Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Entonces gente do meu heart. Sabe que eu amo vocês né? Estou falando isso porque já to me desculpando pela tragédia desse capítulo. Gente quando eu reli isso eu fiquei tipo Vei que merda é essa? Sério eu ficava fazendo biquinho quando lia. Péssima aqui. Sabe, negada, nem ia postar hoje. To aqui na chácara e vocês sabem a coisa do sinal né? Mas dessa vez minhas primas vieram. E eu não consigo escrever muito bem (Tu escreve bem, animal? Toque-se.) com elas me contando as coisas da vida... E na sexta, quando cheguei tava morta de sono. Então não escrevi. Porém... na madrugada de sábado pra domingo, deu certo (ou não) e escrevi. Sabiam que eu escrevo com mais facilidade à noite? É my diva deusa da lua me helpando. Enfim, postei porque minha leitora e coleguinha divônica só poderia me deixar Review hoje por motivos que envolvem pais espiões e casas de avós.



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-Não podemos ir tateando! –eu falo, quando percebo o mar de pessoas na nossa frente e atrás, me passando uma sensação de que vou ser levada a qualquer instante pela multidão. E o estilista da garota do fogo não para de me puxar para frente, avançando com dificuldade.

 -Os Pacificadores estão vindo... –ele diz, me ignorando como se falasse sozinho, esticando o pescoço para trás de nós.

 -Estou vendo. Mas não podemos ir tateando, Cinna!

 Ele finalmente parece me escutar e tira uma espécie de globo iluminador minúsculo de dentro do bolso do terno.

 -Clove!

 Eu viro meu pescoço para o lado, porém não consigo identificar quem está me chamando com o mar de pessoas berrando desesperadas, pedindo clemência e cancelamento dos Jogos. Uma sensação de pânico começa a me invadir. Eu ainda tenho que chegar lá em cima, mas nem sequer compreendo totalmente o que está acontecendo. Estamos fugindo, isso é o que sei.

 -Cinna, o que é isso? Porque está me levando para cima?, eu poderia ir. –Quer dizer, eu não tenho a ver com a Capital.

 -Estão mandando todos de volta para casa. Não sei o que iria acontecer com você aqui embaixo e não podemos correr esse risco. –ele diz, rápido e me puxando. –Eles fecharam. A entrada principal –ele sussurra, suando. Paramos por um instante e então retomamos a corrida, a fraca fonte de luz não ajudando muito. -Vamos ter que ir por trás!

 Nós desviamos algumas fileiras e subimos no palco das entrevistas.

 -Clove! –outra vez alguém berra. A mesma voz.

 -Quem está me chamando?! –eu digo, para ninguém especifico. 

  Quando me viro para trás, ainda correndo, vejo um grupo de Pacificadores nos mandando parar. Eles têm lanternas. Exatamente atrás deles, uma mulher da Capital caiu por cima de outra.

 -A menina do 2! A do 2! –eles gritam, usando seus rádios.

 Como todo esse pânico não consigo processar quem está me chamando, porque Cinna diz que não podem me perder, e o porque dos Pacificadores me quererem agora. Não podem me torturar até os Jogos acabarem. Ou podem? Só sei que tenho que correr.

 -Continua a correr, Clove! –Cinna diz, soltando minha mão e apontando para a outra entrada do Centro. Ele para e faz gestos para que eu siga.

 Arfando e absolutamente exausta, sigo correndo até o elevador, tropeçando três vezes, onde aperto repetidamente o botão do 2. Cinna continua parado e eu fico batendo no vidro do elevador e gritando que eles não vão aparecer mais quando souberem que são os estilistas que levam os tributos para a base de lançamento da Arena. Porque ele está parado ali? Porque corremos dos Pacificadores? Aquilo seria o que podemos chamar de levante na Capital?

 No momento errado, o elevador resolve voltar a funcionar, me levando rapidamente e me deixando sem saber da situação de Cinna. Olho para baixo e vejo o meu vestido rasgado e meu salto desabotoado. O cabelo se soltou no momento em que me virei para ver quem me chamava na primeira vez. Com minhas pernas reclamando e minha respiração ainda arfante, me deixo cair no chão do elevador, pensando em onde os outros Vitoriosos estão.

 Certamente Cato está com eles, e certamente eles estão vivos. Ainda têm um programa para exibirem. Cinna tem que estar bem, pelo menos até amanhã. E vai ver ele tem que ir para a casa, como os outros cidadãos da Capital. Isso é bem provável. Pode ser que só estivesse me dando cobertura. Para que e porque eu não sei.

