Titanomaquia, A Queda Dos Titãs escrita por Gusnicols


Capítulo 22
O Castigo de Prometeu


Notas iniciais do capítulo

Ártemis



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-Joguem no Tártaro - Urrou Ares em um ataque de fúria, os olimpianos o encararam brevemente.

Era tarde, Ártemis sentia seu poder no auge, todos os olimpianos estavam ali.A maioria trazia uma mistura de roupão, pijama e armadura.Zeus tinha uma expressão de fúria total de dar medo até nós mais corajosos, todos traziam essa expressão com exeção dela, de Héstia, de Atena e Apolo, que so queriam ir descansar.

-Como ele ousa? - Berrou Hera, seus olhos ardiam de raiva.

-Insolente! - Gritou Démeter em coro aos deuses.

-Silêncio! - Falou Zeus, sem levantar a voz, e isso foi o suficiente para o salão cair no silêncio da noite - Prometeu, os Olimpianos foram gentis com você, e nos retribui com mais traição.

-Eu não trai ninguem! - Respondeu o titã, estava esfarrapada e com o icor dourado pingando no chão saindo de diversas feridas e hematomas - Eu apenas tirei um pouco da chama que o olimpio tem em abundâncio e dei a uma raça sem nem um pouco deste conhecimento!

-A sua raça, quer dizer - Falou em desapontamento Hermes.

-Eu vi o futuro, o meus deuses! - Berrou Prometeu em tom profetico - Os mortais serão essenciais para o futuro dos deuses!

-Formigas? Essenciais a nós? - Riu Ares em alto som.

-Sim! - Respondeu Prometeu ignorando a ironia do deus da guerra - Eu vi! Deuses e titãs irão conspirar contra o Olimpio e apenas os filhos de deuses com mortais poderá vencer eles!

-Oque? - Gritou Hera, ela parecia ofendida -  Sugere que nós, os senhores da quinta era, fodermos com mortais? Eu mudo minha sentença, voto em joga-lo em um caldeirão de oléo quente!

-Realmente! - Concordaram vários deuses.

-Chega desse blablabla - Falou Zeus - Quem vota na condenação de Prometeu, levante a mão!

Quase que simultaneamente, todas as mãos olimpianas se ergueram, menos uma...Héstia se mantinha parada.

-Irmã? - Perguntou Poseidon - Porque ficas do lado deste traidor?

-Porque ele diz a verdade - Héstia respondeu com um rosto sério - Eu prevejo uma grande guerra vindo, do tamanho da guerra contra os titãs e ainda mais perigosa, neste momento nossos inimigos estão em um lugar do reino de Hades planejando nossa ruina.Apenas os mortais poderão nos salvar.

-Oque disse? - Perguntou Hefesto, frio.

-Eu fiz um juramento, junto com Atena e Ártemis, por isso me sinto impedida de contribuir com filhos, Hera é a deusa do casamento portanto não deve trair, mais os outros - Respondeu Héstia com um sorriso - Não vejam isso como um dever, alguns mortais encantaram vocês a ponta de deseja-los, assim irá nascer os filhos dos deuses/mortais.

-Isso é impossivel! A maioria é casada aqui! - Falou Zeus em voz autoritaria.

-Como se tivesse ligado alguma vez para seus futuros votos, irmão - Refletiu Héstia sorrindo - A barriga de Démeter é a prova.

Ártemis abriu a boca para falar, mais nenhum som conseguiu irromper desta, Héstia é os ouvidos e os olhos do Olimpio e do mundo, lembrou a si mesma É claro! Os aposentos de Zeus tem uma lareira, como todas as casas do vilareijo!

Um momento de silêncio se seguiu a catastrofé.Atena saltou de seu trono com a adaga dourada em punhos a tempo de impedir o punhal de Hera que descia na direção da barriga de Démeter, em um movimento saquei meu arco e engatei uma flecha de prata, vi Apolo imitar o movimento.

Ares urrou e sacou a espada em um furioso movimento, Hermes e Poseidon se colocaram no caminho do deus da guerra e da briga, Hefesto soltou uma gargalhada de prazer enquanto Zeus não fazia um movimento.

-Vadia Rameira! - Gritou Hera, seus olhos ficaram completamente dourados e uma aura de luz dourada envolveu a deusa.

-Acalme-se! Se recomp... - Gritou Atena, que ao baixar a guarda levou um soco de Hera, que ja tinha a armadura dourada sobre o corpo, o impacto da pesada armadura na seda e pele da deusa a jogou para o outro lado do salão.

Enquanto isso a luta se desdobrava no lado masculino do salão, Ares tinha uma aura vermelha sobre o corpo e se movia a uma velocidade assustadora.Poseidon sem água por perto dependia apenas da habilidade com o tridente, Hermes que não estava preparado para a batalha era sustentado pelas duas cobras que procuravam uma abertura na armadura completa do deus.

-Fracotes imbecis! - Gritava Ares desferindo golpe atrás de golpe, o tridente do deus do mar foi tirado de suas mãos em um golpe esperto de Ares - Vou matar vocês e urinar nos seus crânios mortos!

