Kimi Ga Ita Scene escrita por Sanyan


Capítulo 1
Oneshot


Notas iniciais do capítulo

Acho que o que escrevi aqui não ficou totalmente nonsense. Acho =A= A música de Sakura Card Captors me relacionou um tanto eles, então algumas coisas surgiram na minha cabeça e tive que usar.
Anyway, dedico essa fic à Amandy e ao Renan. O Renan por ter em jogado nesse ship e me feito amá-lo e a Amandy por ser o OTP dela e ter sempre me lembrado de escrever o
Boa leitura~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/225161/chapter/1

Eu não sei como é se eterna...

É fácil, você não pode morrer, é invencível nas batalhas, e vai acumular mais conhecimento do que qualquer pessoa do planeta.

Mas... As pessoas que eu amo vão morrer...

Um suspiro pesado e um sorriso de semblante triste.

Eu não vou, sou imortal. Mas não posso ficar ao lado por hora – agora o semblante triste daquele sorriso fazia sentido.

Mas por quê?!

É muito difícil explicar.

Ele pareceu sentir vontade de pousar a mão sobre a cabeça da garota, confortá-la e dizer que tudo ficaria bem. Mas não o fez. Apenas deu-lhe as costas e começou a caminhar. Seus cabelos pretos desarrumados eram movidos pelo vento. De súbito, parou, e então voltou-se. Abriu a boca para dizer algo, mas as palavras não pareciam ganhar forma. Estavam presas em sua garganta, impossíveis de saírem.

Espere! – A garota gritou. Viu-o parar. – Eu... Eu...

Eu quero estar com você para sempre” Era o que ela queria dizer. Mas mudou de ideia. Talvez não fosse a melhor hora para admitir seus sentimentos. Engoliu as próprias frases e abraçou-se de cabeça baixa, segurando as lágrimas que tentavam a todo custo escapulir.

O outro ainda chegou a esperar por um momento, mas cansou-se, e com um suspiro recomeçou a andar.

A garota ainda permaneceu na mesma posição por um tempo. Mas então se levantou determinada. Ao longe ainda viu a sombra daquele que amava se distanciando cada vez mais. Então respirou fundo e tomou a direção contrária.

-x-

Mari Ming Onette abriu os olhos com rapidez e, em uma velocidade ainda maior, sentou-se na cama com a mão sobre o peito. Sentia batidas irregulares. Mas fora apenas um sonho, então por que estava tão exaltada? Olhou a redor lentamente. Ainda estava deitada em sua barraca ao ar livre. Nada mudara.

Buscando regularizar sua respiração, caminhou até o exterior para tomar um pouco de ar. A noite estava bela, pequenas estrelas brilhavam. Observava-as enquanto pensava sobre aquele sonho. Sabia que não era um sonho vazio, haviam memórias ali. Memórias que pareciam bloqueadas em sua mente.

Mas agora ela se lembrava daquele que amava. Mesmo que tivesse apenas uma vaga memória, mesmo que fosse apenas uma lembrança, ela queria acreditar em um reencontro.

Mesmo que ele tivesse mudado durante todos esses anos, ela o aceitaria. Pois ela também havia sofrido mudanças bruscas. Tantas vezes vira a morte e a destruição de frente que as pequenas e banais coisas do mundo a tornaram fria. Talvez não fria, mas já não se encabulava com simples acontecimentos.

A única coisa que a interessava era o conhecimento. Por isso estava sempre com um livro em mãos, com os olhos baixados para as páginas.

Cansada de pensar a respeito daquelas coisas, voltou para a barraca. Pegou um livro próximo e iluminou as páginas com uma fraca luz de vela. Sabia que não dormiria, então seria melhor ocupar sua mente com as palavras daquele livro do que com as memórias do sonho.

-x-

– Sieghart! – ouviu a garota de cabelos rosados muito bem arrumados e cuidados exclamar. Por mais que tivesse uma boa aparência, não podia dizer o mesmo de sua voz. Irritava.

