Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Okay então. Só um Review no último (Te amo La Rue) é talz... Fiquei xatiada. :(. Mentira, ninguém gosta de mandar Review nessas coisas, enfim, entendo. Eu sei que vocês não vão gostar desse e vão me xingar, mas não abandonem a fic, meus chuchus. Vocês são meus xodós, não podem me deixar...



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Olho para o lado e vejo Cato, com um braço envolvendo minha cintura. Eu acabei vindo dormir com ele noite passada. Não aconteceu nada. Eu só estava muito nervosa porque hoje é o dia da Colheita. E do casamento. Se eu perder meu casamento por causa de Snow ele vai me pagar caro. Mais caro do que ele pode. Eu vou inflamar toda Panem.

 Olho no relógio. Oito e meia. Já está tarde, tenho que me arrumar para a Colheita. Eu realmente estou com preguiça e a cama está tão confortável que não tenho vontade de ir. Tomo coragem e me desvencilho do braço dele que ainda dorme. Mordo meu lábio inferior e passo para o meu quarto.

 Ele está do jeito que eu o deixei ontem, bagunçado. Pela madrugada percebi que não conseguiria dormir. Então fui para a janela, onde passei para o quarto dele. Acho que ninguém percebeu que, na prática, eu “não dormi em casa”.

 Tomo banho, arrumo meu cabelo e saio. Mas esse ano, eu quero mostrar para todos que não estou nem aí se vou ter que parecer bonitinha para a Colheita. Coloco uma calça, uma bota e uma blusa qualquer. As únicas coisas que sugerem que eu mudei desde os Jogos passados, são o meu colar de coração, que ano passado eu só recebi depois da Colheita e a aliança no meu anelar direito. Que à propósito, hoje quando eu voltar, vai passar para o esquerdo, em uma cerimônia na área da Vila dos Vitoriosos.

 Acabo de arrumar meu quarto e desço as escadas, notando o movimento na casa. Vou direto para a mesa. Sou a segunda a chegar, minha mãe  está a arrumando. Ela me vê  e ergue os olhos.

 -Parabéns, querida! –e vem me abraçar. Mas parabéns pelo que, por eu ter acordado? Como eu pude esquecer eu não sei, mas hoje é o meu aniversário.

 -Obrigada. –eu respondo a abraçando de volta e sentindo seu perfume reconfortante.

 -Nem acredito que já vai fazer 17... Tanto tempo passou desde ano passado e você continua com o mesmo rostinho. – ela continua, segurando meu rosto entre suas mãos quentes.

 -É, nem eu acredito. –falo, entre dentes.

 Logo depois todos chegam, me parabenizando e me abraçando. Me deram um estojo com facas próprias para o treinamento na Estação. O melhor presente para a escolha que eu tomei. Estávamos rindo de alguma piada piegas quando escutamos batidas na porta. Se forem Pacificadores, acabou o meu aniversário. Mas do que já é acabado, pelo fato de ser no dia da Colheita.

 Meu pai vai cautelosamente abrir a porta, com todos nós o seguindo com os olhos, enquanto curvamos nossas cabeças sobre as cadeiras da mesa para vê-lo. Mas é Cato e Harry. Pelo visto só eu me esqueci do meu aniversário.

 Eu me levanto e deixo Harry me abraçar primeiro. Abraçar as minhas pernas,  de fato. Abraço-o de volta enquanto ele me entrega um pacote. Abro-o rapidamente para não decepcioná-lo e encontro um porta-retratos. Mas ele está preenchido com uma foto. Uma foto que tem Cato, Harry e eu, sorrindo por algum motivo que não me recordo. Essa foto foi tirada ano passado, logo que voltamos dos Jogos, quando eu achei que tudo ficaria bem.  O presente é um pouco meloso demais, algo que eu esperaria que Peeta desse para Katniss e tudo o mais, mas os Jogos me amoleceram bastante. Concluímos então, que eu gostei do presente.

 Eu ainda não tinha nenhuma aliança no dedo e só o colar do coração estava pendurado no meu pescoço, quase totalmente coberto pelo meu cabelo.