-Ah, vai pro tártaro! - Resmungou Hefesto em um movimento jogando seu martelo de bronze celestial em chamas no deus da guerra, que pego de surpresa sentiu o  golpe atingir as costelas.

Ares perdeu o folego e cuspiu icor dourado, oque deu a chance de Poseidon pegar seu tridente e cravar na cocha esquerda de Ares, as cobras de Hermes deram o bote bem na axila na cintura desprotegida do deus, seus dentes de bronze celestial envenenado rasgaram a carne do deus.

-Argh! - Berrou ele cambaleando para trás, ainda lutando.

No lado feminino, Hera havia invocado uma orda de Harpias que duelavam contra as deusas.

Atena estava enfurecida por ter sido derrubada e respondia isso, agora com armadura ja posta a deusa pairava sobre a cena, com centenas de corujas douradas com um tipo de armadura, suas servas que duelavam frente as Harpias.

Héstia que ao ser atacada por um grupo de Harpias ousadas, saltou para dentro das chamas douradas que explodiram a presença  da deusa e as chamas sairam como tentaculos queimando Harpias em grande niveis.

Démeter continuava sentada, e quem a defendia era Afrodite  que havia se esgueirado para defender a deusa da agricultura, ela adorava defender uma causa de amor.

Ártemis saltou para a batalha, parecia que todos tinham ordas de servos, estava na hora dela tentar novos poderes.

-A todas as donzelas leais a mim! - Berrou Ártemis - Sirvam-me! Venham para a luta e serão recompensadas!

Raios da luz da lua entraram no salão, a principio parecia um monte de luz prateada, até tomarem a forma de donzelas.

Lindas donzelas, muitas eram ninfas, mais ainda havia várias mortais criadas por Prometeu, se fossem leais a ela, não importava.

-Minha Senhora - Falou uma donzela se aproximando, tinha cabelos loiros longos e olhos faiscantes azuis - Ouvimos seu chamado! Estamos aqui para lutar a seu nome.

-Que assim seja - Disse, surpresa por ter dado certo.Com um aceno de mão as donzelas estavam equipadas de arcos e flechas e cada uma com sua armadura de arqueiro - Avante Donzelas! Avante Caçadoras de Ártemis! Matem as Harpias!

Uma batalha começou a sangrar pelo Olimpio, Ártemis sacou seu arco e flecha e deu um longo sopro nele, o vilarejo tremeu ao som de guerra, os deuses menores acordaram em um salto pegando suas armas e correndo em direção ao palacio.

-Ártemis! - Berrou Prometeu para mim - Me ajude!

A deusa da lua sem paciencia atirou flechas rapidas na direção das correntes de Prometeu, libertando o titã das correntes.

-Me desculpe, irmã! - Gritou Apolo, por puro reflexo, Ártemis se abaixou a tempo de evitar uma flecha de sol que raspou nos seus cabelos ruivos.

-Traidor! - Gritei soltando a corda de meu arco, Apolo levantou a mão e um raio de sol vindo de sei la onde formou um escudo a sua frente - Criaturas da noite! Venham a meu mando!

-Criaturas do dia! Venham a batalha! - Respondeu o irmão, do chão duas fendas se abriram.De uma delas sairam as criaturas de noite, centenas de lobos, ursos, cachorros selvagens e até ratos, da outra sairam as criaturas de Apolo: Escorpiões, cobras, crocodilos e águias.

-Venha irmãzinha! Quero ver se sabe brincar! - Gritou o deus do sol saltando em sua direção os animais noturnos grandes estavam com problemas dos escorpiões, mais os ratos resolveram isso.De alguma forma, os roedores conseguiam matar escorpiões com seus dentes, e o veneno dos ferrões quase nunca conseguia chegar neles.

Centenas de caçadoras entreram no salão olimpiano disparando centenas de flechas contra os animais de Apolo.

Enquanto isso, o ar estava enfestado de Harpias, Atena parecia exausta enquanto enfrentava deusas menores parteiras que pareciam ter habilidade com facão.Ares ainda lutava, com armaduras vazias ao seu lado enfrentando tritões convocados por Poseidon.

-Puta merda! - Gritou Hermes - Poder maximo pessoal!

Suas cobras abriram suas bocas de um modo impossivel para cobras comuns, cartas de ferro irromperam da boca destas atingindo varias armaduras e Harpias.Hefesto convocava seus servos de metais e espadas que jogava contra os inimigos e Zeus...olhava a cena bebericando um copo de nectar.

-Precisa prestar mais atenção, maninha! - Gritou Apolo, Ártemis viu a flecha dourada vir como um raio em sua direção, viu sua vida diante dos olhos, de repente, um cachorro selvagem gigante saltou em sua frente e levou a flecha no lugar da deusa, atravessando bem sua barriga, entranhas azuis escorreram pela sua barriga e o sangue vermelho começou a jorrar.

-Não! - Berrei pasma, como seu irmão podia ser tão cruel a ponto de fazer isso!

