4 anos antes.

 Luiza parou o carro em frente à casa da Maria Eduarda que estava dando uma festa de formatura digna de um adolescente de 18 anos -  pra mim 17 - que tinha acabado de se forma no 3º ano, sem adultos, com muitas bebidas, beijo na boca, sexo.

- Luiza eu não quero está aqui – falei ficando parada quando ela abriu a porta do meu lado do carro.

- Há qual é Mac, você acabou de forma, depois vai pra faculdade – disse ela – O Josh está ai também.

Josh era meu namorado há 6 meses, ele é do time de futebol e eu sou a nerd, cabelos loiros que batem na cintura, olhos azuis, roupas que não favoreciam o meu corpo, apesar de Luiza dizer que eu sou muito gostosa eu não achava isso, sempre estudando, odiava festas e qualquer coisa que juntasse o pessoal todo da minha escola. Não sei como acabamos ficando juntos, não sei nem por que eu estava com ele já que eu não o amava também. Mais ele era legal, me tratava com carinho, sabia o que eu gostava e gostava de me surpreender com flores, jantares românticos, bombons, ela era um verdadeiro cavalheiro para um adolescente com os hormônios a flor da pele.

- Eu me sinto uma palhaça – falei finalmente saindo do carro e me segurando na porta pra não cair de cima daqueles saltos enormes.

- Você está mais linda que nunca – discordou ela.

Eu estava realmente bonita, eu só ainda achava estranho eu ser bonita. Eu estava com um vestido rosa que colava no meu corpo como uma segunda pele e destacava cada curva do meu corpo, uma maquiagem pesada nos olhos, hoje sem os óculos que eu normalmente usava,  uma sapato que parecia uma arma mortal e meus cabelos longos estavam super encaracolados dando o toque final, como disse Luiza.

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- Você vai me dever muito por hoje Luiza Ryder – falei.

- Como eu posso pagar alguma coisa pra uma pessoa que tem tudo – falou ela sarcástica.

- Eu vou pensar em alguma coisa – falei atravessando a rua.

Quando passei pela porta parecia que todos pararam para me olhar, as garotas com certa inveja e os garotos com olhares gulosos.

- Eu disse que você estava linda – cochichou Luiza no meu ouvido e foi me puxando até o pequeno bar onde tinha um garçom muito gatinho. Sua pele era parda, olhos castanhos escuros, boca sexy que se abriu num sorrisinho torto quando paramos no balcão.

- O que vão querer¿ - perguntou ele dando uma olhada nada discreta no meu corpo.

- Dois Martines com azeitona – respondeu Luiza.

- Aqui está – disse ele alguns segundos depois.

- Luiza você sabe que eu sou fraca pra bebida – falei pegando a taça.

- Você só precisa de um Mac só pra ficar ...  alegrinha – respondeu ela bebendo o seu numa golada  só sem nem fazer careta.

Bufei e fiz o mesmo. Senti o liquido queimar na minha garganta e meus olhos se encheram de lágrima. Mordi a azeitona para tirar o gosto de álcool da minha língua e devolvi o copo para o garçom.

- Vem vamos dançar – disse ela me puxando para a pista de dança onde tinha várias pessoas dançando, quer dizer se esfregando uma nas outras.

Comecei a dançar timidamente, mais depois a bebida começou a fazer efeito e foi ai que a coisa perdeu o controle. Luiza e eu dançávamos sexualmente, tocando o corpo uma da outra, às vezes quase nos beijamos mais mesmo alegrinha ainda tínhamos um pouco de juízo. Várias pessoas pararam de dançar só para olhar nos duas e era ai que nós fazíamos o mal mesmo.

- Posso roubar  sua parceira por alguns segundos maninha¿ - perguntou uma voz grossa no meu ouvido.

- Oi Max – falei me virando pra ele.

- Oi amor – disse Luiza agarrando Max pelo pescoço lhe tascou um beijo quente.

- Bom já vi que tô sobrando – falei pra eles que acho que nem me ouviram.

Sai à procura do Josh mais não o achei em lugar nenhum. Encontrei Duda e a parabenizei pela festa.

- Obrigada Mac – agradeceu – E nossa ... você está demais.

- Valeu Duda – falei corada – Você viu o Josh¿

- Hum – disse ela pensando um pouco – Eu o vi indo em direção a piscina mais já faz um tempo então não sei se ele ainda está por lá.

- Ok! A gente se vê por ai – falei indo em direção a porta dos fundos.

 O lugar estava tão cheio como estava a casa, acho que a escola inteira estava aqui hoje. Algumas pessoas estavam se agarrando dentro da piscina, outros só conversando e bebendo. E nenhuma delas era Josh.

