Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

To correndo pra postar isso. Agradeço a todo mundo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/224499/chapter/7

 -Clove! Clove, acorda!

 -Só falta ela ter morrido. Depois diz que eu que sou fraca.

 -Ela está sangrando muito, garota. Queria ver se fosse você. Ia estar morta só de ver a faca.

 -Porque vocês não param e falar besteira e não saímos daqui? Ela precisa de um médico. E da Capital.

 -Peeta tem razão. Vamos. Enobaria não vai gostar de saber que deixaram a menina ser seqüestrada dentro do prédio da Prefeitura.  Muito menos Effie.

  Não consigo distinguir vozes. Sinto alguém me erguendo do chão e após alguns minutos, me colocando em outra superfície.

  -O que estão fazendo aqui? Vão procurar um médico!

 -Porque você não vai?

 -Não vou deixar ela sozinha. Não depois do que aconteceu. Eu vou acabar com eles.

 -É vai mesmo. Eu vou atrás de um médico.

 Todas as pessoas saem. Mas não, ainda tem alguém aqui.

 -Clove... Você tem que ficar viva. Você não pode me deixar. A gente já passou pela arena. Pelos Jogos, Clove! Nós sobrevivemos aos Jogos Vorazes! Você não pode me deixar agora porque um idiota resolveu te torturar. Por favor.

 Eu gostaria de abrir meus olhos, mas é impossível. Eu sinto Cato se deitando no meu peito. Está vendo se meu coração está batendo.

 -Você está viva. O médico já está chegando, é pouco tempo. Eu vou acabar com aqueles retardados que deixaram você ser levada. E vou fazer uma visitinha ao garoto. Você não sofreu a toa, eu vou te vingar. Mas antes eu vou esperar você acordar. Aí nós dois podemos acabar juntos com o cara.

-Está na hora de ir, garoto.

-E quem vai ficar com ela?

-Os médicos já vêem.

-Não. Vou esperar eles chegarem.

-Garoto, anda.

-Já disse que não!

-Não esqueça de  que eu também sou Vitorioso, não me obrigue a ir até aí te puxar.

-Não tente, Justin, já disse que eu não vou.

-O.k então. Fique sem comer.

Depois disso eu escuto apenas barulhos de agulhas e pinças tentando me consertar.

                                                ***

-Se essa menina não sobreviver a culpa é de vocês! Inúteis, como não viram a garota ser levada desmaiada?

-Venia estava contado sobre uma história e,...

-Não tenho interesse em saber dessas histórias. Agora vão, vou conversar com a Enobaria.

-Eu tenho que ir, mãe?

-Vai Justin. Vê se o garoto não resolveu se matar.

-E aí? Como vamos esconder o que aconteceu com a Clove?

-Porque não chamamos o Haymitch? Ele pode ter algumas ideias.

-Não seja idiota. Ele vai ser a favor de explicar para os outros.

-Maquiagem resolve. Os Pacificadores...

-Eles vão fazer relatos à Snow. Não podemos deixar que essa história vaze.

-E o menino que fez isso  vai ser deixado impune? Cato não vai gostar disso. Ele diz que quer acabar com o garoto.

-Ele sempre quer acabar com todo mundo.  E ele não precisa saber.

-Talvez seja melhor tentarmos inventar uma história. Que o garoto tinha uma paixão platônica e a trancou.

-E como explicaremos os rasgões? Os médicos saberão.

-Eles não são da Capital. A única coisa que temos que fazer é resolver isso sozinhas. Sem comunicar a ninguém. Ele vão querer alterar algo. O melhor a fazer é abafar.

-Clove!

-Cato, volta aqui! Elas estão conversando, a Clove não está sozinha idiota!

-Você não distraiu o garoto Justin?

-Ele ia passar por cima de mim se eu não deixasse ele vim, mãe.

-Eu já disse que vou ficar aqui com ela! Saião!

 -Deixe ele. É por pouco tempo e já falamos o necessário. Cuidado pra não machucar ainda mais ela.

-Clove... Você tem certeza que vai me deixar? Você não pode!

 Eu acordo com alguém me sacudindo. Alguma substancia molha o meu peito e eu o vejo. É Cato. Ele está me sacudindo para que eu acorde, para que eu não o deixe. Consigo abrir os olhos lentamente.

 -Clove. –ele ergue a cabeça do meu peito e para de me sacudir. –Você acordou.

 Ele me abraça sobre a cama.

 -Você não podia ter feito isso comigo. Não teve graça.

 Como ele consegue ser idiota nessas situações. É, Cato, com certeza eu estava fingindo estar quase morta. Me pintei para parecer que estava sangrando.

 -Eu... – eu não posso falar o que pensei.

 -Vou chamar o pessoal para ver que você acordou.

 -Não! –eu seguro o braço dele. Não quero ficar sozinha e desarmada aqui.

 -O que foi?

 -Não me deixa aqui sozinha. –Como eu me sinto ridícula falando isso.

 Ele sorri e passa a mão no meu rosto.

 -Clove ele já foi... –Eu tenho a impressão de ter ouvido que ele não foi de verdade.

 -Por favor.

 -Vou gritar só da porta O.k?

 -O.k

 Ele abre a porta do quarto onde estou e começa a berrar o nome das pessoas da equipe. Eu escuto um “já vamos garoto, pára de gritar” de Enobaria.

 -Cato o que... O que aconteceu? Como eu fui parar lá? Aliás, quem me tirou de lá?

 Os olhos dele parecem escurecer.