-Isso é culpa sua, maninha - Gritou ele sorrindo - A flecha era para você, não para ele.

-Maldito, eu vou te matar! Por Órion! - Gritei em fúria, invoquei todo o meu poder ilimitado que provinha da lua - A maior das caçadas! Tempestade das Flechas da Lua!

Os raios prateados vindos da luz da lua pararam e começaram a tomar uma força liquida borbulhante, e quase que no mesmo segundo tornaram-se uma forma solida de flechas prateadas.

-Morra! Irmão, morra! - Berrei em fúria, centenas de flechas choveram em velocidade maxima sobre o exercito de Apolo, o proprio deus foi atravessado por dezenas, toda o seu ser foi reduzido a pó enquanto seu exercito era destruido pelas flechas prateadas.

Com um salto para frente, me ajoelhei sobre o cachorro morto, para minha surpresa, ele ainda respirava.

-Meu leal servo - Sussurei, com lagrimas prateadas escorrendo pela minha face.

-Minha senhora - Ele rosnou - Obrigado por me dar a dadiva de servi-la, por favor tire a minha dor.

-Você me serviu bem, nobre ser - Murmurei em seus ouvidos, ele gania de dor - Gerações de deuses e mortais olharam pro ceu noturno e verão sua imagem e vão lembrar como foi sua coragem.

Em um movimento larguei o arco e coloquei minha mão esquerda sobre o rosto do cachorro, o corpo do ser tremeluziu em luz prateada e explodiu em pó subindo até o alto do ceu.

La, as estrelas livres dançaram formando a linda imagem de um cão, o leal servo viveria para sempre, como a constelação do Cão Maior.

-Cuidado, Ártemis! - Berrou uma voz fina vindo a sua esquerda, a deusa conseguiu se virar para trás a tempo de ver uma Harpia que descia na sua direção com a espada em riste.

  Uma flecha de madeira e aço atravessou o pescoço do ser monstruoso, que explodiu em pó cinza e dourado, mais alguns segundos e teria sido sua derrota.

-Quem?... - Me virei a tempo de ver meu savador, o centauro trotou em minha direção, seu rosto me lembrava o de Cronos, não sabia porque.

-Meu nome é Quiron - Disse o centauro timidamente.

-Quiron, você me salvou - Falei encarando-o profundamente.

-Ah, não foi nada, sabe...Foi reflexo... - Ele falou corando.

-Centauro Quiron, eu me sinto obrigada a recompensa-lo - Acenando minha mão, arco do centauro mudou, era um lindo arco de bronze celestial com flechas de salgueiro e bronze celestial, no lugar do roupão do homem-cavalo, apareceu uma armadura de ouro de arqueiros.

-Ah! Obrigado - Disse ele maravilhado olhando para si mesmo.

-Não foi nada, agora, temos uma batalha a vencer!

Não havia muito a se fazer, parecia que a única maneira que as Harpias conseguiam voltar, é porque Tânatos estava liberando-as la embaixo, graça aos deuses, Hypnos foi até la e fechou as portas deixando todo o exercito de Harpias aniquilado.

Atena se sentava no seu trono, com suas corujas se banqueteando com  os restos de monstros e animais.Hefesto e Poseidon riam como se tivessem contando uma piada, sobre a armadura de Ares, Hermes estava com ferimentos sendo cuidado por Héstia.

Démeter estava chorando, sendo consolada por Afrodite e Zeus, e vários deuses menores estavam rindo, chorando ou lutando pelo salão.

-Prevejo que Hera vai voltar com uma TPM dos diabos - Falou Atena limpando a espada suja de sangue e icor.

-Eu cuido da minha esposa - Disse Zeus em bom som.

Antes de qualquer palavra ser dita, uma coruja gigante entrou pelo salão segurando Prometeu que se debatia.

-Minha senhora! - Gritou a coruja para Atena - Achei esse titã se esgueirando para fora do Olimpio.

-Ah sim - Falou a deusa da guerra - Obrigado, Low, Deixe-o de frente a Zeus, por favor.

Prometeu caiu aos pés de Zeus, ofegando e sangrando icor, Zeus sem demonstrar expressão chutou o rosto do deus caido que foi impulsionado para trás e se levantou.

-Traidor e fugitivo, eu no começo ia te dar a chance de ser trancafiado no Tártaro com seus amiguinhos, mais pensando melhor - Disse este sorrindo - Eu condenarei você a ficar amarrado para sempre em uma pedra, até que sangue do meu sangue vá te libertar, a cada dia você tera suas entranhas arrancadas e comidas, e a cada dia elas irão se recuperar para serem comidas denovo.

-Não por favor! - Berrou Prometeu, que foi pegado por duas corujas, uma em cada ombro e foi arrastado para fora do salão, suas últimas palavras foram:

- Cuidado com Gaia e Tártaro!


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Notas finais do capítulo

Ui, cansei de escrever, meu olha ta ardendo...
Ainda tem mais um capitulo e uma historia.



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