Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Então... Todas estão cansadas de enrolação não é? Sério eu também. Mas vamos ter paciência, amigos e amigas (amigos que não deixem Review né?). O negócio uma hora engata. Acredito que (agora é sem mentira) que no próximo melhore. Ah, quero agradecer novamente às minhas gatonas divônicas que recomendaram a fic. I love you!



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 Cato não parece minimamente nervoso enquanto passa a abertura com o hino. Ele só fica mexendo no meu cabelo.

 -Acha que vai tirar quanto? –eu pergunto novamente.

 -Não sei. Só sei que eles gostaram. Podem ser que me dêem uma nota maior que a da garota do fogo. Se for o caso eles gostaram muito.

 -É, ela anda nos superando. Ela se parece com uma Carreirista. Ela sabe fazer de tudo.

 -Pois é. Mas não é tão maravilhosa quanto nós.

 O programa oficialmente começa e eu prendo a respiração. Caesar e Claudius estão sentados na mesma mesa de sempre, com um projetor atrás deles. Aparece o tributo, a nota, e as informações adicionais.

 A edição que participou, a nota dos Jogos anteriores, a idade, distrito e as verdadeiras informações adicionais. Gloss aparece com letrinhas minúsculas atrás dizendo. “Um dos Vitoriosos mais bonitos, com facilidade para espadas. Venceu consecutivamente os Jogos Vorazes com Cashmere, sua irmã, também portadora de enorme beleza.” A nota: 10.

 Logo em seguida vem Cashmere. “Vitoriosa portadora de grande beleza e força. Venceu os Jogos Vorazes consecutivamente com seu irmão Gloss. Facilidade para facas e espadas.” Bom, essa coisa de informação adicional acabaria com as estratégias de alguém que pretendia esconder sua habilidade. Cashmere se sai igualmente com um 10.

 Cato aparece. “Um dos quatro Vitoriosos da última edição dos Jogos Vorazes. Voltou de lá com Katniss Everdeen, Peeta Mellark e se envolveu em um romance com sua parceira de distrito anterior, Clove Fire, fazendo os quatro voltarem vivos. Tem grande facilidade com espadas e lanças, mas sabe dominar qualquer arma.  Recentemente tornou-se noivo de Clove, que veio a ser sua mentora.” Pois é... Cato se sai com um... 12. 12!

 -12! A maior nota, Cato! –eu me levanto e o abraço, dando pulinhos e o beijando. Claro, posso conseguir patrocinadores, mas notas ajudam. –Me fez direitinho. –eu sussurro.

 -Eu disse!

 -Parabéns! -Eu me sento de novo, o beijando e ainda elétrica pela nota animadora. Acredito que nunca tenham tirado uma nota assim. Até Katniss. Tirou 11 ano passado, 12 é praticamente impossível. Olho para Layran e Justin e vejo os dois com as sobrancelhas ruivas erguidas.

 Layran aparece. Suas informações constam sobre o fato de ter um filho, de ser experiente, de saber manusear todas as armas e ter sido mentora dos últimos Vitoriosos do 2. No caso eu e Cato, claro. Ainda me revolto quando dizem que ela foi nossa mentora. Ela se sai com um 9. Claro, uma nota boa, mas não o suficiente para ela, que se levanta rugindo e vai para o quarto quebrar coisas.

 Justin permanece sentado, com as sobrancelhas erguidas enquanto provavelmente a mãe desconta a raiva nos objetos inanimados, já que nenhum infeliz passou para que ela tivesse oportunidade de socar.

 O resto dos tributos não têm grandes notas. Finnick se saiu com um 10. A aliança dele está forte, pelo menos. Johanna com um 9 estonteante.

 -Minha nota vai ser a maior... Que surpresa. –ele diz.

 -Como se não estivesse me falando que ira ser a dois segundos atrás antes do programa começar. –eu retruco. Ele é bem convencido e sabia que isso ia dar certo.

 Mas então, quando todos achamos que as coisas estão ótimas, Katniss se sai com um 12. Um 12! Igual ao do Cato. Me dá vontade de ir naquela sala infeliz do 12 onde ela está agarrada no Conquistador e metê-la na parede pelos cabelos. Ou melhor, arrancá-los fora. Quem ela pensa que é? E espera, que droga ela fez para esses caras? Atirou? A única coisa que ela sabe fazer é impressionar eles com sua “rebeldia” e atirar as flechinhas.