 Aquela foi a pior sensação da minha vida depois da Cornucópia. Sinto lágrimas quentes escorrendo pelos meus olhos. Eu não conseguia sequer ver onde eu estava e o que estava acontecendo exatamente. E ainda não sei, de fato.

 Quando chego no andar do 2, as portas se abrem e ouço uma discussão. O 2, sempre cheio de discussões...

 -Eu disse para Cinna trazer ela se alguma coisa acontecesse! Daqui a pouco eles estão aí. –uma voz arrastada diz.

 -É?! Vou indo mesmo assim! Não tentem me segurar! Essa porcaria de Cinna não vai conseguir trazer a Clove, imbecil! Se pegarem ela antes de mim vocês vão pagar!

 -Você já berrou da janela! Se ela estiver aqui escutou e sabe que tem que subir. –uma voz feminina diz.

 -Acho melhor não se meter, Katniss. –O Conquistador fala.

 Lentamente me levanto, coloco meus saltos na mão e vou andando até o foco do barulho. Haymitch está no sofá, caído e com um copo cheio de conhaque na mão. Katniss, a voz feminina, está do lado de Peeta, o abraçando. Justin e Layran estão na mesa, sentados jogados e olhando de forma apreensiva  para os outros. Cato está em pé, vermelho como sempre fica quando grita, se preparando para descer. Todos ainda com as vestes da entrevista.

 A primeira pessoa a me ver é Layran. Ela faz um sinal para que Cato olhe para trás e ele o faz. Eu o abraço com uma força que jamais imaginei ter.

 -Clove! O que aconteceu? –Ele fala, me abraçando e me colocando quase na sua altura, de forma que possa cheirar meu cabelo como gosta de fazer.

 Uma última lágrima quente escorre e eu uso o ombro dele para secá-la imperceptivelmente.

 -Tá, se agarrem depois. –Haymitch fala. –Agora conta o que aconteceu.

 Eu me separo de Cato e me sento no meio do sofá.

 -Tudo começou quando vocês deram as mãos. Os telões foram se apagando e Cinna apareceu atrás de mim. Ele me disse para ir com ele. Alexander estava do meu lado e disse que era para eu ir, que já ele iria fazer o mesmo. Cinna pulou para a minha fileira e saiu me puxando. Depois as luzes se apagaram e iríamos vir tateando se ele não tivesse um bolinha de luz no bolso dele. Saímos correndo e vimos que os Pacificadores tinham fechado a principal entrada para o Centro de Treinamento. Cinna me fez pular algumas coisas e subimos no palco, porque tivemos que dar a volta para chegar. –uma Avox me entrega um copo de água. Arfo e sorrio para ela, que sai –Então quando chegamos na outra entrada, ele me disse para continuar correndo e subir. O elevador deu problema e Cinna ficava fazendo gestos para que eu subisse logo. Quando o elevador foi, não consegui mais chamar Cinna para subir. Eu não sei cadê ele nem os outros...

 -O que Cinna tinha a ver com isso? –Katniss pergunta quase acusatoriamente. Olho para ela esperando que venha me desafiar.

 -Eu disse para ele que trouxesse ela se alguma coisa acontecesse. –Haymitch diz, olhando para ela.

 Agora estou chorando.

 -O que eles diziam, Clove? –Haymitch pergunta. Ao me ver erguer os olhos, ele continua –O que a multidão da Capital dizia?

 Minha garganta se aperta cada vez mais e quando pisco várias lágrimas saem. Cato se senta do meu lado e pega minha mão, sem jeito para ajuda com essas coisas como sempre.

 -Eles berravam. Gemiam como se sentissem dor. E gritavam para que cancelassem os Jogos...

 Peeta se senta do meu outro lado junto com Katniss e começam a tentar me consolar. Katniss assiste e Peeta fala.

 -Cancelar os Jogos... Impossível. Ele só pode agir com dureza. Vai criar leis novas aqui na Capital, com certeza. E nós, que vamos ficar –Haymitch diz, fazendo um gesto que engloba ele, Justin e eu –vamos ter que nos acostumar com isso.

 Eu suspiro

 -E Cinna? –Katniss fala. –E Effie e Portia?

 -Foram para casa. –Haymitch responde. –A Capital está mandando a gente dela para casa. Mas amanhã todos eles voltam para levarem vocês. Menos Effie. –ele diz, coçando a barba rala. -Acho melhor irmos, Peeta e Katniss. Vocês têm que dormir.

 -Até. –Cato diz.

 -Boa noite para vocês. Até. –Peeta fala, enquanto o elevador não chega. O 12 se vai quando Justin e Layran resolvem ir dormir.

