Talking To A Moon escrita por Rach Heck


Capítulo 19
Forever Young


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por ter sumido. Todavia, constatei que muitas directioners andam preferindo fics interativas, e abandonando o Nyah! espero de coração que não tenham me abandonado. Ps. Capitulo dedicado à minha Pam, que se preocupou lindamente comigo awn awn coisa mai totosa :3



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Não sabia ao certo em que estava pensando, talvez não pensasse em nada. Em geral Gabriela me chamava de dramática, mas não acho drama a partir do momento em que envolve seu ídolo e a Disney.
– Acho que ficamos para trás. – Zayn postou-se ao meu lado e de Steven, referindo-se aos outros, que estavam muitos passos à nossa frente.
– Vas happenin’!? – Não consegui me conter. Sabe o quanto nós directioners sonham em fazer isso?
– Vas happenin’ Mariana!? – Ele sorriu e eu senti meu mundo derretendo. – Vocês são namorados? – Senti minhas bochechas queimarem.
– Não, por quê? – Inquiri, ignorando a ardência na garganta.
– Por nada. É só que o Nialler ficou estranho desde que ele chegou, acho que porque vocês dois não se desgrudam.
– Isso é um absurdo, eu sou gay! – Steven exclamou, provavelmente um pouco alto demais, pois praticamente o parque inteiro nos encarou, inclusive o loirinho irlandês e o resto de nosso grupo.

Minha cabeça embaralhou por alguns minutos, ou foram segundos?

E Anabelle? Ele havia mentido?

– Desculpe se o ofendi. – O moreno, de beleza mulçumana, pareceu realmente constrangido, fora realmente uma cena desconcertante.
– Sem problemas. – O loiro alto deu um sorriso torto e aumentou o ritmo. O clima pareceu pesar depois daquela pergunta de tal maneira que Steven agora estava ao lado de Louis, ambos conversando animados, completamente absortos no assunto. Meu cérebro ainda estava embaralhado, por isso enviei uma mensagem.

“O que foi aquilo?” Reli as letras luminosas centenas de vezes antes de enviar.

– Lobisomens, corram! – Louis gritou em pânico e saiu correndo parque afora, deixando nós sete embasbacados, sem entender bulhufas. Steven tirou o celular do bolso, então todos assentimos silenciosamente. O toque de mensagem era Gotta Be You.
– Louis. – Disse sério, porém, logo suas covinhas apareceram ao rir do amigo. Harry e suas covinhas.

O garoto histérico, porém extremamente doce, voltou ao mesmo passo que foi, e ninguém mais comentou sobre o ocorrido ao percebermos que estávamos próximos ao Parque do Harry Potter, causando gritinhos animados em todos.
– Está tudo bem? – Aquela voz, que se tornara tão familiar, ressoou sobre meus ombros, fazendo-me quase dar um pulo, enquanto entrava na loja de varinhas.
– Por que a pergunta? – Me arrependi amargamente após contrapor, acho que pareci defensiva demais, e realmente não queria estragar as coisas, afinal, era o meu ultimo dia com eles.
– Por nada. – Deu de ombros sorrindo, como se estivesse tudo “numa boa”. – Cadê os outros?
– Quando conseguimos um momento a sós você já quer saber dos outros. – Sussurrei em português, e logo Niall me encarou confuso. – Estava me perguntando isso, poxa, acabamos de entrar aqui e já nos perdemos. Queria tanto comprar uma varinha. – Agradeci mentalmente por ele não falar português. Além de louca, me acharia tarada.
– Vamos fazer assim, vamos procura-los, e, no final, quando estivermos indo embora, nós passamos aqui e compramos a sua varinha. Eu prometo. Nem que tenhamos de ser os últimos a irem embora.

Após irmos ao Voo do Hipogrifo, já que eu não tive coragem de ir ao Desafio do Dragão, que é uma montanha russa muito mais medonha, estávamos naquela fila para o Harry Potter e a Jornada Proibida há quase três horas, minhas maçãs do rosto parecendo realmente duas maçãs maduras, e meu cérebro enviando mensagens constantes de demência. Se tivesse sido apenas um abraço, ainda assim estaria completamente em êxtase, porém, lá estava ele, com os braços em volta de minha cintura e o rosto escondido em meus cabelos. Alguém. Me. Ajude. Acho. Que. Estou. Sonhando.
– Somos os próximos. Está preparada? – Não tive forças para virar a cabeça e encará-lo, apenas continuei em silencio, observando a fila andar e contando mentalmente se seríamos os próximos ou se teríamos de esperar mais. – Não solte a minha mão – Sussurrou ele entre os meus cabelos, o hálito quente arrepiando cada mínimo espaço onde tocava. Assim adentramos na atração, parte de meu cérebro e de meus sentidos desligados.

