Apenas O Inalcançável. escrita por SweetShoukanjuu


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ghost!Alfred x Arthur procês~
Eu ~tentei~ fazer um angst, mas não sei se ficou lá essas coisas. É a minha primeirissima fic, então não me julguem por erros muito drásticos, vou conseguir me adaptar ao tempo u.u Vi aquele filme e tava enxergando perfeitamente a Elizabeth como Alfred e o David como Arthur, e quando reparei já tava com tudo montado na mente~ mas quis deixar uma coisa mais violenta, porque eu gosto de uma carnificia de vez em quando e *apanha* espero que não tenham nada contra psicopatas de 13 anos u3u
Enfim, parando de escrever coisas inúteis ~que provavelmente ninguém vai ler~. Boa leitura, espero que gostem owo



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Como sempre, estava sendo um dia tedioso. Faz quanto tempo que eu não saio daqui de dentro? Quase 3 anos, talvez. Tudo que sei é que não tem absolutamente nada para se fazer, em nenhuma hora do dia, em nenhum dia da semana. Para dizer a verdade, faz um tempo que parei até de me importar com qual dia é hoje.

 Não estou exatamente preso a minha antiga casa, mas também não tem nada para ser feito – ou melhor, que eu possa fazer – em qualquer outro lugar. Não tenho mais escola pra freqüentar, trabalho pra fazer, nem mesmo alguém pra conversar. Admito que, se eu pudesse distinguir meus sentimentos, eu estaria me sentindo um pouco solitário. Mas não posso mais fazer nada quanto a isso.

Desde que sou obrigado a passar meus dias em profundo tédio, boa parte do meu dia fico sentado no telhado da antiga casa, como agora. No começo, eu ficava ocioso demais e saía para assustar umas pessoas, mas passou a ficar monótono e voltei a ficar preso em meus pensamentos enquanto observava a casa de cima.

Morávamos numa casa bem grande, eu e minha família. Meu pai recebia uma boa quantia de dinheiro e conseguimos facilmente comprar o imóvel. Acho que poderia ser considerado até uma casa de classe alta, mas eu nunca prestei muita atenção nisso quando podia. Agora, percebo como ela é grande.

É uma casa gigantesca, mesmo com poucos cômodos. Dois andares, sendo o primeiro apenas uma sala absurdamente grande, antigamente lotada de móveis, mas agora apenas com o essencial, uma cozinha com a mesma proporção de tamanho que também servia como sala de jantar e o escritório de trabalho de meu pai, além dos banheiros e quarto de visitas. O andar de cima era composto com o quarto de casal, quase tão grande quanto a cozinha, dois quartos, cada qual correspondia à pouco menos de metade do tamanho da sala, ambos bem decorados e enfeitados, e mais um quarto simples de visita, que era normalmente usado com outras finalidades de entretenimento. Isso sem contar os banheiros, um para cada quarto, e um corredor que interligava os cômodos e a escada. A mobília de toda a casa é rústica, mas considero bem elegante.

Também tínhamos um tipo de porão, que se encontra bem escondido de baixo do primeiro andar. Não consigo contar o número de vezes que já me escondi lá com o propósito de fugir de minhas responsabilidades. Isso é, quando eu tinha responsabilidades.

Além da casa, tínhamos um jardim incrivelmente grande. Antigamente bem cuidado, eu e minha família costumávamos passar um bom tempo lá. O jardim é composto de uma espécie de lago artificial consideravelmente grande e uma floresta na extremidade do terreno, onde meu pai passava o tempo livre pescando ou caçando, um campo mais para o meio, onde minha mãe cultivava todos os tipos de flores, e um extenso gramado no início onde eu e meu irmão brincávamos. No fim do gramado, perto do lago e do campo, existe também um banco de balanço branco, onde nós quatro nos reuníamos no fim da tarde para conversar.

Desde que minha mãe vendeu a casa, ninguém mais teve o interesse de comprá-la. Talvez pela aparência um pouco antiga da casa, que pode causar medo em qualquer um que não a conhecesse faz algum tempo. Talvez por se situar em um canto escondido da cidade, e não ter quase nada por perto. Ou talvez pela má fama que minha família pegou ao longo dos anos. Sinceramente, acho que a última opção é a verdadeira.

O vento sopra forte, mesmo que eu não consiga senti-lo. O tempo está aberto, e se a casa estivesse como era antes, aposto que estaria tudo muito bonito. Agora, a casa está bem mais desgastada, embora ainda com a elegância rústica. Consideravelmente mais assustadora do que antes. Não sobrou uma flor viva no campo, e o gramado precisa ser cortado urgentemente. O lago está sujo, e os peixes provavelmente não estão mais lá. Nem mesmo o banco de balanço continua o mesmo, agora enferrujado por causa das chuvas. A floresta continua intacta, mas com uma aparência sombria. Bem com jeito de casa abandonada mesmo.

