Loneliness escrita por PANDAHO


Capítulo 5
Five


Notas iniciais do capítulo

Sorry a demora :( Eu realmente estava very busy ( vendo hb )
anyway. boa leitura :D



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Manhã de quarta-feira.


Gerard tivera de acordar cedo para a entrevista no Jersey’s Sorrow. De certo modo, estava ansioso, mas ao mesmo tempo, com medo.

Arrumou-se rapidamente, tomou um café e ligou para Frank.

– Hey Frankie!

– Olá, querido! – disse o menor com entusiasmo.

Ah, esse jeito de Frank ser. Mexia com Gerard e fazia com que o mesmo corasse, mesmo estando sozinho.

– Então, já estou saindo de casa, daqui a pouco chegarei ai.

– Tudo bem, vou terminar de examinar alguns relatórios e logo após irei lhe esperar na frente do hospital. Qualquer coisa entre, e me espere na recepção.

– Ok. Vejo-lhe logo.

– Gerard... – Frank disse com tom risonho.

– O que foi pequeno?

Saudades.

Gerard chegara a corar por completo quando ouviu a pessoa que estava pensando há dias, lhe dizer isso.

– Eu também, eu também. – corou novamente.

Então Gerard encerrou a chamada e se preparou para sair de casa.

No meio do caminho, recebeu uma mensagem anônima:

– Me encontre no beco mais próximo ao hospital. Tenho uma novidade para você.

O ruivo estranhou de certa forma, receber uma mensagem anônima, ainda mais para ele fazer o que a mesma mandou.

De qualquer forma, sempre carregava uma faca para proteção. Curioso como sempre foi, desde pequeno, resolveu investigar a situação.

Fora até o lugar marcado com o anônimo, e não avistou ninguém conhecido. A não ser uma criança, virada de costas e mexendo em uma sacola plástica verde, logo depois, virando em sua direção e caminhando com passos rápidos.

– Pediram para que eu lhe entregasse isso, senhor Way. – O menino entregou um pacote estranho para Gerard.

– Quem o mandou fazer isto? – o maior franziu o cenho enquanto questionava a criança.

– Não sei nome, não sei nada sobre ele, só sei que tem uma enorme e horrível cicatriz na mão direita. – respondeu com expressão de nojo. – Mas sei que preciso ir agora, desculpe.

Gerard não entendera nada. Que criança era aquela, e quem a mandou entregar um pacote misterioso para si? Um pacote que continha pequenos tubinhos, com um liquido desconhecido por ele, dentro.

Foi então que avistou um pequeno papel ao fundo do pacote, escrito: “Injete isso em suas veias, e saberá quem sou eu.”

– Só pode ser um louco! - Gerard pensou.

Entrou no carro, jogou o pacote no banco de trás, e partiu para o encontro com Frank.



Chegando lá, avistou Frank sentado no banco em frente ao hospital. Deus, como aquele homem era lindo visto de longe! O maior pensou.

Os dois se cumprimentaram normalmente, e Frank acompanhou Gerard até o local da entrevista.

– Boa sorte, Gee.

– Obrigada, Frankie. – o maior abaixou a cabeça e sorriu.

Durante toda a entrevista, Gerard não deixou de pensar sobre o pacote misterioso, porém, conseguiu expressar toda sua experiência ao questionador.

Ocorreu tudo certo, de acordo como o maior queria.

Ao sair da sala, se deparou com Frank lhe esperando.

– Hey, o que faz aqui? Não deveria estar trabalhando?

– Hoje não tenho nenhuma consulta marcada, então, resolvi ficar aqui lhe esperando. Além disso, é um dia importante para você, de qualquer forma, para mim também. – o menor corou, abaixando a cabeça no momento seguinte.

Gerard sorriu esplendor.

Ao saírem do saguão de entrevistas, entraram em um corredor longo, que dava acesso as escadas e saída para o estacionamento.

Aquele corredor, apesar de ser feito para ser movimentado, não havia muitas pessoas passando por ali. Por esse motivo, e o de que não havia ninguém por perto, Frank se virou para Gerard, o levando até a parede, onde o encostou levemente.

– Gee, eu preciso lhe dizer uma coisa...

– O que foi Frankie? – o olhou com cara de que sabia o que estava prestes a acontecer.

– Eu... – porém, o menor fora interrompido por um barulho vindo das escadas.

Frank logo se afastou de Gerard, e andou um pouco a frente, tentando avistar quem estava ali.

– Frankie? O que faz aqui? Não está atendendo hoje? – Disse um senhor de cabelos grisalhos, provavelmente era o dono do hospital.

– É... Estou, mas não tenho nenhuma consulta marcada, e se alguém tivesse marcado algo, teriam ligado no meu celular para avisar, mas não, não tenho nenhuma chamada.

– Tudo bem, então. Eu preciso ir agora, tenha um bom dia e, seu amigo também – olhou Gerard com desconhecimento no olhar.

Os dois ficaram sozinhos novamente, tendo como resposta o silêncio que ali invadia.

O mesmo foi quebrado, quando Gerard olhou sorrindo para Frank e lhe perguntou:

– Tem algo importante para fazer depois do expediente?

– Não. Ao menos que tenha uma emergência, difícil, pois lido com mentes e não com órgãos ou ferimentos – riu.

