Os Selos Do Destino escrita por Tsukkiame


Capítulo 6
Livros viram pássaros


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora. Bom, vamos lá?



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– Olá a todos. – Começou Enzo, enquanto colocava o seu material sobre a mesa. – Sou Enzo Lend, professor de transmutação mágica, hoje irei ensinar o básico a vocês. Como todos vocês já devem saber, a magia tem por função juntar a nossa energia espiritual e transforma-la em realidade por assim dizer. Em outras palavras, transformamos o que imaginamos em realidade.

Todos gostaram do professor, até mesmo aqueles que já estavam no colégio há mais tempo e ainda não haviam estudado aquela matéria. Mas o que mais se ouvia eram os cochichos das garotas, ”Que lindo, ele é tão fofo”.

– Porém. – Continuou o professor. – O que poucos sabem é que para a transmutação é preciso considerar algumas leis. – Fez sinal de aspas. – Neste nosso universo nada ocorre sem o equilíbrio. Pra tudo que se faz deve existir uma troca, um preço.

Nessa hora até mesmo os gritinhos histéricos das garotas pararam. O rosto de Enzo estava marcado pela tristeza. Samantha e Allan logo perceberam que era para eles que dirigia o olhar. Samantha rapidamente olhou para Allan e depois para Enzo e novamente para o irmão e fez com a boca: “O que deu nele?”. Allan retribuiu: “Não tenho a menor ideia!” Ele logo percebeu o silêncio e voltou a si:

– Enfim, vocês irão ver isso no decorrer das aulas. Agora, que tal um exemplo para ninguém sair daqui só com a teoria? - Enzo fechou os olhos e estendeu a mão para os seus livros.

As crianças pareciam hipnotizadas de tanta ansiedade pelo que iria acontecer. Então, o professor tocou nos livros com ambas as mãos e, num piscar de olhos, com um brilho esverdeado os livros tomaram forma de pássaros.

– Agora o toque final. – Estalou os dedos e os pequenos animais começaram a voar, cada um para a mesa de um aluno.

A classe não teve outra reação a não ser bater palmas, alguns assobiavam, outros gritavam, todos eufóricos tanto pela demonstração quanto pela matéria que iriam aprender. Os gêmeos que mal entendiam de magia estavam maravilhados, primeiro o teto da sala e agora isso.

– Bem, - começou de volta o professor – agora vamos ao que interessa, a parte teórica. Sem ela vocês não têm a menor chance de fazer um simples truque como esse.

– Simples? – Disseram algumas vozes.

– Ah, verdade, a chamada. – Lembrou-se – Façamos o seguinte, vou chamar por cada nome. Quero que se levantem e apresentem-se à sala.

Por mais uma hora os alunos se apresentaram e continuaram com a aula de transmutação.

O sinal para o intervalo tocou e Enzo mais uma vez surpreendeu os alunos. Estalou os dedos mais uma vez e os pássaros que havia criado voaram na direção dele e terminou:

– Afinal, eles ainda são meus livros. – Deu um pequeno sorriso e saiu da sala.

A sala não teve outra escolha a não ser rir. Definitivamente aquele professor os estava surpreendendo, foram duas aulas que haviam se estendido para três e não houve desinteresse nenhum por parte da sala.

– E aí? Que tal irmos para o refeitório nós quatro? – Perguntou Martin.

– Pode ser. – Responderam os outros três em uníssono.

O refeitório parecia um show de mágica. Surgiam e desapareciam bebidas de todos os tipos, comidas passavam flutuando sobre os colegiais, e o mais confuso era ver os veteranos realizando magias para incomodar os calouros enquanto os inspetores não viam.

– Pa-para tudo! Tô ficando tonta. – Disse Samantha.

– Venham, vamos nos sentar. – A ninfa tomou a iniciativa. Levou a todos para uma mesa vaga, exatamente para quatro pessoas.

– Como eles fazem isso? – Perguntou Allan.

– Ah, é que o refeitório é encantado, vejam.

– Porinuk! – Cortou o duende de cabelos vermelhos.

Logo surgiu uma espécie de holograma mágico no centro da mesa em que estavam. Aquilo na verdade era magia de invocação sonora, criada pelo fundador do colégio. O holograma, que era um mini chefe de cozinha, perguntou o que iriam querer. Logo os gêmeos entenderam o que Scott tinha lhes dito sobre a comida do colégio. Cloe pediu omelete e chá de algas roxas, segundo ela é uma bebida tradicional de onde ela vem. Martin pediu olhos de Krud fritos acompanhados de água. Os gêmeos pediram comidas mais normais. Samantha pediu a sua sobremesa preferida, pudim. Allan pediu panquecas e chá gelado.

– Que bicho é esse que você pediu os olhos fritos? – Perguntou Allan.

– É uma espécie de peixe que moram no rio de onde venho. – Explicou.

– Eca! Coitadinhos. – Disse Cloe, além de ser vegetariana era uma ninfa das águas, e defendia todo tipo de criatura que vivia em lagos ou riachos.

Ficaram pouco mais de quarenta minutos conversando e comendo. Quando tocou o sinal para voltarem para as salas Samantha se manifestou:

– E agora teremos aula do que?

– Vocês estão com sorte, aula de transmutação e magia ofensiva em um só dia. – Riu Martin.



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Notas finais do capítulo

Eu quero um mini chef desses aqui em casa u-u Um dia descubro o encantamento >-