 -Obrigada. É lindo. –eu digo, olhando para Harry e para Cato. –É realmente lindo.

 Eu vou abraçar Cato, que já está com os braços estendidos para mim, com a sobrancelha erguida e um sorriso no rosto. Ele já está arrumado para a Colheita, de forma tradicional. Os braços fortes dele ao meu redor me apertam de forma reconfortante, enquanto me beija.

 -Porque não estava lá de manhã? –ele sussurra.

 -Eu tive que vim me arrumar. Hoje temos um grande dia –sussurro de volta.

 - Preparada?

 -Claro. –que não.

 Nós então vamos para a mesa, onde acabamos de comer, de cantar os parabéns e tudo o mais.

 -Hora da Colheita. Temos que ir. –minha mãe alerta, ficando branca de repente. Nesse exato momento, o primeiro gongo soa, sinalizando dez minutos para a Colheita. Ele se repetirá de cinco em cinco minutos, até o tempo final. Bem irritante. Me lembra o gongo soando na arena. O que iniciou o inicio real dos Jogos.

 -Vamos então.

 Todos nós nos levantamos e nos juntamos à massa de Vitoriosos que rumam à Colheita, todos confiantes de que voltarão para casa. Dois dos onze deles não voltam para casa. E eu não posso ser u desses dois.

 Hoje faz um pouco de frio no Distrito 2. Dou um abraço rápido em todos e vou para a cerca junto com as outras Vitoriosas. Cumprimento Enobaria e Layran já que o resto não conheço muito bem. Vejo Cato e meu pai do outro lado da cerca,  falando com alguns outros Vitoriosos. Volto meus olhos para minha família do lado de fora, mordendo os lábios e mirando fixamente o palco.

 O representante da Capital, Clarian Bastoold, um homem com um cabelo que parece uma geléia, aparece. Mas então, todos percebem que não temos duas bolas de Colheita, uma feminina e uma masculina, temos quatro.

 -Bem vindos! Teremos a honra de realizar o Massacre Quartenário! Saudações aos nossos grandes Vitoriosos do Distrito 2! – todos fora das cercas batem palmas, ou seja, praticamente todo o Distrito. –Este ano será realizada uma pequena mudança, devido à quantidade de Vitoriosos do 2: Faremos uma Colheita para escolher os mentores dos Jogos Vorazes!

 Então não será aleatório, como sempre é. Teremos um sorteio.

-Vamos começar com o mentor masculino, para variar. –olho para Cato e vejo seus olhos em mim. Sorrio discretamente para ele, enquanto Clarian avança para a última bola da esquerda e remexe nos papeizinhos.

 Ele faz um suspense e escolhe um papel.

 -Justin Flymer!

 Justin sorri satisfeito e vai até o palco, e aperta as mãos das autoridades. Se posiciona de frente para a bola que o selecionou.

 -Agora vamos para as mulheres. –ele vai para o outro lado do palco, a última bola do lado direito. Suspense habitual e escolhe o papel.

 Respiro fundo, eu tenho que ficar, tenho que me casar ainda hoje.

 -Olha só, que surpresa! Clove Fire!

 Leio na minha mente uma infinidade de palavrões que aprendi desde que eu tinha três anos de idade. Coloquei-os em prática enquanto andava duramente para o palco. Alguns que eu nem lembrava que sabia, e eles são muitos. Aperto a mão de todos e me posiciono de frente para a bola com meus papéis.

 -Vamos para as mulheres da Colheita! Layran Flymer!

 Armação. A palavra que mais descreve isso. Um mentor forte que vai tentar trazer sua protegida de volta. E com mais incentivo ainda, já que sua protegida é sua mãe. Seja quem quer que vá ser selecionado para os Jogos, vai ser alguém que tem o poder de me atingir se não voltar.

 Ele se dirige para a última bola e escolhe um papel. Prendo a minha respiração e torço para não ser meu pai.

 Não é meu pai, não é meu pai, não é meu pai.

 -Cato Collins!

 Meu coração pula várias batidas agora. Não é aceitável que eu vá ser mentora do meu noivo. Armação.