Eu estava voltando pra dentro quando pelo canto do olho peguei o vislumbre e um cabelo loiro por trás das plantas, olhei direito e reconheci os cabelos loiros do Josh. Fui andando com cuidado por causa do salto mais estaquei no lugar ao ouvi um gemido feminino e aquela voz eu reconheceria até no inferno.

Se eu estivesse no meu estado normal eu teria saído correndo chorando igual uma doida. Mais a bebida ainda estava fazendo efeito e foi só por isso que eu tive coragem de passar por trás dos arbustos e ver a cena mais nojenta que eu já vi na vida.

Josh com as calças enroladas no pé enquanto fudia a  única pessoa que eu jamais pensaria que poderia me trair desse jeito. Kassie minha meia irmã.

- Bom – tamanha foi o susto que Josh deixou ela cair no chão e ela gritou por causa da queda, imagino – Parece que você arranjou alguém para dar o que você queria já que eu não te dei.

- Mac eu ... – disse ele dando um passo pra frente mais tropeçou nas calças.

- Eu não preciso de explicação Josh eu entendi tudo – falei numa voz calva como se eu estivesse ensinando álgebra pra ele – Bom agora eu não quero mais atrapalhar vocês. Tchau.

Virei de costas e voltei pelo mesmo caminho por onde eu tinha vindo. Entre na casa procurando a Luiza e a vi dançando com Max.

- Luiza me dá a chave do carro – falei.

- O quê¿ - perguntou ela chocada e depois de olhar pra minha cara ficou séria – O que foi¿

- Acabei de pegar  Josh fudendo a Kassie agora me dá a chave do carro – falei rápido.

Max que estava escutando a conversa saiu na direção da piscina com uma cara nada boa. Luiza me entregou rapidamente a chave do seu carro foi atrás dele para não 0  deixar fazer um a besteira, Max era lutador e super protetor duas qualidades que as vezes podem ser perigosas.

No caminho para a porta parei no bar e pedi uma garrafa de vodka do garçom gatinho.

- Já vai¿ - perguntou ele parecendo decepcionado.

- Já – falei pegando a garrafa da sua mão – mais antes ...

Agarrei a nuca dele e puxei sua boca em direção a minha lhe dando um beijo que me fez sentir quente. Ele beijava bem, muito melhor que o Josh.

- Tchau – falei sorrindo pra ele e fui em direção a porta, vi algumas pessoas me olharem assustadas mais antes que pudesse falar alguma um fuzuê estava se formando na área da piscina.

Fui em direção praia estacionando o carro perto de um bar bem chique onde concerteza só freqüentava gente da alta sociedade de Miami. Tirei os sapatos peguei a garrafa e fui em direção aquelas barraquinhas de salva vidas que tinha  a  alguns metros pra longe do bar.

Eu me traída, mais não pelo idiota do Josh e sim pela Kassie, ela era minha melhor amiga depois da Luiza, nós crescemos juntas. Nossos pais se casaram  quando tínhamos 4 anos, Max tinha também tinha quatro já que ele era meu irmão gêmeo, mais só nascemos na mesma barrigada como as pessoas dizem, por que somos completamente diferentes tanto em aparência quanto personalidades,  e Dean irmão da Kassie tinha 7, era o mais velho de todos nós. Depois de 13 nos eu a considerava minha irmã de verdade, mesmo que não tivéssemos o mesmo sangue.

Sentei no primeiro degrau e comecei a beber. O álcool descia pela minha garganta mais eu não sentia e cada vez mais eu estava perdendo a noção, como acontece toda vez que eu bebo.

Eu me lembro que a garrafa já estava pelo meio quanto um alguém sentou do meu lado perguntando se eu estava bem. Começamos a beber enquanto eu contava o que tinha acontecido, ele não falava muito só fazia escutar, não sei em que momento começamos a nos beijar. Mais depois já estávamos dentro da barraquinha sem roupas onde eu tive minha primeira vez com um desconhecido e que a única coisa que eu conseguia me lembrar dele era seus lindos olhos castanhos.

Quando acordei no outro seus braços estavam enrolados em volta minha cintura, mais eu não me sentia com medo ou vergonha. A sensação de ter os seus braços em volta do meu corpo era boa, melhor ainda era a sensação do seu corpo colado ao meu. Eu sorri igual a uma boba quando a realidade se abateu sobre mim vindo junto com uma dor entre as pernas que pelos flashes de ontem eu sabia o que significada. Tirei os braços dele devagar para não acordá-lo e comecei a me vestir sem nunca olhar pra ele. Fui em direção a saída mais parei, eu precisava saber como era seu rosto pelo menos, mais antes que eu me decidisse meu celular começou a tocar e corri em direção ao carro sem nunca olhar pra trás, sem nunca saber quem foi o garoto que me fez mulher.