 Ficamos apenas eu e Cato na sala.

 -Era você que estava me gritando? –eu pergunto.

 -Acho que sim. Duas vezes.

 Eu sorrio.

 -E então... Temos que ir dormir, não é? Você tem.

 -Não quero ir dormir.

 -Mas tem. Vamos lá para o meu quarto.

 Nós nos levantamos e nos abraçamos com força.

 -Vem, Cato. Amanhã vou ver se consigo te levar até a Sala de Lançamento.

Ele pega o meu salto nas mãos e vamos para o meu quarto. Cato diz que quer ir tomar banho. Porém, eu já tinha dito que ia antes.

 -É, não vamos tomar banho juntos ainda. Então eu vou lá para o meu quarto e depois volto.

 -Ainda? Oh meu Deus... Então anda logo, você tem que dormir.

 -Tá. Não tranca a porta. Já volto. –ele diz, fechando a porta atrás de si.

 Assim que ele sai, me dirijo para o guarda roupa e escolho uma muda de roupas sem prestar atenção realmente. De frente para o espelho do banheiro, passo a mão no meu rosto e solto um suspiro pesado.

 Quando saio do chuveiro, percebo a idiotice que fiz ao lavar os cabelos. Não dará tempo de secar... Uso então o secador da Capital e meu cabelo já sai desembaraçado e partido. Desfazendo o trabalho de partir do aparelho, jogo o cabelo para trás, prendendo-o usando um elástico que peguei em uma das gavetas. Calço um chinelo e saio do banheiro.

 Cato ainda não chegou. Vou até a janela e penso em desistir de olhar o que há lá. Mas não consigo. Me penduro e vejo. Existem algumas pessoas ainda andando rapidamente até suas casas. Os Pacificadores ainda estão bem alarmados.

 -E ai baixinha? –Cato diz, entrando. Eu me viro e vou voltando para a cama.

 -Oi. Vou beber água. Vem comigo. –eu falo, passando por onde ele se encontra e puxando a sua camisa.

 -Tudo bem... –Cato diz, vindo atrás de mim.

 Quando chegamos na cozinha, ele permanece atrás de mim. No átimo de segundo que levo para colocar o copo vazio novamente em cima da bancada, ele está exatamente atrás de mim. Sem pensar, me viro e rapidamente envolvo meus braços ao redor do seu pescoço. Ele passa os braços ao redor da minha cintura.

 Em nossa pouca distância e meu nervosismo que antecede algo importante, é quase como se nossas respirações quentes e descompassadas se tocassem. Ele morde seu lábio inferior antes de acabar com a inexplicável distância entre nós. Seu beijo no inicio é calmo, mas logo percebe que não quero coisas calmas e aumentamos a precisão com a qual nossas línguas se encostam.

 Minhas mãos estão ocupadas em trazer sua nuca ainda molhada até minha boca e acariciar seu braço, cuja mão aperta minha cintura. Já sem fôlego, abro os olhos e observo a mão de Cato deslizar com força pela minha coxa.

 Ele passa a mão pelo meu corpo antes de me agarrar e me sentar na bancada com precisão, fazendo alguns objetos se espatifarem no chão brilhante. Já sentada, eu passo a minha mão por dentro da camisa dele, sentindo seu abdômen sarado. Eu quero rasgá-la. Enlaço minhas pernas descobertas pelo short curto ao seu redor e arranho uma pequena parte do seu abdômen.

 Cato morde meu lábio inferior uma última vez antes de descer a boca para meu pescoço. Abro os olhos e no chão vejo cacos de vidros molhados pela água certamente contida neles antes de eu me  sentar.

 -Vem. –ele sussurra, apertando as minhas pernas e depositando um beijo no meu pescoço. Ele me desce lentamente, nossos olhos e bocas ocupados demais para qualquer maior velocidade, e vamos caminhando com pausas e esbarrões até o meu quarto.

 Eu roço a minha perna na dele quando ele me prende na parede e coloca a mão por dentro da lateral do meu short.

 De costas para a porta do quarto, ocupada com a boca dele, consigo trancá-la com a mão tateante. Ele me deita na cama, ou sem muito cuidado, ou com muita pressa, separando nossas bocas temporariamente. Ele fica em cima de mim, mas minhas mão forçam a barra da camisa dele para cima. Eu o ajudo a tirar.

 Na mesma posição, sinto-o com um braço acima da minha cabeça, tateando meu cabelo em busca do elástico que o prende. Quando o acha, deixa meus cabelos se espalharem pelo travesseiro em um movimento rápido.

