Emotions: O Segredo da Corrente escrita por Larx Dokimazo


Capítulo 9
Capítulo 8: Uma câmara precisa.


Notas iniciais do capítulo

(:



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Capitulo 8: outra câmara precisa.


No dia seguinte, quem acordou primeiro foi Draco, e estranhamente ainda tinha a corrente nos pulsos. O loiro se vestiu com dificuldade, e acabou acordando a garota que também começou a se vestir.


- Estranho... Nós ainda estamos presos. – falou ela finalmente. – Puxa Draco... Agora estou preocupada... Será mesmo que teremos que nos casar?


- Não, calma... A Minerva não deixaria. – falou ele coçando a cabeça. – Você está incrivelmente linda, sabia?


- Há, até parece. – ela riu. – Meu cabelo está terrível.


Os dois saíram de fininho da sala e caminharam felizes até o salão comunal. De longe viram Harry, Ginny e... Ron.


- Oi... – falou Hermione olhando os amigos. Ron estava visivelmente mal. Na verdade ele mal comia. – E aí? Como vocês estão?


- Como você acha que estamos? – perguntou Harry um tanto sarcástico e claramente rude. – Bem desculpa... A culpa não é sua...


- Tudo bem... – respondeu sentando-se ao lado de Ron que olhava a comida mexia, mas não fazia nada a mais.


- Ron... – chamou Lavender com uma voz melosa. – Por favor, deixe-me falar contigo.


O ruivo levantou-se sem dizer nada e saiu. A loira tentou acompanhar os passos do garoto, mas era difícil. Ele ignorava-a perfeitamente.


- Eu juro que mato esta garota. – falou a garota ruiva.


- Quer ajuda? – perguntou Hermione com ódio na voz.


- Ah, como ela pode fazer isso? – arfou Harry. – Eu... Eu nunca imaginaria que ela pudesse ser tão manipuladora e asquerosa até este ponto. Eu... Vou... Vou falar com Ron. Procurá-lo, é. – e o moreno se levantou beijando a ruiva e indo em direção a onde Ron tinha ido.


A garota olhou para o casal que estava calado. O loiro mordiscava um biscoito e a castanha nem encostava em nada, ela tinha um olhar vago e triste. Quando notou que o loiro e a ruiva os mirava, ruborizou um pouco e pegou um bolinho.


- O que há com vocês? – perguntou ela sem graça.


- Você estava olhando pro nada com mó olho arregalado. – falou Ginny. – Estava meio engraçado. – ela abriu um sorriso.


O loiro não pode deixar de rir.


- Não compreendo... Se vocês já são amigos, por que ainda estão com a corrente? – perguntou a ruiva.


- É, isso é um dilema para nós também. – a castanha pareceu sincera.


- Bom... Eu vou tentar achar meu irmão... Não sei se vocês já sabem, mas ele mandou uma carta para mamãe, avisando que tinha algo muito importante para contar... E agora não sabe como... Bem, ‘descontar’.


– TRÊS SEMANAS DEPOIS -


O clima não mudou muito, porém Ron já estava agindo ‘normal’ com Harry. Ainda podia se ver tristezas nos olhos do ruivo, mas pelo menos havia feito as pazes com o melhor amigo.


- Acho que devemos contar a verdade para todos, admitirmos que somos amigos e assim a corrente se quebrará. – sugeriu a castanha. Eles estavam sentados de baixo daquela mesma árvore de sempre.


- Não... De jeito nenhum. – contestou. – Vamos pensar em outra forma. As aulas já estão acabando... Ah merda.


- E se tentássemos de novo... – falou a castanha com o riso malicioso.


- Tentássemos o quê?


- Ah, seu lesado! – ela riu e ficou meia ruborizada. Ela mordeu os lábios e olhou para os olhos azuis que pareciam tão inocentes não entendendo suas segundas intenções. – As vezes se me pergunto se você se faz de idiota, ou é mesmo?


- Ah, por que está me maltratando? – ele fez beicinho, que fez Hermione rir. – Eu não entendi o que você quis dizer, ué.


- Vou te mostrar então. – ela se jogou em cima do loiro. Ninguém viu, estava de noite e novamente haviam se esquecido do horário. Ela o beijou bem sedutoramente, um beijo que ela nunca havia começado antes.


