When Hatred Turns Love escrita por Gwen


Capítulo 10
Confused


Notas iniciais do capítulo

Geeente, muuuuito obrigada pelos reviews, vocês são DEMAIS!!!
Eu falei que ía ter babado, não falei? Aproveitem!!!!



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Percy:

O pior de tudo era que eu não podia simplesmente ir embora. Agora me arrependia amargamente por ter dado aquela festa. Tive que fingir por horas que estava rindo e me divertindo até que todos fossem saíssem. Meus pais tinham saído para um jantar de negócios ou algo do tipo, então a casa era toda minha. Perfeito.

Nem me preocupei com toda a bagunça na sala. Fui direto para a suíte e tomei um banho quente. Isso sempre me acalma. Vesti-me e deitei na cama, com o edredom acima da minha cabeça.

Eu me sentia péssimo. Meu estômago dava voltas e minha cabeça estava a mil. Poderia jurar que estava quase febril. Não podia estra doente, mas me sentia muito mal.

Embora estivesse acabado, não consegui dormi direito. Imagens do que aconteceu no jardim passavam como flashs atrás dos meus olhos e as coisas que Annabeth havia dito se repetiam em alto falantes na minha mente.

Eu estava perdendo a sanidade. Perdendo o controle do meu corpo.

Como eu podia ter feito aquilo? Onde eu estava com a cabeça quando a beijei novamente? Não fora minha culpa. Eu estava completamente extasiado naquele momento. Era como se outra pessoa tomasse conta de mim.

Quando dormi já estava quase amanhecendo. Dormi até a hora do almoço, quando minha mãe foi no meu quarto, já que eu não havia saído de lá.

– Percy, está na hora do almoço, filho – anunciou.

Eu soltei apenas um grunhido de debaixo do edredom, e ela veio até mim.

– O que foi, filho?

Eu levantei minha cabeça. Minha cara devia estra horrível, porque ela soltou um gritinho assustado.

– Percy! Você está bem? – ela perguntou já colocando a mão na minha testa.

– Eu não me sinto bem – respondi.

Ela franziu a testa.

– Você está um pouco quente – minha mãe disse. – Vou trazer seu almoço aqui, viu?

No final, eu mal comi, porque me sentia enjoado. Passei o dia inteiro no meu quarto, com minha mãe vindo de minuto em minuto para ver se eu estava bem.

Com o tempo, o mal estar foi passando, mais ainda assim, á noite, as mesmas coisas vinheram na minha mente: as imagens, as vozes. Já era de madrugada quando consegui dormir.

Na segunda-feira eu já estava bem, mas não consegui ir á aula. Eu estava com medo. É, com medo de ter de explicar aos meus amigos o que aconteceu no jardim, e, principalmente, com medo de encontrar Annabeth. Então fingi que não melhorei.


Annabeth:

Uma verdade: aquela noite não acabou do jeito que eu queria.

Depois do pequeno incidente no jardim, eu simplesmente corri. Corri para longe, sem um caminho certo. Estava cega pelas lágrimas.

Não percebi o quanto tinha ido longe até que a casa sumiu e tudo ficou calmo. Estava frio, e eu só queria ir para casa. Eu havia ido com Thalia para a festa, e não queria voltar para lá. Então eu chamei um taxi e pedi ao motorista para me lavar para casa.

Peguei meu telefone na bolsa e vi que havia mais de dez ligações de Thalia. Liguei para ela.

– Annabeth! Graças a Deus, você está bem? – ela perguntou aliviada.

Antes mesmo que eu pudesse responder, ela já estava me dando uma bronca.

– Onde você estava? Tem idéia do quanto eu fiquei preocupada? Ninguém te viu depois daquela fuga louca na festa! Eu quase...

– Thalia! – eu a interrompi. – Eu estou bem. Estou indo para casa.

– Ah bom, porque eu já estou no caminho daí.

– Hein? Como você sabia?

– Eu te conheço. Sempre que você some, você aparece na sua casa. É verdade.

Não pude deixar de concordar com ela. Thalia me conhece muito bem.

Quando cheguei em casa, ela já estava lá, esperando por mim. Ver sua expressão de preocupação me amoleceu e nós nos abraçamos.

– Droga Annie, não faça isso de novo!

– Me desculpe – murmurei.

Nos separamos e ela segurou meu rosto entre as duas mão e olhou para mim.

– Você estava chorando. – ela falou. – O que aconteceu?

E lá estavam elas de novo. As lágrimas malditas. Thalia me abraçou enquanto eu soluçava em seu ombro.

– Ei, calma.

Tentei falar, mais os soluços me calavam. Passaram alguns minutos até eu me acalmar e poder falar.

– Posso dormir na sua casa hoje, Thalia?

– Claro que pode.

Eu dei um sorrisinho e entrei em casa para pegar umas coisas. Deixei um bilhete para minha mãe. Na casa de Thalia, tentamos fazer o mínimo de barulho possível.

Thalia não me deixou dormir de imediato, então conversamos aos sussurros pela madrugada.

– Então, você vai ou não me contar o que aconteceu?

Bom, eu tentei. Juro que tentei me segurar. Mas as lágrimas jorravam de novo dos meus olhos. Thalia suspirou e me abraçou de novo, repetindo “Tudo bem, tudo bem” para mim.

Essa é a minha amiga: me consolando e me acalmando mesmo sem saber o motivo da tristeza.

Finalmente, entre soluços, consegui falar o que aconteceu. Os fatos jorraram da minha boca como as lágrimas dos meus olhos.

Depois que eu terminei, Thalia ficou calada, me observando. Parecia que estávamos brincando de quem pisca primeiro, porque ela passou um tempo assim.