 E logo depois, o Conquistador também aparece com um 12. Eu me levanto repentinamente do sofá.

 -Que droga é essa?! Porque esses idiotas tiraram notas iguais à você?!

 -Eu não sei! Senta aí, pára, não adianta mais! Eles conseguiram de novo!

 -Sempre não é? Vai ver ela tira a roupa pra eles quem nem a Johanna faz. Atirar flechinhas garante notas assim? Porque se garantir vou passar o resto da minha vida andando com um arquinho.

 -Clove, melhor você parar de falar besteira. Ela não fez isso, acho. Eles só...

 -Eu vou dormir. Tenho que colocar um sorriso na minha cara pra amanhã quando formos visitar eles. Se não eu vou acabar quebrando a cara dela como eu não consegui quebrar ano passado.

 -Eu... –ele começa, mas logo é interrompido por mim, que já estou na metade do caminho.

 -O que é? –eu pergunto me virando. Aquela garota do 12 bem que podia morrer na Cornucópia. Ela não podia ter feito isso, a nota seria do Cato. Exclusivamente dele.

 -Vou acabar de ver as notas e vou.

 -Tá bom. –eu continuo andando até meu quarto e nem me preocupo em trancar a porta já que Cato diz que vai vim.

 Minha cama ainda está arrumada e a primeira coisa que faço é tirar os lençóis da cama e bagunçar tudo. Minha raiva daquela garota ultrapassa meus limites de Carreirista controlada. Pelo menos quando eu tiver filhos vou ensiná-los a nunca subestimar os esfomeados do 12. Nem os Carreiristas acidentais e nem os sem nada no lugar do coração que se formam por lá.

 Espero que os irmão do 1 e Layran tomem a Katniss como a maior inimiga. Ela é dissimulada. Ninguém nunca sabe o que ela vai fazer. Eu diria para matarem ela de primeira. E se não houvesse tudo isso do 13, Cato iria fazer isso por mim. Com certeza ele faria...

 Amanhã quando formos para o andar do 12 vou perguntar para ela que droga eles fizeram pra tirar essa nota. Aposto que não mereceram uma nota tão boa quanto a de Cato. Mas eles sempre vão preferir o casal do 12.

 A porta é aberta e eu tiro meu rosto da cama desarrumada, para ver Cato entrar e fazer uma expressão confusa para o pandemônio que o quarto virou em 2 minutos. Ou menos.

 -O que você tem? –ele diz, ainda parado.

 -O que você acha?! –Como ele não percebeu o que eu tenho, ele tem problema?

 -Clove, pára de ser escandalosa.

 -Escandalosa?! Bom, quero ver quantos patrocínios à mais que você seus amigos do 12 vão ganhar! Não percebeu? Vai ser ainda mais difícil convencer que nós somos melhores sem eu estar lá!

 -Pelo visto você não está agradecendo tanto quanto eu por você não estar nos Jogos.

 - Eu não queria que você fosse, entende?!

 -Olha só como vai ser mais fácil. A Katniss não tem muita paciência com o Peeta, eles vão estar sempre brigando. E você vai estar sempre chorando por aqui. E eu de lá. Vai ser muito mais fácil.

 -Peeta com certeza vai ficar com raiva da Katniss. E como se eu não fosse chorar mesmo daqui. –eu digo, com o rosto nas cobertas.

 -Clove, está impossível de andar aqui. Vamos lá para o meu quarto e deixamos a porta aberta pra os Avoxes virem e arrumarem. –ele claramente foge do assunto. Ótimo, agora só me falta até ele preferir o 12!

 -Não quero ir agora.

 Ele anda até mim e fica de pé de frente para a cama.

 -O que foi? Não adianta vim falar comigo agora, estou com raiva e quero matar a Katniss como não tive o prazer de fazer. E você deveria me ajudar, ela vai acabar com você, não se engane...

 -Quer atirar facas? –ele me interrompe.

 -O que?

 -Lá embaixo. Nós podemos invadir. Mais tarde.

 Um sorriso inconsciente se forma nos meus lábios. Isso iria ser bom o suficiente para mim.

 -Que horas?