 Cato mantém seu semblante despreocupado enquanto sobe no palco. O que mais me derruba é saber que eu posso não ter força suficiente para trazê-lo de volta. Mas  eu não vou ter nenhum problema em fazer o que for necessário para vê-lo vivo. Então veremos que é mais forte de verdade. Justin ou eu. O.k, as pessoas falariam Justin, porque ele ganhou os Jogos sozinho e eu ganhei com a ajuda do Cato. Mas eu tenho mais potencial mental que ele.

 Tento combinar com Cato e parecer o mais despreocupada que posso. Troco um sorrisinho com ele e me mandam descer do palco e me despedir enquanto Cato e Layran fazem isso na sala, como eu fiz ano passado. As pessoas vão se dispersando rapidamente da praça, enquanto eu desço. Harry já foi falar com Cato. O avô dele também, seja lá o que ele tenha para falar.

 Pulo a cerca e encontro todos eles me olhando fixamente.

 -Eu vou voltar com ele. Isso é certo, tá bem? –eu falo, olhando para o meu pai e puxando Lily para um abraço.

 Repito isso com todos.

 -Olha, qualquer sinal de... da Capital aqui, eu preciso que vão para a floresta. –é a última coisa que posso falar, quando Pacificadores aparecem e seguram meu braço. Reconheço um deles da confusão e sorrio cinicamente para ele, livrando meu braço do seu aperto enluvado. Eu tenho nojo deles.

 Justin anda ao meu lado enquanto vamos para o carro que nos levará até a Estação. Agora vou virar uma Carreirista de verdade. Não vou sentir medo em pisar em qualquer um para trazê-lo de volta.

 Justin espera que eu entre na frente, para que ele possa entrar em seguida.

 -Vai na frente com sua mãe. Eu vou atrás.  –eu falo.

 Ele faz uma carranca para mim e entra primeiro, logo sendo seguido por Layran. Entro no carro e fecho a porta. Passamos pelas ruas do Distrito 2 e ninguém parece muito feliz em ver Cato voltando para a Arena. Percebo que Justin teve o mesmo pensamento que o meu. Acabou qualquer vinculo que existia fora dos Jogos. Agora só existe eu, Arena, patrocinadores e Cato. Como um Carreirista pensa. Só isso.

 Chegamos na Estação e existem repórteres, mas nem tanto quando existiam ano passado. Cato olha para mim e pergunta com os lábios, de forma silenciosa:

 -Paramos para falar com eles?

 Faço uma negativa discreta com a cabeça.

 -Vai. Aperta o passo. –eu sussurro, exatamente atrás dele.

 Entramos no trem e a porta se fecha. De novo nesse lugar, já enjoei dele.

 Sento-me pesadamente no sofá. Cato se senta do meu lado e Justin e Layran do outro, que fica bem distante do nosso, como se tivéssemos doenças contagiosas. Preciso falar para Cato que eu e Justin entramos em um acordo óbvio de não trabalharmos juntos. Ele trabalha pela mãe dele e eu trabalho pelo meu noivo.

 -Vamos ver as reprises das Colheitas. –eu digo, me levantando e colocando.

 Temos sessenta e um Vitoriosos vivos, contando com os Vitoriosos dos últimos Jogos.

 O Distrito 1 se sai com Gloss e Cashmere, irmão que venceram os Jogos em anos consecutivos. Beleza, cachos loiros, olhos claros. E força, muita força por trás daquela carinha bonita. A mesma estratégia de “eu amo a Capital” de Glimmer. Eram os mentores dela ano passado.

 No 2 eu fiquei pálida quando escutei Cato sendo chamado, mas logo disfarcei, então todos podem pensar que foi só um defeito das câmeras. Tomara que pensem isso.

 No 3, Wiress e Beetee, acho. Duas pessoas com físico fraco, mas com cara de inteligente. Concorrentes do tipo Cara de Raposa, (N/A: Sei que esse é o apelido que a Katniss dá para ela e eu realmente queria ter pensado nisso antes, quando eu escrevia a outra fic para mudar. Mas se lá tá cara de raposa vai ficar aqui também.) que usam qualquer coisa menos os músculos. Perigosos.

