos aqui?

– Você vai... vai voltar ao Palácio de Jade

– Voltar... vai usar magia?

– Sim vou usar meu poder espiritual

– Mas quando você acabar vaie star fraca, seu chi, seu poder espiritual vai estar abalado...

– Eu sou boa nisso, apenas confie em mim.Você confia, certo?

– Com a minha vida.

A loba sorriu, e começou a trabalhar em um círculo. Enquanto preparava o "feitiço" uma voz foi ouvida chamando por um nome bastante familiar.

– Soi Fong!

A jovem tigresa se virou para ver sua adorada amiga correndo em sua direção pronta para um grande abraço, ela abriu os braços e a abraçou de volta.

–Lilly...

– Você precisa ir né?

–Você...

–Eu sei que não nos deixaria... eu entendo que você deve mesmo precisar ir, eu confio em você. Te procurei por toda parte, tive medo que fosse sem falar comigo.

O nó em sua garganta aumentou, ela engoliu em seco sabendo que precisava dizer aquilo

– Lilly... você é minha grande amiga...

– Ei! Pensei que fosse sua melhor amiga!

–Você é - disse ainda a abraçando

Elas se soltaram e ela pôde enxergar as lágrimas da pantera

–Você vai fazer falta sabia?

– Você também vai...

–Nós... vamos nos ver novamente?

–Sim

–Tem certeza?

– Mestre Yumie disse que eu vou retornar, ela viu em uma visão

–Isso é ótimo! Mas até lá... bem, eu vou contar os dias!

– Todos vão

–Hein?

–Todos vão fazer falta

Disse por fim deixando finalmente que as lágrimas escorressem por seu rosto, ela andou um pouco a frente e foi capaz de ver o vilarejo em chamas, sendo totalmente destruído com gritos e choro dando fundo a cena catastrófica.

Yumie parecia estar terminando, ela se levantou e anunciou:

–Está pronto

Lentamente surgiu uma coloração estranha no ar, que aos poucos foi se transformando em um portal.

– Soi Fong... quero que saiba que para mim você é muito mais que uma aluna. Na verdade é quase como minha filha

–Mestre Yumie eu...

Ela foi calada com um abraço que não hesitou em retribuir, e disse entre soluços profundos:

–Eu me sinto da mesma forma

Ambas sorriram levemente apesar de todas as lágrimas e sofrimento, Yumie retomou a compostura e retomou sua fala tristemente.

– Agora você precisa ir

Ela assentiu enquanto caminhava em direção ao portal recém-formado, quando estava prestes a adentrar nele, é ouvido um baque. Ela se virou e sua mente foi tomada pela imagem a sua frente. Mestre Yumie lutava ferozmente com um falcão que demonstrava ter grandes habilidades.

–Soi Fong não olhe para trás! Vá! Confie em mim!

–Eu...

–Eu vou ficar bem! Vá, por favor!

Ela permitiu que sua última lágrima caísse antes de entrar relutante no portal e o sentir se fechar atrás dela.

Yumie se desvencilhou do falcão, mas não deixou de notar uma segunda presença. Ela se virou e deu de cara com um guaxinim.

–Liu Jen

– Olá Yumie... faz um bom tempo

– Realmente...

– Mas então? Pronta para a morte?

– Eu sou capaz de derrotar vocês dois, até por que sempre foram os mais fracos da equipe.

Yumie grunhiu e sacou sua espada pronta para lutar até o fim.