As provas estavam chegando e há essa hora valia tudo.

Kimi: Que porra é essa?!

Hotaru: Um chapéu pirâmide, para ajudar a organizar os pensamentos.

Kimi: Nossa, isso adianta muito. – revira os olhos

Mizuki: Sayu-chan, por que está fazendo ioga?

Sayuri: Ouvi dizer que fazer ioga ajuda a relaxar e manter a mente aberta.

Mizuki: Mas precisa equilibrar um livro na cabeça?

Sayuri: Para ver se o conteúdo entra por osmose.

Miki e Kimi: *capotam*

Sunako: O jeito é achar uma magia que ajude a decorar os livros. – procurando a tal magia

Kimi: Depois eu que sou a estranha.

Rika: Gosto horrível! – comendo salada

Miki: Por que está comendo salada? Você odeia isso!

Rika: É que uma boa alimentação faz o cérebro funcionar melhor.

Miki: E faz o estômago sofrer.

Harumi: Akemi-chan, o que é isso?

Akemi: Uma fita vermelha amarrada no dedo para dar sorte.

Miki e Kimi: *capotam* Só tem louco aqui!

Yuki: Vamos para a biblioteca estudar?

Kimi, Miki, Harumi e Mizuki: Sim.

As cinco vão para a biblioteca enquanto as outras cinco continuam com suas maluquices para ajudar nas provas.

Miki: Ah! – bate com a cabeça no livro em cima da mesa – A matemática é tão problemática!

Harumi: Só é um pouco chata, mas depois se acostuma.

Miki: Também você tira 10 em tudo. Queria ser tão esperta assim.

Kimi: Quem disse que esperteza está nesses livros?

Yumi: Como foi que o laboratório fechou?!

Mizuki: Ouviram isso?

Yuki: Sim, é Yumi-san.

Kimi: Shhhii! Fiquem quietas.

Infelizmente para os ninjas, eles estavam do outro lado da estante em que se encontrava a mesa das garotas.

Daichi: Mas Yumi, não podemos fazer nada! Mesmo que coletemos o DNA dos suspeitos de novo, não temos o DNA da Akatsuki para comparar.

Yumaru: Seja lá quem invadiu a mansão, sabia muito bem o que estava procurando. (ou não sabia e improvisou)

Aiko: Infelizmente não deixou pistas. Agora temos que ver o que faremos.

Eles saem da biblioteca sem ter cuidado algum de que alguém tenha ouvido.

Yuki: Estou com uma sensação ruim.

Harumi: Eu também.

Mizuki: Somos três.

Kimi: Isso não está me cheirando bem.

Miki: Temos que falar com as outras.

Foi o que fizeram. Ninguém estava com pressentimento bom sobre isso. Depois da escola cada uma rumou para sua casa.

Harumi morava em uma mansão com sua tia. Sua mãe tinha morrido no parto por razões desconhecidas, desde então foi criada pela tia cheia da grana. A tia dela era uma mulher muito bonita e se dava muito bem com a sobrinha.

Harumi: Tia, cheguei.

Sanai: Harumi, o que houve? Está me parecendo preocupada.

Harumi: Tia, preciso conversar com você sobre uma coisa muito importante. Por favor, não me esconda nada, é um assunto de vida ou morte.

Sanai: O que aconteceu?

Harumi: Você conheceu o meu pai?

Sanai ficou espantada. Não queria que ela soubesse do pai, ainda era cedo.

Sanai: Isso não é assunto para agora, Harumi. Falarei quando for a hora.

Harumi: Eu sei quem é o meu pai.

Sanai: Sabe?! *surpresa*

Harumi: Tia, aconteceram várias coisas em algumas semanas. Estou com medo, mas não sei exatamente do que. Eu preciso saber quem realmente meu pai era, o que realmente fazia a Akatsuki e como era no mundo ninja.

Sanai: Como sabe disso tudo?!