- Ei! – falou o garoto rindo. – Achei que eu fosse o tarado aqui... Sua louca, aqui não. – ele deu outro beijo nela e pegou sua mão para levantá-la. – Agora vamos. Pro meu quarto... Aonde ninguém vai nos incomodar.


Eles entraram no salão comunal e por sorte ninguém estava lá.


- Draco... Alguém pode entrar, e aí?


- Calma sua boba... – ele riu. Draco entrou no banheiro do salão, e disse umas palavras que Hermione suspeitou que fosse algum feitiço, porém ela nunca ouvirá falar.


- Hm... Digamos que é outra câmara secreta. – falou ele. – Só que é mais ou menos como a sala precisa, sacas? Só eu e Blaise sabemos dela.


- Hm... – a castanha ficou pensando. – Que cara sem noção, esse Slytherin, hein?


A sala não era muito grande, mas era um perfeito quarto.


- E se Blaise entrar? – perguntou a garota.


- Como se estivesse realmente preocupada com isso. – ele foi irônico. – Quer dizer, você não queria fazer isso lá fora? – ele abriu um sorriso enorme e sedutor.


- Mas o que vamos fazer afinal? – ela zombou. – Lá fora eu estava tentando te matar... Oh! Socorro! Um tarado vai me matar!


Ele gargalhou com a atuação satirizada da garota.


- Não quero te matar. – ele mudou o tom da voz. Ficou mais doce. – Apenas te amar. – e pela primeira vez, deu-lhe um beijo finalmente, macio e amoroso. Como nunca havia feito antes.


A garota respondeu ao beijo com seu coração disparado colocando sua mão nos cabelos brancos do loiro.


Ele foi a empurrando delicadamente até estarem deitados na cama. Draco estava meio debruçado em cima, dela. Apoiando-se na cama, para não ficar com todo seu peso em cima da garota.


Eles pararam de se beijar, e se olharam. Os dois sorriram e depois voltaram a se beijar.

Eles estavam prestes a se amar como nunca fizeram antes. Draco principalmente. Todas suas relações sexuais foram por puro prazer, diferente de Hermione que já tivera feito isso com Ron amando.


- Dessa vez é diferente não é? – perguntou a loira olhando ele fixamente abraçando seu pescoço e ele a olhava intensamente.


- Sim. – ele assentiu voltando a beijá-la, e despindo a garota completamente.


Eles estavam totalmente compenetrados naquele frenesi intenso que faziam. Faziam movimento como se tivesse ensaiado. Eles proporcionaram prazer um ao outro como nunca tinham feito antes. Além das incríveis sensações, Draco e Hermione, nunca de fato haviam se amado como naquela noite. Cada beijo, cada toque, cada arfar, cada gemido, havia um intenso amor e uma enorme vontade de demonstrarem aquele afeto um para o outro.


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- E que horas devem ser? – perguntou ela deitada de baixo dos lençóis.


- Não sei... – foi sincero. – Uma 18h talvez.


Eles dois ficaram em silêncios olhando para o teto até que ele olhou para a garota, que quando percebeu ser mirada, também observou e do nada começou a rir.


- Mas o que foi? – perguntou ele com um sorriso no rosto.


- Eu não sei... – ela respondeu quase sem ar e vermelha de tanto rir.


Depois de alguns segundos, quando ela terminou de rir, e eles ficaram calados novamente, o loiro olhou para ela, e disse:


- Eu te amo.


A garota ficou surpresa. Seu coração disparou e seu estomago ficou gelado. Ela na verdade não sabia o que dizer. Ela poderia dizer o que sentia, mas afinal... O que ela sentia?


- Ahr... – foi o único som que ela emitiu.


Ele ficou a observando esperando alguma resposta, sem ser um simplesmente arfado, mas nada foi dito.


- Você não me ama, não é? – ele falou com uma voz tremula, e com ódio em seu peito. Do mesmo jeito que Hermione não sabia o que sentia naquele momento, ele também não. Não sabia se deveria ficar feliz, triste, com raiva, ficar normal. A sua vontade era chorar e bater em tudo.


- Não é isso... É que... – ela suspirou. Tinha um nó em sua garganta, que doía cada vez que ela tentava emitir qualquer som. – Você me pegou de surpresa... Eu... Eu... – ela ficou alguns segundos em silêncios. – Te amo. – terminou.