 Ele aperta a minha perna esquerda quando deixa uma marca certa no meu pescoço. Suspiro quando isso acontece. Ergo-me um pouco na cama e abro meus olhos novamente, para encará-lo enquanto me pede permissão mudamente para desabotoar os botões da minha blusa. Eu aceno afirmativamente com a cabeça.

 Cato beija exatamente acima do decote antes de avançar para outro botão. Sem paciência, abro os outros, descolando por um tempo nossas bocas. Ele me observa enquanto me ajuda a me livrar da blusa. Eu já voltei para sua boca quando ele puxa a blusa desocupada debaixo de mim e a joga no chão. Passa o olho uma última vez pelo meu sutiã e passa a mão por entre meus cabelos, apertando-os entre si e entre suas mãos e aumentando ainda mais a nossa proximidade.

 Ele diz algo com um palavrão seguido do meu nome sussurrante  quando eu pressiono minhas unhas contra sua pele. Logo o número de arranhões e marcas roxas em nossa pele triplica. Ainda em cima de mim, ele acaricia um pouco minhas costas antes de achar o fecho do sutiã e soltá-lo delicadamente. Ele o joga em algum lugar.

  Paramos às vezes para tomar fôlego ou despir alguma peça.

 Logo o chão está recheado com roupas que não nos demos ao trabalho de guardar de forma certa.

 E... hum... Imagino que entenderam o que aconteceu.

                                            ***

 Abro os olhos assustada. Ainda é madrugada. Ah não... Não... E agora? O quanto de noite ele dormiu?

 Eu estou cheia de marcas. Levanto um pouco a coberta e me vejo apenas com a roupa de baixo escandalosamente vermelha da Capital. Puxo meu braço jogado para fora da cama. Cato está me envolvendo com um braço, dormindo.

  Acordá-lo pioraria a situação, de uma forma ou de outra. Bom, pelo menos me dei ao trabalho de me vestir um pouco. Ainda não acredito que não o obriguei a dormir. Tenho certeza que nos últimos Jogos ele dormiu mais. E agora ele não existe nenhuma menina loira que só sabe pentear cabelos. TODOS são praticamente Carreiristas.

 E como eu o ajudei? Oh, claro, dormindo com ele. Olho para Cato de novo e me xingo mentalmente quando vejo o tamanho do arranhão que fiz no seu braço. E oh, meu Deus... Ele tem mais marcas que eu... Eu consigo vê-las no escuro...

 Nota mental: Nunca faça coisas como essa se você tem compromissos sérios no outro dia.

  Bom, só me resta dormir.

                             ***

 -Ah não! Eu sabia! Sabia que um dia iria ver isso! Sempre tive medo de entrar aqui por causa de... Olha só essas roupas no chão! Eles estão sem nada, Alexander!

 Abro os olhos rapidamente e me ergo um pouco da cama. Agora é amanhã e vejo Alexander parado na porta, com Aurélia andando em círculos e tapando os olhos.

 Pressiono meus lábios um no outro e sacudo o braço de Cato que ainda pouca em mim, às vezes olhando de canto de olho para os dois. Bom, não posso me levantar assim não é? Não com os dois aqui.

 -Ah meu  Deus! E agora, ele não quer acordar! Porque foram fazer isso, ah meu Deus! –Aurélia diz, mas histérica que o normal, quase me deixando em pânico.

 -Cato!

 -Hum... O que foi? –ele fala, abrindo os olhos e puxando seu braço. Ele os vê na porta. –O que estão fazendo aqui?

 -Vimos te chamar. Mas... vocês estavam... Ocupados.

 -Deviam ter batido na porta. -Cato diz.

 -Então... Vocês saem e aí ele vai. –eu digo, corada.

 -Não! Vocês vão demorar.

 -Não vamos, não! Não vamos fazer nada, e... –eu contesto.

 -Foi o que disse na entrevista, Clove! –Alexander, diz. –E então entramos e achamos roupas jogadas no chão!

 -Vocês vão ter que sair! Eu não vou sair daqui! –eu digo, me sentando na cama.

 -Anda, vamos, Aurélia.

 -Você tem que sair daí logo Cato! Se não sair os Pacificadores vão vim.

 Eles fecham a porta e eu me viro para encarar Cato. Ele sorri pra mim.

 Ah...

 -Hum... Não dormiu muito não é? Desculpa se saiu muito machucado... –eu digo, corando e olhando para baixo.

 - É, até que dormi um pouco. Os “machucados” estão o.k.