– Mas mentes são perigosas, e às vezes, podem fazer com que qualquer parte do corpo pare, ou no caso, aumentem de velocidade. – o maior lhe disse até com um tom perverso.

– O que quer dizer com isso?

– Sério que não entendeu?

– Acho que sim. – Frank corou.



Mais tarde, o expediente de Frank acabara, e o menor ligou para Gerard para avisar que estava indo para lá.

Ao chegar ao prédio em que Gerard morava, o menor parou em frente à portaria, e passou a mão na testa, como se estivesse coçando-a.

– O senhor é Frank Iero? – perguntou John, o porteiro.

– Sim, sou eu. Como sabe meu nome?

– Gerard lhe descreveu, e disse-me seu nome, e quando o senhor chegasse era para deixá-lo entrar.

– Ah. Bom, então posso subir?

– Claro, ele deve estar lhe esperando.

–Obrigado.

Frank subiu até o 3º andar e procurou pelo corredor dois, seguindo a busca pelo apartamento de número 4.

Quando o avistou, no começo do corredor, percebeu que era o único apartamento afastado dos outros, que se juntavam no fim.

Parou em frente à porta, abaixou a cabeça e passou a mão no queixo, dando um leve sorriso e expressão de confuso.

No entanto, tocou a campainha e esperou mais de um minuto, mas ninguém atendeu.




Gerard POV


Eu estava esperando Frank chegar impaciente. É ruim ser curioso, ainda mais que sei o que ele tem a me dizer, ou fazer.

Porém, ele demorou um pouco, e com isso, me veio à cabeça aquele pacote estranho que havia recebido.

Fiquei confuso se devia ou não ver aquilo, ou realmente devia esquecer e jogar fora. Mas não, meu problema*era sério mesmo.

Fui até o estacionamento, abri o carro e peguei o pacote sem muito olhá-lo. Passei pela portaria e disse a John sobre Frank. John trabalha no prédio há anos, então somos muitos amigos de certa forma, e sempre confiei nele, já que sempre tentou me ajudar com meus problemas desde que eu era jovem e vim para o prédio.

Voltei até meu apartamento, o mais afastado de todos. Escolhi morar nele, pois nunca fui social com as pessoas, e sempre gostei de viver sozinho. Não completamente, pois meus problemas nunca me abandonam.

Fui à cozinha e observei o pacote com atenção. Quem poderia ter o mandado? Resolvi abri-lo e terminar com essa dúvida.

Heroína? Quem é o canalha que se atreveu a me mandar a droga a qual já me viciou e quase perdi a vida por causa?

Ninguém sabe deste segredo, a não ser... Exceto John. Mas ele não seria capaz de fazer isso comigo, eu confio nele.

Minha adolescência foi resumida em drogas, por isso me afastei de todos. Meus pais partiram para os Estados Unidos, me deixando sozinho. Meus amigos se afastaram de mim. Resolvi por eu mesmo parar com as drogas, mas esse vício nunca saiu de mim.

Continuo com remédios fortes, bebo e fumo quando saio. Eu não posso acreditar que a pior inimiga que tenho, chegara as minhas mãos novamente.

Meus pensamentos começaram a virar um turbilhão de momentos dos quais nunca me esquecerei. Drogas. Adolescência. Eu não consegui pensar em mais nada, nem em Frank, que estava para chegar a qualquer momento, e me ver naquela situação não seria muito legal.

Eu me sentei na cadeira, e apoiei meus cotovelos na mesma, colocando meu rosto sobre minhas mãos. Eu sabia o efeito da heroína em mim, ela me acalmava, e era tudo que eu estava precisando naquele momento, calma. Porém eu não podia voltar a ser aquela pessoa maldita. Não queria perder as forças justo quando achei que minha vida finalmente mudaria para melhor, mas perdi-as. Eu não me reconheci mais. Peguei os tubos, achei uma seringa e fui para o banheiro.

Lá, já chorando, arregacei as mangas do moletom que estava usando, e preparei a droga. Poucos segundos depois, ouvi a campainha tocar. Oh Deus, era Frank! Até nisso ele me salva. Ele não poderia saber o que estava prestes a acontecer ali, então tratei de pegar todo o conteúdo e colocá-lo no pacote novamente, mas quando olhei para a porta, avistei-o olhando para mim, sem reação.

– F-Frank... Você já chegou – falei enxugando as lágrimas e enrolando o pacote, logo em seguida jogando-o no lixo e chutando-o pra trás do sanitário.

Mas ele não disse nada. Apenas se encarregou de me levantar, e me levar até o quarto, me sentando na cama, como se eu não estivesse em condições de fazer isto.


Gerard POV off.


Quando Frank avistou Gerard naquele estado, não sabia o que dizer, apenas o levou para o quarto.

Sentou ao seu lado, pegou em suas mãos e lhe perguntou:

– Por quê?

– Eu não queria, mas... – o maior se levantou, ficando de costas para Frank.

O menor foi até a ele, virando-o e tocando seu rosto com suavidade. Os olhos de ambos se focalizaram.

– Eu lhe disse que iria te ajudar, e vou. Agora me conte, por que iria fazer aquilo?

O maior apenas abraçou Frank.





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Notas finais do capítulo

Desculpe mesmo qualquer erro asdfghjklç
XO jess.