Os Selos Do Destino escrita por Tsukkiame


Capítulo 12
O perigo se aproxima


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!! Obrigado aos novos leitores e a recomendação *-----*
P.S.: Quando o Martin diz Incrível!, imaginei algo como: SUGOOOOOI!
Acho que é só. Boa leitura!



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 Desde a decisão de Samantha quanto ao nome do grupo ninguém a contrariou. Assim, o tempo continuou a passar, treinavam os teleportes quando não havia ninguém por perto, os ingredientes para o preparo da poção estavam quase prontos, e a confecção dos robes com o algodão especial estava quase pronta. As três semanas passaram facilmente com os trabalhos que tinham que fazer e as provas que começavam a se aproximar. Durante o período de tempo os boatos sobre a área de caça cessaram, mas o lugar não foi reaberto, o que gerou mais suspeita.

-x-

- Está cada vez mais difícil assegurar o campo de caça e outro ataque pode ser iminente. Os professores estão vigiando a área, porém, a entrada no local parece ser fácil para o intruso. – Disse uma voz que se assemelhava a do Sr. Went.

- Pelo visto o que vi está certo de que irá acontecer. – Respondeu uma voz misteriosa.

 O local ficava incerto em meio a escuridão da noite. As vozes desconhecidas conversaram noite afora. Entretanto, algo estava certo: a área de caça corria perigo, e não avia mais tempo para pensar em um plano.

-x-

 Durante o café da manhã Martin atualizou a todos sobre a situação dos robes:

- Já terminei o último agora só preciso da poção, Cloe.

- Está tudo certo, amanhã irei termina-la. Só demorei por causa da cumarina de serpente. – Respondeu a ninfa. – Te entrego a poção assim que ficar pronta.

- Pensei que seria mais difícil controlar o teleporte. – Começou Samantha. – Mas tenho que admitir, ele é uma mão na roda. – O som agudo característico do portal instantâneo se ouviu e a garota surgiu atrás de Allan e sussurrou com um sorriso travesso. – Não é, Mister nerd?

- Para, Sam. – Allan demonstrou um tom de irritação. – Vai ter troco.

- Droga, lá se vão minhas meias. – Caçoou a irmã.

- Não ficaria com a guarda baixa desse jeito. – Disse o gêmeo. Mais uma vez o som agudo se ouviu, mas Allan não apareceu atrás da garota, foi quando veio o projétil, uma pequena pedra, que  acertou a testa de Samantha.

 - Cadelo!

- Parem os dois. Se continuarem com isso algum monitor pode acabar vendo e lá se vai nosso plano! – Repreendeu Cloe, depois de Allan voltar andando.

- Sim, Srtª Cloe – Disseram em uníssono.

- P-parem já com isso! – A garota corou junto com o cabelo.

- Certo, vamos indo, a aula já está para começar. – Interveio Martin.

 Saíram do refeitório rindo da cena, as semanas uniram cada vez mais os quatro jovens. As aulas ficaram mais interessantes, aprenderam a manejar novas armas, novas magias, e desenvolveram novas habilidades.

 A aula de transmutação começou com mais uma das surpresas de Enzo. Depois de ter transmutado um livro em anotações, mudou o aspecto da sala inteira. O piso, as paredes, o teto, tudo, brilhava num tom de verde. O lugar virou uma espécie de laboratório de armas, as mesas viraram bancadas, os cartazes colados nas paredes deram lugar à diversas armas e os armários a outros com conteúdo diverso de metas, pedras e outros materiais cortados em grandes blocos.

 - Olá, minha gente! – Começou o moreno. Todos responderam alegremente. Sorriu e continuou. – Hoje vocês irão transformar cada bloco desses em suas bancadas em um armamento diferente. Acho que é mais ou menos assim.

 Em sua bancada pegou dois blocos que tinha e uma pedra de rubi do tamanho de um pão. Empilhou os blocos um em cima do outro e o rubi como se fosse a cereja do bolo. O mesmo brilho esverdeado de antes transformou todo o volume ali na frente em uma espada longa com cabo de ouro cravejado de rubis.

 Os alunos se fascinaram como em tidas as outras aulas de transmutação. Martin fez sinal de sua bancada para a dos amigos e gesticulou com a boca: “Incrível!”.

- Muito bem. – Pendurou a espada em um dos prendedores da parede. – Podem começar, qualquer coisa podem me chamar.

 Entre os blocos das bancadas havia madeira, ferro, cobre, outro, plástico e borracha. Aos poucos foram surgindo arcos, escudos, espadas, luvas, botas, alguns faziam copos, brincos, a criatividade rolava solta. A aula passou num piscar de olhos.