 No 4 temos Finnick e Annie Cresta chamados. Lembro-me dos dois na arena. Mas Annie foi substituída por Mags, uma idosa, que mal consegue se manter de pé, mas parece estar louca pata voltar para a Arena.

 -Vou lutar com eles? –Layran zomba.

 -Eu não zombaria. –Cato diz, erguendo as sobrancelhas com a cabeça tombada no meu ombro enquanto me concentro na TV.

 -Concordo. –falo, fazendo os dois do outro lado fecharem a cara, confirmando a ideia de que não somos mais uma equipe.

  Apesar de todo o meu esforço, como apenas a Colheita eu não consigo saber o nome de todos. Temos Johanna Mason do 7, que venceu se fingindo de fraca. A única Vitoriosa feminina do 7. Uma coisa estranha, porque garotas que aprendem a cortas árvores aos três anos de idade deveriam ter força.

 No 8 sai Cecelia, uma vitoriosa com 31 anos, pelo que meu pai me informou um dia. Três crianças, seus filhos grudam nela, enquanto tenta andar até o palco. Seus filhos. Isso não é um encorajamento para me casar ou ter crianças.

 No 11 sai outra idosa e Chaff. Conheço-o pelo meu pai. Certa vez, houve uma festa na Capital na qual Snow quis que os Vitoriosos levassem suas famílias. Eu era pequena. A maioria dos Vitoriosos não levou uma família. Meu pai estava sendo mentor e então nós fomos como ele, mas logo voltamos.

 Um feito de grande porte, ter autorização ir na Capital. Então chegamos no 12. Haymitch foi selecionado, o Conquistador se voluntariou, e só tem uma Vitoriosa no 12, que é Katniss. Então os Amantes Desafortunados de novo nos Jogos. Mais uma desvantagem para Cato. Quem vão salvar, o casalzinho do amor ou Cato?

 Logo que a reprise acaba, Justin e Layran saem da sala, provavelmente para discutirem suas estratégias privadamente.

 -Cato tem ideia do que fazer não? –eu pergunto.

 Ele tira os olhos da TV, suas pernas em cima do meu colo.

 -Sim. Matar e não morrer. –ele diz, propositalmente hesitante.

 -Antes vem o não morrer. E para isso existem alianças.

 -Alianças, Clove? Com quem eu vou me aliar?

 -Primeiro quero o Finnick Odair. O Conquistador e a Katniss. A Aliança mais forte, vão chover patrocinadores. Finnick é o queridinho, tem que voltar para eles e o casalzinho é fofinho demais para morrer. Eu não vou estar lá para sentirem pena de nós, mas vou dar meu jeito por aqui. Todos vão se emocionar comigo.

 -Como você pretende fazer as pessoas se emocionarem?

 -Chorando, claro. Vão querer te patrocinar, mas é importante se manter com todos até o final. Agir como se doesse em você saber que terá que matá-los. Aja como se fossem... amigos. Na hora em que estiver de guarda quer te ver chorando, nem que coloque água nos olhos e pisque. Quero muitas lágrimas nesses Jogos.

 -E acho que você só está a fim de me ver declarando amor por você toda hora. –ele brinca.

 -Isso é sério! –eu digo, em uma tentativa sem sucesso de segurar meu riso.

  -Eu poderia colocar Johanna Mason, mas meu pai sempre disse que ela não é confiável.

 -E você não quer, porque ela é uma mulher.

 -Lógico que não! Se você tivesse a ousadia de fazer qualquer coisa lá iam vim aqui e me matar. E você ficaria com remorso.

 -Melhor não arriscar.

 -Isso mesmo. Amanhã eu vou tratar de todas as alianças plausíveis, e quero você calado. Sem dar uma opinião. Você vai se aliar com quem eu disser.

 -Tudo bem...

 -Sugiro que vá dormir. Quanto mais, melhor. Não quero você perdendo tempo dormindo naquela Arena.