 -Daqui a umas duas. Brutus me contou que costumava fazer isso quando era mentor. Os Pacificadores ficam nos andares e lá fica sem proteção.

 -Isso seria vista grossa?

 -Quase isso. –ele responde com um sorriso. –Acho que... Gostam da gente.

 -Difícil não gostar. –eu me levanto da cama e passo meus braços ao redor do pescoço dele.

 -Pois é, difícil não gostar. –ele diz, me beijando. –E então, vamos acabar caindo nessa bagunça.

 Olho para o chão.

 -É. Vamos mesmo. Mas não vou arrumar.

 -Vamos lá pra o meu quarto. Vão vim arrumar isso daqui a pouco.

 -Espero que venham.  

 Ele sorri e vamos andando para o seu quarto. Quando chegamos eu fecho a porta e ele vai para sua cama.

 Sim, o quarto dele é igual ao meu, mas ainda assim me sinto estranha aqui. Não exatamente desconfortável, mas....

 -Vem, Clove.

 -U-hum. –eu aceno com a cabeça e me deito do seu lado. –Não vamos dormir não é?

 -Não. Vamos ainda fazer uma visitinha lá embaixo, esqueceu?

 -Não. –ficamos em silêncio por um tempo. - O que você vai fazer na Cornucópia?

 -Você falava que a Enobaria só falava do treinamento para os Jogos, mas você está igualzinha. -ele fala, sorrindo.

 Mas espera aí, eu só estou assim por que é ele que está lá de novo. Por é alguém que eu amo, por isso toda essa coisa. E Enobaria... Ela não pode gostar tanto assim de mim. Tudo bem que ela me treina desde que eu tenho 9 anos de idade e sabe mais sobre meus erros do que mim mesma, mas... Eu sempre fui uma pirralhinha irritante e questionadora. Gostar tanto assim de mim seria loucura.

 -Você é meu noivo e está nos Jogos, entende? É por isso, loiro.

 -Ela te conhece desde pequena. Gosta de você também.

 Então fui ingrata com ela. Ela só queria meu bem, de uma forma ou de outra. Ela é amedrontadora e estranha, mas sempre me treinou muito bem.

 -Talvez. –eu o imito e fujo do assunto. Enobaria vai voltar para o 13, mesmo. Qualquer coisa para me desculpar pode esperar até chegarmos lá. - Quanto tempo falta? Aqui é muito tedioso.

 -Não sei. Vamos esperar mais quinze minutos e vamos.

 Eu bufo impaciente e logo se torna insuportável permanecer na cama. Começo a me mexer.

 -Ei, Clove. Calma.

 -Não consigo, eu quero sair daqui.

 -Nós vamos. E amanhã você não pode esquecer que temos que ir para o andar do 12 ver os Jogos da Annie.

 -Não vou esquecer. Não tem como, não é? –me lembra de dois em dois minutos... Como se eu fosse sair correndo quando desse a hora.

 -Não, não tem. –ele suspira. –Você não vai ficar quieta, mesmo. Vamos.

 Ele se levanta e eu logo faço o mesmo, parando apenas no meu quarto já arrumado para prender meu cabelo, enquanto Cato se encosta na parede do corredor, de braços cruzados e expressão tediosa.

 Nós chamamos o elevador e eu começo a morder meu lábio inferior.

 - Clove? Tudo bem? –Cato me pergunta, quando me vê agoniada com a demora infinita de dez segundos do elevador.

 -Porque não estaria?

 Ele se aproxima de mim e toca meu rosto. Logo depois ele me abraça.

-Ei, o que foi? O Conquistador anda te ensinando tanta coisa assim? –eu pergunto, o abraçando de volta. Eu gostaria que ele não me deixasse aqui sozinha.

 Ele nos separa.

 -Vamos. –e me puxa para o elevador. Rapidamente chegamos ao Centro de Treinamento.

 -Como vamos abrir isso? –eu pergunto, encarando a porta dupla.

 -Vamos arrombar. –Cato diz, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

 -É, claro, é ninguém vai ouvir o barulho.

 -Só no andar de cima, baixinha. Lá ficam os Pacificadores.

 Tecnicamente é deles que tínhamos que ter medo. E de fato, não há porque não ter.