Já estava anoitecendo, já havíamos comido algo no Hard Rock e voltado para o Parque do Harry Potter, e ninguém me atendia. Nem mesmo Steven, que parecia ter jogado seu celular em alguma das lixeiras espalhadas pelo parque. O que não me surpreenderia completamente, não depois daquela cena que ele fizera com Zayn.
– Sabe que temos pouco tempo, não sabe? Hoje fecharão mais cedo. Podemos esperar no hotel, uma hora eles terão de voltar para lá. – Seus olhos adquiriram um tom violeta um tanto quanto engraçado, o azul sublime que tanto admiro parecia se misturar aos pensamentos indecifráveis que passavam na mente daquele por quem daria a minha vida, aquele que incrivelmente não desistira de mim, ou do meu medo, aquele por quem eu finalmente parecia ganhar confiança para amar em um patamar maior que platonicamente. Ele não havia desistido de mim, e eu não poderia desistir dele. Ou deveria?
– Você está certo. De qualquer forma, não pode ser tão péssimo sermos esquecidos na Disney. – Gargalhei involuntariamente.
– Não pense que esqueci, vamos, temos de pegar a sua varinha. – O irlandês sorriu e segurou meu pulso, levando-me pelo parque. Não seria nem um pouco ruim ser esquecida com ele, em qualquer lugar que fosse. Ri maliciosamente, e agradeci por ele estar concentrado demais em reconhecer para onde estávamos indo.

Apenas por algumas pessoas, a loja estava vazia, mas mesmo assim me perdi de Niall nos primeiros sete minutos. Eram tantas varinhas, e tanto o que ver que não sabia em que me concentrar. Resolvi encontrar minha varinha, e por fim iria tentar encontrar o loirinho fujão, que com certeza não deveria ter ido muito longe, uma vez que não saíra da loja. Ou pelo menos estava rezando por isso.

– Ah, você está aí. – Sorri ao encontra-lo, tinha seu corpo em parte curvado sobre o balcão. – Você encontrou um trevo de quatro folhas! – Exclamei maravilhada ao ver o que ele tinha em mãos. – Quanta sorte! – Ainda ria soprada e nervosamente.
– Minha sorte não foi encontrar isto. Minha sorte foi encontrar você, e desejo ter a sorte de não te perder. – Sussurrou, as luzes da loja sombreando seus olhos de uma forma quase surreal. – E para isso, peço que fique com este trevo, para que sempre se lembre de mim, e assim, nunca me perca, pois não poderei perder a garota com quem conversei por uma toalha de mesa em uma festa de casamento. – Sorri atordoada, e ele levantou os olhos, permitindo que a luz invadisse aquele céu, o tornando mais que angelical. Segurei o delicado trevo de quatro folhas, sentindo o coração chocar-se contra meu esterno com tanta brutalidade que toda a minha caixa torácica doía. Sorri, abri a caixa onde repousava minha varinha, e depositei o pequeno ato de cuidado. – Não costumo ser tão impulsivo. É que... – Cada centímetro que ele se aproximava, meu coração dava um pulo completo, liberando mais adrenalina inútil, que gelava meu sangue e fazia minha pele ferver.
– Finalmente achamos vocês! – Gabriela exclamou irritada. Como se eu não tivesse tentado encontra-los por horas. – Opa. Estraguei tudo. – Sussurrou em português.

Fazia algumas horas que eu estava jogada na cama, o teto parecia a tela de um retroprojetor, e minha mente fazia questão de reviver cada milésimo de segundo, reviver cada toque, cada respiração, cada...

Meu despertador tocou. Era a hora.

Certifiquei-me de que Gabi estava em seu sono mais profundo, e saí sem fazer o menor ruído. A cada passo no corredor, uma sensação diferente despertava, aquela seria a ultima vez em que saía na madrugada para encontra-lo.

O McDonald’s perto do hotel já me parecia tão familiar que não conseguia imaginar não voltar mais ali. Ou pelo menos não voltar tão cedo.

– Fome? – Perguntou retoricamente diante do óbvio. Após pedirmos, brincamos um pouco um com o outro, Niall sempre tentando roubar uma batata minha, e eu tentando pegar um pouco de seu refrigerante.

Meu celular vibrou, e para a minha sorte, ironicamente dizendo, Gabriela havia acordado e estava em completo pânico.
– Acho que está na hora de eu ir.
– Não. Eu não... Mas você...
– Sim, eu vou embora amanhã. – Tentei sorrir para tornar aquele momento menos dramático, todavia, não creio que tenha sido sucedida.
– Espero voltar a vê-la novamente. Acho que, indiretamente, nos temos adicionados em redes sociais. – Gargalhou, aquela risada doce invadindo meus tímpanos, fazendo-me tomar coragem para o que viria a seguir. Desde o inicio tivera medo, mas aquele era o agora ou nunca.
– Lembra no casamento? Quando eu disse sobre o meu sonho? – Ele assentiu. – Sabe, o garoto, o futuro pai dos meus filhos... Era você. Sempre foi você. – Ingressei num falatório sem fim, sem pausas, sem ar, não queria mais parar de falar, não queria encará-lo, não queria que ele dissesse nada. – Não sei se era verdade quando o Zayn disse sobre você sentir ciúmes do Steven, mas não precisa ter ciúmes de ninguém, nunca vou amar alguém como amo você.

Outra mensagem.

– Tenho que ir. Eu te amo. – Sussurrei antes de levantar e sair correndo. Gabriela e seus exageros não conseguiam de todo afastar os pensamentos confusos ou normalizar minha respiração. Eu havia dito. Niall Horan sabe que eu o amo mais que minha própria existência.


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