- Terminamos por hoje, estão liberados. – A sala brilhou e voltou ao normal.

- Foi a melhor aula de todas. – Disse Martin, no pátio.

- Você diz isso em todas as aulas do Enzo. – Respondeu Cloe.

- Mas você viu. A sala, o brilho, as armas...

- Preciso passar na biblioteca, alguém quer ir? – Interrompeu Allan enquanto o elfo continuava a falar ao fundo.

- As bancadas, os blocos, os armários, os... – Não parava mais.

- Eu vou. – Disse Cloe.

- Eu também. – Levantou Samantha.

 Começaram a andar e o elfo os seguia comentando cada detalhe do que aconteceu na aula. Na biblioteca, Allan devolveu dois livros e pegou um sobre armas mágicas. Cloe consultou um grimório de constelações e Samantha começou a conversar com Martin sobre o trabalho de adivinhação. Depois de passarem pela biblioteca foram para a próxima aula. No prédio leste o diretor esperava os alunos, comunicou que não teriam as próximas aulas e saiu para avisar o resto do colégio.

- O que será que aconteceu? – Perguntou Allan.

- Algo bom não foi. – Disse Martin.

- Não sei o que foi, mas tenho muito mais tempo para terminar a poção, acho que ainda esta tarde termino.

- Então até o final da tarde temos as robes prontas? – Indagou Samantha a Martin com olhos brilhando.

- Acho que mais que isso não. – Falou o leprechaun.

 Com a boa notícia voltaram aos dormitórios. Samantha se ofereceu para ajudar Cloe, e Allan para embeber os robes com Martin. A poção não demorou em ser terminada, a ninfa e a gêmea Loup levaram a poção para o elfo dentro do tempo planejado. Os robes foram submersos no líquido. Os jovens foram ao refeitório enquanto esperavam o tempo passar. O lugar estava cheio, sem aulas todos iam lá para conversar e passar o tempo. Agora, novos boatos se formavam.

- Os professores estão fora, o que fez com que saíssem? – Ouviu-se de uma das mesas.

- Ainda acho que algo aconteceu na área de caça. – Supôs outro.

- Mas se até mesmo os professores foram acionados, nós não podemos fazer nada. – Disse uma garota.

- Quem disse? Nós já aprendemos diversos feitiços, por que não dar uma olhada lá? – Sussurrou Samantha aos três amigos na mesa.

- Se for esse o caso, voltamos à estaca zero: como é o lugar? – Explicou Martin.

- Sabemos como era o lugar. Já atualmente são poucos os lugares que podem estar intactos. – Allan tentava pensar em uma situação, mas Cloe foi mais rápida.

- Nós, não sabemos. Mas eles, - fez um sinal para olharem as mesas ao redor. – com certeza sabem.

- Supondo que eles saibam mesmo, ainda assim não sabemos. – Duvidou Allan.

- Boatos são fáceis de saber se são verdade ou não.

- Então já podemos começar, temos um bom tempo de sobra. – Sorriu Samantha.

 A junta de informações não foi tão ruim. Descobriram que pequenas áreas não foram tão afetadas e que outras já foram recuperadas com ajuda de magia. O tempo que usaram para encontra as informações foi mais que suficiente para concluir o processo dos robes.

 No quarto dos garotos, Martin tirou as vestimentas do líquido mágico e mostrou para os amigos. Não havia nada nas mãos do elfo, entretanto, se ouvia o som das gotas caindo na bacia com a poção. O processo foi um sucesso.

- O que aconteceria se ele não estivesse de luvas, Cloe? – Perguntou Allan.

- As mãos dele ficariam invisíveis por algum tempo e depois voltariam ao normal. – A ninfa sabia tudo sobre poções, não teve dificuldade para explicar.

- Agora é só esperar secar e já podemos usar. – Disse Martin.

- É brincadeira, né? Nenhum de vocês sabe um feitiço para secar roupas? – Samantha não estava com paciência para esperar os robes secarem.

- Tem a secadora da lavanderia, mas não sei se interferiria no processo. – Interveio Cloe. Samantha se animou rapidamente.

- Os robes já absorveram a poção, então não faria mal algum bota-las na secadora.

 Colocaram os robes em sacolas e foram para a lavanderia usando o teleporte. Não havia ninguém. Botaram as vestimentas na secadora mágica e, segundos depois, ela apitou.

- Aqui, me dê uma. – Pediu Samantha.

- Uma para a Sam, uma para a Cloe, uma para o Al e uma para mim. – Martin distribuiu as vestes. – A área de caça que nos espere!


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