 -Vem comigo?

 -Não posso. Vou... resolver uns problemas.

 -Problemas que eu não posso saber?

 -Não. Quer dizer, você pode, mas acho que você deve saber né?

 -Tem a ver com os Jogos.

 -Não, imagina.

Ele sorri e se levanta.

 -Tudo bem então. Vou te obedecer.

 -Ótimo. –digo sorrindo. Ele se curva e me beija. Assim que atravessa a porta do corredor, um nome vem na minha cabeça: Distrito 12, aliança com os tributos do 12.

 Raciocino que à dez vagões de distância, Haymitch está se embriagando. Ando até a cozinha e encontro vários Avoxes, sendo comandados por dois funcionários que conversam animadamente sobre esses Jogos.

 -Com licença, como faço para chegar ao vagão do Distrito 12? –pergunto, erguendo a minha voz sobre as risadas escandalosas deles.

 Eles se viram para mim com olhos arregalados.

 -Infelizmente não posso esperar chegar na Capital para tratar dos detalhes das alianças. –me explico, sem sequer pensar em sorrir. Agora não existe mais noiva, existe apenas uma mentora. Então, sem necessidade de sorrir.

 -Hum... Na última porta do corredor da esquerda. Siga reto até chegar no 12. –um deles me fala, hesitante.

 -Obrigada.

 Vou até a porta que me falam e vejo um corredor mal iluminado. Até o final dele existem portas bem espaçadas com o nome dos Distritos.

 Passo pelo 3 e penso se devo entrar no 4 e falar com Finnick. Mas ainda não. A aliança principal é a mais importante. Além do mais posso passar aqui na volta.

 Sigo e não para até chegar na porta do 12. Abro-a e encontro Effie e Haymitch na sala, discutindo.

 Eles dois me encaram de forma pouca discreta e Effie vem me abraçar.

 -Achei que nunca mais fosse te ver, querida. –ela fala. Isso iria ser legal. Longe de Effie, longe dos Jogos.

 -Eu também. –digo, a abraçando de volta. –Haymitch está sóbrio?

 -Oh sim! –ela diz se separando finalmente.

 -Hum...Oi, Haymitch. –digo.

 -Oi, queridinha. De certo não veio nos ver por saudade, certo?

 -Não. Não exatamente. –O que estou dizendo? Não de forma nenhuma. –Preciso falar com você.

 Ele se vira para Effie, que sem perceber, continua parada. Com um gritinho de “oh!” ela se toca e se vira para sair.

 -Devia pegar mais leve com ela. Ela é uma boa acompanhante. –digo me sentando de frente para Haymitch na mesa.

 Ele bufa.

 -Eu sei.

 -Pois é. Então, onde é que está o casalzinho do amor eterno?

 -Devem estar dormindo, não sei.

 -Oh. Então Haymitch, vim tratar de negócios.

 -Alianças.

 -Sim, alianças. Cato é um pouco turrão demais para esperarmos que ele se junte com Peeta e Katniss. Então eu vim tratar disso.

 -Uma aliança com Peeta e Katniss. Só para Cato?

 -É, Justin vai cuidar da mãe dele.

 -Hum. E o que te fez querer que Cato se alie com eles? Certamente não os acha os mais fortes, ou acha?

 -Não, não acho. –falo. Existem pessoas mais fortes, ainda que poucas. -É uma questão de obviedade. Os tributos do 12 têm essa coisa de amor. E Cato faz parte dessa coisa.

 -Entendo seu raciocínio. Mas você não está sendo muito romântica.

 Não estou mesmo.

 -Quando a vida dele parar de depender dos Jogos, talvez eu volte a ser romântica.

 -Está certa de que ele vai voltar, não?

 -Estou. Ele é um dos participantes mais fortes.

 -Tudo bem então. Aceito a aliança.

 -Perfeito. Vou falar com Finnick. –digo me levantando.

 -Finnick? Finnick Odair?

 -É, conhece outro?

 -Têm certeza garota?

 -Nunca tanta. Finnick é perigoso. Muito. Inimigos devem ser mantidos perto.

