01 – Lembranças...

...

Desliguei a televisão com algumas lagrimas em meu rosto e subi rapidamente sem importar com os degraus. Eu poderia cair mais naquele momento nada me importava. Já que tudo que um dia me importou se encontrava perdido.

Joguei-me na cama e suspirei deixando mais lagrimas escaparem. Eu simplesmente as odiava já que elas eram capazes de mostrar a qual fraca eu era.

Eu não deveria me importar, mais sempre foi assim... Sempre foi difícil e agora seria bem mais que difícil, seria impossível.

Suspirei em lagrimas e fechei meus olhos lentamente. Queria que tudo que eu estivesse visto fosse algum erro, mais eu sabia que não era. Por que seria? Ele sempre disse que amava ela, mais eu nunca me importei pensando que aquilo não passará de um amor de fã, mais eu me enganei como sempre.

Olhei uma das fotos ao meu lado e mordi meu lábio inferior com ódio. Ele poderia ter terminado tudo de uma vez, mais não... Ele queria me ver sofrer e era exatamente assim que eu me encontrava.

Levantei - me da cama e fui à direção ao banheiro do mesmo. Olhei-me ao espelho e sorri cinicamente ele havia conseguido acabar com minha felicidade e com o meu sorriso. E só em pensar que um dia ele já foi motivo de todos eles me dá uma imensa vontade de fazer uma coisa que eu não fazia á muito tempo. Há muito tempo mesmo, mais ou menos ó tempo em que eu conheci e me apaixonei. O pior dia da minha vida que eu encarava com o melhor, mais agora não é mais... Maldito dia.

Abri o armário e o fitei o pequeno objeto á minha frente. Há muito tempo que eu não encarava o mesmo com ó mesmo ‘ar’ de desespero como agora, o mesmo ‘ar ‘que me transmitia tristeza e magoas que foram rasgadas pelo passado, mais hoje eu faço questão de lembrar. Mágoas que o tempo faz questão de rasgar e que hoje eu lembro graças á ele. È Justin, obrigado mais uma vez.

Peguei – o mesmo objeto e mordi meu lábio inferior. Por um momento tentei – me revidar com á mesma desculpa de que era algum erro, algum mal entendido, mais eu fiz questão de esquece – lãs. Eu precisava daquilo, mais do que tudo algum dia eu precisei. Aquilo era eu... Aquilo me pertencia mesmo sendo parte da minha tristeza.

[...]

Eu olhei timidamente enquanto uma mecha caia sobre meu rosto fazendo ó mesmo sorrir de leve. Era simplesmente incrível á maneira que ele me fazia sentir. Fazia-me sentir á garota mais perfeita do mundo apenas com um toque, com um beijo. Ele era simplesmente perfeito, não apenas pela sua semelhança de anjo ou seu jeito de falar e sim por fazer de tudo para fazer ás pessoas se sentirem feliz, para ver - lãs sorrir.

– Hey, shawty– Ele chamou minha atenção. Sua voz era simplesmente incrível. Era serena e simplesmente encantadora. Ela era musicas para meu ouvido. – No que esta pensando? – Ele perguntou sorrindo o que me fez sorrir de leve. Era incrível sua capacidade de me fazer sorrir apenas com o seu sorriso.

– Em nada. – Falei fazendo o mesmo sorrir de leve.

– Sabia que você tem lindos olhos? – Ele me encarou e sua expressão dessa vez foi seria. Não era uma piada ou algo do tipo mesmo que parecesse. Sentia algo formigar sobre minha bochecha e sorri sem graça. Eu realmente não sabia o que falar já que era á primeira vez que algum garoto havia me falado isso. Não falei nada e ele apenas me observou por alguns minutos em seguida deu um leve sorriso como sempre. - Você é perfeita. – Ele falou e mais uma vez sorri sem graça. Eu não havia palavras para aquilo. Simplesmente não tinha.

O silencio dominou o local. Ele não falou mais nada apenas se aproximou ao ponto de poder sentir sua respiração ofegante. Ele foi se aproximando cada vez mais até chegar o ponto de selar seus lábios ao meu. Foi apenas um selinho, mais ó suficiente para minha alegria permanecer á meses.

– Por que fez isso? - Perguntei afinal de contas eu me encontrava confusa em relação aos seus sentimentos por mim.

– Não sei. Apenas meu coração é capaz de responder isso. – Ele confessou e o encarei sem graça enquanto o mesmo continuava com á expressão seria anterior. Sorri de leve tentando quebrar á tensão fazendo o mesmo me acompanhar sorrindo.

[...]

– Por que fez isso? - Ele me fitou com seus olhos cor de mel enquanto olhava para meu braço, cheio de cortes. Ele tinha uma expressão seria e parecia se preocupar.

– Eu não... Sei. – Mordi meu lábio inferior deixando umas lagrimas rolarem. Eu sabia que eu não havia feito aquilo por nada, mais á ultima coisa que eu queria era explicar e envolver ó mesmo em um problema que me pertencia.

– Eu sei que você não fez isso por nada. – Ele me encarou mais uma vez serio, eu simplesmente não falei mais nada apenas fitei o chão culpada. – Tudo bem, eu sei que você não vai contar. Mais eu quero que você saiba que quando você se machucar não vai estar apenas se machucando. – Ele me disse e eu o – encarei confusa. – mais vai estar machucando também á mim. – Ele disse eu senti uma lagrima rolar sobre meu rosto. Eu havia machucado alguém mais uma vez.

[...]

Eu simplesmente deveria parar, mais não fazia sentido. Não mais. Não depois do que eu passei. Eu deveria parar sabe? Olhar para trás, mais tudo que eu sentia era ódio. Ódio de mim mesmo por acreditar em suas promessas e ódio dele mesmo. Então se eu também o – machucava quando fazia aquilo. Iria fazer novamente. Iria expressar minha dor, não por palavras e sim por gestos que eu considerava único. Iria mostrar realmente o que eu sentia quando via uma foto sua com sua mais “nova namorada” , ira mostrar e isso iria o atingir ou talvez não, mais eu torcia para que o ferisse bem mais do que á mim mesma.

Agora seria á hora. Peguei o gilete e passei fortemente próxima á minha veia e em questão de segundos já podia sentir á dor e os sangues escorrerem do meu braço. Ardia. Mais aquilo não importava.

Peguei o mesmo mais uma vez e fitei minha perna. Ela seria á próxima. Mordi meu lábio inferior e em questão de segundos passei á mesma sobre o local. Gemi de dor já que havia passado á mesma muito forte e havia cortado muito fundo, mais ignorei como era de se esperar e voltei a passar sobre á outra perna.

Tudo que eu sentia era dor, uma dor profunda, mais não tão profunda como á dor do meu coração.

Assim que acabei derramei mais lagrimas. Não era lagrimas de arrependimento e sim lagrimas por ser tão fraca.

Continua?