 -Você estava na varanda. Aquela sua estúpida equipe estava na sala conversando e não viram quando o irmão do tributo passado do 9 te seqüestrou. Ele te levou para um espécie de câmara aqui no Edifício da Justiça, mesmo. Então ele... –Cato hesita.    

 -Ele me torturou. E depois?

 -Bem, eu e o Conquistador estávamos prontos, então ficamos no corredor esperando vocês. Enquanto estávamos lá, a... Florwy, acho, saiu e disse que você tinha sumido. A Katniss disse que enquanto estava no banho escutou alguns gritos...

 -Então ele foi, e partiu pra cima do Haymitch porque disse que a culpa por você ter sumido era dele. –acrescenta o próprio Haymitch entrando no quarto. –Depois de acalmarmos ele, deduzimos que se Katniss tinha escutado os gritos no banheiro, você estava próxima de lá. Demos a volta no Edifício e achamos a sala em que você estava gritando.

 -Ficamos tentando abrir por um tempão e só conseguimos depois que você já tinha parado de gritar. Foi... desesperador. Achamos que você tinha morrido. –Cato diz olhando para baixo.

 -Quando entramos lá o garoto ainda estava te rasgando. Ele – Haymitch apontou para Cato – Partiu para cima do garoto e ia matar ele, mas a Katniss disse que ia nos causar mais problemas. E estava certa. Então Cato só o imobilizou. Depois te trouxemos pra cá.

 -E quem mais estava lá além da Katniss e vocês dois?

 -Só o Peeta. –Haymitch responde.

 -Oh... Obrigada ta bom? Por terem ido me salvar. Alexander me convenceu de que era doentio sair por aí com uma faca escondida, então eu estava desarmada.

 -E ele está certo. Eu só durmo com uma, ouviram? –diz Haymitch. Eu e Cato sorrimos por educação. –Eu acho que tem mais gente querendo te ver.

 -Mas e a aparição?

 -Oh, sim, é um jantar e estamos bem atrasados. Effie não vai gostar.

 Só agora reparo que eles estão com roupas da festa.

 -Alguém soube da... confusão?

 -Não. Os médicos foram rápidos, queridinha. Você quer sair ou quer ficar aqui? –ele pergunta para Cato.

 Eu olho para ele e aceno a cabeça, dizendo que ele pode ir.

-É melhor ir terminar de se arrumar. Effie vai ter um ataque.

 Ele parece inseguro, mas Haymitch abre a porta e eles saem juntos. Logo a porta se abre e a minha equipe entra junto com Effie.

 -Desculpe-nos, por favor, Clove! –eles imploram, se ajoelhando no chão. –Não vimos mesmo.

 -O.k, eu desculpo. A culpa não foi de vocês. Agora levantem.

 Eles me abraçam e me beijam e começam a tagarelar.

 -Calem a boca! –Effie grita com sua voz fina. Nunca vi ela gritar. –Clove, meu amor, fico feliz que esteja bem mas vocês tem que arrumá-la. Já estamos atrasados o suficiente sem tagarelice.

 Olha quem fala.

 Eu me levanto e vejo que estou com uma camisola branca.

-Vá para o banho enquanto pegamos nossas coisas. Vamos arrumar você agora.

 Eu vou até o banheiro, me dispo e entro no chuveiro. Não há nem uma gota de sangue. É como se eu nunca tivesse sido rasgada. Como eu queria que fosse verdade. Eu me lembro dos olhos doentios do garoto e percebo que estou chorando.

 Eu definitivamente choro demais. Será que ele tem razão? Eu teria feito isso mesmo com a Katniss se tivesse restado tempo? Espero que não. Termino de tomar banho, me seco e coloco o roupão que me foi dado.

 A equipe me vê e então começa a me arrumar rapidamente, como eu nunca vi. Eles sequer estão falando. Será que Effie brigou com eles? Não vejo porque, considerando que com ela seria praticamente a mesma coisa. Eles são tão parecidos. Pessoas da Capital sempre são parecidas.

 Quando terminam de me arrumar, me olho no espelho da sala. Meu cabelo está cacheado e solto, mas fizeram uma espécie de coroa com ele. (N/A :Imaginem um meio preso trançado) Estou com um vestido rosa tomara que caia e uma sapatilha de salto.

 Gostaria de saber por que sempre tenho que parecer mais provocante que a Katniss. Organizamos a nossa pequena procissão na beira da escada e descemos. Percebo que o público já estava cansado de tanto esperar.

 As  poucas pessoas  que tem maquinas tiram fotos conosco e elogiam nossas roupas. Effie tenta repetitivamente justificar o atraso e nos desculpar com a desculpa de que eu tenho uma alergia a um tipo de rosa que me mandaram então tiveram que chamar médicos da Capital para cuidar de mim.

 Uma boa desculpa para quem viu os médicos chegando. Eu não consigo comer nada de boa vontade, mas Effie diz que é educado comer pelo menos um pouco na festa e elogiar a comida e Cato diz que vou acabar desmaiando de novo.

 Eu como um pouco dos grãos deles e finalmente chega a hora de voltarmos para o trem. Uma procissão nos acompanha até a Estação e eu tenho que sorrir e acenar até o trem perder a vista das pessoas.

 De noite, não consigo comer e rondo pelo trem até minhas pernas doerem. É certo que se dormir, terei pesadelos. Acabo voltando para a sala onde observo a estrada pela janela, sentada nos bancos próximos a ela como sempre.

 -Clove?

 -Oi. –É Cato.

 Ele se deita no sofá e eu acabo indo para lá após algum tempo. Olhando para o telhado, esperando que isso acabe logo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijões e Reviews!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.