 -E se eles decidirem que não gostam mais da gente? –eu falo, correndo e segurando seu braço, para impedi-lo de realizar a ação que pode nos gerar problemas. Arromba isso poderia gerar algum alarme que não existia para Brutus ou coisa assim.

 Ele pensa um pouco.

 -Pois é. Eu vou para os Jogos, eles não podem fazer mais nada. Mas você fica. E existem punições. –Cato diz, erguendo as sobrancelhas.

 Eu aceno com a cabeça. O que aconteceu com a gente? Já teríamos arrombado isso a há anos.

 -Mas e agora? –Eu contava com isso para não ter vontade de matar Katniss quando à visse, porque, claro, o Conquistador não conseguiu uma nota dessa sozinho, sem a ajuda dela. Ou conseguiu?

 -Vamos voltar, não?

 -Não! Eu ainda quero entrar.

 -Eu não vou deixar. Brutus era um Vitorioso normal. Snow não gosta da gente. –ele diz, passando a mão no meu rosto. –Iria fazer a maior confusão.

 -Não tem outra entrada? –Previsível, vamos desistir.

 -Não. Anda baixinha. Só temos mais hoje e amanhã. Depois eu volto pra Arena, lembra?

 Eu aceno outra vez com a cabeça e voltamos para o elevador. Não acredito que não conseguimos fazer isso! Me dá raiva de mim mesma, saber que não fui capaz de passar por aquela misera porta.

 -Bom, pelo menos não vamos ter que tomar banho de novo. –Cato diz, enquanto nos sentamos na sala, ignorando as horas tardias. Ele liga a televisão e eu me deito do seu lado.

 -Como acha que vai ser? Se vencermos isso? –eu pergunto, sussurrando.

 -Vai ser melhor, muito melhor. Nós poderíamos saber que nunca existiria uma Colheita. Um Snow... Não precisaríamos treinar e nos esforçar  para a morte.

 Soa promissor e estranho ao mesmo tempo. Nunca antes da minha Arena imaginei uma Panem sem os Jogos. A ideia não amadureceu o suficiente desse tempo pra cá.

 -Ainda vamos no 12 amanhã? –eu pergunto, nas esperança que ele ache minha condição penosa demais para tamanho sacrifício. Um dia inteiro com o casal do 12. Beijos nojentos pelo dia inteiro. Mentira me sufocando.

 Não que eu goste que sintam pena de mim. Ah, mas é Cato. Ele se convence com qualquer coisa que digo à ele. Sempre foi assim.

 -Vamos. Precisamos disso. Quer dizer, você disse que eu precisava. –ele diz, contrariando tudo que pensei sobre ele. Parece que minha voz manhosa não convence mais. Então o que convence essa pessoa agora?

 -Disse. Você precisa ainda. Desculpa, nós vamos. Depois do almoço. E vamos voltar bem cedo. Você tem entrevista. –É, de fato, ele precisa. Ser amigo do 12 é garantia de simpatia da Capital.

 Ele acena com a cabeça.

 -E agora? Vamos dormir por aqui? –ele diz beijando meu pescoço.

 Eu me viro para ele.

 -O sofá é pequeno. Se não me deixar cair, tudo bem. –eu sorrio.

 -Eu deixar você cair? Não.

Ele desliga a TV e dormimos. No pior escuro e no sofá pequeno e gélido da sala do 2.


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Notas finais do capítulo

É, não engatou não... Mas, repito, uma hora engata. Me desculpe se alguma vez (além dos capítulos) decepcionei vocês, com minha grosseria ou coisa assim (mais alguém além de mim não sabe porque eu to falando isso?) loucona hoje. Gente, babdo! Peça na escola, Romeu e Julieta, vou ser a Ama de Julieta! Vamos fazer uma promoção hoje, pra ver se vai: QUEM DEIXAR REVIEW GANHA UM PÃO DIVÔNICO DO PEETA! Nem é suborno, é p-r-o-m-o-ç-ã-o. Falou manolas? Olha, vou ter um papo sério com vocês. Estou com vergonha. 65 leitores e uma média de 8 Reviews por capítulo?! I'm Sorry, isso é vergonhoso! Qual o problema?! Não tenham vergonha... Eu sou tão legal com meus divos que me deixam Reviews... Please... Deixem Reviews ou o peso na consciência não vai sair da cabeça de vocês... Beijos sabor fondue minhas estrelas do heart!