Harumi: Tudo começou quando uns garotos novos entraram na minha turma, depois Sunako-chan e Kimi-chan descobriram que eram ninjas e que eles tinham coletado nosso DNA e feito exames e tinham uma pasta sobre essa organização.

Sanai: Ah não! Isso é muito ruim! Ainda tem os exames.

Harumi: Kimi-chan se livrou dos exames negativos e das pastas, mas os conteúdos delas foram escondidos.

Harumi explicou tudo o que tinha acontecido nas últimas semanas. Sanai ficou com aquela cara típica de quem tinha visto um fantasma.

Sanai: Harumi, você e suas amigas estão correndo grande perigo. Fique longe desses ninjas e tome muito cuidado. Mesmo que vocês não se pareçam com eles, alguns traços podem denunciá-las.

Harumi: Que traços?

Sanai: Preciso ter acesso à esses documentos e prepará-las para o pior.

Harumi: O pior?

Sanai: Eu já fui ninja e sei o que fazer. Harumi, seu pai não era tão ruim como muitos pensavam. Eu pensava o mesmo no começo e a gente não se dava bem. Sua mãe era quem apartava nossas brigas.

Harumi: Minha mãe?

Sanai: Sua mãe o amava, mas tive que trazê-la para Tókio quando descobri que ela estava grávida. Não os separei por maldade, mas precisava fazer isso. Se os outros ninjas soubessem que um akatsuki teria um filho, eles iriam atrás da mãe e da criança.

Harumi: Mas por quê?! Que mal uma criança não nascida pode fazer?!

Sanai: Os ninjas temiam que os descendentes pudessem ser criados para matá-los e derrubar seus governos, pelo visto têm medo disso até hoje ou não as estariam procurando.

Harumi: Tia, se você era ninja, eles não sentem sua falta?

Sanai: Sou mais esperta do que aquele bando de trogloditas pensa. Eu forjei a minha morte com ajuda do seu pai. A gente brigava, mas ele aceitou pela sua segurança e a da sua mãe. Alguém tinha que cuidar de vocês.

Harumi: E depois?

Sanai: Construí uma vida aqui. O seu pai morreu e sua mãe entrou em depressão. Eu lembro bem disso porque tinha que ficar de olho nela para que não fizesse nenhuma loucura. Depois você nasceu e sua mãe já não tinha mais vontade de viver.

A tia da garota suspirou e continuou.

Sanai: Amanhã quero você e suas amigas aqui em casa depois da aula. Está na hora de aprenderem a se defender desses loucos.

Yuki tinha chegado ao pequeno apartamento em que ela e a mãe moravam. Assim como Harumi, ela estava com medo. Esperou até a mãe chegar do trabalho para que pudesse conversar. Quando sua mãe chega, desaba na cadeira da cozinha.

Yuki: Mãe, tem um minuto?

Ururu: Sim.

Yuki: Mãe, aconteceram coisas na escola...

Ururu: Não me diga que te machucaram!

Yuki: Não. Não foi isso.

Ururu: Ufa.

Yuki: Eu descobri quem é o meu pai.

Ururu: O QUE?! – cai da cadeira

Yuki: Não é só isso. Descobri que tenho uma meio-irmã e ela está na minha sala.

Ururu: O QUE?! – a beira de um colapso

Yuki: E que meus novos colegas são ninjas que coletaram nosso DNA e tiraram cópias das nossas fichas escolares.

Ururu: O QUE?! – explode

Yuki conta tudo para a mãe, que fica pasma.

Yuki: Estou com medo. Tenho a impressão de que alguma coisa ruim está para acontecer.

Ururu: Yuki, não deixe que esses ninjas desconfiem que vocês são filhas dos akatsukis nem por um segundo, principalmente aquele que tem Hyuuga no sobrenome. Ele é seu primo.

Yuki: Meu primo?!

Ururu: Sim, de sei lá quantos graus. Eu pertencia à parte quaternária do Hyuuga, um clã ninja muito poderoso.

Ururu começa a explicar a sua filha sobre o mundo ninja, o clã e o Byakugan.