– Mas o que foi agora? – esbravejou o rapaz que deveria ser o tal Sieghart. Diferente da garota, não parecia ter o mínimo de apreço com seu cabelo. Fios pretos desarrumados – alguns dos quais grudavam em sua testa devido o suor. Não apenas seus cabelos eram desarrumados, o resto de corpo – assim como suas roupas – eram iguais. Parecia mesmo um rebelde sem causa.

Os dois eram completamente diferentes, mas estavam trabalhando juntos como uma equipe. Equipe. Aquelas outras garotas e garotos também deviam fazer parte da tal equipe.

Mari apenas lera informações sobre isso, mas nunca realizara na prática. Era uma peregrina solitária, afinal, cuja única ambição era andar ao redor do mundo buscando mais conhecimento. Mas seria sua única ambição? Não tinha mais tanta certeza depois do sonho da noite passada.

Mas qual era mesmo o nome do garoto rebelde? Sieghart? Ouvira bem a rosada chamá-lo assim. Não sabia realmente porque aquele nome lhe parecia familiar. E, olhando melhor, não apenas seu nome, mas sua aparência também parecia já vista. Mas, mesmo assim, não saiu de seu esconderijo para ir de encontro às outras pessoas do local.

Pelo menos não até ouvir as palavras daquela outra garota ruiva, que parecia um tanto quanto impaciente. Ela dissera imortal. E havia se referido ao tal Sieghart.

“– Eu não vou, sou imortal.”, As palavras de seu sonho ecoaram em sua mente.

Simplesmente não poderia ficar sempre escondida, parecia sua única chance de talvez descobrir algo sobre seu passado.

– Você disse imortal? – perguntou em seu tom de voz normal enquanto se aproximava.

A ruiva fez um movimento repentino e empunhou a espada.

– Espere aí, quem é você?!

Mari estava prestes a se explicar, ou pelo menos tentar, já que nem mesmo ela poderia responder àquela pergunta, mas viu que Sieghart colocou-se na frente.

– Calma lá, ruivinha – alertou. A outra bufou de irritação.

E foi então que seus olhos se encontraram. Não em um simples encontro, algo mais do que isso. Por um momento, não precisaram de palavras. Aquele olhar parecia dizer tudo. Mari viu que, assim como ela, Sieghart estava cheio de perguntas. Perguntas que poderia ser difíceis de responder, mas quem disse que deixariam a dificuldade vencer?

Mari sentiu algo bem maior naquele momento. Uma chama em seu interior que parecia adormecida acordar. A chama parecia ter vontade própria, vontade de correr até o rapaz parado à sua frente, abraçá-lo forte e sussurrar seu nome milhares de vezes para ter certeza de que estava mesmo com ele. Mas o simples ato que fez foi esticar a mão. Ao mesmo tempo que Sieghart.

E seus dedos se uniram, e logo estavam de mãos dadas. O aperto era forte, como se um vacilo pudesse separá-los novamente.

Mas nenhum dos dois conseguiu expressar em palavras o que era aquilo. Tratava-se mesmo de memórias adormecidas que os guiava.

É claro que a vida não pode ser formada apenas com memórias, por isso mesmo eles tratariam de escrever a própria história a partir daquele momento.

“Embora meu coração doa da ferida do adeus

Eu agora quero acreditar num novo encontro...”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É, é, foi meio difícil escrever, tive que buscar coisas canon, ler a letra da música várias vezes, e passar muito tempo pensando. Levem isso em conta quando forem tacar pedras em mim ;-;
Eu realmente ainda sou meio noob na história do GC, então caso tenha muito absurdamente errado, não deixe de me falar.
Also planejo escrever outra fic desse casal, uma mais alegrinha que eu até tinha planejado colocar junto dessa, mas ia ficar grande e tals e achei melhor escrever em uma oneshot separada. Also estava escrevendo uma Jin x Amy, que é meu OTP, e vou postar algum dia.
Bom, podem me apedrejar, mas não esqueça o review, okay? ;-;



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Kimi Ga Ita Scene" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.