Ela apenas suspirou e disse:

– Vamos dormir – depois olhou para a minha cara e completou: - Amanhã é um novo dia. Vamos passear. Já sei, shopping!

Fiz uma cara desanimada.

– Shopping, ê – e fomos dormir.

.......................................................................

Thalia realmente tentou me animar no domingo. Fizemos compras, mesmo quando eu não estava a fim. Eu nunca estou a fim de fazer compras.

Eu consegui me esquecer dos meus problemas por algumas horas. E Thalia não mencionou nem por um instante nossa conversa da noite anterior. Nós conversamos e rimos durante a tarde inteira, depois fomos ao cinema.

No fim da tarde, eu estava acabada.

– Ai, eu vou para casa. Meus pés estão me matando. – falei.

– Os meus também – Thalia concordou. – Eu te dou uma carona.

Cheguei em casa, me despedi de Thalia e subi para o meu quarto. Larguei as compras no chão e fui para o banheiro. Tomei um banho morno e me preparei para as aulas do dia seguinte. Fiquei um tempinho no computador, mas logo fui dormir.

Estava com medo de ter a mesma “noite de sono” da noite anterior. Eu havia me virado a noite toda na cama, e mal consegui dormir. Então fui ao banheiro e peguei o meu antialérgico. É claro que eu não precisava dele agora, mas aquele negocinho te derruba por horas. Não devia toma-lo sem precisão, mas teria que ter uma boa noite de sono para assistir as aulas pela manhã. Não queria parecer um zumbi.

Tomei um e fui para a cama. Dormi quase imediatamente.

........................................................................

No outro dia de manhã, acordei ótima. Levantei cedo, tomei um banho frio e me arrumei para o colégio. Era uma manhã de sol, com o céu azul. Mas a quem eu estava tentando enganar? Os fantasmas ainda estavam lá, me seguindo. Não pude esquecer os pesadelos que me acordaram.

Mesmo assim, ergui a cabeça e desci as escadas. Minha mãe estava na cozinha.

– Bom dia mãe – eu disse lhe dando um beijo na bochecha.

– Bom dia filha. Porque todo esse bom humor?

– Nada. Eu...Dormi bem, só isso.

– Aham. Tome seu café.

Eu comi torradas e suco, depois fui para o carro e dirigi para o colégio. Chegando lá, estacionei e fui me encontrar com Thalia na escadaria.

Ela estava sozinha, escrevendo no caderno.

– Oi, oi! – falei, abraçando-a.

– Oi! Para que tanta alegria? – ela falou, rindo.

Eu bufei.

– Por que todo mundo pergunta isso? Eu não posso acordar feliz?

– Claro que pode. É que você nem parece a menina que...

Eu abaixei os olhos e corei. Thalia me conhecia bem demais para cair na minha farsa. Ela sabia que eu não iria mudar tanto em uma noite.

– Ah, desculpe – ela se levantou. – É sempre bom continuar lutando, certo? Vamos para a sala, o sinal já vai bater.

Eu me levantei e nós duas fomos para a sala no momento em que o sinal bateu. Entramos e fomos para nossos lugares de sempre. Todos os outros alunos entraram, e por último o professor. Bem, quase todos os alunos.

Percy não estava lá.

Não sei porque reparei nisso de primeira. Era difícil ele faltar aula. “Ele é um idiota”, tentei convencer a mim mesma. “Pode faltar a aula quando quiser. A vida é dele!”

Então porque eu estava tão ansiosa? Teria que voltar a minha tenção para a aula. Aquilo não era problema meu.

A verdade: não entendi uma palavra do que o professor disse. Ele parecia estar falando hebraico, porque as palavras dele pareciam flutuar na minha frente, sem entrarem na minha cabeça. Porque estava tão avoada?

O pior era que o meu coração estava apertado.

Eu comecei a me preocupar quando percebi que não parava de encarar a porta, esperando ele chegar uma, duas, três aulas atrasado, o coração acelerando sempre que aguem passava pelo lado de fora.

Preocupei-me mais quando notei que ainda esticava o pescoço no refeitório, para vê-lo sentando eu alguma mesa distante. Thalia falava empolgada comigo, e eu só sorria e concordava nos momentos certos, e depois voltava a minha procura.

Claro que ela percebeu.

– Está tudo bem, Annie?

Eu franzi o cenho.

– Claro, tudo ótimo.

– Não parece tudo ótimo.

De novo, eu abaixei os olhos. Ela colocou suas mão sobre as minhas.

– Se você não quer falar, tudo bem. Mas você não me engana – ela falou. Seu olhar me fez pensar que ela já sabia de tudo.

As últimas aulas foram uma tortura. Eu ainda estava preocupada com o fato de estar tão triste e ansiosa. Por Percy. Inacreditável, mas era a verdade que estava na frente dos meus olhos que não largavam a porta.

Já estava desesperada quando as lágrimas de confusão e frustração caíram dos meus olhos enquanto eu dirigia de volta para casa.

Entrei e fui direto para o meu quarto. Joguei minha mochila no chão se sento pesadamente na cama, subindo até os meus travesseiros. Eu não parara de chorar deste quando estava no carro.

Já estava cansada. Queria ir embora. Não fazia sentido, eu estava em casa, mas ainda assim, queria sair correndo. Tinha vontade de gritar. Estava ficando louca.

E tudo por culpa de Percy.


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Notas finais do capítulo

Entããããããão, o que acharam?
p.s.: talvez eu demore um pouco para postar o proximo porque vou começar outra, sobre Jogos Vorazes.