O loiro, no entanto não sabia se acreditava nela. Ele suspirou e olhou para ela, e a garota notou que havia lágrimas nos olhos do loiro, o que fez seu coração doer, em pensar se talvez houvesse mesmo ferido o loiro.


- Não sei se posso acreditar. – ele foi sincero.


- Mas é verdade. – ela disse por fim. Naquela hora, o nó se desfez de sua garganta. – Você sempre soube que eu amava Ron, mas acho que enfim o esqueci. Draco eu amo você.


A corrente se desfez.


O loiro pôde enfim sentir seu pulso livre. Ele olhou nos olhos da garota, e sem mesmo dizer nenhuma palavra, foi como se tivesse perguntado: ‘será que tínhamos que os amar, para acabar?’


- Pode ser... Isso... – falou ela. – É isso, é claro! Nós tínhamos que nos amar! – ela pareceu um tanto mais feliz.


- Então você me ama? – ele abriu um sorriso e pareceu mais aliviado.


- Sim. – ela respondeu, e depois de alguns segundos eles se beijaram. E depois se amaram novamente.


Depois de mais algumas horas, eles finalmente dormiram, e só acordaram no dia seguinte.


- Draco... Temos que acordar! – ela levantou um pouco assustada. – Nossa! Que horas devem ser? Afinal, em que dia estamos?


- Calma... – ele riu. – Eles nem notaram nossa falta. E se perdemos algumas aulas não tem problemas, só faltam 5 semanas para acabar as aulas...


Ele pareceu bem calmo, mas depois de um longo tempo calados, eles notaram. As aulas estavam acabando. E como ficaria a relação deles?


- Draco... – ela falou. – Pois é... Só falta 5 semanas e...


- A gente? – ele terminou a frase, um tanto arrasado.


- E se nós assumíssemos para todos e...


- Não Hermione. – ele a interrompeu novamente. – Esta possibilidade esta fora de cogitação.


- Então o que você quer? – ela aumentou um pouco o tom da voz, e ficou mais irritada também. – Quer dizer, a sua ideia era namoramos escondidos até os fins das aulas e depois acabar? Só? Quer dizer, você diz que me ama, mas tem vergonha de mim, só porque eu sou sangue sujo?


- Não é isso! – ele estava apreensivo, na verdade não sabia o que dizer. – É que... Minha mãe nunca aceitaria isso... Minha família toda! E o meu futuro estaria totalmente perdido se eu simplesmente largasse isso. O que você quer? Que vivamos juntos, morando em uma casa pequena e com sete filhos? – ele foi sarcástico e sua chacota com a família do amigo da garota a irritou. Os olhos dela se encheram de lágrima.


- Dinheiro não me importa Draco. Apenas amor. – ela foi sincera. – Mas se pra você luxo é em primeiro lugar, pode me esquecer! Eu prefiro mil vezes viver em um lugar no fim do mundo, com uma casa mísera e pequena com sete filhos, mas feliz! Amando meus filhos e marido, tendo que economizar cada nuque, do que ter uma mansão banhada a ouro com um marido das trevas e um filho sem coração! – ela gritou estressada.


Ela começou se vestir com raiva, enquanto Draco estava respirando fundo do outro lado também se vestindo e encontrando palavras certas para usar, e também para se acalmar.


- É isso mesmo que você quer? – ele perguntou finalmente. – Morar num fim de mundo com o Weasley?


- Não necessariamente com o Ron, Malfoy. Mas com alguém que realmente se importe comigo, que realmente me ame. Não tenha vergonha de assumir para todos que me ama, mesmo que fique sem dinheiro algum. Só com amor. – ela respirou fundo e fechou os olhos deixando lágrimas caírem. – Como sai deste lugar?


- Hermione...


- Não. – ela falou chorando. – Foi a sua escolha. Ou nós anunciamos para todos, ou nunca me terá.


- Nós podemos namorar escondidos mesmo depois das aulas acabarem e...


- Não! – ela gritou com a voz fina, e novamente sentia um nó na garganta. – Eu quero uma família Draco! Como é? Quer escondamos nossos futuros filhos, é? A escolha é sua.


Houve um silêncio. Ela esperava ansiosa a resposta do loiro, com uma última esperança, mas depois de algum tempo calados, ele enfim respondeu.


- Sinto muito. – ele também tinha um nó na garganta. – Mas não irei fazer isso. A escolha foi sua.



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Notas finais do capítulo

gostaram? reviews pf, pra eu saber (:



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