Volto de meus pensamentos ao escutar um barulho no primeiro andar. Pensei que era provavelmente um gato procurando abrigo ou um esquilo procurando por comida, então não me preocupo na hora. Só resolvo descer e descobrir o que está acontecendo um tempo depois, quando ouço barulhos no primeiro piso, e logo depois, no segundo. Se eu tivesse certeza, poderia jurar que eram passos, mas faz muito tempo que não ouço o som de pés pisando no chão para confiar no que estou ouvindo agora.

Desço facilmente do telhado, entrando no segundo piso pela janela do meu quarto, como sempre. Passo tranqüilo pelo corredor não acreditando que seja uma ameaça verdadeira, até identificar que o barulho partiu do quarto de casal. Quando eu entro, aí sim me assusto. Meus instintos estavam certos.

Deitado na antiga cama de meus pais encontra-se uma pessoa. Um homem pequeno, de cabelos desgrenhados e loiros, suas sobrancelhas um pouco grossas demais, mas admito que dão um toque especial no rosto do adulto. Seus olhos estão fechados, e ele parece estar descansando de uma longa viagem. Está vestido quase que formalmente, e sua pele é pálida. Pelas malas jogadas no chão, acredito que ele tenha comprado a casa. Isso talvez não seja assim tão bom para mim. Aproximo-me, pois sei que ele não vai conseguir me ver.

Ele abre lentamente os olhos, como se não quisesse levantar da cama, mas soubesse que é preciso. Seus olhos eram verdes como duas esmeraldas, e me perdi na cor deles por uns instantes. Ele olha para o teto por um tempo, e vira o olhar pra minha direção. Tive a impressão de que ele tomou um susto. Levantou-se rápido e continuou olhando na minha direção. Institivamente, virei-me para trás para também ver o motivo.
  
_ Q-quem é você? - ele exclama repentinamente. Não há ninguém na direção em que ele está olhando. Será possível… Que ele esteja me vendo? Continuei calado, olhando para trás, e depois volto a encará-lo - Ei, você aí. Estou falando com você. 

Agora, o dedo dele está apontado para mim. Ele realmente deve estar me vendo. Mas como isso é possível?

_ … Eu? - digo, apenas para confirmar.

_ Está vendo alguma outra pessoa além de nós dois aqui? Claro que é você. Como você entrou nessa casa?

_ … Como você consegue me ver?

_ Não se faça de besta, pirralho. Pare de invadir a casa dos outros e 
volte de onde você veio, antes que eu chame a polícia.

 _ Se você chamar a polícia, ela vai demorar bastante para chegar. E, na verdade, essa era a minha casa.

 _ Bem, essa ERA a sua casa, pois eu acabei de comprá-la. Me asseguraram de que estava abandonada faz uns 2 anos.

 _ De fato, está. Porque os outros não conseguem me ver. - Respiro fundo o ar que não passa mais pelos meus pulmões, só por força do hábito. - Isso vai ser um pouco complicado de se explicar.
 
_ Só sai logo da minha casa. Você deve ser só um daqueles adolescentes problemáticos que fogem de casa e ficam se escondendo por essas casas abandonadas, não quero ouvir sua história de como não tinha ninguém e…
 
_ Ei, me escuta. - cortei. - Você já ouviu falar na família Jones?

 _ … Sim. Essa era a casa deles, certo? Eles se mudaram depois que o filho mais velho deles morreu. O que isso tem a ver?

 _ Alfred F. Jones, prazer. Filho mais velho de Frederick Jones. Se você disse que a casa tá abandonada faz uns 2 anos, deve fazer esse tempo que eu morri. Sinceramente, perdi a conta do tempo depois do primeiro ano.

 Como o esperado, ele se assustou. Por um momento, ficou me encarando de cima pra baixo. Abriu a boca para tentar falar mas nenhuma palavra saiu de sua boca. Até que finalmente, ele diz o que qualquer pessoa normal diria. 

_ … Você é um fantasma?

_ Sim, sou. Ou pelo menos acho que sou, você é a primeira pessoa que consegue me enxergar.

~


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Notas finais do capítulo

Então, é isso minha gente. O cap. 2 já tá pronto, mas acho só vou postar se tiver algum review. Se não, só semana que vem~ u.u
Podem me bater. Eu sei que sou horrível pra escrever. Desculpa pra quem chegou aqui, podem xingar mesmo, vou ali me jogar e -QQQ
Pras ~poucas~ pessoas que gostaram, não me matem por eu estar dizendo a verdade sobre o meu péssimo desempenho escrevendo ;3;