 -Se os Pacificadores vierem as coisas vão piorar. Acho melhor você ir.

 -Acho que seria melhor se eu me enrolasse na coberta até lá, não?- ele diz, me olhando fixamente.

 -Acho melhor que vista as roupas! Nas câmaras se tem chuveiro.

 -Está com raiva?

 -Estou. De mim mesma. Você tinha que ter dormido.

 -Eu não estou com raiva de você. –ele diz, com um sorrisinho, vestindo a calça.

 Então agora ele age como se vê-lo sem roupa fizesse parte da rotina. Ai meu Deus...

 -Pois é. Eu estou. Olha, vou ver se convenço Aurélia a me deixar te levar para a Arena.

 Ele me encara por um tempo, já vestido.

 -Cato. O que foi agora? –desisto de querer saber. –Não, deixa vai embora.

 -Clove, eu não posso ir. Se eu for a Aurélia vai me levar. E se for tomar banho tem que ser rápida. Não sei o que está fazendo aí na cama ainda.

 -O.k então. Me espera aqui. –eu me levanto me sentindo um pouco desconfortável por estar andando só com roupa de baixo. Ele percebe o meu desconforto e põe uma coberta nos meus ombros, com um sorrisinho. -Podia ir arrumando a cama enquanto eu não venho. –eu falo, sem olhar para trás e ver sua reação.

 No enorme banheiro, me livro da coberta pesada e entro no chuveiro. Lavo com força meu cabelo e analiso os machucados. Sempre soube que aquela mordida no pescoço iria ser uma marca.

 Quando saio, a cama continua bagunçada. Nem as roupas no chão ele pegou. Cato está na janela, olhando não sei o que. De uma forma ou de outra não tenho nada o que falar, se também fico na janela o tempo inteiro.

 Pigarreio.

 -Ah. Eles bateram aqui agorinha.

 -Devem estar com muita raiva. Enfim, vamos.

 Quando estou abrindo a porta ele me para, encostando no meu pescoço e colocando meu cabelo para o lado.

 -Hum... Clove. Isso no seu pescoço doeu não?

 E cá estou eu, corando de novo. Passo a mão no lugar, afastando um pouco a mão dele.

 -Só um pouco. Anda, vem logo.

Cato suspira e fica de frente para mim. Ele me beija e encosta nossas testas.

 - Vai dar tudo certo, eu prometo.

 -E costuma cumprir suas promessas? –eu sussurro, ainda coma testa na dele, repetindo suas palavras proferidas no dia da Turnê.

 -Sempre que posso. –ele sorri.

 Eu o abraço na ponta dos pés uma última vez e saímos, de mãos dadas. Eu estou respirando pela boca.

 Os estilistas estão sentados no sofá, sem trocar uma palavra. Quando nos vêem, se levantam.

 -Clove o presidente... –Aurélia diz, apreensiva. Já vai dar coisa errada. Quando Snow é mencionado, coisas ruins acontecem. –disse que você deveria levar o Cato hoje.

 Cato e eu nos entreolhamos. Nada como piedade ou um último beijo. Ele só que me ver humilhada.

 -Eu ia mesmo te pedir para me deixar fazer isso. –eu respondo. –Alexander você tem que ficar comigo até o final dos Jogos não é?

 -É, eu fico aqui sempre.

 -E você Aurélia?

 -Tenho que ir, querida.

 Eu vou até ela e a abraço.

 -Obrigada. –eu falo. –Mesmo. Tchau.

 Eu me separo e espero Cato dar tchau a todos. E então subimos para encontramos o aerodeslizador.


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Notas finais do capítulo

CARA QUE TOSQUEIRA FOI ESSA?! Todos pensam... Ai me DESCULPEM... Não me façam chorar... Ah, antes que eu me esqueça: E as tretas da capa? (como é bom falar que nem manola!) Gente, duas pessoas muito lindas iriam me fazer esse favor e agora? Tá, uma me mostrou e eu adorei e a outra também promete (Vó senta lá...) E now, tributinhos? Ah desculpem se alguém me enviou MP e eu não respondi tá bom? Vou responder assim que o surto acabar e decidirem que podemos ir para cara, onde existe Wi-fi. Cara, uma tragédia. Eu esperava que mais fantasminhas se manifestassem né... Só que não... Fiquei boladérrima com vocês. Enfim, eu quero Reviews, ainda que dessa vez eu não mereça mais que nunca. Please me desculpem, minhas mini pizzas de chocolate branco (ahhhhhhhhhh) ... O.k, então é isso, bye, beijos sabor bolo arco-íris fail meu e das minhas primas.