 -Vai sozinha no compartimento de Finnick? –ele me olha como se eu estivesse louca.

 -Ele não vai fazer nada. Não comigo.

 Ele acena com a cabeça e eu saio do vagão do 12. Finnick vai tentar alguma coisa.  Haymitch foi bem claro quanto à isso. Vou estar preparada para tudo. Encosto a mão na maçaneta do 4 e hesito consideravelmente. Ele pode senti ódio de mim por causa da Megan ou coisa assim.

 Mas então penso que se não for lá e acabar de vez com isso, Cato acabará prejudicado. Forço a maçaneta e encontro a sala vazia. Fecho-a a atrás de mim e rumo até a cozinha. Há dois funcionários da Capital e Avoxes. Pergunto se um dos funcionários pode chamar Finnick para mim.

 Enquanto sai para me fazer o favor, um deles olha para mim de forma acusadora, me fazendo querer rir. Devem estar achado que sou uma das várias amantes de Finnick. Meu pai me disse que ele é apaixonado de verdade apenas por uma pessoa. A outra Vitoriosa do distrito Annie Cresta. Ela... é meio louca. Sento-me no sofá enquanto espero Finnick aparecer.

 Quando ele o faz, ergo as minhas sobrancelhas chocada, pois ele está apenas de roupão. Me pergunto o que o impediu de colocar uma roupa decente.

 -Oi Clove. –ele fala com voz aveludada, se sentando perto demais de mim.

 -Oi Finnick. –Mantenho a minha voz firme. Ele está tentando ser sexy.

 -Então, o que fiz de especial para ter uma Vitoriosa dessas à minha procura?

 -Vim exercer meus papéis de mentora.

 -Alianças para Layran? Sinto muito, você é bonita e tudo, mas nada me faz me aliar àquela mulher. –ele diz, sacudindo os cabelos cobre.

 -Não –sorrio, Layran é insuportável mesmo. –Cato.

 -Cato? O seu noivo?

 -Cato, o meu noivo.

 -Ele quer se aliar à mim? O fortão metido?

 -Como se você não fosse forte e  metido também.

 -Tudo bem, não falo mais do seu noivo.

 -Então responda à pergunta, Finnick.

 -Responda a minha.

 -Você não me fez perguntas. E porque não colocou uma roupa para vir falar comigo? –me estresso.

 Ele ri. Não sorri, dá um tipo de gargalhada sensual.

 -Tudo bem, docinho. Me alio ao seu namorado.

 -O.k então. Obrigado. –digo me levantando. Mas ele segura o meu braço.

 -Ei! Me solta! –eu digo, puxando meu braço com sucesso.

 -Ainda não acabei –ele fala, arregalando os olhos. –Calma, Clove. Eu tenho uma condição para a aliança.

 -Condição. –acabou tudo. –Qual?

 -Mags. Ela tem que vim comigo.

 -Mags? –Meu Deus...

 -Mags. Ou somos nós dois ou nenhum.

 Só falta meu pai errado e Finnick amar essa idosa aí.

 -Tudo bem. –concedo finalmente.

 -E quem mais está na aliança. Você é esperta o suficiente para saber que Cato está em desvantagem, não?

 -Sim, eu sou. Katniss e Peeta, do 12, você, Mags e Cato. Por enquanto só.

 -Hum. Interessante...

 -É só isso mesmo. Obrigado. –me forço a falar de novo.

 -Por nada. –ele dá uma piscadela enquanto me afasto. Ando até o 2 quando escuto alguém me gritar.

 -Ei, Clove! 

 Me viro e vejo Johanna Mason.


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Notas finais do capítulo

Ah, antes que eu esqueça: Não é que eu tenha odiado a Jena como Johanna, mas preferiria a Mila Kunis. E eu vejo Johanna assim, como Mila. Enfim, não me xinguem muito, me desculpem, eu desculpo vocês pela FALTA de Reviews e a vida segue tá bom? Sem estresse. Espero vocês nos Reviews. (Vão deixar hj né povão) Deixe um que nem que seja para me xingar. Kisses.



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